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História Alfa, Beta, Ômega - CAPÍTULO 1


Escrita por: jamssis

Capítulo 2 - CAPÍTULO 1


Beacon Hiils

Primeiro dia de aula



As aulas iniciam hoje, faz uma semana que cheguei aqui, com certeza não me acostumei com esse horário e com esse frio; apesar de adorar o frio. No Brasil, o verão nos faz querer andar nus, e o inverno é razoável; uma casaco feupudo ou um moletom resolve. Mas aqui, inverno é uma tortura, então tive que comprar milhares de casacos novos, nem tantos, pois tenho de economizar.


Meus pais ligam a cada 2h30, principalmente por que querem assegurar que a pessoa com quem divido o apartamento, é do sexo feminino; óbvio que é! Quase não me comunico com ela, apenas nos direcionamos com frases curtas, como: "Bom dia", "Bom tarde", "Boa noite", "Vamos comer o que hoje?", "Pizza?". Isso pois Alexia é Russa, e ainda está aprendendo inglês, então praticamente não conversamos.


Não estou em um dos meus melhores dias, meu espírito de beleza infelizmente não se manifestou, mas nada que minha maleta de maquiagem não possa fazer. Pesquisei todos os estilos californianos, e claro que comprei no "atacadão" uma coleção inteira de estilo. Mas começo a me decepcionar com minhas pesquisas, afinal, ninguém usa metade das roupas que comprei.


A playlist no smartphe novo, está bem atualizada, e ainda contém um pouco da cultura brasileira; não pode faltar aqueles hits que impregnam na cabeça; famosas músicas chiclete. Músicas tem o poder de nos transportar para um mundo totalmente sentimental, incrível que com apenas um som melancólico ficamos tristes, e talvez quanto mais acelerada seja as batidas e as letras, temos vontade de sair saltitando por aí.


Como nos filmes, achei que os taxis seriam meu único meio de locomoção, além de andar. Porém, tudo tem um preço que pesa muito nas contas, e como o Colégio de certa forma, é perto do apartamento, uma única passagem de ônibus basta. 


Nunca me senti tão deslocada em toda minha vida, e começo a sentir a falta de casa, do jeitinho das antigas escolas, os amigos que deixei... É como nascer de novo, aprender melhor outra língua, aderir um pouco de uma nova cultura, e quem sabe mudar seu jeito de acordo com os anos. 


Se não fosse pelos mistérios que tanto me atrai, nunca, jamais, estaria nessa cidade... Todos dizem que "coisas" sobrenaturais acontecem aqui todos os dias, e qualquer coisa que pareça sair do normal me conquista. Mas, ao meu olhar, Beacon Hills parece um lugar comum como qualquer outro, exceto por um motivo: Muitas mortes a cada dia que passa. Devo acreditar na tese do "leão da montanha"? Afinal, não faz sentido um leão no meio da floresta e por que viria para a cidade atrás de sangue?


Eu dizia que Paris era o lugar para onde meu coração pulsava mais forte, e ainda pulsa, porém qualquer desafio me convém. Largar a grande Paris dos apaixonados, para ir atrás de uma aventura, pode ser loucura para muitos, mas se tornou algo excepcional para mim.


Espero mesmo, que a saia rodada da cor vinho, a blusa de lã, a meia calça preta fio 20, e o coturno preto, façam com que eu cause uma boa impressão. Achar o meu número de roupa, não está sendo muito fácil; isso explica os dez dedos que faltam para a saia ir até o joelho. Eu me sinto alta, aliás, sempre fui a mais alta da minha roda de amigos, mas aqui, 1 metro e 70 fazem de mim a anã. 


Estou parada encarando a enorme escola, e ainda fico literalmente de boca aberta com os ônibus escolares; daqueles amarelos que vi minha infância toda nos filmes americanos. Meu coração bate tão rápido, que sinto cada palpitação como se fosse um soco de dentro para fora. Seguro fortemente nas alças da mochila azul marinho, meu ar fica mais em falta quando ultrapasso a porta de entrada e me deparo com um corredor repleto de enormes armários:


- Meu Deus! Eu sempre quis ter um armário desse! Vou personalizar cada centímetro dele! E esse corredor? Cadê a música que me faz ter uma entrada triunfal? Falta um pouco de vento e cabelo no ar, mas preciso ligar a câmera lenta! Devo fazer um daqueles olhares sensuais e fingir um desfile, não é? -brinco em mente com minhas expectativas.


