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História Além do Limite - Escolha - Parte II.


Escrita por: ItsBeize

Notas do Autor


E ai como estão o coração?
Musica: Golden Love, Midnight Youth (Coloquem assim que Justin e Memphis se encontrarem)
ANIVERSÁRIO DOS MEUS DOIS HOMÃO DA PORRA! Justin e Jensen <3
Boa leitura e vejo vocês lá embaixo. (Isso soou estranho? Espero que não)

Capítulo 17 - Escolha - Parte II.


Fanfic / Fanfiction Além do Limite - Escolha - Parte II.

“Não é como se eu escolhesse deixar minha mente ficar essa porra de bagunça

Eu sei que não sou o centro do universo, mas você continua girando em torno de mim do mesmo jeito.”

 

Manhattan ─ Nova Iorque, 16h00min.

 

─ As coisas não são deste jeito Jake! ─ Gina exclamou assustada e irritada o olhando.

─ E são de que jeito Gina? ─ ele perguntou a olhando do mesmo modo ─ Esse cara conseguiu a minha confiança para tentar acabar comigo e com a minha família por causa dessa porcaria toda! ─ cuspiu ─ Eu mantive esse canalha durante três anos entre a minha família e eu era o único que não queria enxergar o que acontecia ao meu redor ─ sibilou com os lábios trêmulos ─, a Memphis... ─ soltou o ar pela boca ─ eu nem imaginava o que ela passava até um moleque vir e esfregar na minha cara Gina! Um garoto que apenas a conhece há quatro anos sabe mais da minha própria irmã do que eu! ─ lamentou bagunçando o cabelo e se sentando em uma poltrona em seu escritório.

─ Jake... ─ Gina suspirou o olhando com um olhar acolhedor ─ Você sempre se manteve ocupado para dar tudo de melhor e para proteger essas meninas, não se martirize á esse ponto. ─ ela se aproximou o tocando no ombro ─ E eu sei, que assim como eu Memphis e Lucy entendem tudo isso.

─ Eu nunca fui um irmão presente Gina, elas precisavam de todo o carinho e conforto do mundo desde que meus pais morreram, e eu simplesmente não fiz isso. ─ fungou com os olhos cheios de lagrimas ─ A Lucy... ─ soltou uma risada baixa ─ Nunca teve um pai ou uma mãe para compartilhar seus momentos de felicidade e tristeza, eu sempre a via chegar do balé com um olhar triste Gina ─ ele a olhou ─ E eu sabia que isso era por ter que presenciar todas aquelas mães com seus filhos, e isso me machuca Gina, você não tem noção de como é grande a dor que eu sinto em meu coração ao olhar para Lucy.

─ Jake não seja...

─ Durante esse mês que estivemos em Los Angeles eu nunca tinha visto Lucy tão sorridente ─ continuou ─ Eu queria poder ter gravado cada sorriso que via naquele rosto pequeno, a cada minuto que eu a olhava e via sua felicidade eu me sentia feliz! Por anos eu só via a tristeza em seu olhar, ai chegou o dia em que Jeremy Bieber e seu filho vieram, eu nunca vi Lucy interagir com uma pessoa como ela havia interagido com aquele garoto Gina. ─ a olhou com o cenho franzido ─ Foi à mesma coisa com Memphis, conforme os meses se passavam eu via um sorriso em seus lábios mesmo que fosse o mais tímido de todos, eu via Gina! E eu sabia que era por causa daquele garoto, e eu sabia que em um dia da semana ele saia com ela para algum lugar escondidos, e em todos esses lugares eu estava lá. ─ a contou com seus pensamentos há três anos. ─ De alguma forma, aquele garoto mostrou a Memphis o que era viver com apenas pequenos gestos, e eu nunca admitiria isso, mas eu sou grato por isso. ─ um sorriso pequeno escapou de seus lábios enquanto olhava para suas mãos ─ Tudo que ele havia feito por ela em um ano, foi o que eu não pude fazer em toda a sua vida até hoje.

