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História Além do Tempo - O Lago dos Cisnes - Capítulo 12


Escrita por: SheilinhaSaint

Notas do Autor


Olá pessoal!


O feriado vem ai e antes vem a atualização dessa fic!


Nem deu tempo de sentir saudades não é mesmo? Não demorou muito para atualizar, graças ao bom Deus eu ando em uma boa onde de inspiração, agora que troquei os óculos quem sabe essa disposição não aumenta mais? XD


Estou escrevendo quatro fics ao mesmo tempo, duas que estão sendo postadas e duas ainda inéditas, a continuação de Na Real, que deve estrear em breve e uma nova em parceria com um amigo que logo lançaremos também.


Vamos a esta fic!


Não foi de proposito pelo dia das crianças, mas nosso querido Hyoguinha vai roubar a cena aqui *-* ops sem spoiler.


Quero agradecer a linda Vivi que betou essa fic mesmo com 263496454 acontecimentos em sua vida pessoal que necessitavam dela. Amiga obrigado!!


E essa maravilhosa arte que me fez chorar varias vezes foi feita especialmente para fic pela minha amiga linda e talentosa Amelinda Aura que além de ser uma diva da escrita ainda é diva e manja dos paranaues das artes!


Amiga ficou lindo muito melhor do que imaginei estou apaixonada por esse desenho.


No mas, chega de papo e Boa Leitura!!

Capítulo 12 - O Lago dos Cisnes - Capítulo 12


Fanfic / Fanfiction Além do Tempo - O Lago dos Cisnes - Capítulo 12


Além do Tempo — Capítulo 12


— Essa é a recepção hospitaleira dos elfos? — Máscara da Morte reclamou alto suficiente para que Camus e Mu escutassem.

Os elfos por sua vez mantinham o semblante sério enquanto eram conduzidos por Argol, um dos sentinelas elfos, Camus e Mu nunca haviam visto elfos em postos de batalha ou algo parecido, os guardiões faziam este trabalho, ao menos em Delmare.

Todos caminhavam por um caminho florido.

As flores de cores exóticas formavam um belíssimo tapete, Aldebaran e Máscara da Morte estavam estupefatos com a beleza do local, pouco mais adiante num recinto aberto, avistaram movimentos, haviam alguns elfos em volta de uma bela moça, ou rapaz? Não saberiam dizer. A única coisa que poderiam afirmar com certeza é que ali estavam os mais belos seres que já viram na vida.

Afrodite estava sentando em um banco de mármore branco e tinha Misty penteando seus cabelos, quando o loiro nobre parou o assunto e passou a olhar os viajantes recém-chegados.

Então ele se levantou aproximando-se.

— Pelo divino, Camus, Mu, são vocês? — Sem esperar resposta Afrodite foi ao encontro dos primos apanhou Camus num abraço forte, e assim pôde sentir toda a tristeza que seu primo carregava na alma.

Os primos ficaram abraçados por um tempo até que Afrodite soltou o abraço e juntou-se a Mu, Afrodite pode sentir que o primo caçula estava amando, e a aura de Mu estava infinitamente mais leve que a do primo de cabelos vermelhos.

— Camus, o que houve com vocês? Estão faltando dois dos seus, onde estão? – O príncipe de Ville Rosálie questionou.

— Afrodite, meu primo, preciso falar com o Rei Albáfica senhor das terras de Ville Rosálie. — Camus pediu sem responder os questionamentos do primo.

Afrodite soube que era sério, percebeu o tom de urgência do primo, mas ainda assim pediu: — Camus você não está em condições de ver o Rei Albáfica no momento, vamos acomodá-los, a você, Mu e aos seus amigos, tão logo esteja composto e refeito meu pai o receberá.

Ao ouvir as palavras de Afrodite, Camus se deu conta que ainda trajava as roupas que Radamanthys o obrigou a usar, roupas sensuais para a noite em que o maldito pretendia violar seu corpo.

Mesmo usando a capa que Milo lhe deu, ainda assim não estava realmente em condições de ver o Rei.

Se há uma coisa que sua espécie preza é por boas maneiras, elegância no falar, no agir e no vestir.

Olhando nos olhos do primo, Camus concordou, se colocaria apresentável para a audiência com o Rei.

— Argol, esses são meus primos, Camus e Mu, eles e seus amigos devem ser tratados com todo o respeito  e consideração. — Afrodite avisou ao elfo guerreiro que fez uma reverência e saiu acompanhado de outros elfos, o príncipe de Ville Rosálie bateu palmas e neste momento jovens elfos servos vieram, e Afrodite pediu que os visitantes os acompanhassem para que se refrescassem e se refizessem.

Todos seguiram os elfos, contudo Afrodite notou que um dos amigos mortais de Camus não tirava os olhos de si.

Um jovem com uma alma triste e escura, Afrodite podia sentir o a dor de sua alma e a confusão em seus pensamentos.

Deu um breve sorriso ao rapaz e seguiu com seus acompanhantes pelo caminho oposto ao dos visitantes.

