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História Além do Limite - O passado te torna o que você é hoje.


Escrita por: ItsBeize

Notas do Autor


Oi gente!
Espero que gostem <3
E obrigado pelos favoritos e cometários!
Qualquer duvida só perguntar.
Boa leitura! <3

Capítulo 11 - O passado te torna o que você é hoje.


Fanfic / Fanfiction Além do Limite - O passado te torna o que você é hoje.

“Tão difícil admitir,

Eu sei, cometemos erros.

Eu vejo através de todas as lágrimas,

Mas é o que trouxe-nos aqui.”

Três anos atrás.

Bronx ─ Nova Iorque, 02h47min.

 

Colocando o capuz na cabeça, o mesmo a abaixa evitando que vissem seu rosto ao virar a esquina. A noite estava fria, mas isso não impedia aquele lugar de ser movimentado. O cheiro de maconha era forte, apressando os passos ele tenta passar despercebido e consegue, ao chegar aonde tanto queria ele observa o prédio acabado á sua frente sentindo toda a nostalgia atingir, com sua feição séria ele segue em frente entrando no mesmo.

Subindo as escadas sentindo o assoalho rugir ele chega ao terceiro andar notando as mesmas paredes pichadas.

Ao parar em frente do apartamento 15° ele apalpa seu bolso encontrando a chave levando a mesmo até a fechadura notando que sua mão tremia. Girando a chave ele destranca a porta.

Abrindo só um pouco ele respira fundo fechando os olhos com força antes de adentrar o apartamento.

Observando a sua volta, tudo continua do mesmo jeito de antes, os poucos móveis até as paredes desgastadas.

─ Mãe? ─ chama ao se aproximar do pequeno sofá aonde a mesma se encontrava, estática. ─ Mãe...

─ Não me chame de mãe. ─ a voz da mulher soa baixo, porém cortante.

Engolindo seco, ele abaixa a cabeça sentindo seu coração palpitar.

─ Eu senti a sua falta. ─ disse ele tentando ignorar o que ela havia dito.

Vendo-a permanecer com o olhar preso na parede ele começa a se aproximar, mas para ao sentir o olhar frio de sua mãe em sua direção.

─ Não era para você estar aqui.

Umedecendo os lábios, ele tenta ignorar a dor de seu peito.

─ Mãe...

─ NÃO ME CHAME ASSIM! ─ grita se levantando fazendo-o notar as lágrimas caírem de seu rosto ─ Você não é meu filho ─ diz com amargura na voz.

Uma facada teria o machucado menos, nada era comparado á dor de ser rejeitado pela própria mãe.

─ Eu... ─ sem saber o dizer ele tenta se aproximar de novo, mas ela se afasta.

─ Vá embora. ─ diz ela, se virando para não o olhar.

Desistindo de tentar se aproximar, ele sente seus olhos lacrimejar. Dando as costas ele se aproxima da porta parando quando ela o chamou.

─ Roman. ─ virando apenas a cabeça ele a vê ainda de costa ─ Nunca mais volte.

Saindo pela porta ele a fecha com força. Seguindo seu caminho de volta ele vê sua visão embaçada.

Ao ouvir a porta fechar, a mulher desaba caindo no chão sentindo as lágrimas caírem.

Olhando para cima, ele passa as mãos pela cabeça.

Era tudo culpa dele.

Se ele não tivesse agido de forma inconsequente, se ele não tivesse se metido com coisas ruins, se ele não tivesse sido preso por causa dessas mesmas coisas ele não veria aquele olhar de sua própria mãe.

Ele mesmo havia causado tudo isso para sua vida.

Em vez de trazer felicidade, só trouxe desgosto para sua pobre mãe.

Ele não sabia por quanto tempo ele já havia andando, sua mente estava em outro lugar, ele apenas queria sair o mais rápido possível daquele lugar.

─ Ora, ora, ora. ─ Roman paralisou. ─ Roman Pierce. ─ o homem fardado o rodeou.

Maldita vida, pensou.

Olhando ele vê o cara que desgraçou a sua vida com seu cachorrinho em seu encalço.

─ Pensei que não te veria tão cedo. Voltou para o seu esgoto? ─ o homem debochou fazendo o outro rir apoiado na viatura.

Ignorando-o Roman voltou a andar.

─ Como a vadiazinha da sua mãe está?

Sentindo a raiva se apossar de seu corpo ele dá meio volta vendo-o com um sorriso presunçoso no rosto.

Apertando os punhos, ele acerta um soco em seu maxilar vendo-o em seguida o policial cuspir sangue.

─ Seu filho de uma puta! ─ grunhindo o policial revida.

