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História Algo Chamado... Amor? - Algo Chamado: Família


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Voltei, demorei mais voltei! hahahha... Err... Eu não tenho muito o que falar, acho que agora a história começa a se aprofundar no que realmente aconteceu aquele dia mansão do Hyunwoo, quem matou a Naeun, e coisas assim... Então enfim...

Boa leitura! :D

Capítulo 14 - Algo Chamado: Família


POV Minhyuk

 

O novo período finalmente começou. Não que eu estivesse ansioso para ele começar. — Okay eu estava... Mas ao mesmo tempo eu gostaria que demorasse mais um pouco para eu continuar aproveitando aquele pequeno Jooheon e o meu namorado, que de uns tempos para cá está incrivelmente atencioso comigo. Bom... Atencioso do seu jeito é claro. Me procura quando não sabe a temperatura certa da mamadeira do bebê, obviamente me chama quando tem que trocar frauda, e claro, eu preciso convencê-lo sempre de que um bebê, de agora um mês e meio, não precisa de um psicólogo e não é capaz de falar: “Meu pai se chama Hyunwoo.”. — Eu não sei dizer ao certo se estou morando na casa do Hyunwoo, isso ainda é confuso para mim, eu sei que estou lá até seu pai voltar para o país, e eu tenho absoluta certeza que ele não ficará nada feliz ao descobrir sobre o Hyunwoo e eu, na verdade eu nem tenho certeza se o Hyunwoo será capaz de contar, são muitas coisas envolvidas, ele é herdeiro da empresa, se o seu caso comigo for descoberto ele pode vir a perder tudo, e eu não quero isso, eu posso ser capaz de ficar com ele sem que ninguém saiba, sem que alguém acabe machucado. E depois de tudo pelo que passamos, eu não quero me afastar mais dele, e nem do nosso menino.

Algo que vem me intrigando esses últimos dias é o silencio da policia. — Todos nós que estávamos com a Naeun, antes do acidente e também no hospital, tivemos que ir a delegacia dar nosso depoimento. O que me deixa apreensivo é que mesmo depois disso, eles não entraram mais em contato. E tem outra... Eu meio que posso ter estragado um pouco as coisas em meu depoimento, pois eu inverti a historia que aconteceu na mansão, eu não contei do surto do Hoseok, o que eu contei foi que Naeun apareceu desequilibrada e nos atacou. Eu sei que fiz besteira, mas eu só queria proteger o meu amigo. — Eu não vou dizer que me sinto mal pela morte da Kim Naeun, de certo modo eu consigo sentir apenas pena, pena pelo modo como ela viveu, pena pelo modo como morreu, pena por não ter conhecido seu filho. A polícia parece querer afirmar que um de nós matou ou mandou mata-la, mas eu não consigo acreditar nisso. Por mais que muitos de nós tenhamos motivos, não consigo acreditar que chegaria a algo assim, por isso acredito que há outra explicação, tende a ver outra explicação.

Todos nós, cada um de nós enfrentou algo aquele dia, um medo, amor, um amigo. — Quando fecho os meus olhos ainda sou capaz de ver a fúria nos olhos do Hoseok, o medo no olhar do Hyungwon. Hoseok foi meu amigo durante minha vida escolar e levamos isso para fora da escola, eu prometi a ele que o ajudaria que cuidaria dele, mas agora que estou longe, eu me sinto realmente culpado por ele ter se desestabilizado tanto.

 

O sinal muda do vermelho para o verde. Os pedestres começam a passar pela faixa e eu vou junto.

 

É um novo período, uma nova chance para cada um de nós, mas agora com mais responsabilidades e medos. Eu tenho uma família por perto agora, tenho alguém que posso chamar de filho, e um namorado que me ama. — E claro, tenho agora um dos meus amigos mais próximo a mim.

 

— Achei que me faria esperar pra sempre.

 

Hyungwon acena sorrindo para mim. Ele usa uma calça preta, uma camisa social branca e sua mochila também preta. — Depois de muito conversar com Hoseok, Hyungwon finalmente decidiu entrar na Universidade de Artes de Seul. Hyungwon parecia receoso por deixar o Hoseok sozinho, mas o mesmo insistiu muito para isso.

