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História Alfa, Beta, Ômega - CAPÍTULO 3


Escrita por: jamssis

Capítulo 4 - CAPÍTULO 3


Beacon Hills

O talvez suspeito


- É... Nã... Não! Eu só estava... Bom, eu cheguei do Brasil faz uma semana, aí estava dando uma olhada em alguns lugares. -digo quase batendo os dentes de medo.

- Acho melhor você evitar lugares como a floresta. Não aconselho que ande sozinha por aí, ainda mais com um assassino a solta. -ele começou a se aproximar de mim. - Derek Hale.

- Essa casa era sua, Derek?

- Você consegue enxergar uma casa nesses estilhaços?

- Acho melhor eu ir embora antes que escureça... -tento desconversar.

- Tem certeza que sabe o caminho de volta? Se quiser, posso te acompanhar. -me deixando cada vez mais encurralada contra a parede, o homem me assustava cada vez mais.

- Eu me viro! -bruscamente me distancio dele. - Até logo Derek Hale!

- Até logo, Manuella! -ele sorri ao mesmo tempo em que força o maxilar.

Começo a andar mais rápido que o normal, assim ficaria mais fácil de escapar do grande intimidador e assustador Derek Hale. Como eu estava em um local onde jamais havia entrado, as chances de se perder seria mais que possíveis... Então me lembrei da história: João e Maria. E ao invés de fazer uma trilha de migalhas de pão, fiz uma marca de canetão em todas as árvores por quais passei desde a entrada da floresta.

Como não pensar no homem de mais ou menos 1 metro e 80? Seu rosto quadrado, nariz e lábios completamente desenhados , suas sobrancelhas grossas e bem másculas, também tinha um sorriso tanto irônico ou a custa do medo que as pessoas sentiam dele. Fiquei passando na minha cabeça a última cena qual tinha vivido, e sinceramente espero que não seja ele o assassino.

- Até logo, Manuella! -penso na última frase dita por Derek.

- Até logo, Manuella? Mas... Como que... Meus Deus! Como ele sabe meu nome? CristoDeuspai! Como que ele sabe meu nome? Eu não disse meu nome pra ele! -paro no meio das folhas secas e começo a falar sozinha. - Já era! Vou ser a próxima a ter o corpo espalhado por aí! A tiradentes da atualidade, a vítima de um maníaco, a sem futuro algum!

Olhando fixamente para uma árvore qualquer, coloco uma mão na cintura e continuo pensando na possibilidade de ser uma próxima vítima.

- A qual é? Nem sou tão interessante assim! Será que não gostam de estrangeiros? -começo a fazer o drama de sempre. - Vai ver ele só... Não consigo achar uma outra explicação.

Num local tão silencioso, qualquer sopro de vento te assusta, imagina quando seu celular escandaloso está recebendo uma ligação... O susto te faz ter aquele "mini infarto".

- Alô?

- Oi... Oi! Tudo bem?

- Sim, e você? Aliás, quem é você? -digo já um tanto assustada.

- É o Stiles, você sabe quem sou, né? As pessoas geralmente esquecem... -eu acabo interrompendo o rapaz.

- Ah sim! Quando você disse que me ligaria, não imaginei que seria tão rápido.

- Por quê? Estou te atrapalhando? Se quiser eu ligo outra hora! Mas liguei apenas para fazer um convite. -ele dizia tudo muito rápido, como se estivesse nervoso.

- Ocupada? Não! Estou... Estou... Estou revisando algumas matérias. Mas já ia parar para dar uma esfriada na cabeça! E qual é esse convite?

- Então, a Lydia vai dar uma festa na casa dela, sexta à noite, e como não estou afim de ir sozinho; o Scott vai estar com a Alisson... Aí pensei se você quer ir comigo.

- Claro que quero! Vai ser maravilhoso! Quero mesmo me enturmar um pouco, e festas sempre são uma boa!

- Então ok! Te pego às oito?

- Sim! Está combinado!

- Então até logo, Manu!

- Até logo, Stiles. -espero ele desligar o telefone.

Uma festa? Na casa da Lydia, musa da beleza? A própria que pareceu não gostar muito de mim? Pois ela gostando ou não, não perderia essa festa por nada.

Ainda seguindo as árvores, acabo saindo da floresta. Então percebo a necessidade de ter um carro, pois ainda teria que pedalar na velha bicicleta até chegar em casa. E falando em casa, como Stiles me pegaria às seis, se ele não sabe onde moro?

     

É praticamente um hotel...

Rua Paul Vicent, 513

Manu


Sim... Eu já ia perguntar

seu endereço! Que cabeça

a minha!

Stiles

       

Pedalando tranquilamente por aquela estrada tão longa, começo a pensar na minha antiga vida, se eu não viesse para cá provavelmente estaria na mesma escola de sempre, com os mesmos colegas, tendo o mesmo lance com Gustavo, tendo a mesma rotina, arrumando o mesmo quarto pequeno, o mesmo diálogo com meus pais, as mesmas roupas, as mesmas atitudes, as mesmas preocupações... Se vou sentir falta? Claro que vou! Mas também estava cansada da mesmice, queria ir atrás de algo novo, algo que fosse além das minhas expectativas.

Nunca fui muito de ter melhores amigos e pessoas a quem eu me confidenciaria tanto, e a pessoa mais próxima que tive foi o Gustavo, e deixá-lo não foi uma das melhores coisas que fiz. Sempre fui muito reservada, e às vezes me dou por tímida ou por calada, mas é para não ser a pessoa arrogante que costumo ser. Evito certos pontos da minha personalidade, pois até eu tenho medo quando abro a boca para falar com alguém, principalmente quando estou na razão; e sempre acho que estou com a razão.

Meus pais nunca me disseram nada do que costumavam fazer, de como se conheceram, o que gostam de fazer... Nunca foram de contar o passado, mas usavam sempre a frase: O futuro sempre diz tudo o que se aconteceu no passado. Às vezes soa como um código. Sempre dizem isso quando faço alguma pergunta relacionada ao "antes", estão sempre me privando de um espaço de tempo; aos meus olhos tentam me proteger de algo. Até me pergunto se sou adotada, ou fui encontrada num saco de lixo o qualquer coisa parecida; porém a semelhança entre eu me minha mãe é muito notável.

Na verdade, tudo o que envolve família, fica mais complicado de entender. Não sei de primos, tios, avós... Sempre foram três pessoas em casa. Nunca encontrei fotos de parentes, ou até mesmo álbuns de fotos minhas junto com alguém. Meus pais nunca permitiram qualquer fotografia deles, dizem que é perigoso, que fotos são como arquivos confidenciais; tenho impressão de que algumas vezes eles estão fugindo de algo.

Um dos verdadeiros motivos de Beacon Hills me atrair, é sempre ouvir meus pais dizerem sobre notícias e casos suspeitos e não solucionados, é como se sempre me incentivassem a escolher fazer intercâmbio nessa cidade. Desde pequena que ouço as mesmas conversas, e então me apaixonei e me decidi vir para cá.

O que aconteceu eu não sei, talvez não me importo, mas anseio pelo que me espera.



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