*-*-*-*-*-*-*


Na pequena estalagem Milo e Aioria conversavam em um dos quartos, quarto que seria ocupado por Milo e Hyoga, Isaak preferia ficar de guarda no telhado da estalagem, para evitar serem surpreendidos pelos soldados de Radamanthys.

A criança estava sentada ao lado de Milo comendo algumas frutas que o ex-guardião providenciou.

Milo conversava com Aioria enquanto talhava um pedaço de madeira com sua faca de bolso.

— Segundo Shaka, as terras élficas de Ville Rosálie ficam neste ponto, teremos que ir por fora das terras de Gonda, dessa forma. — Milo mostrava o caminho através de um mapa. — Vamos levar mais tempo, porém as chances de darmos de cara com os homens de Radamanthys vão diminuir muito, temos que lembrar que estamos com uma criança agora.

Aioria olhou para o menino que comia tranquilamente ao lado de Milo.

— Impressionante como vocês se deram bem. Você gostou do tio Milo, não é Hyoga? — Perguntou o leonino e acrescentou. — Mas o tio Aioria é muito mais legal, pode acreditar.

Milo sorriu e olhou para o menino também que o olhou de volta e sorriu.

Quando o pequenino viu que a madeira nas mãos de Milo tomava forma, esticou o pescoço e perguntou. — O que o senhor está fazendo?

Terminando o trabalho, Milo entregou um cavalinho de madeira que havia acabado de talhar. — Um presente pra você, Hyoga, seu primeiro cavalo.

Os olhos azuis do menino, brilhantes como o céu em dia ensolarado, se alegraram quando ele pegou o objeto.

— Que lindo! Parece com o Ventania! – Este era o nome do cavalo de Milo. — Sabia que o Ventania gosta muito do senhor? 

Milo sorriu antes de responder. — Que bom que ele gosta de mim, também gosto muito daquele cavalo teimoso.

Neste momento após três batidas na porta Isaak entrou. — Com licença, senhores.

Milo e Aioria fizeram um cumprimento com a cabeça.

— Senhor, gostaria de saber se posso levar Hyoga para ficar comigo na vigília no telhado. — O elfo pediu a Milo causando estranheza nos dois homens que se entreolharam confusos.

Milo, apesar da estranheza pelo elfo lhe pedir autorização para ficar com Hyoga, respondeu. — Não sei se acho apropriado que ele passe a noite em vigília em cima do telhado da estalagem.

Milo notou que Isaak não gostou de sua resposta, mas ainda assim prosseguiu. — Além do que, temos alguns dias de viagem longa pela frente, é necessário que ele descanse bastante essa noite.

O elfo concordou com aceno da cabeça e saiu.

Aioria olhou para o amigo confuso e Milo fez sinal de que não sabia explicar o que tinha acontecido ali.

O loiro de cabelos compridos então olhou para o menino brincando com o cavalinho de madeira que havia acabado de fazer e sentiu o coração aquecer tomado de amor por aquela criança.

— Milo, combinamos assim, amanhã partiremos cedo, no primeiro horário. — Aioria falou tomando o último gole do vinho que dividia com Milo antes de sair.

Milo sabia que o amigo queria seus momentos de privacidade com Shaka, por mais que ficassem a sós nas tendas no acampamento nas terras de Gonda, Milo sabia que nenhuma intimidade mais ousada havia acontecido.

Olhando novamente para o pequenino elfo, Milo falou. — Muito bem, Hyoga, nós já nos lavamos, já comemos e agora vamos ao descanso, certo?

— Certo! — O menino confirmou com a cabeça, e Milo arrumou uma das camas para que o pequeno se deitasse.

Hyoga deitou ainda com o cavalinho na mão, o loiro o cobriu e acariciou seus cabelos antes de ir deitar-se na outra cama.

Em menos de cinco minutos Hyoga saiu de sua cama e foi se deitar com o loiro o abraçando. Milo sorriu e correspondeu ao abraço.

— Senhor Milo. — O pequeno começou.

— Sim? — Incentivou o outro a falar.

— O senhor viu meu papai? – Perguntou o menino com os olhos atentos e brilhantes.

— Sim, eu vi e prometi a ele que viria buscar você e o levaria de volta para ele. – Respondeu Milo.

— Eu tô com muita saudade dele, achei que nunca mais ia ver o meu papai. – Continuou Hyoga.

— Ele também está morrendo de saudades, Hyoga, se ele não veio antes é porque não pôde. – Explicou Milo.

— O Senhor lutou com aqueles homens, e alguns ficaram feridos, outros morreram. — Começou Hyoga incerto. — Não gosto de machucar as pessoas. — O menino falou de uma forma constrangedoramente direta.

Milo sentou-se na cama, e olhando para o menino explicou com cuidado.

— Hyoga, também não gosto de machucar as pessoas, acredite em mim, mas aqueles homens que atacaram você e seus amigos eram homens maus. — Observando que o menino ainda estava confuso Milo continuou. — Algumas vezes para defender as pessoas que amamos temos que tomar algumas decisões difíceis.