─ Você está certo do que irá fazer Jake? ─ Gina perguntou apreensiva.

─ Eu irei fazer Taron pagar por tudo que ele fez a Memphis, essa será uma forma de eu tentar me redimir por tudo. ─ ele se levantou ─ E isso será hoje.

 

 

─ Drew, JC chegou. ─ Roman o avisou assim que apareceu na sala.

Justin estava sentando no sofá com sua cabeça apoiada em suas mãos, o que havia acontecido há duas horas não saia de sua mente, e isso estava começando a irrita-lo.

─ Bieber. ─ JC o cumprimentou com um maneio de cabeça.

Ele sempre foi o mais sério de todos.

─ O que aconteceu JC? ─ ele perguntou sem rodeios.

─ Tenho duas coisas para contar a vocês. ─ ele largou sua mala de mão no canto e apoiou seu corpo no balcão. ─ A primeira é que seu pai descobriu que estão aqui. ─ disse fazendo Justin respirar fundo e jogar a cabeça no encosto.

Roman xingou baixo coçando a nuca, agora ele estava preocupado.

─ Porém. ─ ele continuou ─ Ele quer que tudo isso acabe de uma vez para você voltar para Los Angeles e agir como um herdeiro deva agir.

─ Isso significa... ─ Roman deixa a frase no ar.

─ Significa que vocês tem que acabar com Taron de uma vez por todas. ─ JC olhou para Justin, o mesmo estava com seu olhar preso na parede.

─ Ele realmente quer me tornar dono de tudo aquilo. ─ Justin soltou uma risada baixa apertando suas mãos. ─ Eu não tenho escolha.

E ele não queria isso, Justin sempre sonhou tendo uma vida normal, entretanto seu pai o havia privado disso para poder prosseguir com o negocio da família, ele nunca ao menos o perguntou se era isso que ele queria para sua vida.

E talvez, pelo simples motivo dele estar agindo assim deu esperanças ao seu pai, mal ele sabe que o real fato disso tudo era a sua necessidade absurda de querer proteger Memphis, era como ele havia dito a Roman, ele apenas continuou nisso tudo porque ele havia encontrado um motivo.

─ E a outra coisa que você ia contar? ─ Roman perguntou.

─ Eu descobri quem é que esta ajudando o Egerton. ─ disse e isso chamou a atenção de Justin.

─ E quem ele é? ─ ele perguntou.

─ El Padrino.

─ Como é que é? ─ Roman riu ─ O cara ressurgiu das cinzas? Ele não morreu em 1955?

─ Não esse padrinho. ─ JC disse ─ Você não sabe a historia da família Corleone? ─ ele o olhou estranho. ─ Bom parece que o pai do Don Vito Corleone tinha outra mulher, e ele teve uma filha com essa mulher, e essa filha teve um filho, e esse filho está vivo até hoje. ─ disse deixando Justin e Roman surpresos.

─ Filha? Filho? ─ balbucia Roman ─ Com quantos anos o coroa teve essa filha?

─ Por volta de uns quarenta e pouco.

─ E essa filha teve esse filho quando? ─ Roman pergunta novamente.

─ Ela tinha por volta uns vinte e poucos quando Don Vito morreu, e ela teve o filho dela por volta dos trinta anos. ─ disse JC com o cenho franzido ─ Hoje provavelmente esse filho dela deve estar com cinquenta anos.

─ Mas o El padrinho ─ disse Roman em deboche ─, teve essa garota fora do casamento, mesmo assim ela teria alguma parte da herança dele?

─ Claro, é filha Roman. ─ Justin o explicou.

─ Continuando, essa garota teve parte da herança dele, mas assim que o coroa morreu ela saiu de Nova Iorque e foi morar na Sicília, cidade aonde seu pai nasceu.

─ O filho dela é italiano mesmo.

─ Ela morreu lá e seu filho ainda mora lá.