 

— Você tem que me respeitar, eu sou o seu veterano aqui. — sorrio para ele.

 

Hyungwon é alto, mais alto do que eu. E ele tem essa cara fofa que às vezes o faz parecer um “meme” ambulante. Ele esta sorrindo agora, pelo menos eu acho que isso é um sorriso.

 

— Ainda acha que estou fazendo a coisa certa? — ele pergunta. — Sei lá, eu ainda acho que devia estar lá ajudando o Hoseok na fisioterapia.

— Você não pode ficar grudado no Hoseok pra sempre. — digo. — Você também precisa aprender a pensar um pouco mais em você. E além do mais você vai voltar direto para a casa dele depois das aulas, não tem o reclamar.

— Você está certo. — ele agora sorri de verdade. — Acho que estou me tornando super-protetor demais.

 

Bato em seu ombro e o empurro para andar mais depressa.

 

— Ohhh! As pessoas tendem a cometer loucuras quando estão apaixonadas.

 

Ele suspira e encara o vazio.

 

— Você não faz ideia. — ele muda o tom de voz.

— O que? — paro confuso. — Falou alguma coisa?

— Hey! — um grito nos coloca em alerta. — Minhyuk! Hyungwon!

 

Vemos Kihyun correndo desajeitado, até que finalmente nos alcança.

 

— Por que está tão atrasado? Você mora do lado da Universidade praticamente. — questiono.

— Meu despertador me abandonou e foi morar em uma casa chique. — ele respira ofegante. — Quando eu disse despertador eu estava me referindo a você.

— Eu não me mudei. — digo desconfortável voltando a andar. — Eu acho.

 

Kihyun acelera o passo novamente e se coloca entre Hyungwon e eu, apoiando suas mãos em nossos ombros. — Isso o torna engraçado por ser mais baixo que nós dois.

 

— Minhyuk quantas vezes eu já te falei que você tem que ser mais objetivo com o seu carinha cujo nome já sei, mas gostaria de não saber, que me da vontade de dar na cara dele toda vez que o vejo. — ele respira fundo. — Não seja mole com ele.

— Então é o Kihyun que fica colocando bobagens na sua cabeça? — Hyungwon o encara. — Não faça isso. — ele bate na cabeça do mais baixo.

 

Ele abraça a própria cabeça e agora se coloca em nossa frente, nos fazendo parar de andar.

 

— Eu estou falando serio, vamos lá... Ele por acaso já se assumiu por você? Falar coisas bonitinhas como: “agora somos uma família”. “temos um filho”, qualquer um fala, e quando o pai dele voltar? Tem certeza que ele vai continuar dizendo essas coisas?

— Você às vezes consegue ser bem irritante. — Hyungwon me puxa pelo braço me fazendo andar.

— Eu só quero ajudar, não quero que o Minhyuk sofra.

— Eu não estou sofrendo. — falo. — Eu não vou sofrer. O Hyunwoo me escolheu e eu escolhi o Hyunwoo, fim de papo, o que vier depois disso é consequência, nós só estamos pensando agora no que é melhor para o Jooheon, ele é nossa prioridade.

 

Ficamos os três em silencio.

 

— Por que de repente parece que tornei o clima meio tenso? — ele pergunta coçando a cabeça.

 

Sorrio para ele e o puxo para andar conosco.

 

— Você fala demais, devia usar essa boca para satisfazer melhor a sua criança. — Hyungwon debocha referindo-se ao Changkyun.

 

Kihyun cora e anda apressado em nossa frente.

 

— Ele ficou com vergonha? — Hyungwon sorri. — Ohhh! Volta aqui, vamos conversar sobre o Changkyun.

 

Sorrio para Hyungwon que corre para implicar com o outro. — Eu realmente posso me distrair, posso viver minha vida normalmente, mesmo com tudo isso acontecendo, não é?

