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História Alfaiate - Corte, costura, medidas e uma tela à tinta óleo.


Escrita por: cactae

Notas do Autor


Olha sóóóóó quem chegou <3
Essa é uma coisinha boba que escrevi de presente a dona Sarah A. <3
Minha primeira yoonkook e baw, tive algumas crises como sempre tenho quando escrevo sobre algum shipp que não sou acostumada, como foi para a Taegi que havia dado para a Ceci, sajsjais mas deu certo - a Ceci leu essa coisinha e disse que tava bonitinha, confiei nas palavras dela - e cá estou.
Queria dar parabéns a essa mulher maravilhosa e tantos mil outro adjetivos que eu até diria se não soubesse que poucos são os que se atentam as notas iniciais skaoksaos mas, bem, senti vontade de escrever para ela por ser uma das autoras ao qual me aproximei bastante nos últimos tempos, e, sei lá, é algo bem especial já que foi a primeira autora que li de fics de bts aqui e dona da primeira jikook que eu li e, mesmo que ela tenha matado meu utt e eu seja taekooka/vmina pra caralho, aquilo tenha me conquistado para caramba, senti que precisava <3
Musiquinha para ler: I Wouldn't Mind - He Is We

É meio complicado estar escrevendo para alguém que cursa letras e tal, mas perdoa os erros e essa nota inicial meio bosta e não desiste de mim sasjaisj


Boa leitura ~

Capítulo 1 - Corte, costura, medidas e uma tela à tinta óleo.


Fanfic / Fanfiction Alfaiate - Corte, costura, medidas e uma tela à tinta óleo.

Nunca, jamais reclamaria de seu trabalho no Castelo, não era como se passasse por maus tratos ou fosse obrigado a mil e uma coisas, apenas se sentia sobrecarregado quando tinha alguma festa real ou quando o rei decidia que queria algo para última hora e ele tinha que desdobrar-se para conseguir acompanhar as vontades da corte.  

Yoongi gostava do que fazia, havia sido sortudo ao ser encontrado no ateliê de sua mãe enquanto costurava algumas peças por diversão e para o próprio sustento. O irmão mais velho do príncipe estava prestes à se casar com um dos herdeiros do reino de Alanaia, embora tenha sido difícil os pais aceitarem a relação dos dois príncipes de reinos distantes, havia sido algo bom e bonito aos olhos do alfaiate. Aquela primeira experiência havia sido proveitosa demais para si, já que seus talentos para corte e costura foram vistos por Kim Taehyung, cujo achara desastrado até por demais por ser da realeza, que logo lhe ofereceu um emprego para trabalhar no palácio.  

Sua relação e trabalho já estavam para lá de valorizados, havia se tornado melhor amigo do príncipe mais velho com mais facilidade do que pensou um dia e agora estava lá, aos encantos, caindo aos charmes do príncipe mais novo. Os irmãos muito eram diferentes, Kim Taehyung e Jeon Jeongguk só eram semelhantes no fato de serem brincalhões ao extremo e vivessem a pregar peças nos criados, mas, agora, longe de Taehyung, que havia se mudado para o castelo assim que se casara com Park Jimin, Jeon nada mais era que um príncipe quieto que passava mais tempo preso em seu próprio ateliê de pintura do que em outro espaço. E talvez, só talvez, Yoongi tivesse apaixonado-se pelo que o garoto transmitia em suas telas e via-se aos sorrisos quando sentia cada emoção naquelas pinceladas à esmo.  

Não era como se nunca tivesse notado os sorrisos que o mais novo lhe dirigia, até mesmo seu melhor amigo dizia que o irmão sempre que podia mandava-lhe cartas e nestas sempre continham algo sobre o "alfaiate de olhos pequenos". Yoongi sentia-se estranho, mas feliz ao receber tais notícias, mesmo que o príncipe não desse a entender que o sentimento era recíproco, ele podia sentir isso. E mesmo com todos os pergaminhos sobre regras da realeza e de relacionamentos com pessoas que não fossem de linhagem real ou nobre, o Min sentia-se até bem por imaginar que um dia teria a oportunidade de tocar as mãos bem cuidadas de Jeongguk.  

Vossa Alteza. — Yoongi deu duas batidas fracas na porta de madeira envernizada e decorada com alguns arabescos um tanto hesitante, sabia que o príncipe detestava ser interrompido em seu ateliê. — Eu posso entrar? 

Esperou alguns instantes, a música clássica podia ser ouvida um pouco alta. Talvez o príncipe não estivesse escutado seus chamados e, dado isso, decidiu adentrar o local, deixando-se levar pela melodia, ignorando todas as normas que diziam que ali não era o  seu lugar.  