─ Ele tem algum envolvimento na máfia? ─ Justin perguntou.

─ O que você acha?

─ O filho da puta ta dando uma de poderoso chefão! ─ Roman gargalhou.

─ Eu nunca ouvi falar dele. ─ Justin diz pensativo.

─ Ele está continuando com o negocio da família dele, e vocês sabem, a máfia de antigamente não é como a de hoje.

─ Eles são na deles. ─ Justin completou.

─ Mas se mexerem com alguém da família, ou o trair a cobra vai fumar. ─ Roman disse ─ E eu pensando que o El Hombre aquele mexicano do caralho era mais tenebroso, ai vem e me aparece o novo poderoso chefão, é brincadeira.

JC concordou com Roman.

─ Seu pai iria ligar para você Justin... ─ JC o disse e em seguida um toque de celular começa.

─ Eita premonição do caralho. ─ Roman comentou com o corpo todo arrepiado.

Justin suspirou ao ver seu celular na mesinha de centro e o nome de seu pai no visor, esticando o braço ele pega o celular e o atende.

Imagino que JC já deu a noticia. ─ seu pai começou quando viu que Justin não falará nada.

─ A que eu terei que agir como um herdeiro? ─ perguntou sinicamente.

Você é meu único filho, já deveria saber que a qualquer hora eu não possa mais estar aqui... ─ Justin o interrompe.

─ Essa é minha única escolha? ─ Justin perguntou, ele desejava que não fosse à única.

Justin você é meu filho e eu te conheço, mesmo que você não ache isso. ─ Justin ouviu seu suspiro ─ Eu sei que você esta nisso por causa da garota. ─ Justin se surpreendeu ─ Eu não sou cego, não ainda.

─ O que você quer dizendo isso?

O que eu quero é que você aja da maneira certa.

Justin hesitou antes de perguntar, ele já imaginava qual seria sua resposta, mas ele desejava de todo o seu coração que não a fosse.

─ Isso quer dizer?

Que você acabe com Taron e largue Nova Iorque, e consequentemente Memphis.

─ É a minha única escolha? ─ perguntou novamente sussurrando.

Roman o olha apreensivo.

Eu sinto em dizer filho, mas sim é.

─ Tudo bem. ─ umedeceu os lábios se levantando ─ Eu vou fazer isso.

 

 

Memphis se olhava diante do espelho, mais uma vez ela estava ali. Era algo quem ela sempre fazia não que ela fosse uma pessoa narcisista, ela apenas gostava de se olhar no espelho porque era ali, que as mais belas lembranças de seus pais viam em sua mente, era naquele pequeno momento sozinha que ela se sentia mais próxima deles.

Ela nunca havia imaginado que Jake se sentia assim em relação á ela e Lucy, sim ela havia ouvido tudo atrás da porta, e ela sabia o tamanho da dor que seu irmão estava sentindo, e ela iria acabar com tudo isso de uma vez.

E então assim que seu irmão saiu pela porta sendo seguido por Gina e Juan ela chamou Thomas e mais uma vez chamaram um taxi, e eles sabiam exatamente para aonde iriam.

 

 

Colocando a escuta no ouvido Justin olha para o reflexo de Roman no espelho, o mesmo o olha com a aflição presente.

─ Você tem certeza disso Drew?

Certeza? Ele tinha a certeza que acabaria com Taron sem pestanejar e ele também tinha a certeza que iria voltar para Los Angeles e deixar Memphis para trás, mesmo que lá no fundo ele não queira isso, mas era como Roman havia dito, ele não estava sufocando só Memphis como também estava sufocando a si mesmo com todos esses sentimentos que ele carregava.

─ Vamos partir. ─ passou por Roman sem o olhar.

─ Tudo irá ficar bem, eu sei que vai. ─ Roman sussurrou para si mesmo com pena do amigo.

Seguindo o amigo Roman o vê pegar a mala que JC havia trago, ouvindo o barulho do zíper ele vê Justin pegar duas Taurus e colocar uma em cada lado do coldre axilar que atravessava suas costas e então olha para Roman por cima dos ombros.

