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História Alfred's Chronicle - Caça pessoal


Escrita por: AndrewFerris

Notas do Autor


Estamos chegando numa nova fase da história, espero que gostem!

Capítulo 9 - Caça pessoal


Diário de guerra: 30 de outubro de 1973. Depois de devolver à minha mãe os objetos roubados de nossa casa, passo a me concentrar em outro objetivo, o que talvez o leve a pensar que estou falando da procura por emprego, o que passa longe da minha espectativa e real foco. Passei os dois últimos dias me preparando para esta noite, para impedir Rogue e seus capangas de roubarem a mansão Wayne. A questão é que depois de outro telefonema para Lucius, acabei descobrindo que o bilionário estava organizando uma festa para arrecadar fundos para uma instituição da cidade. Como tinha atrapalhado os planos do trio naquela noite, o ataque mais óbvio que eles poderiam realizar seria essa noite, então, por via das dúvidas, me preparei com algumas ferramentas e conversei com Lucius para conseguir um álibe da minha presença na mansão. Depois de ser convidado para a festa, cujo tema era o Dia das bruxas, que seria no dia seguinte, e reunir tudo o que precisava, visto o melhor (e único) terno que tenho e coloco uma máscara simples para o evento.
- Senhor Pennyworth - Exclama Thomas Wayne espantado com a presença de Penny naquele lugar - Que honra tê-lo aqui, não esperava por essa.
- Eu também não, senhor Wayne - Confessa Penny sem jeito - Lucius me convidou para vir aqui esta noite.
- Excelente. Acredito que ele chegará em breve, estava cuidando de uma falha na empresa antes de vir - Comenta Thomas apalpando sua máscara - Fique à vontade, senhor Pennyworth.
- Pode me chamar de Alfred, senhor - Declara Penny sorrindo de leve.
- Certo Alfred, mas só se me chamar de Thomas também.
- Então temos um acordo, senhor Thomas - Wayne sorri e passa a cumprimentar outros convidados enquanto o jovem vestia sua máscara e procurava atento qualquer detalhe dos seus assaltantes. Sem achar nada depois de uma procura focada, Penny se senta para aproveitar um pouco a noite, afinal de contas, ele estava numa festa de gente rica e tinha a experiência única de conhecer um mundo totalmente novo. Depois de observar os lustres e a extravagância da roupa de alguns convidados, Penny percebe que uma jovem bonita havia sentado ao seu lado e o observava com certa particularidade.
- Com licença senhorita, mas tem algum problema? - Pergunta Penny sentindo um leve incômodo por ser observado com tanta clareza.
- Na verdade não tenho problema algum, é que não te conheço de lugar algum, e mesmo os mais jovens aqui eu conheço de algum lugar - Explica a mulher tomando um gole do seu drinque.
- Bondade da senhorita me chamar de jovem.
- E não é?
- A vida me envelheceu mais rápido.
- Como faz com muita gente que foge dela - Observa de forma perspicaz.
- Me desculpe, mas quem é a senhorita? - Thomas se aproxima dos dois e cumprimenta a jovem loira.
- Vejo que já se conheceram. Alfred, esta é a minha noiva, Martha. Martha, este é o homem que ajudei alguns dias atrás, Alfred Pennyworth.
- Prazer - Declara Martha para Penny.
- O prazer é todo meu - Retruca Penny desviando sua atenção para uma jovem de cabelos ruivos que passava no meio da multidão com uma bandeja.
- Acho que estamos atrapalhando seu amigo - Observa Martha pigarreando de leve.
- Não é nada disso - Protesta Penny sem elevar o tom - Mas gostaria de perguntar: Como vocês selecionam quem vai trabalhar nessas festas?
- Me desculpe, mas não tenho ideia - Confessa Thomas decepcionado consigo mesmo - Foi bom você ter mencionado isso, sempre tem coisas que esquecemos de nos importar, não é?
- Isso conta bastante.
- E como vai a procura por emprego?
