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História Além do Limite - Covardia.


Escrita por: ItsBeize

Notas do Autor


Annyeong! Como estão?
Quero deixar claro aqui que Golden Love de Midnight Youth é a musica do casal, então todas as vezes que tiver parte com eles vocês podem ler ouvido essa musica se quiserem.
Boa leitura <3

Capítulo 24 - Covardia.


“Me apaixonei á primeira vista como se estivesse escorregando”.

 

Dois meses atrás.

Sicília ─ Itália, 10h25min.

 

De longe, Leslie o vê posicionado para tacar a bolinha de golfe longe e assim que ele ergue os braços e atingi a fazendo voar ela se aproxima, os dois homens vestidos com ternos caros e chapeis ridículos se afastam apenas um metro de distância.

Ele sentia o cheiro do medo dela de longe, mesmo ela tentando esconder mantendo sua pose rígida. E mais uma vez Leslie praguejava Taron aos quatro ventos.

Que ele tenha sido bem recebido no inferno, pensou.

─ Padrinho. ─ ela o cumprimenta abaixando a cabeça por milésimos segundos. ─ Trago noticias, e devo avisar que não são nada boas.

Ele a ignora pegando outra bolinha da mão de um de seus capachos e a posicionando no prego.

─ Houve uma emboscada em Nova Iorque. ─ mesmo com ele não a olhando ela continua ─ O navio acabou explodindo, Egerton está morto.

Ele ergue os ombros e apoia as mãos no taco de golfe, ele vira o rosto e a olha de cima a baixo.

─ Consegui escapar a tempo em uma das capsulas de emergência. ─ se explica ao notar seu olhar avaliativo sobre ela.

─ Sabe Leslie, meu pai sempre dizia que um homem que não se dedica a família jamais será um homem de verdade. ─ ele se virou para ela ─ Eu acolhi você e Taron, prometeram-me lealdade, e o que eu recebi em troca? ─ sua voz se tornou grave ─ Traição.

─ Padrinho...

─ A ganância de Taron o levou a morte Leslie, e agora só me resta você. ─ se aproximou acariciando seu rosto de leve. ─ Eu espero que você não siga os passos de Taron, porque em minha família não perdoamos.

─ E agora? ─ perguntou quando ele se afastou ─ Taron errou completamente, mas ele era da família papà.

Ele suspira pesadamente, ele havia criado Taron quando o encontrou nas ruas de Nova Iorque, ele havia se tornado um filho que ele nunca tivera, e saber que agora não poderia mais vê-lo doía.

Ele havia sofrido as consequências que o próprio trouxe a sua vida.

─ Eu havia lhe dado mais uma chance, tive até que lhe ameaçar com a pessoa que ele mais amava, e mesmo assim sua ambição pelo poder e vingança falou mais alto. ─ ele a olhou por cima do ombro ─ Não iremos nos envolver com a máfia de fora Leslie.

─ Mas Padrinho...

─ Procure pelo sobrinho de Taron, quero mantê-lo por perto.

Sem ter uma resposta para poder contraria-lo Leslie apenas assente.

─ Irei fazer isso.

Ele olhou para Leslie com orgulho.

─ Grazie, querida.

 

Agora.

Manhattan ─ Nova Iorque, 15h43min.

Justin Bieber Point of View.

 

─ Ligue para JC e peça para ele hackear todas as câmeras do mercado, não quero ter a policia atrás de mim e Memphis pra’ fazer a merda de um interrogatório. ─ disse assim que passei pela porta do Loft com Memphis e Roman em meu encalço.

─ Vou ter que levar o carro pra’ tinturaria ─ Roman avisa ─ Faço isso no caminho, vou ter que trocar a placa do carro também.

─ Faça isso o quanto antes. ─ corro escada acima e vou até o closet pegando meu notebook e quando volto para o quarto do de cara com Memphis. ─ Está melhor? ─ pergunto e passo por ela me sentando na cadeira de frente a mesa de vidro aonde tinha papeis e porta lápis, e também porta retratos.

─ Sim. ─ escuto o colchão ranger ─ Quem quer suas cabeças?

Eu sabia que uma hora ela iria perguntar, um dos defeitos de Memphis além de revirar os olhos – que era totalmente irritante e sexy – era sua curiosidade, só não imaginava que seria tão rápido, mulher fodidamente linda, porém irritante.

─ Ahn, ninguém. ─ dou de ombros com minha atenção no notebook.

Eu tinha a certeza que ela revirou os olhos no exato momento em que falei, Memphis não era boba, ela sabia que eu não a queria meter nisso e se o próprio irmão a privava de ter qualquer envolvimento com o império deles quem sou eu para fazer o contrário e colocar a vida dela em risco? Eu ainda não estou louco.