Se estou perdida? Estou muito perdida! No Brasil, os professores vão até os alunos, aqui os alunos vão até os professores. Não faço ideia de quais salas devo entrar, o sinal acabou de tocar, minha primeira aula é de história, o que não me deixa com vantagem alguma.


Fiquei com tanto medo de não achar a sala de aula e me atrasar, que acabei achando rápido de mais, o que me fez ser a primeira pessoa a chegar na imensa sala, e a única vantagem é poder escolher um lugar; que obviamente é no fundo ao lado da janela. Não sei aqui, mas antes o único motivo de chegar cedo na escola, era para pegar os lugares no fundo.


Algumas pessoas começam a entrar na sala, e ao invés de bancar a simpática, banquei a cega, surda e muda, fiquei de cabeça baixa por conta da vergonha. Alguns minutos depois um professor gordinho e baixinho entra pela porta; eu esperava alho diferente e sobrenatural, como entrar voando pela janela.


- Como vocês já sabem, foi encontrado metade de um corpo na floresta! Isso é assustador, e sei que muitos de vocês estão atordoados com isso. Mas a polícia já tem um suspeito, e espero que prendam o assassino apaixonado por cortar as pessoas ao meio, afinal, não queremos ser os próximos. -o professor simplesmente começou a aula dessa forma. 


Passando entre as mesas, o professor ia deixando um papel para cada aluno, onde dizia propostas escolares, assuntos que iríamos trabalhar durante o ano letivo e regras que usaríamos em sua aula. Ao passar finalmente do meu lado, notou que jamais havia me visto na escola, então logo anunciou:


- Vejamos... Temos uma aluna nova! Acredito que todos estão interessados em saber seu nome!


O que mais eu temia acabara de acontecer, todos os alunos me olhavam fixamente.


- Senhorita, fique de pé e se apresente para a turma! -o professor sorria para mim.


- Me... Meu no... Meu nome é Manuella! -de pé perante a turma eu gaguejava. 


- De onde você veio?


- Brasil! Sou brasileira, cheguei aqui faz uma semana. -minhas bochechas coravam a cada segundo.


- Muito interessante! Garanto que em minhas aulas você será exelente, afinal, os brasileiros conservam muito bem a história. -ele pisca para mim. - Obrigada Senhorita Manuella, pode se sentar.


Começo a pensar que não foi uma boa ideia sentar ao lado da janela, além de ficar olhando qualquer movimento lá fora, fico pensando no corpo pela metade encontrado na floresta. Para cada ano tenho um caderno de anotações e geralmente escrevo frases românticas, trechos de músicas, desenhos livres... E vai ser a primeira vez que escrevo possíveis causas de um assassinato na floreta. 

Óbvio que não é nenhum "Leão da Montanha", e se é um assassinato, devo saber o por que, o objetivo, quem fez ou o que fez isso. Sinceramente, acho que estou pagando de atriz do CSI. E espero que Beacon Hiils faça valer a pena todo dinheiro que gastei, e que faça render meu blog super morto; acho que é o blog menos acessado do mundo.


E lá me vou na primeira troca de aula, corredor repleto de meninas altas, magras e lindas, meninos altos, fortes e agora meus novos "crush's", se eu tiver oportunidade com um deles, estou feita na vida. Pisei no país das maravilhas. Não vou me acostumar com isso nunca: Aula de economia! 


- Cadê meu caderno de anotações? -começo a revirar meus materiais no enorme armário. - Que droga!


- Não acho que Leão da Montanha seja uma opção coerente. -uma voz masculina soa atrás de mim. - Você deixou cair essa agenda, desculpe por ler.


- Tudo bem! Pelo menos você veio me devolver. -me viro sutilmente e me surpreendo com lindos olhos castanhos me fitando. -Me chamo...


- Manuella! É eu estava na estranha aula do estranho professor de história! -ele solta um sorriso e parece estar meio atrapalhado com as situação. - Me chamo... Bom, pode me chamar de Stiles.


- Seu sobrenome? 


- Não... É que meu nome é um pouco difícil e... Me chame apenas de Stiles.


- Então ok, Stiles! E pode me chamar de Manu, apenas Manu! 


- Aula de economia agora?


- Sim!


- Vamos então, apenas Manu?




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