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História Alfred's Chronicle - O funeral do general Rock


Escrita por: AndrewFerris

Notas do Autor


Uma nova fase para nosso trio, agora tudo vai mudar!!!

Capítulo 10 - O funeral do general Rock



     Diário de guerra: 31 de outubro de 1973. Durante todo o trajeto para chegar em Washington, passo os minutos olhando para a paisagem e lembrando dos momentos que passei com o general. Tudo o que havia passado com ele, como tinha aprendido a lidar com a guerra e seus efeitos colaterais, como tinha me tornado um homem por meio do seu ensinamento e como havia mudado por sua causa. Meu mentor, nada mais nada menos, isso que ele era. Eu devia aceitar o que tinha acontecido, afinal ele era velho, tinha seus oitenta e poucos, quase beirando os noventa talvez, alguma coisa do tipo, mas não, para mim era impossível aceitar aquele fardo. Cheguei no funeral no começo da tarde, e a maioria dos presentes eram parentes do general, fora seus parceiros de longa data do exército e seus soldados do Vietnã. Entre os que estavam ali reconheci apenas três, Rhasaq, Wilson e Kilni. Depois de alguns cumprimentos discretos nos sentamos um ao lado do outro e esperamos o padre rezar a missa antes do caixão ser levado para a cova, que observamos juntos mesmo depois da maioria ali ter saído. Cumprimento alguns netos e volto a observar a cova, mesmo quando começa a chover e sinto que vou me resfriar.
     - Creio que fosse a hora dele - Comenta Rhasaq se aproximando de Penny com cautela.
     - Todos deveríamos saber, outra guerra seria demais para ele. Ninguém com a idade dele deveria estar num lugar como aquele.
     - Mesmo assim não é fácil de digerir.
     - Não temos que digerir isso, pelo menos não agora - Rhasaq se vira para ir embora quando Penny o segue - Somos soldados, Rhasaq, deveria ser mais fácil para nós.
     - Dizer adeus nunca é fácil, meu amigo - Rhasaq suspira e espera mais parentes do general se retirarem - Quando terminar, vá à sala treze dentro do santuário - Curioso com aquele pedido, Penny se dirige à sala descrita e encontra o amigo sentado numa grande mesa sozinho com alguns papéis.
     - Por que não conversamos lá fora mesmo?
     - Não podia falar o que tinha entalado na minha garganta antes deles irem embora, e mesmo agora ainda corro o risco de ser pego. Sente-se amigo - Penny se senta duvidoso.
     - Como assim ser pego?
     - O general não devia ter partido assim - Penny tem um acesso de raiva e desabafa.
     - Me faça o favor, Rhas, o general podia ser boa pessoa, mas olha a idade dele, foi natural. Eu sei que não vai ser fácil suportar, mas vou ter que aceitar com o tempo. Todos vamos ter de aceitar com o tempo.
     - Acha mesmo que a morte do general foi natural?
     - Estava na carta, mas ninguém me disse como ele morreu. Por acaso foi doença?
     - Doença? O general Rock não morreu Penny, foi assassinado.
     - Que papo é esse?
     - Simplesmente aqueles desgraçados dos parentes do general não queriam contar a causa da morte dele para nós soldados, queriam que nós realmente acreditassemos nessa conversa afiada de morte natural - Chocado com a notícia, Penny respira fundo e pergunta:
     - Como ele morreu?
     - Ele levou um tiro certeiro. O fato é que ele só morreu seis horas depois de levar o tiro, o que na minha opinião não tem muita lógica.
     - Como sabe disso? - Questiona Penny ficando mais perturbado a cada instante.
     - Slade conseguiu essas informações com outras pessoas envolvidas na investigação.
     - Investigação?
     - Sim. A Interpol e as Forças Especiais estavam cuidando do caso recentemente - Nesse momento Slade e Kilni entram na sala - Chegou quem faltava - Kilni senta numa cadeira a parte e Slade se senta entre os dois.
     - Penny, creio que Rhas já tenha explicado o básico para você a essa hora.
     - Só o básico mesmo - Esclarece Rhasaq abatido.
     - Não se preocupe, deixa o resto comigo. A questão Penny é que aparentemente nosso general é um criminoso. Um traficante internacional que lava dinheiro por meios ilícitos e o utilizava como meio de obtenção de lucro por superfaturamento de obras inexistentes - Penny fica espantado.
