História Além do Horizonte. - Esperança

Quando chegamos a cozinha tinha uma mesa maravilhosa de café da manhã posta, nunca tinha visto tanta comida.

__Bom dia meninos.__Marta nos cumprimenta  com um sorriso, mas Nick me olhava como se eu fosse o vilão da história e isso estava começando a me incomodar.

__Sentem-se, vamos tomar café.__Marta diz ainda sorrindo para nós.

__Eu não quero comer nada...acho que vou voltar para o quarto.

__Ei querido senta aqui, come pelo menos um pouco.

__Connor eu não quero...

__Oliver, você tem que comer, tenta.

__Tá bom, vou tentar.

Me sento ao lado de Connor a mesa, não estava com fome, na verdade meu estômago estava enjoado, mas iria tentar, Connor coloca um copo de suco e um pouco de ovos, começo a comer  mas logo começo a me sentir mal, meu estômago estava embrulhando eu ia vomitar, me levanto rapidamente, corro em direção a escada  mas sou tomado por uma vertigem e tudo roda, eu caio e tudo escurece de repente.

Vejo Oliver cair dos primeiros degraus da escada, é uma cena horrível, corro na sua direção ele está no chão com um corte na testa, sangrava bastante, Marta traz uma toalha limpa coloco sobre o corte, Nick me ajuda a levantar Oliver.__Onde é o hospital?

__Vamos eu dirijo.

Marta pega a chave da caminhonete colocamos Oliver no banco de tras, me sento com ele e Nick vai na frente com Marta, chegamos ao hospital , a toalha estava encharcada de sangue, Oliver ainda estava desacordado,

Os enfermeiros colocam Oliver em uma maca e o leva para o interior do hospital, não permitindo que fossemos com ele, uma enfermeira vem nos instruir a esperarmos na sala ao lado.Já havia se passado bastante tempo e não tínhamos nenhuma notícia  de Oliver, eu já estava a ponto de fazer uma loucura, quando Marta pega minha mão. 

__Calma, ele é forte,  este hospital é muito bom, vai dar tudo certo.

Assim que marta termina de falar, o médico entra na sala.

__Bom dia... vocês são os acompanhantes do senhor Hamilton?

__Sim...como ele está?

__Ele levou alguns pontos na testa, mas o que está me preocupando é o quadro depressivo que ele apresentou, solicitei que nosso psiquiatra o avaliasse, acho que o caso do senhor Hamilton requer cuidados específicos e com introdução de medicamentos.

Eu estava paralisado com o que estava ouvindo, Oliver estava deprimido, eu não sei como ele reagiria eu tinha que fazer alguma coisa.

__Doutor o que o senhor sugere.__Marta pergunta.

__Bem, não estou familiarizado com o caso dele, ele tem um médico?

__Sim.__Respondo, tentando manter a calma.

__Então marquem uma consulta e juntamente com o médico  decidam qual o melhor tratamento.

__Podemos vê-lo agora?

__Sim, a enfermeira vai acompanha-los.

Uma jovem nos leva pelos corredores do hospital, entramos no quarto Oliver dormia, ele estava abatido, aquilo estava acabando comigo, me aproximo da cama e toco seu rosto, fecho os meus olhos e deixo as lágrimas  caírem, sinto uma leve pressão na minha mão e quando abro os olhos ele me observava.

__Não...por favor não chora eu vou ficar bem se você estiver comigo.

Tento sorrir mas não consigo, a emoção de vê-lo daquela forma toma conta de mim.

__Sinto muito querido... eu vou ficar bem, nós vamos ficar bem...__digo a ele precisa manter a calma, Marta se aproxima me abraça  e sorri para Oliver.

__Meu menino, vocês vão ficar bem, só fiquem juntos e tudo vai se resolver.

__Tá vendo...minha avó sabe das coisas, se ficarmos juntos tudo vai dar certo.

Ele fala já com a voz arrastada de sono, provavelmente era efeito dos remédios, ele fecha os olhos e logo está dormindo, digo a Marta e Nick para voltarem para casa, eu ficaria com Oliver no hospital, eles concordam.

Devia ser umas quatro da manhã, quando acordo com um pequeno choramingo, vejo Oliver chorando, meu Deus eu não aguentaria aquilo, ver o homem por quem eu estava apaixonado naquele estado, mas eu tinha que ser forte, por ele e por mim , sento na cama e o abraço, ele coloca a cabeça em meu ombro e chora com mais força, eu não faço perguntas só fico ali quieto, deixando ele saber que eu estava ali para ele, aos poucos o choro diminui e ele está  dormindo novamente.

Acordo com um leve beijo nos lábios.__Oi você deve estar com as costas doendo.  

__Oi...não, está  tudo bem.

__Então, podemos ir, para casa  já estou de alta?

__Bom, temos que esperar o médico  ai vamos para casa.

__Connor...

__Sim...

__E se eu não conseguir...se eu nunca mais, voltar a ser o que eu era...

__Isso não é possível, porque você não mudou nada.

__Estou falando sério, e se eu nunca mais conseguir...você sabe...fazer sexo...

__Transar, fazer sexo...É com isso que você está preocupado, em não conseguir mais.

__É...Connor você é jovem bonito, não venha me falar que viveria sem sexo, porque seria mentira.

__Não vou dizer isso, por dois motivos, primeiro você vai conseguir porque você é forte dedicado e não desiste  facilmente,  e segundo eu vejo nos seus olhos o desejo, ele ainda está aí, então eu vou juntamente com você fazer o fogo acender novamente.

Oliver sorri, e pergunta.__E como pretende fazer isso? 

__Eu tenho os meus meios, vou te dar um exemplo.

Toco levemente seu pênis  por cima das cobertas brancas e sem graça do hospital, Oliver fecha os olhos e respira fundo e em segundos seu pênis já estava duro, eu solto e dou um sorriso, Oliver  sorri para mim como uma criança em dia de natal.

__Ta vendo! O mesmo pervertido de sempre...

Oliver sorri para mim e diz.__Não sou pervertido...você que é tarado se aproveitando de mim,isso é crime sabia senhor Walsh.

__É verdade senhor Hamilton,acho que o senhor vai ter que me processar.

__Pode deixar, eu conheço um excelente advogado,para me defender.

Começamos a rir,isso me deu esperança de que tudo realmente ficaria bem.