Um carro preto para próximo à calçada, em frente à Hyungwon e Kihyun, os forçando a parar. Corro e me junto a eles. — Dois homens descem do carro e um deles mostra o distintivo.

 

— Yoo Kihyun. Chae Hyungwon. Lee Minhyuk. — ele fala lendo em um papel. — Queiram nos acompanhar, por favor.

 

Um tumulto começa a se formar na entrada da Universidade, e para não chamar mais atenção, entramos os três no carro.

Pelo visto... Eu não terei uma vida normal tão cedo.

 

 

---//---

 

POV Hyunwoo

 

— Você ira se arrepender se não assinar conosco. — o mais velho fala.

 

O encaro seriamente. Vejo Sun Hee parada na porta segurando sua pasta, e vejo os outros sócios sentados ao meu lado.

 

— Eu prefiro arriscar. — afirmo. — Eu não posso confiar minha empresa nas mãos de pessoas como vocês.

— Argh esse moleque! — o mais velho esbraveja se levantando.

— Reunião encerrada. — digo levantando. — Tenham um bom dia.

 

Me curvo formalmente em sinal de respeito, mas o homem mais velho e seus empregados saem irritados da sala.

 

— Você tem certeza disso? — um dos sócios questiona. — Por mais que a empresa deles esteja quase à falência, eles têm nome, e uma boa reputação.

— Nós também temos um nome e uma reputação. — afirmo. — Eu não vou começar meu legado nessa empresa com um contrato falido.

 

Depois de uma longa conversa eles saem da sala, me deixando sozinho com Sun Hee. Sento-me em minha cadeira, e afrouxo a gravata em uma longa respiração de cansaço.

 

— Liga para o Minhyuk e veja como o Jooheon está. — peço.

— Errr... O Minhyuk não esta em casa. — ela diz confusa. — As aulas dele já começaram, lembra?

 

Bufo e encaro a janela de vidro atrás de mim.

 

— Aquela criança...

— Antes de sair reclamando, vale lembrar que é praticamente o Minhyuk que cuida do Jooheon, ele não é obrigado a ficar vinte e quatro horas com ele, ele tem suas responsabilidades.

— Ele tem responsabilidades comigo também, eu sou o namorado dele.

 

Noto um sorriso se formar em seu rosto, e ela cobre a boca com a pasta. — Sinto que estou corando.

 

— Não faça essa cara. — digo desconfortável. — Quem está com meu filho?

— O seu irmão e o amigo dele.

— Hyungwon? O semiparasita não tinha dito que entraria na universidade do Minhyuk?

— Não se trata dele. — ela logo fala. — Changkyun, um estudante do ensino médio.

— Ótimo, meu filho nas mãos de uma criança. — resmungo.

 

Meu celular começa a vibrar. — Uma mensagem do Hyungwon?

 

 

SMS - “Têm alguma coisa errada, a polícia nos trouxe até a delegacia e estão lá dentro com o Minhyuk há bastante tempo.”.

 

 

— Polícia? — digo em voz alta.

— Hyunwoo? — Sun Hee vem até mim.

— Desmarque todos os meus compromissos. — peço. — Vá para minha casa e fique com o Jooheon, eu não confio naquela criança que namora o perturbado do Kihyun. Eu estou indo encontrar o Hyungwon e o Minhyuk na delegacia.

— Delegacia? — ela se altera de repente.

 

Seus olhos começam a procurar um local fixo para se concentrar, até que ela enfim me encara.

 

— Tudo bem?

— Só me assustei. — ela sorri em resposta. — O que aconteceu? Tem alguma coisa a ver com o acidente da Naeun?

— Assassinato, você sabe bem, a Naeun foi assassinada. — digo ajeitando a gravata.

— Eu achei que isso já tinha acabado já faz mais de um mês. — ela diz baixinho.

— Posso contar com você?

— Contar?

— Para olhar o Jooheon. — insisto.

 

Ela balança positivamente a cabeça. — Parece que ela está cansada, tem feito essas expressões entranhas há um tempo já.

 

 

Saio do elevador junto a Sun Hee, passo pela porta giratória da entrada, e vejo uma limusine estacionar. O chofer desce e abre a porta do carro.