Hyoga o olhava atento com seus olhos celestiais.

— Naquele momento eu, Aioria e Shaka tínhamos que decidir o que era certo. Deixar que aquelas pessoas machucassem você e seus amigos, ou salvar vocês?

— Eu ia ficar mais triste se meus amigos se machucassem. — Hyoga comentou.

— Infelizmente há pessoas más no mundo, pessoas que não ligam para a vida dos outros, para o bem. É contra essas pessoas que luto, em uma batalha sempre temos que pensar rápido, mas a vida dos inocentes sempre terá um peso maior na minha decisão. Lembre-se algumas vezes precisamos “machucar” as pessoas ruins, para salvar quem amamos.

O menino ficou em silêncio por uns instantes e depois revelou a Milo. — Quando os homens maus me pegaram eles falaram que se eu não me comportasse eles machucariam o meu papai.

Milo prestou atenção nas palavras do menino sentindo o coração apertar imaginando a cena.

— Ouvi o papai me chamando, o senti triste, muito triste, mas não queria que eles o machucassem. — Comentou o pequeno que então olhou para Milo e sorriu. — Quero ser um guerreiro como o senhor! Vou defender os que eu amo, não vou deixar mais fazerem o papai sofrer.

Milo abraçou o menino e acrescentou. — Se depender de mim ninguém vai fazer nem você e nem seu pai sofrerem novamente.

O menino sorriu e eles para Milo e o abraçou, não tardou para que dormissem.

*-*-*-*-*

Shaka estava se lavando numa pequena banheira, havia dias que não se limpava com zelo, como um nobre elfo nunca imaginou que teria dias assim tão difíceis em sua longa vida, mas as dificuldades não importavam, não agora que Aioria estava finalmente de volta.

Dessa vez Shaka não teria medo, não deixaria de viver seu amor com toda plenitude que ele merecia ser vivido.

Ouviu batidas na porta e logo Aioria entrou.

— Shaka, me perdoe, não quero invadir sua privacidade, mas vamos ter que dividir a água... O banho e...

O leonino não terminou de falar, pois Shaka estendeu seu braço num convite, Aioria não se fez de rogado e tirou as vestes entrando na banheira.

— Venha meu querido, deixe-me esfregar suas costas. — Pediu Shaka acomodando Aioria em sua frente.

Aioria, garboso, sentou na banheira e deixou Shaka esfregar suas costas, ao mesmo tempo em que tinha uma sensação de intimidade com o outro, Aioria se sentia tímido, e para quebrar o silêncio comentou. — Milo e o pequeno elfo estão se dando muito bem.

— É natural que seja assim. — Shaka comentou entretido esfregando as costas do amado, Shaka amava a essência de Aioria, sua alma por bem dizer, seu amor nas duas vidas veio como um homem belo e forte, mas fato é que amaria Aioria mesmo que seu guardião voltasse um corpo feio e defeituoso. 

— Natural por quê? Eu o conheci no mesmo dia, mas o elfinho está longe de ter o mesmo apego comigo...  — Comentou o leonino.

Shaka não respondeu de imediato havia dito sem pensar, realmente Aioria tinha o dom de tirar todo o raciocínio rápido do elfo.

— ... Milo está babando pelo menino. Achei que fosse só pelo fato dele estar apaixonado pelo pai da criança, mas não, ele realmente se encantou com o menino. — Aioria completou o seu raciocínio.

Ficaram em silêncio por uns instantes, quanto Shaka ainda passava a esponja vegetal em Aioria.

O leonino suspirou ante aqueles toques sentindo que seu corpo começava a reagir, virou-se na pequena tina d'água e sussurrou. — Acho que já chega de banho, não é mesmo?

Shaka apenas encarava seu amor com olhos intensos, Aioria saiu da tina e ajudou o elfo a sair também.

O ex- guardião pegou um tecido de linho que foi deixado ali para a finalidade de secá-los e começou a passar o tecido em seu elfo, delicadamente.

Cada toque, uma carícia, o perfume que os longos cabelos dourados de Shaka exalavam era um pedido a luxúria para Aioria, que vencido pelo desejo tomou a boca de Shaka  em um beijo urgente.

Para Aioria aquela seria a primeira vez que eles se amariam, mas tudo tinha um gosto de reencontro.

Deitando Shaka na pequena e desconfortável cama da estalagem, Aioria passou a beijar todo o corpo do elfo, em sua vida inteira, e mesmo com os amantes que já teve, Aioria poderia afirmar com toda a certeza que jamais viu tanta perfeição em outro homem antes.

— Eu o amo, Shaka. — Aioria declarou apaixonado.

— Eu o amo, Aioria. — Shaka respondeu sorrindo, jamais deixaria de dizer isso novamente.

E assim os dois entregaram-se ao amor, naquela nova vida, naquela nova chance de serem felizes.

