1. Spirit Fanfics >
  2. Alexy e seus (nada) secretos romances >
  3. Porque o primeiro é inesquecível

História Alexy e seus (nada) secretos romances - Porque o primeiro é inesquecível


Escrita por: Jhules

Notas do Autor


O próximo capítulo deve ser o último do arco do Nathaniel. Não me entendam mal, mas eu tenho que fazer a história do lindo do Alexy com os outros paqueras, ne non?
Muito obrigada pelos favoritos!!
e podem comentar, mores, eu não mordo muahahsahsha

Agatha Christie: escritora rainha dos livros de mistério
Scream: Série de terror e suspense da Netflix

Capítulo 2 - Porque o primeiro é inesquecível


Para deixar claro, minha primeira vez foi com Nathaniel. Tipo, não foi nada lindo como é visto em filmes e não teve nada daquela áurea mágica. Tudo por um simples motivo: fizemos sexo, não amor.

Mas isso é spoiler, perdoem-me.

Pensei durante um bom tempo em como poderia me aproximar do meu novo recente alvo. Passei a observa-lo mais também, mas nada de estranho a ponto de ele me notar como um stalker maluco.

Uma das primeiras coisas que percebi foi como ele não era muito popular, se comparado à sua irmã. Parecia que, para ele, seu mundinho no grêmio estudantil bastava e eu achei aquilo um pouco triste – tenho um coração de ouro, não é?

Nathaniel era tão educadinho que chegava a ser cansativo. Não me surpreendia o fato de Melody ser, definitivamente, apaixonada pelo loiro. Ela não era muito diferente.

Armin também já estava cansado da minha semi-obsessão por Nathaniel, embora eu não classificasse isso que eu sentia dessa forma. O problema é que enquanto mais eu via Nathaniel, mais eu o desejava.

Nathaniel era gato, me entendam. Tipo, bonito mesmo. Ele vivia na dele porque não deixava muita gente se aproximar, foi o que consegui perceber. Melody, provavelmente, só conseguira o feito porque também estava envolvida na política estudantil.

Eu estava disposto a quebrar essa barreira também.

Por incrível que pareça, o dia que isso aconteceu foi numa quarta-feira aleatória em que eu tinha ido pra biblioteca devolver um livro que precisei pra aula de inglês. Nathaniel também estava lá, parado em frente à estante de livros de ficção quando me aproximei para guardar o que eu tinha em mãos.

- Ah, Agatha Christie! – Ele disse e eu demorei um pouco para perceber que ele estava falando comigo e, especificamente, sobre o livro que eu carregava.

- Sim, Agatha Christie – Falei, devolvendo-o para a estante. – Já leu?

Nathaniel sorriu e eu fiquei meio surpreso porque seu sorriso era incrivelmente simpático.

- O Caso dos Dez Negrinhos... – Ele falou, lendo o título. – Oh, por incrível que pareça, não. Eu gosto muito de livros de mistério e Agatha é um nome renomado nesse meio, sabe.

Ele pegou o livro que eu o havia guardado.                              

- Não acredito que deixei escapar esse... – Nathaniel murmurou, como se estivesse decepcionado de verdade consigo mesmo. – É bom?

- Sim, muito. O final é totalmente surpreendente.

- Não podia ser diferente vindo dela – Nathaniel sorriu novamente. – Já leu algum outro dela? Com o detetive Hercule Poirot? Eu sei que Sherlock Holmes é mais famoso, mas eu ainda prefiro o pequeno detetive belga. Apesar de gostar mais do Watson, se formos pensar em ajudantes.

Wow, aquilo era informação demais para mim. Hercule quem?  Ergui as mãos como quem pede um tempo.

- Desculpe te desapontar, mas não. Eu li por causa da aula de inglês.

- Então você não gosta de livros de mistério?

- Hã... – Cocei a cabeça. – Scream conta? É uma série, mas alguém teve que escrever o roteiro, não é?