 

— Era só o que faltava. — respiro fundo.

 

Meu pai desce com um olhar sério, e assim que me nota, caminha até mim.

 

— Pai. — me curvo para ele. — Não sabia que viria, se eu soubesse o teria buscado no aeroporto.

— A empresa é mais importante do que meu deslocamento de lá para cá. — ele diz friamente. — Além do mais temos empregados para essas ocasiões.

 

Ajeito o paletó e pigarreio. Fecho o rosto no semblante mais sério que consigo.

 

— Muito bem. — ele fala. — Vamos subir.

— Desculpa, eu tenho um compromisso agora e...

 

Ele me encara seriamente e apenas passa andando por mim, entrando no prédio.

 

— Hyunwoo...

 

Respiro fundo.

 

— Vá para minha casa, por favor, e tome conta do Jooheon. E, por favor, as coisas do Minhyuk...

— Hyunwoo...

 

Eu não sei o que fazer, se meu pai esta aqui ele certamente já passou em casa, se ele viu as coisas do Minhyuk eu posso estar encrencado.

 

— Não precisa fazer nada. — mexo novamente na gravata. — Apenas tome conta do Jooheon e assegure que o Hoseok não descubra onde o Hyungwon e Minhyuk estão.

 

Ela faz que sim e sai andando. — E agora eu... Hora de encarar o meu pai.

 

 

Chegamos à sala da presidência. Ele se senta em um sofá, e eu no outro. Ele fica me encarando como se esperasse eu contar alguma coisa, mas não consigo pensar em nada para dizer.

 

— Não que esteja curioso, mas eu consegui contornar a situação com a família da sua falecida esposa. — ele diz de repente. — Novamente eu salvei a vida do seu irmão.

 

Sinto meu sangue ferver. — Como ele consegue se referir ao Hoseok como uma pessoa qualquer?

 

— Eles não irão denuncia-lo pela tentativa de assassinato. — ele continua. — Apesar de terem fortes suspeitas de que ele pagou alguém para terminar o serviço no hospital.

— Hoseok nunca faria algo assim.

— Você quase foi morto por causa dele, e ainda o defende?

— Pai, você não me chamou aqui para falar sobre isso, não é? Sabe que eu respondo pelo Hoseok, não quero que continue maltratando ele.

 

Meu pai se levanta, vem até mim e sem mais nem menos me estapeia no rosto. — Eu o odeio, eu simplesmente o odeio.

 

— Sabe um boato que ouvimos enquanto estávamos em um restaurante em Chicago? — ele diz mexendo na gravata e então se abaixando em minha frente. — Que o viúvo Hyunwoo já tinha arranjado uma substituta para cuidar do filho.

 

Meu sangue gela, e meu ar parece não querer mais sair.

 

— Você não poderia esperar alguns meses? — ele então grita. — Brincando com a memoria da sua esposa.

— Ela nunca foi minha esposa. — grito.

 

Ele me estapeia novamente, e se levanta.

 

— Pegue suas coisas, vamos para casa. — ele ordena autoritário. — Eu quero conhecer sua nova namorada.

— Pai, sobre isso...

— Eu estou cansado Hyunwoo, de você do invalido do seu irmão, e agora tenho que atura uma versão menor sua. Eu não tenho mais idade para isso. — ele afirma. — Você precisa ser mais responsável, focar naquilo que verdadeiramente quer e agir. Você pensa demais e age de menos.

 

Meu pai sai da sala e deixa a porta aberta para que eu o siga.

Eu sinto como se fosse enlouquecer.

 

 

---//---

 

POV Minhyuk

 

Eu estou assustado, eu estou muito assustado. Eu quero abrir aquela porta e sair correndo, mas tenho certeza de que se eu fizer isso eu nunca mais irei sair daqui.

 

— Lee Minhyuk. — o detetive volta para a sala de interrogatório, agora com alguns papeis.

 

Ele abre um envelope e deixa uma foto da Kim Naeun alegre e sorridente em minha frente.

 

— Como tem estado esse último mês? — ele pergunta.