*-*-*-*-*

Após banhar-se e colocar roupas limpas e adequadas de seu povo e sua posição, Camus dirigiu-se até o grande jardim, que era uma maravilha a parte em Ville Rosálie.

Não quis se alimentar, achava que não tinha esse direito, não enquanto seu filho, Milo e Shaka estavam correndo riscos de serem capturados pelo tirano Radamanthys.

— Camus, meu querido, vi que não se alimentou, sua saúde já está deveras debilitada. — Comentou Afrodite se juntando ao primo.

— Onde estão meus companheiros de viagem? — Camus perguntou ignorando as palavras do primo sobre sua saúde e alimentação.

— Mu e os mortais estão descansando, cada um em seu aposento. — Respondeu o príncipe de Ville Rosálie notando que o primo mudou de assunto.

— Preciso falar com meu tio, o senhor dessas terras. – Voltou a pedir o ruivo.

Afrodite olhou o primo de maneira doce. — Venha comigo, meu pai irá recebê-lo agora.

Seguindo Afrodite, Camus pôs-se a andar observando as flores. O castelo do Rei de Ville Rosálie era dentro de árvores milenares, tudo em conjunto pleno com a natureza.

Chegaram ao florido grã-salão real, sentado em seu trono estava o Rei Albáfica, o ser mais belo do mundo!

Os elfos eram conhecidos por sua beleza simétrica, contudo o Rei Albáfica era a encarnação da perfeição.

Nem mesmo a beleza de seu filho Afrodite superava a sua.

O Rei Albáfica raramente era visto, sua beleza sempre despertou as mais insanas paixões, os mortais que o viam passavam a dedicar a vida a ele numa espécie de sacerdócio.

Mas o coração do ser mais belo do mundo pertencia ao Rei Minos: O Elfo das trevas.*

Sim, os elfos tinham também seu Rei do escuro, pois a  perfeita simetria élfica precisava do lado das trevas, para completar o lado das luzes.

Afrodite era fruto dessa união, alguns diziam que este era o motivo do amor estar sempre ligado ao ódio, e apenas uma linha tênue separava os dois sentimentos, muitas vezes eles se fundiam e não se sabia mais o que era amor e o que era ódio nos corações desesperados.

— Senhor Albáfica. — Pronunciou Camus, fazendo uma reverência e se ajoelhando perante o Rei.

O Rei olhou para Camus perguntou. — Camus, meu querido, estou a sua espera há mais de cento e cinquenta anos. Por que demorou tanto?

Camus levantou os olhos confusos para o Rei e tio.

— Quero saber tudo que houve com você, meu querido, mesmo porque vi que estão faltando algumas pessoas em sua caravana. — Comentou o Rei Albáfica.

— Senhor Albáfica, meu tio, peço que abrigue meus companheiros de viagem e os que, com a graça do Divino, chegarão com Shaka, quanto a mim, sou um maldito, um amaldiçoado não pretendo macular os terrenos de Ville Rosálie com minha presença por mais tempo. — Camus falou ainda de joelhos perante o Rei.

Albáfica e Afrodite trocaram olhares pesarosos e o primo de Camus o confortou. — Camus, meu primo, não diga uma coisa dessas, você é um ser abençoado, foi capaz de gerar uma vida élfica, sabe a benção que isso é, não sabe?

— O Hyoga é a única coisa boa que saiu de mim, mesmo assim eu... – Camus não conseguiu completar a frase seus olhos encheram de lágrimas e sua voz falhou.

— Camus, creio que algo muito grave aconteceu. Quero que me conte tudo, onde está o pequeno Hyoga? Seu pai, meu irmão Crystal o mandou vir até mim assim que ele nasceu, por que não veio antes? – Perguntou Albafica sem alterar a voz.

Camus olhou para seu tio e seu primo, logo abaixou o olhar dizendo. – Eu vou contar tudo que houve...

 

Flash Black...

 

— E agora, Degel? A criança veio ao mundo e Camus está livre, o que será deles? — Shaka perguntou fitando o primo.

— Shaka, é perigoso, assim que Camus tiver condições ele deve deixar essas terras com a criança, talvez pedir abrigo em Ville Rosálie, o Senhor Albáfica está ciente da situação, mas aqui é perigoso.

Degel olhou em volta e baixou a voz antes de continuar, — Estamos tentando evitar uma guerra, mas ela me parece iminente, eu temo por Camus e por seu filho, meu sobrinho.

Shaka encarou o primo, — O Rei sabe? O Rei Crystal sabe do nascimento do neto?

Degel montou em seu cavalo  e virou para Shaka, — Nada acontece em Delmare e em seus arredores que o Rei não saiba.

Antes de sair Degel falou mais uma vez, — Shaka, cuide de meu irmão e de meu sobrinho, por favor.

Shaka confirmou com a cabeça antes de voltar para junto de Camus e Mu, e agora da criança, o pequeno Hyoga. — Seja bem vindo, Hyoga.

...