─ Roman você fica com a CBC. ─ pegando o rifle ele joga para Roman que o pega no ar.

JC se aproxima dos dois e coloca seu notebook no balcão, apertando o enter.

─ Durante minha viagem até aqui eu rastreei Taron pelas coordenadas que a tal amiga do Roman te deu... ─ Roman o interrompe.

─ Espera ai, você mexeu na minha gaveta de cuecas? ─ ele pergunta descrente.

─ Sim ─ JC responde o obvio.

─ Filho da...

─ Continua. ─ Justin manda em um tom alto calando Roman.

─ Ele está no porto de Nova Iorque, é próximo de Manhattan.

─ Por que ele esta em um porto? ─ Roman questiona confuso.

─ Vamos descobrir quando chegarmos lá. ─ JC o respondeu trocado a imagem para a de um navio de carga pequeno. ─ Esse é o navio que Taron comprou.

─ Ele ta nessa coisa gigante? ─ o tom de voz de Roman se altera. ─ Como vamos achar ele nisso?

─ Isso é um navio cargueiro pequeno, Roman.

─ Essa porra continua grande!

─ Teremos que nos separar. ─ Justin diz ─ Só precisamos saber para onde cada um irá.

JC troca a imagem e aparece um mapa do interior do navio.

─ Ah como esse meu amigo asiático é inteligente rapaz! ─ Roman diz alegre socando o ombro de JC.

─ JC irá para o primeiro andar, Roman checa todo o segundo andar enquanto eu irei pelo convés, nós encontramos na cabine quando tudo estiver limpo, entendidos? ─ Justin dita às ordens. ─ Provavelmente irá estar cheio de capanga do Padrinho.

─ Limpo você quer dizer... ─ Roman engole a seco ─ Matar?

─ Se for preciso sim. ─ Justin suspira pesadamente.

─ Mas Justin você nunca mata... ─ Justin o interrompe rudemente.

─ Você compreendeu Roman?

─ Sim.

─ Estamos de saída.

 

Manhattan ─ Nova Iorque, balsa. 18h37min.

 

─ Roman sobe! ─ Justin exclama baixo dando impulso para Roman subir em uma das cargas e assim que o mesmo sobe Justin o joga um binóculo.

─ Tem dois homens no convés de trás, perto das cargas.

─ De que lado?

─ Da margem do porto. ─ Roman responde Justin.

─ Pode descer.

─ Como iremos subir? ─ Roman pergunta ─ Ali tem uma rampa... ─ o mesmo se interrompe ao ver JC abrir uma mochila e de la tirar três ganchos com o fio de aço. ─ Nem que a porra!

─ Roman! ─ Justin bradou entre dentes por seu tom alto ─ Prende esse cinto na cintura.

Contra gosto Roman faz o que Justin pede, olhando para JC que é o primeiro a rodar o gancho na mão e então jogar na barreira do navio logo pegando impulso e escalando.

─ Sua vez. ─ Justin chama a atenção de Roman que agora fazia uma breve prece aos céus.

JC ajuda Roman a passar para dentro do navio enquanto Justin jogava o gancho e fazia a mesma coisa que os outros dois fizeram.

 

 

Assim que o taxi parou na entrada do porto de Nova Iorque, Memphis e Thomas saem olhando um para o outro.

─ Preparado? ─ ela pergunta.

─ Eu poderia dizes que sim, porém não estou. ─ Memphis o olha assustada ─ Quer dizer sim. ─ ele se corrige.

Thomas sentia o suor de nervosismo escorrer pelo seu rosto, ele queria poder dizer que estava confiante, mas seria uma mentira absurda, sem contar que ele não queria que Memphis se preocupasse, ele sabia que ao entrar no navio ele poderia não sair mais e só de pensar nisso sua crise asmática já dava índices.