 

Se eu responder que estou bem vai soar como se eu não me importasse com o que aconteceu? Mas se eu disser que não estou bem isso poderá o fazer pensar que estou martelando sobre a morte dela em minha cabeça durante todo esse tempo.

 

— Kim Naeun e eu nunca fomos próximos. — conto. — E como eu já disse das últimas vezes em que estive aqui, ela apareceu em meu apartamento com dois homens para me espancar.

— Então isso causou um grande ressentimento.

— Obviamente. — deixo escapar. — Quero dizer... Não, espera, eu fiquei irritado, qualquer um na minha situação ficaria irritado.

— Mas isso justifica matar alguém?

— Matar? Eu... Eu não matei ninguém.

— Por que suas digitais estão em todos locais daquele carro, e também foi encontrado sangue seu nela.

— O que? Você esta querendo dizer que eu matei a Kim Naeun? — questiono. — Isso é ridículo, eu fui uma vitima dela aquele dia, eu fui agredido por ela.

— Você tem um temperamento calmo, mas consegue explodir bem às vezes. — ele anota em um bloco.

 

Ele fica em silencio apenas me encarando agora, enquanto eu encaro a foto de Naeun. — O que eu estou fazendo? Eu estou com medo. Se eu falar qualquer besteira eu posso estragar tudo.

 

— Da última vez você insistiu que a Naeun atacou vocês, depois os manteve presos dentro do quarto. — ele conta.

— Sim. — confirmo.

 

Ele agora me mostra um papel, um laudo médico.

 

— Kim Naeun foi atingida por um objeto, um abajur que foi encontrado na mansão do marido dela. — o detetive me encara. — Há algumas digitais e vestígios de sangue nele, e novamente seu sangue está ali...

— Eu já disse que ela me atacou com o abajur. — conto. — Eu desmaiei, quando me dei conta ela tinha indo embora.

— Acontece que alguém a atingiu com o abajur antes, então... Como ela prendeu todos vocês sendo que tinha sido golpeada por alguém?

 

Minha perna começa a tremer. — O que eu falo? O que eu faço?

 

— Eu já disse tudo o que eu lembro. — abaixo a cabeça. — Eu juro.

 

Eu não posso entregar o Hoseok, eu não sei o que os outros meninos contaram, mas eu não posso deixar que o Hoseok acabe como o principal suspeito da morte da Naeun.

 

— Você é uma criança interessante, Lee Minhyuk. — ele diz em uma longa respiração. — Me conte um pouco do seu envolvimento com o Son Hyunwoo.

 

Meus pelos arrepiam.

 

— Qual a necessidade disso? — pergunto.

— Não é você que faz as perguntas aqui. — ele joga fotos em cima da mesa. — Fotos minha com o Jooheon.

— Por que você tem fotos minha com meu filho? — grito levantando.

 

O detetive me encara e abre um sorriso malicioso.

 

— Seu filho? — ele questiona.

— Errr... Eu...

 

Sento-me novamente, e coço a bochecha. — O que eu fui falar.

 

— Você e a Kim Naeun tinham algum envolvimento?

— Não senhor. — conto.

— Então porque chamou aquele bebê, o filho dela com o Hyunwoo, de filho?

 

Eu não sei o que responder, eu estou assustado.

 

— Porque eu sou namorado do Hyunwoo, desde antes dele se casar com a Naeun, e ele me pediu para tratar a criança como se fosse minha. — conto de cabeça baixa.

 

O detetive grunhe alguma coisa que não consigo ouvir, e logo me libera. — Eu estraguei tudo, não é?

 

Volto para entrada da delegacia e encontro Hyungwon sentado próximo à porta. Ele vem correndo até mim.

 

— Por que demorou tanto. — ele me puxa. — Me assustou.

 

Tento relaxar e abrir um sorriso, mas eu não consigo.

 

— Eles já te chamaram? — pergunto.

— Sim, foi bem rápido até. — ele conta. — Me fizeram ficar encarando a foto da Naeun enquanto eu respondia algumas coisas.