— Já disse que detesto ser interrompido enquanto estou pintando. — A voz branda fez-se presente e Yoongi recuou dois passos, incerto do que fazer depois.  

— Desculp- 

— Min Yoongi? — Jeongguk virou-se assustado, assim, deixando o pincel cair antes que pudesse ser posicionado corretamente no godê que segurava. — O que faz aqui? 

A voz que antes soava estridente, agora nada mais era que um sussurro acompanhado de um arregalar de olhos assim que o alfaiate pôs os olhos sob a tela. Jeon estava pintando-o. Ali, a tinta à óleo, estava retratado Min Yoongi. De certo, não eram pinceladas comuns, era algo voraz, carregado de sentimentos que até mesmo soariam confusos a julgar pelas cores, mas, com toda a certeza do mundo, era a tela mais bonita que Yoongi já tinha visto em todos seus anos de vida.  

— A rainha mandou-me aqui para verificar suas medidas para o chá real em comemoração ao aniversário de seu irmão no mês que vem. Já verifiquei as medidas de Taehyung e a de seu marido, Park Jimin, faltavam apenas as suas e eu pensei que- 

— Achei que no reino de Alanaia eles tinham seu próprio alfaiate. — Jeon parecia mais calmo, quase indiferente a presença do outro.  

— E têm, mas foi preferência de Tae e você sabe como seu irmão é quando decide que quer algo. — Yoongi ainda mantinha os olhos fixos àquela obra de arte. 

— Sei, e o invejo por isso. Ele consegue tudo que quer e é notado por tal, enquanto eu tenho de descarregar meus maiores desejos em pinceladas apenas para sentir que algo pertence à mim. — O príncipe encarou o Min e depois a pintura ainda fresca, dando de ombros em seguida. 

O mais velho não soube bem como reagir, talvez nem tivesse de ter reação alguma. Mas as palavras do príncipe tinham lhe pegado de surpresa, ainda estava estático ao ver a tela, agora encontrava-se sem fôlego apenas por ter escutado àquelas poucas frases. Foi como se tivesse esquecido como respirava por uma fração de segundo que até seu cérebro parasse de funcionar após a súbita falta de oxigênio.  

— Você vai tirar as minhas medidas ou...? — Jeon olhou-o de soslaio.  

Oh, sim. — Curvou-se ao aproximar-se do garoto. — Desculpe.  

— Pare de tanta formalidade. Muito me admira que não consiga tratar a mim da mesma forma que trata meu irmão. Deveria sentir-me ofendido com isso?  

— É que é diferente... — Yoongi suava frio ao tocar, mesmo que coberta, a pele de Jeongguk.  

— O que é diferente? — O mais novo respirou fundo para que o outro pudesse concluir a medida de circunferência de sua cintura.  

— O que eu sinto por cada um, isso é diferente. — Após o término de um dos valores, passou para a medida da cava.  

— Está me dizendo que gosta mais do meu irmão do que de mim? — O tom de voz usado pelo garoto era quase como se estivesse magoado.  

Não, não. Eu diria ser o contrário a julgar pela intensidade e definição de como me sinto perto de cada um. — O Min levou as mãos a boca após perceber o que havia falado. Havia mesmo se declarado para o príncipe? 

Jeon, após perceber a reação do mais velho, sorriu minimamente. Sentia-se bem com a presença do outro, talvez até um pouco envergonhado em ter sido pego enquanto pintava o próprio. Aquilo era para ser algo seu, guardado apenas para si, para que sorrisse ao imaginar-se tocando os lábios daquele alfaiate, mas talvez estivesse na hora mesmo de expressar seus sentimentos além da arte.  

Havia sido uma tortura e tanto quando seu irmão chegou no palácio após uma procura incansável atrás de alguém que produzisse a peça para seu casamento. De começo, Jeon não atentou-se muito ao novo empregado do Castelo, estava ocupado demais acompanhando o irmão aos sorrisos e suspiros pelo príncipe Park Jimin, cujo o mesmo havia se apaixonado em uma visita a Alanaia em busca de aliança da própria família com a monarquia daquele território, porém, quando avistou o garoto ao longe carregando um pequeno baú com materiais e uma máquina de tear, tratou logo de imaginá-lo em uma das tantas telas vazias que ainda possuía em seu ateliê. 