- Estou procurando como se estivesse atrás de alguém - O casal ri enquanto Penny desvia sua atenção para uma garçonete mascarada que tinha feições muito próximas às de Rogue, e talvez fosse mesmo.
- Se tivesse algum curso específico poderia arrumar para ele um emprego, não é Thomas? - Pergunta Martha animada.
- Isso poderia acontecer.
- O único curso que tenho é o da vida, fiz pós-graduação no Vietnã e tudo que sei fazer é passar roupa e cozinhar - Os dois tornam a rir quando Penny observa a mulher passar pela terceira vez, mas desta ele tinha certeza... era Betty Rogue.
- Discurso Thomas - Avisa um convidado se aproximando.
- Já estou indo, Max - Ele se dirige a Penny - Aproveite a festa.
- Pode deixar, senhor Wayne.
- Depois voltamos a falar de trabalho, quem sabe não consigo alguma coisa pra você.
- Ficaria muito satisfeito - Assim que Thomas e Martha se afastam, Penny entra numa grande sala, onde a garçonete tinha deixado sua bandeja de lado para pegar alguns objetos do cômodo.
- Betty Rogue - Declara tirando a máscara.
- Alfred? Questiona a moça incrédula.
- O que faz aqui?
- Consegui um emprego.
- O segundo? Não tente me enganar, eu sei que você ajudou aqueles dois idiotas a roubarem a minha casa - Ela dá um passo para trás.
- Me desculpa, não tinha escolha.
- Não? Você me conta um monte de mentiras depois fala que não teve escolha?
- Eu sinto muito, mas esse é o meu jeito de viver. Cada um encontra a maneira como viver nessa cidade - Penny fica sério e cruza os braços antes de rir com zombaria.
- Sabe qual é o problema, Rogue? Você não mexeu comigo, você não me afetou, foi à minha família que você afetou. Por isso não posso deixar passar.
- E o que o Wayne tem a ver com isso? Ele é bilionário, pode comprar tudo de novo.
- Verdade, mas isso isso tira sua culpa, tira? Além do mais, soube do que iria aprontar e não deixarei que roube a mansão deles. Ele já me ajudou esses tempos.
- Como qualquer um poderia ter feito.
- Como eu fiz com você, mas você retribuiu me enganando e roubando a minha casa, então vamos equilibrar o jogo essa noite - Penny fecha os punhos - Por falar nisso, onde estão seus parceiros? - Assim que pergunta, um dos ajudantes de Rogue atinge Penny com um soco, enquanto o outro tenta uma coronhada.
- Fecharam as portas? - Pergunta Betty preocupada.
- Não somos tão idiotas assim.
- Foi o que disseram da última vez, agora acabem com ele - Eles tentam derrubar Penny apenas com socos, mas o soldado se mostrava resistente, e destemido. Sem perder o ritmo ele se joga em dos capangas e lhe mete um soco no rosto, torcendo seu nariz antes do outro empurrá-lo para longe e aproveitar a oportunidade para sacar sua arma.
- Parado aí herói, ou vai perder a única coisa que você ainda tem - Penny levanta os braços e não sai mais do lugar - Pode continuar Betty - A mulher e o outro capanga pegam seus sacos e enchem com objetos enquanto Penny sorri e dá um passo para o lado - Eu não mandei você ficar parado?
- Vai atirar em mim, vai? É bem provável que haja policias à paisana na festa que vão procurar vocês feito cães quando escutarem o barulho. Vocês terão passado de simples aproveitadores para assassinos frios, o que fará a polícia manter uma atenção especial em vocês - O bandido fica pensativo.
- O que você quer? - Questiona Betty impaciente.
- Vocês podem ir embora, mas querendo ou não terão de ir com as mãos abanando, pois ou saem sem nada e sem a polícia no seu encalço, ou pegam esses objetos e atiram em mim, fazendo a polícia caçá-los. Fiquem à vontade para escolher.
- Ah, que se dane - Grita o capanga de Betty irritado disparando em Penny, que desvia dos tiros antes de pegar uma vassoura e quebrar nas costas do bandido, que segue Betty em direção à uma janela. Penny os persegue, mas é atingido por um vaso na cabeça jogado pelo outro comparsa da ladra, e assim os três pulam da janela sem hesitação. No outro salão, policiais presentes na festa se reuniam.