— E o Kihyun?

— O advogado da família do Changkyun veio aqui, e logo que terminou o interrogatório foram embora.

 

Por que eu pareço ser o único realmente assustado com tudo isso?

 

— Belo primeiro dia de aula. — Hyungwon sorri para mim. — Vamos, relaxa. Nós sabemos que não fizemos nada, isso vai se resolver, eu tenho certeza.

 

Faço que sim para ele.

 

— Vamos embora, eu estou cansado. — digo.

— Eu vou ter que passar em casa antes. — ele conta. — Meu pai quer conversar comigo sobre tudo isso.

— Eu entendo. — sorrio para ele.

— Ah! Eu avisei ao Hyunwoo que estávamos aqui. — ele diz. — Talvez ele esteja chegando.

— Prefiro ir direto pra casa, se ele não chegou até agora deve ter coisas mais importantes para fazer.

— Hey! Não deixe as palavras do Kihyun te afetar, o Hyunwoo te ama.

— Eu sei. — sorrio para ele.

 

...................

 

Desço do taxi e vou caminhando até a entrada da mansão. Abro a porta e a empregada se assusta comigo.

 

— Senhor Minhyuk. — ela respira fundo. — Não apareça tão devagar.

— Desculpa. — sorrio para ela.

 

Vejo Hyunwoo descendo as escadas com Jooheon no colo.

 

— Hey. — vou até eles, porém Hyunwoo recua quando vou tocar o bebê.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa?

 

Ouço passos vindos da sala de estar e agora vejo o pai de Hyunwoo se aproximando. — Meu coração acelera descontroladamente de repente.

 

— Você, você é o amigo do Hoseok. — ele diz me encarando. — O que faz aqui há essa hora? E porque toda essa intimidade e informalidade com o Hyunwoo.

 

Olho para meu namorado, que segura o filho como se estivesse prestes a perdê-lo.

 

— Eu...

— Ele veio me ver. — Hoseok diz de repente.

 

Meu amigo vem da sala de estar também. — É tão estranho vê-lo nessa cadeira de rodas.

 

— À uma hora dessas? — seu pai questiona.

— Eles são amigos, é normal. — Hyunwoo diz de cabeça baixa.

 

Olho para ele e abaixo a cabeça em decepção, me afasto um pouco, porém de repente sua mão agarra minha camisa.

 

— Hyunwoo?! — Hoseok exclama espantado.

— O que esta acontecendo? Quando sua namorada vai chegar, eu não tenho todo o tempo do mundo.

 

Meus pelos arrepiam quando Hyunwoo me puxa para junto dele e me entrega Jooheon.

 

— Não existe uma namorada do Hyunwoo. — ele diz de repente.

— Que bobagem. — seu pai bufa. — Como assim? O que esta acontecendo aqui.

— Pai, esse é o Lee Minhyuk, você já o conhece como amigo de escola do Hoseok, mas eu quero que o conheça agora como...

— Você não tem que fazer isso. — afirmo. — Eu posso aguentar, então... Não faça.

— Não estou fazendo por você. — ele diz. — Isso é por mim.

 

Seu pai nos encara quando Hyunwoo me da sua mão.

 

— Quero que o conheça como Lee Minhyuk, meu namorado. — ele conclui.

 

Seu pai permanece imóvel como se estivesse esperando alguém gritar: “PEGADINHA”, mas nada foi dito desde então. Seu rosto torna-se velho, e suas mãos tremem como se estivessem tentando alcançar um apoio mais próximo.

 

— Pai...

— Não me toca! — ele se afasta de Hyunwoo em um grito. — Namorado? Você está namorando um garoto?

— Pai...

— Eu mandei se calar. — ele grita novamente. — Eu não reconheço mais você como um filho.

— Isso é bobagem. — Hyunwoo agora grita. — Eu continuo sendo a mesma pessoa, o mesmo lacaio que sempre fui nada mudou.

— Nada mudou? Você por acaso pensou em mim quando decidiu se jogar nos braços de um homem? Em como vou ser visto, em como a empresa será vista?