Agora, vê-lo ali, quase ajoelhado aos seus pés tocando-lhe com tanto cuidado, como se tivesse medo de quebrá-lo ou como se um toque mais brusco fosse o fazer desaparecer, Jeon sentia vontade de puxar Yoongi e provar daqueles finos lábios, só para tirar a dúvida se o gosto era tão bom quanto ele lembrava-se de ter adorado em um de seus tantos sonhos com o garoto de madeixas escuras.  

Jeongguk sentia vontade até de mandar um telegrama ao seu irmão perguntando se isso era estar apaixonado por alguém, se aquele desejo de pintar Min Yoongi com todas as cores presentes, adotando até um pouco da teoria da cor ao escolher cada uma aplicada, se aqueles sorrisos que dava ao ver o garoto caminhando apressadamente com linhas e tesouras para a sala de costura do castelo, se aquela sensação estranha de frio na barriga quando o via sorrir... Se tudo isso eram provas que ele estava sim encantado até por demais pelo melhor amigo do irmão.  

— Por que usa "Jeon" ao invés de Kim como o restante da família real, Alteza? — O outro indagou, tirando-lhe de seus devaneios.  

— Achei que combinasse mais com Jeongguk. Resolvi adotar o sobrenome de minha mãe, já que há muito tempo não somos obrigados apenas a carregar o nome do patriarca da família. — Jeon moveu-se um pouco para dar mais liberdade ao que o mais velho media na altura de suas omoplatas. — E já lhe disse para não me chamar assim, Taehyung sempre diz que eu formo uma expressão estranha quando ele me chama de Gukkie, então... Jeongguk está bom.  

Yoongi não respondeu, talvez ainda estivesse um pouco assustado pela situação inserida. Jeongguk queria dizer-lhe para não acanhar-se daquela forma ou ficar nervoso como ele estava, mas ela visível que partilhavam das mesmas sensações, o que era estranho, já que apenas dirigiam algumas poucas palavras quando Taehyung estava perto e, fora isso, apenas distribuíam pequenos sorrisos um ao outro a cada esbarrada dada. Era como se, ainda que sentissem o mesmo e as sintonias fossem iguais, não se sentiam confiantes o bastante para que um passo a frente fosse dado. 

O Min sempre transmitiria seus mais puros sentimentos em forma de bordados que ele guardava em secreto em um de seus mil e um baús escondidos e, Jeon, ah, este, por sua vez, sempre pincelaria os belos traços delicados de sua paixão secreta.  

— O que vê quando olha para este quadro? — Jeon quis saber, apontando para o retrato que o outro sabia ser dele. 

— Vejo talento. — Yoongi estava na última medida, próximo demais do rosto do príncipe para os seus próprios limites. 

— Não, não dessa forma. — Jeon atrapalhou-se com as próprias palavras. — Quero dizer, o que sente ao vê-lo dessa forma? O que consigo transmitir através das cores usadas e do estilo? 

Houve um silêncio confortável até que Yoongi, ainda incerto, resolvesse abrir e fechar a boca várias vezes sem nada proferir, segurando a fita métrica um pouco trêmulo demais para a confirmação de suas próximas palavras.  

— Se me permite dizer, vejo paixão, desejo, um pouco de confusão e até mesmo... Medo. — O alfaiate sentiu-se um pouco tonto ao perder-se no escuro daqueles olhos que lhe fitavam com certa curiosidade.  

— E o que me diria se eu dissesse que estes são meus sentimentos em relação a você? — Jeon ousou bastante ao diminuir a distância entre ele e o mais velho.  

— Eu não sei. — Yoongi deve te admitir, estava até um pouco tonto com a aproximação alheia.— Mas... Medo? 

Oh, sim. Medo. Medo de não ser correspondido, de estar precipitando-me demais, de estar enganando-me com tão pouco a alimentar essa doce ilusão de te ter, e, principalmente... — Jeon tocou os lábios alheios com o indicador, um tanto hesitante.  

— Principalmente...? — Yoongi repetiu, sentindo aquele toque singelo, mirando o outro que trajava de um sorriso que, certamente, o faria suspirar maravilhado horas mais tarde. 

— De não sentir o sabor desses lábios que há tanto preenche minhas telas.


Notas Finais


Link da musga:: https://www.letras.mus.br/he-is-we/1544838/traducao.html

Nhaaa, foi isso, bem bobo né?
Minha amiga disse que isso não é um final decente, mas amo finais abertos então... imaginem ai no que deu depois sajisjai e outra, eu nunca faço final decente mesmo sjaosjoa
Enton, foi isso <3
PARABÉNS CRUSHA DA SHOR <33



Xoxo, see you ~


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