Caindo ao chão Roman sente um chute em sua costela. Sentindo ser puxado pela gola Roman é obrigado a olhar para aquele infeliz.

─ Acabou de sair da cadeia e já quer voltar neguinho? É?

Cuspindo em sua cara Roman abre um sorriso em seguida sendo prensado contra a viatura sentido as algemas em seus pulsos.

─ Acha que isso vai ficar assim? ─ sussurra o policial ─ James me dê a nossa prova.

Olhando de canto Roman vê o cachorrinho entregar um pacote pequeno de cocaína, começando a se debater ele sente o policial colocando o pacote no bolso de sua jaqueta.

─ Isso aqui vai aumentar um pouco mais a sua sentença. ─ ele sorri diabólico para Roman.

─ Seu desgraçado... ─ Murmura Roman cerrando os dentes.

─ Vai ser um prazer te ver atrás das grades outra vez neguinho.

─ Eu não teria tanta certeza assim. ─ uma voz ao fundo soa fazendo os policiais olharem, mas apenas á escuridão ─ Não me admira o policiamento de Nova Iorque ser tão sujo. ─ saindo do escuro com as mãos no bolso os policiais o encaram boquiabertos.

─ Você...

─ Eu? ─ sorrindo com deboche ele olha para Roman. ─ Acho melhor soltarem o cara.

─ Não se meta seu bastardo!

─ Ouch! Assim você me magoa. ─ fingiu sentimentalismo ─ Soltem logo o cara. ─ tirando uma mão do bolso ele aponta para as algemas.

─ Só porque você é o filhinho de Jeremy Bieber acha que tem alguma autoridade á mim? Mete o pé pirralho!

Roman vê o garoto do cabelo de mauricinho jogar a cabeça para trás rindo.

─ Como vocês são hilários. ─ finge limpar uma lágrima do olho. ─ Chega de palhaçada! Soltem o cara ou eu vou ser obrigado a enviar esse pequeno vídeo de vocês o coagindo ─ tira o celular do bolso ─ Que belo vídeo esse de vocês o socando e implantando uma prova nele. ─ apertando o play ele ergue o celular mostrando. ─ Soube que a ficha de vocês com o chefe de policia não está tão limpa assim, imagine isso chegar em suas mãos? ─ ele olha para o celular e volta o olhar para os dois a sua frente sem tirar o sorriso do rosto ─ Adeus carreira policial e fundo de garantia.

─ Seu...

─ Sem elogios, por favor. ─ voltou a colocar as mãos no bolso ─ Vocês tem um minuto.

─ O solte. ─ o policial diz ao outro.

─ Mas...

─ Você quer perder a sua carreira seu idiota?!

Começando a assoviar, o loiro os encara abrindo um sorriso em seguida.

Sentindo as algemas serem retiradas de seu pulso Roman desencosta da viatura massageando o pulso.

─ Isso vai ter volta. ─ o homem aponta para o loiro.

─ Ui, estou morrendo de medo. ─ sorri com sarcasmo.

Os vendo entrar na viatura e saírem dali, o loiro encara Roman tirando as mãos dos bolsos e estende uma em sua direção sorrindo.

Roman olha para sua mão estendida e depois para seu rosto com uma sobrancelha arqueada. Balançando o braço o loiro o olha de volta com as duas sobrancelhas arqueadas.

─ Qual é cara, acabei de salvar a sua vida! ─ insiste o loiro.

─ Eu não pedi a sua ajuda. ─ diz Roman curto e grosso.

─ Essa doeu. ─ dramatizou recolhendo a mão.

Roman começa a andar com o loiro em seu encalço.

─ Nem um obrigado? ─ insiste novamente.

─ Mete o pé mauricinho. ─ debochou Roman.

─ Por que insistem em me chamar assim? ─ o loiro colocou as mãos na cintura negando com a cabeça ─Talvez seja por causa do meu cabelo lindo.

Bufando Roman vira para trás quase se esbarrando no loiro.

─ O que você quer? ─ pergunta Roman sem rodeios ─ Eu não tenho dinheiro.

─ Eu não quero seu dinheiro.

─ O que você quer então? ─ Roman questiona desconfiado.

─ Acho que você sabe quem eu sou. ─ vendo que Roman não falará nada ele continua ─ Prazer, Justin Bieber. ─ estende a mão novamente.

 ─ Dane-se!

─ Uau, como você é educado. ─ Justin ironiza.

─ Fale logo o que você quer.

Abrindo um sorriso Justin diz:

─ Simples, quero você para a equipe!

 

Atualmente.

 

─ Então você foi para Nova Iorque para recrutar Roman? ─ Memphis pergunta tentando entender á história que acabará de ouvir.