— Temos que sair daqui, ou vamos para Ville Rosálie ou... Para o Egito? — Shaka expôs as opções deixando a cargo de Camus escolher o destino.

...

— Camus, isso é um bebê ou um cantil furado de xixi? — Shaka perguntou ligeiramente irritado, Hyoga havia deixado sua marca em três roupas de Shaka só naquela manhã.

— Quando os cães querem marcar território eles fazem xixi nos lugares e nas pessoas. — Comentou Mu.

— Meu filho não é um cachorro Mu! — Ralhou Camus.

— Não, mas deve estar querendo marcar seu território também pelo tanto de xixi que ele faz. — Respondeu Shaka se aproximando do primo que trocava o filho pela quarta vez naquela manhã. 

A criança ignorava o que os adultos presentes falavam e apenas se espreguiçava bocejando e achando os movimentos de seus dedos algo realmente interessante.

O bebê tinha apenas dez dias de vida.

Após colocar roupas limpas e secas no bebê, Camus o pegou no colo o aconchegando em seus braços. Uma aura de luz envolveu pai e filho, Camus alimentava seu filho com sua energia.

Era uma belíssima cena de se presenciar.

— Camus, Degel nos mandou ir para longe o quanto antes. — Shaka falou quando Hyoga finalmente adormeceu e Camus o colocou em seu cesto.

— Shaka, não podemos ir agora, Hyoga é muito novo, como vamos andar pela floresta na chuva, dormir ao relento com um elfo recém-nascido? — Argumentou Camus. — Minha prioridade é o meu filho, não vou colocá-lo em riscos desnecessários.

Shaka sabia que o primo tinha razão, seria muito perigoso partir antes que Hyoga completasse seu primeiro ano, em geral os elfos crianças só tinham contato com o mundo externo com quatro ou cinco anos mortais. Estava deixando sua ansiedade em reencontrar seu guardião afetar seu raciocínio. 

— Tem razão, Camus, não podemos viajar com Hyoga assim, sem contar que ele vaza muito ainda. — Shaka falou apontando para Hyoga que já tinha suas roupas molhadas.

— Pelo Divino, será que melhora se eu não der mais água pra ele? — Questionou Camus suspirando cansado, como príncipe elfo não estava habituado aqueles trabalhos manuais, se estivessem em Delmare teria apenas que se preocupar com a alimentação de Hyoga, mas ali naquele lugar todo o trabalho era dele, por mais que seus primos o ajudassem, Camus sabia que cuidar do filho era sua responsabilidade. Mas, além da responsabilidade, Camus fazia com amor, Hyoga era um elo vivo de seu amor com Milo.

— Acho que piora quando eles começam a comer coisas sólidas. — Comentou Mu, fazendo Shaka fazer uma careta e Camus soltar um lamento cansado novamente.

...

— Meu amor, seu sorriso me lembra de muito seu pai mortal. – Dizia Camus para seu bebê de seis meses que estava sentado em sua cama simples na tenta, Shaka estava lendo sentado em uma pedra próximo a tenda e Mu havia saído para colher algumas frutas.

Hyoga balbuciava coisas numa língua própria dos bebês como se conversasse com o pai, Camus sorria com a disposição do filho.

— “Papa” – Falou Hyoga esticando os pequenos braços na direção do pai que o olhou surpreso.

— Hyoga? – Camus falou incerto.

— “Papa” – Repetiu o pequeno elfo olhando para o pai pedindo colo.

Aquela era a primeira vez que Hyoga o chamava de pai, ou pelo menos tentava fazer. Sorrindo feliz, Camus pegou o pequeno nos braços o ergueu. – Papai, você falou “Papai”!!!

...

— Venha Hyoga, venha. — Camus estendia os braços para que Hyoga, agora com dez meses mortais, desse seus primeiros passos.

Mu havia colocado feitiços de proteção em volta da tenda onde estavam, afim de evitar olhares indesejados.

Hyoga era muito pequeno, mas ainda assim conseguia dar seus passos até os braços do pai.

Assim como os bebês mortais, o pequeno elfo ainda não falava, apenas balbuciava pequenas coisas como "Papa," "Mu" e "Ka", que todos entendiam como Shaka.

— Venha Hyoga, venha! — Chamou Mu fazendo o menino sorrir e sair dos braços do pai e ir até seu primo.

Camus o olhava de forma carinhosa, com amor.

— Camus, você fica patético olhando para o Hyoga. — Comentou Shaka sorrindo.

Camus olhou para o primo e respondeu ao comentário. — Shaka, se você fica bobo olhando para ele imagine eu? — Os dois sorriram.

Mu adorava brincar com o pequenino, andava com ele, mostrava o lago próximo à tenda, fazia o menino sentir a natureza e a vida pulsante que havia nela.

Ao longe os elfos viram que alguém se aproximava.

— É o Isaak.  – Avisou Shaka.

Camus foi até seu filho o pegando no colo de uma maneira protetora.