Nathaniel deu uma risada suave e depois olhou para o relógio.

- Bom, eu tenho que ir. Obrigado mesmo pela indicação... Alexy, não é?

- Aham.

- Legal. A gente se fala depois, então.

E ele me deixou lá na biblioteca com um sorriso enorme na cara porque havíamos tido uma conversa um tanto interessante – embora eu não tivesse entendido metade das coisas que ele havia dito. Mas quem liga pra essa parte, não é?

 

. . .

 

- Armin, você não vai acreditar no que aconteceu! – Exclamei assim que vi meu irmão sentado na escadaria, jogando no celular.

- Espera aí, tô quase resgatando a princesa Peach.

- Isso é mais importante! – Tentei tomar o jogo de Armin, mas ele foi mais rápido e se esquivou. Contudo, guardou o console e olhou para mim, com cara de poucos amigos.

- O que é?

- Eu conversei com Nathaniel! E ele veio jogando um monte de coisas sobre a Agatha Christie e eu fiquei tipo “quê?”. Mas ele disse que a gente se falaria depois... Isso significa que ele vai vir falar comigo ou é pra eu falar com ele? Ele é muito... confuso, eu acho.

A cara de Armin não mudou, embora ele tivesse dito:

- Tá, o senpai te notou. Posso jogar agora?

Eu bufei em resposta e saí de perto dele. Eu amava meu irmão, mas ele não era exatamente o melhor em questão de relacionamentos. E isso nos meteria em uma bela enrascada anos depois, envolvendo uma ruiva e um exótico.

Sinceramente, nem sei por que fui falar com ele naquela hora. Ah, como podíamos ser gêmeos se éramos tão diferentes?

A partir daí, minha aproximação com Nathaniel foi rápida. Uma semana depois nos esbarramos novamente no corredor. Ele me parou e disse que havia adorado O Caso dos Dez Negrinhos e que eu tinha muito bom gosto.

- Espera... Só passou uma semana e você já acabou de ler?! – Exclamei, surpreso.

Ele só riu. Devia achar que eu fiz uma piada, mas não era o caso. Nathaniel me falou mais sobre a Agatha. Informações hoje (e naquela época também) totalmente irrelevantes que eu nem me lembro mais.

Nathaniel parecia estar realmente feliz de ter encontrado alguém que compartilhasse dos mesmos interesses. Ou... quase isso, pelo menos. Pelo menos ele havia encontrado alguém disposto a ouvir o que ele dizia.

Duas semanas depois, enquanto eu saía da escola, parei na porta do grêmio, como quem não quer nada. Nathaniel já devia me considerar um quase amigo, mas eu tinha que tomar cuidado para não cair na temível friendzone.

- E aí, Nath – Falei, vendo o loiro acabar de guardar uns arquivos.

- Ah, olá, Alexy. Já está indo pra casa?

- Eu ia passar na lanchonete antes. Quer vir? Eu pago.

Nathaniel sorriu e ponderou um pouco sobre minha proposta.

- Tudo bem, deixe só eu acabar de guardar isso aqui.

E tudo estava indo como o planejado.

Minutos depois, sentávamos em uma mesa de um estabelecimento simpático e pedíamos suco.

- Uau... Fazia tempo que eu não parava pra respirar – Confidenciou-me.

- Ser representante é tão trabalhoso assim?

Ele deu de ombros.

- Nem tanto, mas sou muito perfeccionista. E como gosto de manter as notas altas, estou sempre estudando no meu tempo livre.

- Nossa – assoviei. – Deve ser horrível.

Nathaniel me encarou com um leve franzir de testa.

- É... Acho que depende do ponto de vista.

- Mas com tão pouco tempo de sobra assim, dá pra fazer outras coisas? Tipo, sair com garotas, sei lá.

E o jogo começava, senhoras e sehores.

Nathaniel deu uma risada meio desconfortável e suas bochechas ganharam um leve tom rosado.