Sinto ela se aproximar de mim, e desvio o olhar tentando me concentrar no que estava na minha frente.

Eu tinha que descobrir quem era aqueles que invadiram o mercado e tentaram levar Memphis, estava demorando para alguma desgraça acontecer para me tirar do meu pequeno paraíso, inferno.

De uma coisa eu sabia, eles estavam me investigando há tempos.

Memphis estava atrás de mim, sabia disso porque o cheiro de seu perfume havia ficado forte, sinto suas pequenas e delicadas mãos em meus ombros os apertando.

─ O que está fazendo? ─ pergunta, e isso me faz abrir os olhos, a massagem estava tão boa.

E ai estava a minha garota curiosa novamente.

─ Nada. ─ respondo quase gemendo quando ela aumenta a pressão em meus ombros.

─ Nada? ─ ela repete a palavra em um quase sôfrego.

Meu Deus do céu o que aconteceu com essa garota?

Umedeci meus lábios, olhando para a tela do notebook esperando para a barra do carregamento das câmeras concluir, precisava fazer isso antes de JC hackear.

─ Por que vocês nunca me contam nada? ─ ela diz após não receber uma resposta de minha parte, ela bufa e volta a se sentar na cama.

─ Por que quer tanto se envolver com essas coisas? ─ eu pergunto, de começo eu pensava que era por seu jeito teimoso, mas desses meses para cá algo me dizia que não era por isso.

Ela encara seus dedos e dobra suas pernas na cama, e então suspira.

─ Porque eu quero ficar perto de você. ─ murmura, quase não ouvi pelo fato dela ter dito tão baixo, seu rosto cora e ela desvia o olhar para a parede.

Um sorriso cresce em meus lábios e eu abaixo a cabeça coçando a nuca e depois eu a olho com os braços apoiados em minhas pernas.

─ Não me entenda mal ou ache que eu apenas estou carente de atenção. ─ ela diz rápido ─ De forma alguma eu quero te atrapalhar, mesmo que às vezes pareça ser isso. ─ ela abaixa o olhar e sussurra o final ─ Eu agia por impulso ─ deu de ombros voltando o olhar para seus dedos ─, porque havia algo dentro de mim que me obrigava a querer ficar perto de você Justin. ─ ela me olhou ─ Quando você esta por perto eu me sentia bem, e quando você estava longe era como se um pedaço de mim fosse arrancado, você se tornou uma pessoa muito significativa, porque por, mas que tenhamos passado por diversas coisas até chegar aqui, você está aqui! ─ ela sorri de lado voltando a olhar para baixo. ─ Eu voltei a me sentir bem, e você fez isso.

Quando eu bati meus olhos em Memphis pela primeira vez, eu não imaginava que ela iria mexer com todos os meus sentidos logo de primeira, aquela garota de quatro anos atrás havia me encantado e assim prevaleceu.

Não importava os anos e a distância, por noites eu vivia com ela em minha mente o que me fazia questionar a que ponto de loucura eu havia chegado por não conseguir tirar lá de meus pensamentos.

Essa garota havia meu conquistado logo de primeira, e eu demorei dois anos para perceber o que estava bem em minha frente.

Eu havia conhecido a garota mais linda e incrível de todas, eu apenas não queria admitir a mim mesmo.

Fui um tolo.

─ Me desculpe, não sei se essa é uma boa explicação mas...

Eu já não conseguia mais ouvir nada do que ela dizia, e as lembranças do que havíamos passado até agora rodava em minha mente, cada lágrima, sorriso, abraços e olhares surgiam como imagens me fazendo lembrar o porquê eu estava ali agora com ela, o porque eu permaneci dois anos me esforçando para livrar o peso de seus ombros e lhe dar a tão almejada liberdade.

Ela era tudo o que importava para mim.

As palavras continuavam a sair de sua boca, e quando eu me vi, já havia levantado da cadeira a escutando bater contra a mesa de vidro e fui em sua direção, meus olhos em seu rosto olhando para cada detalhe até chegar em sua frente e segurar o seu rosto a fazendo levantar, meus polegares acariciavam seus maxilar enquanto minha respiração descompensada batia contra o seu rosto que ao contrario da sua, estava calma.

Eu queria que meus olhos, neste momento, pudesse lhe mostrar tudo o que eu sentia em relação á ela, porque eu era um completo idiota que não conseguia se expressar em palavras, eu queria poder lhe dizer tudo o que estava guardado em meu peito, mas depois de toda a revelação naquela merda de porto eu não me sentia preparado para lhe dizer o que estava entalado aqui.