     - Mas isso não faz o menor sentido, eu conheço o general Rock desde que ele era sargento e você me vem com essa história?
     - Por isso estamos reunidos aqui, Pennyworth. Nossos amigos das Forças Especiais não querem mais investigar por conta do escândalo que seria saber que um general do exército foi responsável por crimes tão desonestos.
     - Que provas eles tem de que o general era um criminoso?
     - Eles encontraram contratos datados desde 1947 sobre investimentos em minas de exploração no continente Africano onde dinheiro do crime internacional é usado para manter a exploração de recursos minerais em troca de mão de obra escrava que duplica os lucros e propencia a circulação de drogas por preço mais baixo no mercado do que de costume. Segundo nossas fontes, a matéria-prima das drogas era conseguida de graça em troca de favores como aquisição política. Muitas pessoas podem ter entrado no poder por conta desse esquema.
     - E acham que o general está por trás disso, mas não explica a razão dele estar morto.
     - Aí é a parte complicada. O general tramou um esquema por baixo dos panos de aumentar o preço das drogas para elevar seu status social, reduzindo os custos das suas minas.
     - O que ele iria ganhar com tudo isso?
     - Entende agora por que não faz sentido? Para eles é só um idoso bandido que foi assassinado, mas não para nós. Todos aqui concordamos que tem alguma coisa por trás dessa haistória, mas ninguém quer se envolver por que não vale a pena gastar os recursos militares com uma operação desnecessária, segundo eles.
     - Entendo...você quer investigar isso por conta própria, sem intervenção militar.
     - Sim.
     - E como pretende fazer isso?
     - A ideia inicial é irmos às minas para descobrir quem são os negociadores que trabalharam com o general, baseado nesse documentos que eu trouxe obviamente.
     - Vai demorar demais - Observa Penny com seriedade - Não tem outro jeito?
     - Tem outro jeito, mas sabe que onde ganha de um lado perde-se do outro. Ao invés de termos que atravessar um continente inteiro, podemos simplesmente passar por alguns países da Europa e descobrir as interações sigilosas deles por meio de suas contas secretas.
     - Por que seria mais difícil fazer desse jeito?
     - Por que teríamos de nos infiltrar. Vai levar menos tempo mas teremos de ser cautelosos com todos os detalhes da nossa ação.
     - Ainda assim me parece um caminho melhor. 
     - Eu estou dentro - Afirma Rhasaq, colocando sua espada em cima da mesa.
     - Eu também - Declara Kilni brincando com sua faca.
     - Só falta você, Penny.
     - Por que está nos ajudando, Wilson? Você não nos deve nada, assim como não deve nada ao general.
     - Posso não ter conhecido ele tão bem quanto gostaria, mas a verdade é que ele era um bom homem. O que aconteceu foi injusto e precisamos reparar isso. Ele me ajudou em um momento que não precisava. Fez todo o batalhão dele lutar para me encontrar, sem obrigação nenhuma de salvar um mísero soldado. Eu não tenho obrigação de ajudar, mas vou. Por que tenho consideração por vocês e pela honra do general Rock, pode ser?
     - Entendo agora - Confessa Penny se sentindo mais próximo de Slade.
     - O único problema - Declara Rhasaq observando os documentos - é que teremos de invadir alguns bancos para conseguir o que queremos. Eles não vão se expor se não fizermos alguma pressão.
     - Podemos fazer isso, só precisamos nps tornar irreconhecíveis - Explica Slade abrindo um sorriso.
     - Como assim?
     - Coisas que aprendemos com as Forças Especiais. Camuflagem e furtividade são úteis amigos.
     - E como você pretende usar isso?
     - Eu já tenho meu jeito, restam os senhores.
     - Quando iremos para a  Europa? - Questiona Penny demonstrando interesse pela situação.
     - Quando estivermos prontos.
     - E isso seria?
     - Dois dias.
 


Notas Finais


Será que o general fez todas essas coisas? Como será que nossos outros personagens ficaram com esse acontecimento?


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