- Eu sou muito ocupado para isso... E muito tímido também. Acho que nem saberia como chegar em uma garota.

- Não seja por isso. – Inclinei meu corpo um pouco para frente e dei um sorriso gentil. – Vamos, convide-me pra sair.

- O quê?

- Para treinar. Vamos.

Ele balançou a cabeça.

- Eu não vou fazer isso, esqueça. É... estranho.

- Alguém que lê tanto livros como você não possui um pouco de imaginação?

Nathaniel me encarou, meio frustrado. Eu havia atingido um ponto certeiro e eu confirmei isso quando ele suspirou.

- Tá bom, tá bom.

Ele se ajeitou na cadeira, ficando melhor de frente para mim.

- Hã... Olá...? Eu estava te olhando e percebi que você é muito bonita e, hã, eu queria saber se, hã, a gente podia, sabe, hã, sair um dia desses... Só nós dois, hã... – Ele baixou a cabeça e me olhou – O que me diz...?

- Não mesmo.

- O quê? Eu achei que era pra você me ajudar! – Ele reclamou.

- Mas foi horrível! Parece que você está na primeira série, falou como uma criança. Você é inteligente e bonito, devia usar isso ao seu favor.

Ele ficou quieto e pensativo.

- Eu te disse que eu não era bom com isso.

E eu ri porque ele ficava uma graça fazendo aquele bico de frustração. Deve ter sido a primeira conversa fora do ambiente escolar que tivemos e estava muito agradável. Estaria melhor ainda se meu celular não tocasse naquela hora.

Revirei os olhos ao ver o visor.

- Que foi, Armin?

- Onde você tá? – Ele perguntou, do outro lado da linha.

- Lanchando com Nathaniel.

- Hummmmmmmmmm.

- Deixa de ser panaca. O que você quer?

- Macarrão. Você pode passar no supermercado quando vier pra cá e comprar pra mim?

- Não acredito que você me ligou só pra isso.

- É importante!

Desliguei o celular sem responder.

- Seu irmão? – Nathaniel perguntou, com um sorriso.

- É. Tenho que comprar um negócio para ele.

Ele riu.

- Isso me lembra de quando eu tinha que fazer isso para Ambre. Mas duvido que Armin queria comprar a última bolsa do lançamento.

- Eu gostaria muito de ver você comprar uma bolsa feminina, um dia – Falei, rindo.

Pagamos o lanche – Nathaniel não me deixou pagar tudo como eu havia prometido – e saímos da lanchonete. Morávamos no mesmo caminho, então continuamos andando juntos e conversando ainda mais. O assunto garotas não voltou a surgir.

Nathaniel era até normal se não estava falando de escola, o que me surpreendeu de verdade. Chegamos em frente ao portão do prédio que ele morava e paramos. Descobrir como o representante era um cara legal naquela tarde foi o meu impulso para fazer o que fiz.

Era extremamente irritante ver quão perto, mas, ao mesmo tempo, quão longe ele estava.

- Sabe, talvez o seu problema em relação às garotas seja algo além da timidez.

Nathaniel revirou os olhos, como se se perguntasse por que raios eu voltei a esse assunto.

- Alexy, eu já disse que-

- Só fica quieto, tá?

Aproximei nossos rostos e colei nossas bocas antes que ele pudesse retrucar. Nathaniel ficou paralisado, mas não me empurrou de imediato. Fui eu que me afastei dele, passando a língua nos lábios.

Alexy 1, Nathaniel 0.

- Mas o que foi... – Ele começou, dando um passo pra trás. – Você é gay?!

Ah, querido Nathaniel, a pergunta certa que você deveria ter feito era se você era gay. 


Notas Finais


é a terceira vez q to tentando upar, pq tudo dá errado comigo aaaaaa
O NATH É AMORZINHO AFE

Desculpa se ainda não tem ação, não se esqueçam que NESSA ÉPOCA o Alexy era um santo virgem hehehee


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...