Eu não tinha coragem de lhe dizer, porque se não for como o que eu quero que seja um dos meus maiores medos irá se concretizar.

Eu não queria perdê-la.

 

Edifício J. Edgar Hoover ─ Washington, D.C., 10h30min.

 

─ Agente Henriksen.

─ Senhorita Thompson, sempre bela. ─ ele a elogia ao passar pela moça não notando a coloração de seu rosto mudar por conta do elogio. ─ O que tem para mim?

─ Até agora nada. ─ ela tenta o acompanhar.

─ Como assim nada? ─ ele da um maneio com a cabeça cumprimentando um agente.

─ Depois do sequestro de dois trabalhadores da ONU pelo Talibã as coisas ficaram tensas, porém tudo já foi resolvido pelo exercito americano e coreano. ─ dizia ela com seu olhar na papelada em seus braços. ─ O diretor já designou alguns agentes para uma missão sigilosa. ─ ela para abruptamente quase derrubando os papeis quando ele parou e se virou a olhando.

─ Quando isso? ─ ele pergunta confuso, até porque ele não havia recebido nenhum chamado.

─ Você e nem o agente Adkins está participando. ─ ela conclui com sua pose séria, tentando não se abalar pela beleza que aquele homem tinha.

Henriksen deixa escapar uma risada e então umedece os lábios a olhando.

─ Você com certeza tem algo para mim não tem Anna. ─ ele a chama pelo primeiro nome deixando-a intimidada.

A verdade era que muitas ali sentiam uma atração avassaladora pelo o agente, porque além de ser lindo e másculo era um dos melhores agente de toda a sede do FBI.

Isso era inevitavelmente, quente.

─ Como havia dito ─ ela balbucia ajeitando os óculos no rosto ─, não há nada para você agente Henriksen. ─ ela arruma sua postura ─ Por que você e o agente Adkins não aproveitam e tiram uma folga? Uhn?

─ Você sabe melhor que ninguém que eu não consigo ficar parado, senhorita Thompson. ─ ela sente seu corpo arrepiar e seu rosto corar por levar essas palavras para o duplo sentido.

Oh céus, esse homem era de outro mundo, ela pensou.

─ Posso ver o que consigo. ─ ela diz rápido, sem gaguejar.

─ Isso seria muito bom. ─ ele lhe dá um sorriso grande. ─ Te vejo depois. ─ ele da às costas deixando uma mulher quase a beira do limite para trás.

Ao abrir a porta de seu escritório, ele se senta confortavelmente em sua cadeira de couro e observa os papeis dos casos que ele já havia resolvido em um lado da mesa enquanto no outro se encontrava apenas uma folha de um caso inacabado, e o que havia o deixado mais intrigado.

Pegando a folha ele vê o relatório incompleto de James, graças ao FBI que resolveu deixar esse caso de lado o ver que em uma semana não havia encontrado uma testemunha se quer.

A porta se abre e James Adkins entra por ela como um foguete com seu jeito atrapalhado esbarrando na mesinha ao lado da porta.

─ O que é agora novato? ─ Henriksen pergunta sem tirar os olhos do papel em sua mão.

─ Descobri algo muito interessante, mas não sei se é bom te contar porque se os diretores souberem adeus carreira ─ ele dizia tudo muito rápido ─, porém minha curiosidade é maior e meu desejo para resolver meu primeiro caso também é, sem contar no quão meu pai e avô ficariam satisfeitos, sabe como é,  de geração em geração eu fui o único que não conseguiu resolver um caso até agora se sendo que todos os outros homens da família já resolveram um ou dois, meu Deus eu sou uma vergonha alheia! ─ ele andava de um lado para o outro ─ Depois de digitar tantos relatórios algo veio em minha mente chefe!

Ele continuava o chamando de chefe mesmo não sendo, James o via como uma inspiração para que ele desse tudo de si, e Henriksen já havia se cansado de dizer para parar de chamá-lo assim.

─ Estava tão na cara! Mas nós tentávamos nos enganar porque tocar nesse assunto ou simplesmente pensar na possibilidade poderia causar uma catástrofe. ─ ele dizia de forma eufórica. ─ Do que eles têm medo? ─ parou de andar perguntando a si mesmo em um sussurro.

─ Do que você está falando James? ─ indaga, se irritando com aquele falatório.

─ Do caso de Nova Iorque! ─ Adkins apoia as mãos na mesa ─ Eu sei que pode parecer loucura, mas acho que sei o que aconteceu naquele dia, no porto de Nova Iorque.

 

Continua...


Notas Finais


Me diga o que estão achando!
Até mais, XOXO.


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