─ Sim, bom naquele tempo eu já estava em NY, foi um ano depois que eu te conheci. ─ ele explicou ─ Roman é bom com armas, a viagem para Nova Iorque foi o primeiro trabalho que meu pai havia me dado.

─ Qual foi o segundo? ─ Memphis pergunta curiosa.

Sorrindo para ela Justin começa a contar.

 

Três anos atrás.

 

Cabul ─ Afeganistão, 16h26min.

 

Encostado no Jeep que pertencia ao QG ele observava a única beleza em todo aquele mar de sangue, ao se aproximar ele pega á pequena flor no meio daquela terra, ainda agachado ele leva a flor até á altura de seus olhos á observando.

─ Como você veio parar aqui? ─ disse consigo mesmo.

Sentindo alguém se aproximar ele se vira a tempo de ver a mulher se aproximar, sua veste cobria seu corpo por inteiro, deixando apenas os olhos descobertos.

Ele sorriu minimamente, apenas por ver seus olhos claros ele sabia que por baixo de todo aquele pano estava uma linda mulher.

─ Pensei em passar aqui para te ver. ─ disse a mulher em inglês, era perceptível o sotaque.

─ Você sabe o quão arriscado é aqui. ─ ele se preocupou ─ Devia estar dentro de sua casa.

─ Lá é tão perigoso quanto aqui. ─ ela respondeu, seus olhos encolheram, ela estava sorrindo.

Ela se aproximou um pouco mais dele, ela o achava lindo, mesmo com seu rosto coberto por arranhões e terra.

─ Você prometeu que iria me contar sobre quando esteve na África. ─ ela o lembrou.

Ele não havia se esquecido, nada que ele tenha a prometido. Aquela mulher fazia parte dos seus pensamentos desde que chegou nesse lugar catastrófico, e já fazia cinco meses.

─ E eu irei lhe contar princesa ─ a chamou pelo significado de seu nome acariciando seu rosto delicadamente com sua mão que estava coberta por uma luva que cobria apenas a palma e o dorso. ─ Mas agora você precisa voltar, é perigoso aqui.

─ Mas Chang... ─ apoiando suas mãos em sua farda ela o olhou com os olhos tristes.

─ Por favor. ─ suplicou para que ela fosse.

Mas já era tarde demais.

Um som já frequente atingiu o ouvido de ambos.

─ Amira! ─ gritou ao sentir o corpo mole da mulher sobre o seu.

 

Culiacán ─ Sinaloa, México, 22h27min.

 

Andando em passos rápidos, ele olha rapidamente para trás vendo apenas a escuridão, ele sabia que estava sendo seguido, havia notado desde que deixou a pequena pensão. Ajeita o boné tentando cobrir seu rosto ao passar por um funcionário do porto, logo dobrando a direita podendo ver as imensas caixas metálicas da cor vermelha e azul, eram cargas.

Mais uma vez olha para trás, não vendo nada, apenas a luz branca fraca de um poste perto iluminando as cargas.

Se virando para continuar seu caminho um barulho o impede. Virando apenas a cabeça ele vê uma silueta parada entre as cargas.

─ Resolveu mostrar a cara? ─ perguntou em deboche, apenas obteve silêncio.

Sentindo a silueta se mexer ele se vira ficando de lado vendo um homem com capuz preto que o impossibilitava de ver seu rosto, apenas o sorriso de escárnio.

Confuso ele arregala os olhos ao ver o homem correr em sua direção, vendo ele se aproximar JC apenas rodopia o corpo levantando a perna acertando o rosto do homem o fazendo atingir as costas em uma das cargas logo deslizando a mesma por elas.

Vendo-o de cabeça baixa, JC aproxima do homem com a mão esticada pronto para tirar o capuz, mas é impedido por uma rasteira.

Se levantando em um pulo ele não vê sinal nenhum do homem o que o deixa irritado. Olhando para o chão ele nota uma sombra por cima das cargas, ao olhar ele só sente o baque do chão em suas costas, o filho da puta havia se jogando em cima dele.

Sendo puxado pelo colarinho ele rapidamente faz o mesmo vendo o sorriso sair dos lábios do homem. Pulsando o corpo para trás ele leva o cara junto o jogando chão o escutando gemer de dor em seguida.

─ Quem é você? ─ diz entre dentes o puxando pelo moletom ainda em cima dele.

Vendo o cara lentamente erguer a mão o vê tirar o capuz do rosto com um sorriso

─ Justin Bieber, prazer. Eu até te cumprimentaria. ─ olhou para suas mãos em seu moletom ─ Mas vejo que não vai dar.

Surpreso, JC não responde.