─ Você trouxe sua bombinha? ─ Memphis o pergunta tocando em seu ombro ─ Thomas podemos voltar se... ─ ele a interrompe.

─ Eu quero acabar com isso tanto quanto você Memphis. ─ ele a acalmou ─ E não vai ser uma asma que vai atrapalhar tudo! Vamos.

Os dois andaram por entre as cargas enormes até chegarem à margem do porto, aonde se encontrava um único navio.

Memphis e Thomas encostaram-se a uma das cargas ao perceberem dois homens se aproximar.

─ Temos que averiguar o convés pela ultima vez antes de partir. ─ um deles diz ao outro.

─ Ou podemos dizer que o fizemos. ─ o outro disse.

Thomas e Memphis prenderam a respiração assim que os dois homens que acreditaram serem capangas do Taron passa por eles.

─ É melhor não, senão a Leslie nos come vivos. ─ é a ultima coisa que eles ouvem.

─ Quem é Leslie? ─ Memphis pergunta baixo, Thomas apenas da de ombro.

─ Você os ouviu, temos que sermos rápidos. ─ Thomas diz a puxando para a rampa que dava acesso ao navio.

Curvados eles sobem pela rampa e olham para os dois lados.

─ Você está com a sua arma? ─ Thomas a pergunta em um tom baixo.

─ Sim e você?

─ Também, vamos.

 

 

Pegando um dos capangas por trás Justin quebra seu pescoço assim como JC faz o mesmo com o outro.

─ Descanse em paz. ─ Roman diz sarcasticamente.

─ Agora vamos nos separar. ─ Justin olha para os dois que assente e em seguida cada um corre por uma direção.

Limpando o suor da testa Justin corre por entre as cargas e dobra a direita e depois para a esquerda, assim estando no corredor do outro lado do navio, o que a vista dava para o mar.

 

 

JC abre a primeira porta do convés e então entra a fechando, com a mão no coldre de sua cintura ele segue pelo corredor íngreme com acesso a varias portas.

Abrindo a primeira ele vê um cômodo pequeno com estantes de metal nas paredes e nessas estantes continha diversos tipos de peças velhas de eletrônicos.

Fechando a porta ele volta a andar pelo corredor abrindo cada porta até chegar ao fim do corredor, ele olha para a direita e esquerda e suspira seguindo pela direita, mas para abruptamente quando sente seu corpo se chocar com outro, rapidamente ele pega sua arma e aponta para a pessoa.

─ Você? ─ JC pergunta incrédulo e surpreso.

─ Calma ai! ─ Thomas ergue as mãos olhando para a arma com o silenciador apontada para si com medo.

─ O que você está fazendo aqui? ─ JC pergunta rude ainda apontando a arma.

─ Qual a necessidade de apontar essa arma para mim? ─ Thomas balbucia intercalando seu olhar de JC para a arma.

─ Eu não vou perguntar outra vez... ─ JC diz em um tom alarmante.

─ Vim com o mesmo propósito que o seu! ─ Thomas se assusta ao ver JC segurar a arma com firmeza.

E então Thomas segura o grito na garganta quando vê a arma sendo disparada.

Com sua respiração descompensada ele abre apenas um olho e seu olhar desce de JC ate o chão em seus pés vendo aquele liquido espesso e escuro.

─ Você... Você... ─ balbucia assustado olhando JC abaixar a arma.

─ Devia prestar mais atenção. ─ JC diz seco ─ Você estava sendo seguido.

Seguindo o rastro de sangue a boca de Thomas vai ao chão assim que ver o corpo de um homem no chão encostado na parede suja de sangue, ele engole a seco vendo a marca da bala no meio da testa.

─ Na cabeça, no meio da testa. ─ sussurra Thomas amedrontado.

─ Espera. ─ JC diz baixo ─ Se você está aqui, então... Ah merda!

 

 

Roman sobe as escadas de fora do navio até a porta de ferro a empurrando com força e entrando em seguida.