— É a minha vida, não tem nada a ver com o senhor e...

— A sua vida, é a minha vida é a vida da empresa. — ele grita. — Eu já perdi um filho, e ele se tornou isso também, gay, e agora esta aleijado. Eu depositei toda a minha esperança em você, para vir agora e se tornar o mesmo lixo de...

— CALA A BOCA!

 

Seu grito ecoa pela casa, fazendo Jooheon chorar.

 

— Eu não admito que fale de mim e do meu irmão dessa maneira. — ele continua a gritar. — Com quem nos deitamos quem escolhemos para amar, é uma escolha nossa isso não desrespeito a você.

— Isso não é amor, isso é aberração... Esse garoto foi ele que fez isso com você.

 

Seu pai voa contra mim, me puxa pelo braço. — Agarro forte Jooheon. — Hyunwoo o tira de cima de mim. Hoseok se aproxima, toca no pai, mas recebe um empurrão e cai da cadeira de rodas.

 

— Não toca no Minhyuk. — ele grita.

— Esse garoto, ele é uma criança, você já viu a diferença de idade entre vocês?

— Agora é a diferença de idade que importa aqui?

— Não Hyunwoo, o que importa aqui é a decisão que terá que tomar.

— Decisão? — Hyunwoo pergunta confuso.

— Ou você manda essa criança ir embora dessa casa e finge que esse devaneio nunca aconteceu, ou você estará expulso dessa casa, da empresa, dessa família.

— Pai. — Hoseok geme assustado.

 

Isso não esta certo, eu não posso deixar isso acontecer. — Eu o amo, o amo mais que tudo, amo o que temos, amo o Jooheon, mas eu não posso fazer isso com ele, destruir a vida dele.

 

— Perdão. — peço.

— O que? — Hyunwoo foca em mim agora.

 

Entrego Jooheon a Hyunwoo, me ajoelho no chão em frente a seu pai e me curvo.

 

— Peço perdão. — digo. — Perdão por ter feito seu filho agir dessa maneira.

— Minhyuk levanta desse chão agora! — Hyunwoo grita.

— Eu prometo desaparecer da vida de vocês, só não os maltrate.

 

Pego minha mochila, e antes mesmo de Hyunwoo poder falar qualquer coisa, corro porta afora.

 

 

...................

 

Estou agora sentado no chão da sala de estar, perdido em meus pensamentos. — Eu odeio fazer, eu tinha prometido ao Hyunwoo que não o deixaria mais, mas como eu poderia agir em uma situação como essa?

 

Ouço pancadas violentas na porta. — Me arrasto para longe quando ouço o som da maçaneta.

 

— Q-Quem está ai?

 

Levanto, porém repentinamente sou jogado contra a parede, fecho meus olhos e recebo um tapa no rosto, logo em seguido ouço um gemido e um soluço. — Choro?

 

— Nunca mais vire as costas pra mim. Nunca mais me abandone daquele jeito, você prometeu ficar ao meu lado.

— Hyunwoo?

 

Ele então me abraça e chora em meus ombros. — Vejo Kihyun, e Hoseok na porta. Jooheon está dormindo no colo do tio.

 

— Como você chegou aqui em cima? — Kihyun questiona.

 

O abraço de Hyunwoo se desfaz, e ele me beija.

 

— O que está fazendo? Não pode desistir de tudo, não por alguém como eu. Seu pai tem razão, eu sou uma criança. Vou completar vinte anos ainda, eu não tenho nada para te oferecer.

— Você tem o seu amor, e sua paciência. — ele me beija. — Vamos ficar com você. — ele olha para Jooheon e volta a olhar para mim. — Somos uma família, não é?

— Família. — abro um sorriso, e uma lagrima cai. — Sim, somos uma família.


Notas Finais


Weee... kkkkkkk... Então, apesar dos momentos intensos, eu gostei bastante desse final. Mostrou que o Hyunwoo ama o Minhyuk de verdade, a ponto de desistir de tudo por ele. Como será que as coisas vão seguir daqui pra frente para os dois???

Logo estarei de volta! Thaaanks


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