- Comissário Truman, escutou esse barulho?
- Escutei Lipp, vem da sala fechada, serquem o cômodo - Enquanto os convidados assustados recuavam, os policiais entraram na sala e encontraram Penny ensanguentado no chão.
- Tudo bem senhor? - Penny se levanta meio tonto, então passa a mão na cabeça, tendo certeza da dor que sentia antes de se virar para a janela - O que aconteceu?
- Assaltantes disfarçados de funcionários - Explica fervendo de raiva.
- Teve muita sorte de não ter levado um tiro - Observa Lipp com receio.
- Vasculhem a mansão e os arredores dela, vamos ver se encontramos os infratores - Pede o comissário saindo da sala quando Thomas se aproxima.
- Tudo bem Alfred?
- Tudo senhor Wayne, nada que um curativo não resolva - Ele olha o ferimento de Penny e o puxa para perto.
- Deixe-me cuidar disso por favor, está feio.
- Tive ferimentos piores um tempo atrás, senhor, não preocupe - Esclarece o soldado se afastando da multidão para não chamar atenção. Enquanto pressionava o ferimento, Penny percebe que subestimou seus adversários outra vez e que, embora ninguém tivesse se ferido além dele, Betty e seus comparsas teriam outras chances de realizar golpes, o que o deixava mais perturbado ainda. Talvez a idade estivesse alcançando-o mais cedo do que ele esperava. Assim que chega no portão de sua casa, Penny encontra um carta com um carimbo que ele nunca viu antes, uma esfera com uma metade laranja e a outra preta. Sem saber do que se tratava, ele leva a carta consigo ao entrar em casa, então ele se depara com a mais improvável das pessoas à sua espera.
- Lucius? Que faz aqui?
- Não consegui te ver na festa devido a tudo que aconteceu, então resolvi vir no único lugar que poderia te encontrar nessa cidade, se não for muito incômodo.
- Não liga pra isso, mas acho que agora não é o melhor momento.
- Entendo, as coisas não andam fáceis, andam?
- Nem um pouco. Aqueles caras na mansão Wayne me roubaram há alguns dias e está tudo tão diferente.
- Talvez devesse dar um tempo dessa vida. Viver em Gotham está ficando complicado ultimamente.
- Por isso não consigo mais viver como antes.
- Talvez haja mais nessa história de não conseguir viver como antes. Gotham sempre foi uma cidade complicada, mas você por outro lado sempre teve um lado que se fortificou nos últimos meses. Acho que seu lado soldado continua ativo, ansiando a todo custo por um pouco de luta. É normal com quem tem de viver assim.
- Poderia ser diferente, Lucius.
- Sei que poderia, mas nem sempre as coisas são como gostaríamos que fossem - Ele observa a carta de Alfred com curiosidade - Precisa dar um tempo da vida en Gotham.
- Não posso, tenho que ajudar minha mãe.
- Não precisa se preocupar com a sua mãe ou com os seus irmãos, eu conversei com ela e a convenci de que nós dois tínhamos chegado a um acordo e que eu iria ajudar sua família da maneira que pudesse.
- Por que está fazendo isso, Lucius? Você não me deve nada.
- Não se trata de dívidas, Alfred, se trata de caráter. Essa cidade pode ser o que for, mas alguém precisa fazer o que pode por ela - Alfred sorri e segura uma lágrima.
- Obrigado.
- Não precisa agradecer - Penny abre a carta e começa a lê-la atentamente. Ao terminar de ler, amassa a carta e respira fundo - Aconteceu alguma coisa?
- Preciso deixar a cidade.
- Mas amanhã é Dia das Bruxas. Thomas e eu vamos tentar arrumar um emprego pra você, e a sua família?
- Tenho que ir num funeral.
- De quem?
- Meu antigo general que está ao meu lado desde minha primeira inserção no exército.


Notas Finais


O general Rock faleceu, como isso afetará Penny?


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