Isaak parou próximo onde os três elfos e a criança élfica habitavam, desceu do cavalo e fez uma reverencia aos nobres e olhou encantado para o menino nos braços de Camus.

— Senhor Camus seu irmão mandou que eu lhe entregasse essas coisas para auxiliá-los na viagem até Ville Rosálie. – Isaak falou retirando do cavalo um cesto com mantimentos e três espadas élficas.

Camus o olhou entendendo o recado: Deveria partir imediatamente!

— Essa é para o senhor Mu. — Entregou a Mu uma espada com o punho cravado de esmeraldas.

— Esta é para o senhor Shaka – Entregou a Shaka com punho banhado em outro branco e cravado com um diamante azul.

Os dois elfos aceitaram o presente agradecendo ao seu portador.

— Senhor Camus essa é a sua. — Isaak estendeu a Camus uma espada cujo punho era trabalhado em outro branco com três grandes pedras de rubi.

— Diga a seu Rei que partiremos ao amanhecer. – Falou Camus magoado, seu pai o estava mandando sair dos arredores de Delmare, e nem ao menos se dignou a conhecer o neto, Hyoga era um nobre, mas estava tendo uma vida de privações que nem o mais humilde dos elfos conhecia.

— Senhor Camus aceite, é para sua segurança durante a viagem. – Insistiu Isaak.

Camus sabia que não era educado recusar um presente, mas já estava se sentindo humilhado o bastante, não podia recusar os mantimentos cedidos pelo Rei, seu pai, por causa de Hyoga e dos amigos que não mereciam passar mais necessidades do que já passavam por sua causa. Mas, aquele presente era algo que ele poderia recusar sim.

— Senhor Camus, é para sua proteção caso haja algum perigo, por favor, aceite. – Pediu novamente Isaak.

— Tenho a espada do meu guardião e é com ela que me defenderei por estes caminhos. – Camus respondeu virando-se para entrar na tenda quando Isaak o chamou.

— Senhor Camus, permita que eu veja seu filho e o pegue em meus braços. – Pediu o jovem elfo fazendo uma reverência.

Camus olhou para o jovem e sorriu, tinha Isaak em alta conta, o rapaz sempre foi seu criado pessoal quando morava no castelo.

Aproximou-se do rapaz e falou com seu filho. – Hyoga, este é Isaak, Isaak é amigo do papai. — O menino sorriu, para o pai e depois para o jovem elfo que esticou os braços para pegar o menino.

— Como é lindo seu filho, meu senhor, prometo que irei protegê-lo sempre, mesmo que custe minha vida.

Camus olhou agradecido ao rapaz e falou. – Esperamos que não precise fazer isso, mas se as ações do tempo o levarem a este momento derradeiro, agradecerei com todo o meu ser pelo seu gesto.

....

Naquela noite Camus, Shaka e Mu começaram a arrumar seus pertences para a longa viagem Isaak deixou seu cavalo para auxiliar aos três na jornada, Camus pensou em recusar, mas infelizmente eles precisariam de muitas coisas na viagem, Hyoga já não sujava mais seus cueiros, contudo ainda era um bebê e como tal precisava de certos cuidados.

— Meus amigos, sei que Degel os fez ficarem comigo durante o período em que estive congelado, e sei que ficaram comigo até agora por pura bondade de suas almas, mas eu os liberto de qualquer compromisso que tenham comigo, voltem a vida no castelo, não posso pedir que se sacrifiquem mais por mim ou pelo meu filho. Posso seguir só de agora em diante. – Pediu Camus a seus primos e amigos.

— Não vamos deixá-lo Camus, pensei que já soubesse disso. – Shaka foi quem respondeu primeiro.

— Não me passa pela cabeça ficar longe do Hyoga. – Mu comentou com um sorriso nos lábios.

Naquele momento Camus sentiu que não estava sozinho, os três se abraçaram com Hyoga preso amarrado junto ao pai, agradecido Camus começou a caminhada sendo seguido pelos primos, Mu vinha puxando o cavalo que levava suas coisas.

...

 Os três seguiam pela floresta, sabiam que seria uma viajem de meses, anos quem sabe? Não imaginavam o que a viajem reservaria para eles, aquela era a primeira vez que Camus saia dos arredores de Delmare sem a escolta digna dos príncipes.

Tudo era novo para os três elfos que apesar de já terem saído dos limites de Delmare por várias vezes carregavam no rosto a fascinação pelo inesperado.

Não tinham mapas, apenas sabiam onde deveriam ir, conversavam com os ventos, com as árvores, estes sempre lhes indicava a direção a seguir.

— Quanto mais nos afastamos de Delmare, mas quente vai ficando. — comentou Camus em uma das raras pausas que faziam para que o cavalo pudesse descansar e se alimentar.

— Camus, é normal que seja assim, Delmare tem um clima muito frio, mas os outros lugares costumam ser mais amenos. — Explicou Mu. — Você vai precisar se acostumar com isso

— Dizem que no Egito é bem quente. — Comentou Shaka.

