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História Alfa, Beta, Ômega - CAPÍTULO 4


Escrita por: jamssis

Capítulo 5 - CAPÍTULO 4


Beacon Hills

Sexta é noite de Festa.

       

- Você está viva aí? -Stiles andava de um lado para o outro, e era perceptível.

- Você parece aflito com alguma coisa! -eu dizia o mais alto que podia, do outro lado da parede. -Já estou quase pronta.

- Sou muito ansioso... Mas pode ficar tranquila, estou apenas descontraindo. -ele solta uma breve risada.

- Acho que demorei pra nada! Estava muito em dúvida sobre que roupa usar! Geralmente eu costumava pôr um vestido básico e um tanto curto, depois um salto alto e dançava a noite toda! Não tinha ideia de qual roupa vestir, então espero não ser a pessoa mais... -abro a porta do quarto e Stiles me interrompe.

- Nossa! -ele fixava os olhos nos meus olhos, depois de ter me medido dos pés a cabeça.

- O quê? Está muito ruim?

- Nã... Não! Está ótima, digo, perfeita! -ele se atrapalhava com as palavras.

- Então obrigada! -digo um tanto tímida.

Sempre uso o conceito: Simples e bonito. Então abusei no simples de um vestido vermelho, que é de renda e manga comprida, o salto azul escuro me deixava quase do tamanho do rapaz de olhos castanhos. Já que não sei usar maquiagem, apenas abuso do rímel e do batom nude; até usaria um vermelho se eu quisesse mesmo chamar atenção.

Atrapalhadamente Stiles abre a porta do seu jipe para que eu possa entrar, ele parece um pouco tímido mas percebo o quanto se sente a vontade com minha presença; talvez porque gosto de ser eu mesma e dar oportunidade para as outras pessoas serem elas mesmas também. Enfim ele liga o carro e entramos no caminho da diversão, pelo menos é o que eu acho, mas o rapaz ainda parece aflito, está sempre olhando o celular como se esperasse alguma mensagem ou notícia, a cada farol vermelho ele avista a Lua cheia, que aliás está brilhando como nunca, suas expressões são tensas.

- Stiles, tem certeza que está tudo bem? Você ainda me parece tenso... Está com problemas? Se quiser ajuda...

- Você acreditaria numa coisa absurda, mas que é o único provável? -ele me pergunta enquanto balança as pernas a espera do sinal verde do farol.

- Depende do absurdo... Mas costumo sempre encontrar uma explicação para as coisas, e geralmente elas são absurdas!

- Mas a única explicação é mais que absurda, seria loucura! É como se você descobrisse que realmente existe bicho-papão. -ele respira fundo e fala um pouco mais baixo, como se estivesse falando para si mesmo. -Não faz sentido...

- Dependendo do que for, e se for absurdo realmente, vai aparecer em algum momento... A verdade é algo que não pode se esconder por muito tempo.

- Você tem razão... O problema é se for tarde de mais para ter certeza.

- Tenta relaxar um pouco! Estamos indo para uma festa, lembra? -abro um sorriso largo.

- Tudo bem! -ele respira fundo novamente e balança a cabeça rapidamente.

A forma em que ele agia era um pouco misteriosa, e o papo de "fato absurdo", começava a fazer um pouco mais de sentido na minha cabeça se eu envolvesse o sobrenatural. E não que fosse a única opção, mas me deixo acreditar que seja, porque então posso encontrar algo que tanto espero. Se alguém soubesse desses meus pensamentos, me chamariam de louca o algo bem parecido, mas existe tantas coisas piores; por que não um mistério desse?

A música tocava alto, as festas da garota popular pareciam ser as mais badaladas da escola, a enorme casa (enorme mesmo) estava repleta de adolescentes surtando a cada gole de bebida. Ao passar pela porta sinto um frio na barriga, um medo quem sabe de fazer algo errado que me marcasse durante todo o ensino médio.

Sigo Stiles até uma mesa onde eu finalmente beberia pela primeira vez um ponche; sim pela primeira vez. E quer saber? É a melhor coisa que já tomei na minha vida!

- Como assim você nunca tinha tomado ponche antes? -Stiles arregala os olhos.

- No Brasil nós só pegamos um shot e "pá pum". -falei tudo acompanhado de mímica.

- Só pode estar brincando! Acho que eu seria um ser de outro mundo no seu país.

- Bem vindo ao meu mundo! -sorri.

Encostamos na escada e ficamos olhando todos dançarem; na minha cabeça reproduzia um clip até mesmo em câmera lenta. Por um instante esqueci de tudo ao meu redor quando fixei os olhos no chão e tudo ficou embaçado, e voei para o passado, sentindo saudade de tudo. Será que ainda consigo ser eu mesma? Só há um jeito de descobrir.