Ele solta o ar e pragueja baixo ao ver um corredor com acesso á varias portas, chutando a primeira porta ele bufa ao ver uma cabine pequena com um beliche.

─ Roman sempre se ferra! ─ chuta outra porta ─ Sempre fica com o trabalho difícil. ─ chuta outra ─ Ninguém tem dó... ─ um grito sai de sua garganta assim que um gato pula em sua direção. ─ Porra! Quem trás um cacete de um gato pra’ um navio caralho?!

Se apoia na parede tentando recuperar o ar, mas fica atento ao escutar um barulho de latinha rolando pelo chão.

─ Se for outro gato, eu juro que... ─ se vira se calando.

─ Você? ─ os dois dizem em uníssono. ─ O que você faz aqui? ─ Jake pergunta se aproximando.

─ O que você acha? Vim fazer um cruzeiro e acabei parando nesse burutucu. ─ Roman diz ironicamente.

─ Se você está aqui, o filho do Jeremy...

─ Justin? Ah sim, ele com certeza esta aqui.

Jake o olha enfurecido.

─ Ele não vai estragar a minha chance de me redimir por tudo entendeu! ─ Roman o olha estranho.

─ Que merda você está dizendo? ─ Roman pergunta.

─ Sai dessa merda! Agora! ─ Jake branda apontando para a porta atrás de Roman.

Gargalhando Roman o confronta.

─ Olha aqui seu branquelo filho da puta você não sabe pelo o que eu tive que passar para estar dentro dessa bosta! ─ Roman diz no mesmo tom apontando para Jake ─ Então é melhor você mover essas suas perninhas sem bronze pro’ lado e me deixar passar antes que eu te jogue pra’ fora desta merda!

─ Então que vença quem tiver a maior força! ─ Jake declara partindo pra’ cima de Roman.

 

 

Memphis encosta na parede com a mão em seu peito enquanto puxava o ar com força, ela até poderia tentar apreciar a bela visão que era aquela do mar com a lua se não estivesse correndo perigo e se Thomas não tivesse se perdido e deixado sua bombinha de ar cair no chão, ela estava começando a ficar preocupada, e sua prioridade agora era encontrar Thomas.

Ela respira fundo e segue pela lateral do convés, assim que ela nota o convés da frente aonde continha bote salva vidas ela se encosta novamente na parede inclinado um pouco o corpo vendo um homem de preto de costas, a iluminação daquela parte do convés era melhor, ela teria que dar um jeito de passar por trás dele e entrar na porta que dava acesso ao interior do navio.

Desencostando da parede, em passos lentos ela anda se beirando a parede, mas para abruptamente quando ouve um disparo baixo e o homem a sua frente cair ao chão.

Olhando atentamente ela nota um tranquilizador em suas costas.

Ouvindo uma sequencia de passos Memphis sente seu corpo tenso, e então de repente a única iluminaria que iluminava o local é atingida, se abaixando com as mãos na cabeça Memphis segura o grito.

Tirando o cabelo do rosto, com dificuldade ela anda agachada até um dos botes e então sente um de seu braço ser puxado com força para frente do bote, e então se vê entre as pernas de alguém que tampa a sua boca, ela finca as unhas no braço da pessoa.

Sentindo seu corpo trêmulo Memphis aperta os olhos com força quando sente a pessoa que a puxou a aperta contra si.

─ Alguém acertou o Marcus! ─ ambos escutam uma terceira voz.

─ Invadiram o navio, se adiante e vá avisar Leslie! ─ outra voz esbraveja.

Escutando os passos se afastarem Memphis sente seu corpo relaxar, mas então se lembra de outro problema, problema esse que não a soltou.

Mordendo a mão que tampava sua boca ela rapidamente se solta e se afasta se rastejando até o outro bote podendo assim olhar para a pessoa.

─ Você? ─ ela gagueja ao perguntar.

─ Por que mordeu minha mão! ─ Justin diz entre dentes.