Camus nada respondeu um lado seu queria ir atrás do medalhão, o lado apaixonado, mas o lado responsável dizia que ele deveria seguir direto para Ville Rosálie e deixar seu filho em segurança.

...


Os três elfos e o bebê Hyoga seguiram pela floresta, não era um caminho fácil, por estarem em mata fechada, mas a essência dos elfos e sua comunhão com a natureza, por este motivo exista toda uma aura radiante que emanava dos elfos fazendo com que seus caminhos fossem sempre tranquilos, como se as árvores abrissem espaço para eles. Com atenção eles conseguiam conversar com as árvores, animais, insetos e até mesmo o vento sempre trazia alguma informação.

Contudo eles estavam fazendo uma viajem em segredo, por isso mantinham o máximo de cautela e nas comunicações evitavam falar sobre Hyoga ou para aonde estavam indo.

Camus acomodou o filho amarrado em seu corpo de modo que o menino ficava quase invisível para os olhos mal-intencionados, já que passariam próximo aos limites de Asgardil, terra da agora odiada Hilda.

— Vocês conseguem sentir isso? —  Mu perguntou, havia uma vibração estranha no ar.

— Eu sei o que é isso. – Camus falou preocupado.

— Vamos nos esconder rápido, Mu nos proteja. – Pediu Shaka, os três, o bebê e o cavalo entraram em uma caverna e Mu lançou seu feitiço de proteção.

De lá os três avistaram uma horda de Orcs passando como se marchassem.

— Orcs? – Camus deixou escapar.

— Orcs em Asgardil? O que isso quer dizer? – Mu perguntou aos primos esperando uma resposta que não veio.

Os três apenas ficaram olhando o exército de Orcs passar com o coração apertado e um pressentimento muito ruim.

...

Hyoga completou seu primeiro ano de vida na estrada, os três fizeram um acampamento na floresta, Mu usou seu poder de proteção para afastar visitantes indesejados.

Shaka presenteou o pequeno primo com um pergaminho sobre elfos mestiços e Mu deu ao menino uma túnica que ele havia bordado.

— Meu amor, hoje é o primeiro ano de sua vida, de uma longa vida! Que o Divino esteja sempre a te proteger. — Camus retirou do pescoço uma corrente de prata que seu pai lhe dera em seu primeiro aniversário e colocou no pescoço do filho.

Não havia festa, não havia guloseimas, honras e bajulação, estavam somente os três adultos e o pequeno que sorria encantado com os flocos de neve que o pai fazia cair como  uma pequena chuva de prata.

Mu tocava uma música em sua flauta, tinham frutas e alguns biscoitos élficos enviados por Degel antes de partirem.

Hyoga sorria feliz na simplicidade das crianças, ele não sentia falta do luxo, uma vez que nunca o teve, para o pequenino o contato com a natureza e com os seres vivos é o que contava.

— Veja Hyoga, uma família de esquilos! Vamos observá-los. — Mu falou colocando o menino nos braços se aproximando dos esquilos.

— Não é justo com ele, Shaka, esse é o primeiro aniversário, se estivéssemos em Delmare... — Camus estava se lamentando quando Shaka o cortou.

— Camus, essa é sua realidade agora, sua e de seu filho, essa é a oportunidade de você ter sua família. 

Camus franziu o cenho olhando para o primo, num pedido mudo que o outro fosse mais específico.

Ambos estavam sentados sobre uma pedra próximo a tenda que armaram para passarem a noite e alguns dias para descansar da viagem.

— Seu amor em uma cabana. – Esclareceu Shaka.

— Isso é utópico, Shaka. – Rebateu Camus.

— Se formos para o Egito poderemos encontrar o medalhão, com ele poderíamos dar vida eterna aos nossos guardiões. — Explicou o loiro.

Camus nada respondeu apenas ficou olhando para seu filho que agora estava correndo com Mu atrás de algumas borboletas. Teria o direito de colocar a vida do filho em risco para seguir o chamado do seu coração?

...

— Dois anos, Shaka, estamos há dois anos por essas estradas, nunca pensei que demoraríamos tanto para chegar a Ville Rosálie. – Comentou Camus enquanto andavam pela floresta.

— É natural que demorasse tanto, Camus, estamos viajando a pé, por trilhas fechadas, no meio da floresta e portando uma criança que começou essa jornada era apenas um bebê, não tínhamos como irmos mais rápido. — Respondeu Shaka.

— Ainda não me conformo do meu pai ter nos expulsado dos arredores de Delmare, ele nem quis conhecer o neto. — Camus deixou escapar sua mágoa do pai.

— Camus eu penso que neste tempo em que estamos em exílio, muita coisa aconteceu, não se esqueça dos soldados orcs que vimos no caminho. — Shaka comentou sobre o que pensava há tempos. — Degel me disse que seu pai está tentando evitar uma guerra.

— Você acha que... — Começou Camus, compreendendo a linha de raciocínio do primo.