─ Cara, tem como você sair de cima de mim? Não estou me sentindo confortável nessa posição. ─ sugeriu constrangido.

O largando no chão com tudo, JC se levanta o encarando com um semblante sério.

─ Obrigado. ─ murmurou com dor se levantando ─ Pensei que seria uma briga daquelas ─ falou consigo mesmo ─, mas me enganei completamente. ─ encarou JC ─ Bom, vamos começar de uma forma mais formalmente que tal? Eu sou...

─ Eu sei quem você é. ─ JC o interrompeu ─ Você não devia sair por ai falando seu sobrenome.

─ É, eu sei ─ Justin concordou ─ Mas aqui eu não corro nenhum risco, o que um ex-soldado das forças armadas fugitivo faria comigo. ─ ri nasalado, vendo-o olhar surpreso ─ Como eu sei? Bom, você está na lista de procurados dos Estados Unidos e do seu país de origem.

─ O que...

─ Dois casos de violação, ataque em missão de paz e matou um civil. ─ Justin colocou as mãos no bolso. ─ Eu sei que não foi você.

─ Quem te garante? ─ retrucou engolindo a seco.

─ Você a amava.

─ Você não sabe de nada sobre mim pirralho. ─ se irritou, ele havia atingindo sua ferida.

─ Entrou cedo na melhor universidade da Coréia do Sul por tamanha Inteligência, o primeiro da turma em TI, mas não pode concluir por que havia sido chamado para o exercito, era primeiro-tenente, sua tropa estava entre as melhores e lutou ao lado dos americanos, e sem contar nas artes-marciais que você aprendeu com seu avô. Minhas costas está doendo até agora. ─ reclamou.

─ O que você quer? ─ perguntou entre dentes, esse garoto estava ali para alguma coisa.

─ Finalmente fez a pergunta que eu tanto queria. ─ Justin diz animado ─ Eu apenas quero você para equipe.

─ O que? ─ perguntou confuso.

─ Eu posso ajudar você!

─ Você está louco. ─ deu as costas.

─ Se você aceitar, seu nome estará fora da lista de procurados com um estalar de dedos. ─ Justin diz em voz alta o fazendo parar. ─ Quer continuar a fugir pelo resto da vida enquanto podia estar procurando por quem matou a sua namorada.

─ O que você acha que eu estou fazendo?! ─ cuspiu se aproximando de Justin. ─ Você acha que esse dois anos eu estive fugindo e coçando a bunda?

─ Eu posso ajuda-lo a encontrar o infeliz. ─ Justin diz rápido ─ Apenas entre para a equipe.

JC reavaliou tudo o que Justin havia falado. Suspirando ele se vira para o loiro.

─ Tudo bem. ─ Justin sorriu.

─ Ótimo! Agora vamos para um pronto socorro. ─ esticou os braços ─ Você pegou pesado comigo. ─ reclamou em um murmuro.

 

Atualmente.

 

─ Justin isso é... ─ ela não tinha palavras para descrever sobre a história dos dois.

─ Incrível, eu sei. ─ se vangloriou pensando que ela estava falando sobre sua forma em recrutar os dois.

─ Horrível! ─ ela continuou sua frase.

─ Ho... Como é?

─ A história de ambos é tão tocante.

─ Ah, sim é. ─ concordou.

Memphis ficou calada tentando processar tudo que havia ouvido, haviam armado para os dois, ela estava se sentindo mal pelo os dois, eles havia passado por tanta coisa e os causadores estão de volta.

─ O que vamos fazer? ─ ela perguntou.

─ Vamos? Você está bem enganada se acha que eu vou deixar você se envolver nisso. ─ riu forçado negando.

─ Mas Justin...

─ Memphis não era nem para você saber dessas histórias! ─ disse bravo.

─ Você está bem enganado se acha que eu vou ficar aqui parada depois de ouviu tudo isso! ─ se levantou da cama.

Justin cerrou os dentes com sua teimosia.

─ Nem por cima do meu cadáver! ─ se levantou também a enfrentando de frente.

─ Espere para ver! ─ ela concluiu, mantendo-se firme á suas palavras dando-o as costas e saindo pela porta a batendo com força.

─ Eu ainda vou me fuder muito por causa essa garota! ─ passou as mãos pelo o cabelo ─ Espere para ver! ─ tentou imitar sua voz ─ Deus! Essa garota ainda vai me deixar louco!

 

Continua...


Notas Finais


Ela com certeza vai enlouquecer ele.
O que estão achando?
Espero que estejam gostando, ai meu Deus, é tão estranho tudo isso >.<
Até mais! Xoxo
(Se tiver erro confiro depois)


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