- Vamos dançar?! -em um pulo puxo o rapaz pela mão.

- Seu pedido é uma ordem! -ele sorri e depois fala baixo para brincar com a situação. -Literalmente!

Não sou uma dançarina, nem posso me considerar uma, mas quem não sabe rebolar um pouco na animação de uma música como: Lean On; Major Lazer. Aquela jogada de cabelo de um lado para o outro junto a uma requebrada, um sorriso e uma troca de olhares, os ombros no ritmo da batida e os pés acompanhando os mesmo; era assim que eu tentava me socializar. Percebi a timidez do meu acompanhante, então sem perder tempo o puxei para perto e segurei suas mãos, depois me virei e fiz com que eles segurasse em minha cintura; e foi aí que ele começou a seguir os meus passos.

Olhei para o lado e vi Scott e uma linda menina dançando com ele, os dois se envolviam no maior clima, até que de repente ouço um latido de cachorro, e posso dizer que tenho medo de cachorros, então automaticamente me virei em direção ao latido, quando olhei para um portão onde provavelmente também era uma saída, vi um homem alto, de cabelos negros, vestido com uma jaqueta.

- Meu Deus! Derek? -digo baixo e começo a entrar em pânico.

- Quem? An? O que você disse? Você está bem? -Stiles também para de dançar e olha para onde estou olhando. - O que você viu?

- Nada, Nada! É... só... só lembrei de uma coisa e senti saudade! Só foi isso. -passo a mão no rosto para tirar um pouco do suor que havia escorrido. -Vamos pegar mais ponche?

- Tudo bem! Vamos então pegar ponche.

Entro na intenção de querer me proteger, mas depois começo a imaginar que é coisa da minha cabeça, porque a imagem do Derek desapareceu rápido demais. Mas mesmo assim continuo em pânico, começo a tremer e a suar mais ainda.

- Tem certeza que está tudo bem? Agora você que parece aflita!

- Vou ficar bem! -eu realmente estava começando a me tranquilizar.

Estávamos voltando para o lado de fora da casa para continuar nosso momento "diversão", quando preste a passar a porta, Scott apareceu meio tonto e desnorteado, ele fazia expressão de quem sentia muita dor, bambeava de um lado para o outro, suor também descia por sua face e praticamente não conseguia falar.

- Scott você está bem? - Stiles pergunta tentando segurar o amigo.

- Você está bem? -também pergunto quando ele quase cai em cima de mim.

Ele desvia de nós e sai rapidamente da festa seguido pela linda menina que o acompanhava, saímos junto a eles e apenas vemos Scott entrar no carro e pisar fundo no acelerador.

- O que ele tem? Ele vai ficar bem? -pergunto enquanto vejo a linda menina confusa na beira da rua.

- Eu não sei! É melhor eu ver o que ele tem. -ele voltou a mesma aflição, como se já esperasse aquilo. - Você fica...

- Eu vou com você! Quem sabe precise de ajuda!

Ele pareceu não querer minha companhia, mas não por que não gosta de mim, mas por que estava com alguma espécie de medo, e parecia pensar no absurdo como resposta. Eu até desistiria de ir, mas quando olhei adiante vi novamente a imagem de Derek Hale, e dessa vez ele conversava com a menina de cabelos castanhos escuro.

- Quem é aquele? -pergunto mesmo sabendo quem é.

- Derek Hale... Ele é um pouco mais velho que nós, e não sei o que faz na cidade.

- Tenho medo de saber. -penso. - Ela vai de carona com ele?

- Parece que sim! -Stiles me puxa em direção ao seu jipe. -Vamos?

Nunca vi alguém dirigir tão rápido quando o rapaz que me acompanhava, sem entender nada eu tentava pensar em coisas boas, até por que Derek Hale estava com mais uma suposta vítima e me dava desespero em pensar; preciso contar isso para alguém, e se ele fizer algo ela? Eu só penso nisso.

- Ok! Fica aqui... Vou ver se está tudo bem, e e já venho! Ta bom? -ele olha fundo em meus olhos.

- Tudo bem! -respondo ainda aflita.

Fico com o celular na mão e na espreita de alguém aparecer; afinal estava eu sozinha num carro, com o assassino à solta. Stiles não demorou nem cinco minutos, e a única coisa que disse é que Scott está bem, mas que teve uma crise de dor de barriga; e sinceramente não acreditei muito, mas fingi muito bem.

- Preciso mesmo, preciso mesmo fazer uma coisa agora! É muito importante, e acho que não vou conseguir voltar para festa...

- Pode me deixar em casa! -digo rapidamente, até por que estou com medo. - Não estou me sentindo muito bem também.

- Desculpa! Eu queria que você se divertisse!

- Acredite, eu me diverti. -sorrio.



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