─ Oras! O que faria se uma pessoa te puxasse do nada! ─ ela diz se enrolando.

─ Eu não a morderia! ─ ele retruca.

─ Ah claro, você faria pior! ─ diz em deboche sem o olhar.

─ Por que esta aqui Memphis? ─ ela escuta o tom baixo de Justin.

O olhando ela o analisa notando seu semblante triste, suspirando ela sente seu rosto esquentar.

─ Você sabe o porquê. ─ ela diz no mesmo tom.

─ Seu irmão está aqui? ─ ele pergunta e ela assente ─ E ele sabe que você está aqui? ─ ela faz um maneio com a cabeça negando ouvindo um suspiro de Justin ─ Levanta.

Estendendo uma mão em sua direção Memphis a pega sentindo seu corpo se chocar com o dele, ela o olha constrangida ao notar seu olhar em seu rosto, desviando o olhar ela escuta sua risada baixa.

─ Você não muda. ─ ele sussurra olhando todo o seu rosto com encanto ─ E espero que nunca mude. ─ ainda sussurrando enquanto tira uma mecha de seu cabelo do rosto.

Passando seus braços envolta de seu corpo, Justin a aperta contra si.

─ O que está fazendo? ─ ela sussurra contra seu peito sem entender o porquê ele a abraçou ali e agora.

─ Apenas me deixe ficar assim um pouco. ─ ele diz com os lábios no topo de sua cabeça.

Ele não fazia ideia de quando poderia a sentir em seus braços outra vez, ele queria apenas aproveitar um pouco daquele momento. Ele pensava que nunca iria entender o que sentia por Memphis, ele nunca pensou que iria agir assim com uma pessoa como agia com Memphis, ela o transformava em outra pessoa.

Nunca teve algo que almejasse tanto a ponto de correr atrás para ter lá, ele queria ter Memphis para si, e ele nunca desejou tanto algo como agora.

Ele poderia dizer que Memphis foi literalmente, a melhor coisa que já o havia acontecido. Quando a conheceu ela era como um pequeno mistério que ele queria desvendar, mesmo que levasse anos e anos ele a desvendaria, poderia também dizer que ela havia sido um mistério e tanto.

Ele podia a encarar como um desafio, o que na verdade ela realmente era! Mesmo com ela ultrapassando todas as barreiras do seu coração.

Ele queria saber se também estava conseguindo ultrapassar as barreiras do coração de Memphis assim como ela fazia com ele.

─ Justin? ─ ela o chama baixinho.

─ Uhn... ─ ele responde com um murmuro.

─ Você... ─ ela procura palavras para dizer.

Lentamente Justin tira seus braços de sua volta e se vira de costas para ela.

Ela estava tão confusa, Justin sempre a deixava assim.

Ele não podia mais fazer isso consigo, mesmo sabendo que ao acabar com tudo isso ele teria que voltar para sua vida em Los Angeles longe de Memphis. Ele teve apenas uma escolha e desejou tanto mais tanto que não fosse à única, mas mais uma vez tudo pareceu conspirar contra si, ele apenas queria tentar ser feliz como uma pessoa normal, e quando encontra a pessoa que causa tal sentimento ele tem que a deixar para trás.

─ Vou te tirar daqui.

É tudo que ele diz, faria isso da forma mais rápida de todas e depois voltaria para cá e acabaria com a vida de Taron de uma vez por todas para que então Memphis tivesse sua vida de volta, mesmo que o passado tivesse lá, ele sabia que algum dia ela esqueceria, assim como também ela o esqueceria.

─ Justin... ─ ela diz baixo fazendo Justin apertar seus olhos e punhos com força.

Ele queria realmente fazer tudo isso, mas simplesmente não dava por causa da sua maldita voz e do que ela o causava.

─ Por favor. ─ ele suplica baixo ainda de costas para ela ─ Pelo menos uma vez na vida faça o que eu digo.

─ Mas Justin... ─ ela se aproxima o tocando.