— Que se Hilda ou Surt souberem de Hyoga, ele vão reclamar a vida do menino. — Concluiu Shaka.

— Eu mato todos que tentarem! — Camus falou protetor.

— E isso daria início a tal guerra que seu pai quer evitar. — Shaka respondeu.

— Acha que Hilda pode estar tramando algo? Digo, aqueles orcs estavam tomando o caminho para Asgardil, Shaka o que estava havendo com os nossos? — Perguntou Camus se levantando andando em círculos.

— Só saberemos quando chegarmos a Ville Rosálie. 

— Já ficamos tempo demais aqui, partiremos amanhã, concorda? — Perguntou Camus.

— Partiremos amanhã.

****

— Veja Hyoga os cisnes no lago. — Camus mostrou ao filho que já estava com dois anos completos, mas ainda seguia viagem amarrado ao corpo do pai com o auxílio de faixas de tecidos.

O menino olhou para onde seu pai apontava. — Cisne! 

— Veja como são lindos, Hyoga, você sabia que ele são uma das aves mais pesadas que conseguem voar? — Camus continuou a falar.

Os quatro estavam em frente a um grande lago repleto de cisnes. Era fim de tarde, o sol estava se pondo dando lugar a lua cheia, o que fazia a beleza do lugar aumentar ainda mais.

As aves nadavam, algumas abriam suas grandes asas, outros mergulhavam seus longos pescoços no lago, elas, as aves, faziam uma espécie de dança de acasalamento.
 
O machos tentavam chamar a atenção das fêmeas, entre voos e aterrissagens, bater de asas, enrolar de pescoço, tudo perfeitamente sincronizado e belo.

A noite caiu fazendo o lago ser iluminado apenas pelo luar.

Hyoga pediu para sair dos braços de Camus, mas o pai não deixou o filho no chão explicando na maneira do possível seus motivos. — Hyoga, meu amor, você não pode ir lá agora, este é um momento deles. É o momento que eles vão se unir para acasalar.

— O que é "acasasa"? — Perguntou o menino.

— Acasalar. — Corrigiu o pai. — É o momento em que eles vão se unir para gerar uma nova vida. — Tentou explicar Camus.

— Eu quero ver! — Falou o menino com os olhos brilhantes.

Os elfos adultos se olharam, nada era errado na natureza, tudo sempre foi natural.

— Hyoga, os cisnes precisam de privacidade, não conseguem alcançar o objetivo com pessoas olhando, acamparemos aqui perto! Amanhã os veremos novamente! — Explicou Camus.

— Eu gosto dos cisnes papai. — Falou o pequeno saindo com seu pai obediente.

— São lindos, meu filho. 

Os quatro acamparam um pouco acima do lago, como a noite estava fresca eles não armaram a tenda, apenas fizeram uma fogueira e deitaram em volta após se alimentarem com algumas frutas que encontraram no caminho.

— Camus, precisa decidir, vai comigo até o Egito? Pois é neste ponto que nosso caminho toma rumos diferentes. — Perguntou Shaka a Camus assim que que Hyoga adormeceu.

— Eu preciso pensar, Shaka. — O ruivo respondeu.

— Você está pensando há dois anos, Camus! — Cobrou o loiro.

— Não é fácil pra ele, Shaka. — Mu que geralmente não se metia naquele assunto, dessa vez interrompeu os primos.

— Amanhã, Shaka, amanhã terei uma resposta pra você. — Camus avisou.

Shaka levantou e foi para próximo ao rio, mas antes de sair intimou.  – Amanhã, Camus! Amanhã.





 

 

 

 

               

 


Notas Finais


Gente eu sei que bebê humanos não fazem só xixi, mesmo bebendo leite, mas sabemos que a coisa fica "pior" depois que a eles começam a comer coisinhas além do leite!!! XD 


E aqui o Hyoguinha se alimenta de energia e água, afinal água é vida, não é mesmo?


Sobre o fato deles demorarem quase dois anos para chegar em Ville Rosálie, é totalmente compreensível, uma vez que eles estão a pé, com um bebê e andando pela floresta. E estamos falando de três nobre elfos, nenhum deles tinha qualquer experiencia de caminhadas, estradas ou viagens assim, sem uma guarda para abrir caminho.


* A amiga Quézia Cristina foi quem deu essa ideia do Mino elfo das trevas com o Albafica, claro que aqui não terei como contar essa historia, mas fica aberta a porta para um spin off de Além do Tempo, não é?


No próximo capitulo saberemos como o Radamanthys roubou o pequeno Hyoga e como tudo se deu, aguardo vocês aqui!


No mas vale lembrar que existe um grupo das minhas fic no facebook onde trocamos ideias, compartilhamos bobagens e posto curiosidades sobre as minhas fics, quem quiser se juntar a nós esse é o link >>> https://www.facebook.com/groups/1099706026776907/?ref=bookmarks.


Comentarios são sempre bem vindos, fantasminhas não se acanhem!


Bom feriado!!!


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