Esse foi seu limite.

─ O que você quer de mim caramba! ─ vocifera se virando a assustando e a encarando de perto ─ Sinceramente eu não te entendo, eu realmente não te entendo ─ soltou um riso forçada umedecendo os lábios em seguida ─ Eu sou um idiota, um completo idiota ─ ele olha sua expressão de confusão ─, sou idiota por pensar que algum dia nessa vida miserável você iria querer algo comigo, alias o que eu podia te oferecer? ─ ele pergunta com a respiração descompensada ─ Tudo! Mas parece que não é o suficiente pra você, eu sempre, sempre estive ali pra você, por você! ─ mordeu o lábio nervosamente ─ Você chegou em minha vida de uma forma tão avassaladora e agora parece que você está tentando sair dela do mesmo modo! Eu tentei, eu juro que tentei negar para mim mesmo o que eu sentia aqui dentro ─ bateu no peito ─ Eu juro que tentei ser o melhor por você, eu nunca desisti, porque eu nunca desisto daquilo que eu realmente quero para mim! ─ se virou de costas bagunçando o cabelo e então se virou para ela novamente ─ Eu queria apenas uma chance, uma chance para te mostrar o quão eu quero te fazer feliz ─ respirou fundo ─, feliz comigo. Mas você não abre uma brecha, eu só precisava de uma porra de uma brecha!

Memphis o olhava atônita sem piscar os olhos, ela nunca imaginaria que Justin pudesse ter algum tipo de sentimento por ela, e ela nunca imaginaria que ele iria jogar tudo isso ali e agora.

Ele não queria ter explodido ali e agora, ele não se imaginou se declarando desta forma.

─ O que eu tenho na cabeça? ─ se perguntou a si mesmo quando viu que ela não falaria nada.

O olhando dar as costas, ela permaneceu quieta tentando processar aquilo tudo. Justin havia se tornando uma pessoa mais que importante em sua vida, ele sempre estava ali por ela, não importava como fosse, ele sempre se manteve ao seu lado, cuidando, protegendo e a fazendo rir, e ela nunca pode realmente o agradecer por tudo que ele havia feito em sua vida.

─ Idiota! ─ pragueja baixo ─ Como você a deixou entrar assim na porra da sua vida e na porra do seu coração! Ela me irrita, me tira do serio com suas atitudes! Por que eu gosto dela?! ─ andava de um lado para o outro falando consigo mesmo, Memphis apenas o observava.

Justin para, olha para trás e volta a ficar a sua frente.

─ Quer saber? Eu cansei! ─ cuspiu apontando para ela que ainda estava atônita ─ Eu não vou ficar aqui mais um segundo, eu não quero ficar mais um segundo ao seu lado, eu vou sair dessa merda!

─ Justin a gente tem que achar o Taron! ─ diz Memphis o segurando pelo braço.

─ Foda-se o Taron, foda-se esse caralho de navio, foda-se essa porra toda, foda-se essa droga de sentimento que eu sinto por você...

Memphis agarrou seu rosto o puxando para baixo encostando seus lábios no dele, assim fazendo-o calar a boca.

Abismado, Justin sentiu seu corpo todo entrar em combustão, pela primeira vez, ele sentiu o tocar dos lábios dela nos seus.

Afastando lentamente seu rosto do dele Memphis abre os olhos e vê ele pálido e com o cenho franzido.

─ O que... ─ ela o interrompe mostrando um dos seus mais belos sorrisos o deixando mais confuso e louco por ela.

─ Vamos achar o Taron, juntos.

 

Continua...

 


Notas Finais


E ai como estão se sentindo? Eu to dando um piradinha de leves, só.
Eu realmente espero de todo o fundo do meu coração que vocês estejam gostando, sério.
Sejam bem vindos novos leitores <3
E até mais XOXO.
Musica Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=_V__5_O9h4Y
Musica Spotify: https://open.spotify.com/track/4qp31WOaM1k3XGJcB5Pnu7


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