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História Algo Chamado... Amor? - Algo Chamado: Esperança


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Demorei um pouquinho, mas voltei. Esse capitulo não está longo, e tentei dar uma aliviada devido aos últimos acontecimentos.

Enfim.. Boa leitura! :D

Capítulo 17 - Algo Chamado: Esperança


POV Minhyuk

 

 

Está tão escuro aqui. Sinto o cheiro de algo podre, e posso ouvir som de goteira. Eu não tenho certeza se já é de manhã ou não, pois a cela em que estou é completamente fechada, e as grades que a prendem dão a vista para um extenso corredor com lâmpadas que piscam em mau contato.

 

— O garotão vai ficar em pé ai o tempo todo?

 

Olho para trás e encaro meus dois colegas de cela. O mais alto e mais velho entre os dois está deitado no beliche de cima, parece tentar escrever algo na parede com um pedaço de vidro que não quero nem imaginar de onde tirou. O outro está de pé no centro da cela, me encarando. — Hoje faz três dias desde que essa injustiça aconteceu comigo, e não sei como conseguiram apressar tanto as coisas, mas Hoseok e eu fomos transferidos para um presidio no interior da cidade. Quando chegamos aqui eu pensei que poderíamos ficar juntos, mas fomos separados. Essa é minha primeira noite aqui, mas tudo o que eu consigo pensar é em como esta o Jooheon, como o Hyunwoo esta lidando com isso, e claro... Como esta o Hoseok.

 

— Como eu faço para descobrir onde outra pessoa esta, aqui? — pergunto.

 

O mais velho para o que esta fazendo e me encara.

 

— O garoto tem marra. — ele debocha.

— Não é isso. — tento não encara-lo. — Eu realmente preciso saber se a pessoa que foi presa junto comigo esta bem.

 

O que estava no centro se aproxima de mim, toca meu rosto e seu sorriso amarelado é exposto.

 

— Ele tem uma pele bacana.

— O que acha que esta fazendo? — tento recuar. — Eu só... Eu só quero saber como meu amigo esta.

— Acha que as coisas aqui saem de graça? — o de cima da cama fala. — Precisa dar algo em troca antes de qualquer coisa.

 

Agarro as grades atrás de mim e encaro as lâmpadas piscando. — Eu estou com medo, estou com medo de estar aqui, eu não quero estar aqui.

 

— Por favor, não me machuquem. — peço assustado.

 

Hyunwoo disse que faria o possível para me tirar daqui, e eu prometi que protegeria o Hoseok, mas o que exatamente isso me custara aqui dentro. — Eu estou com medo.

 

 

---//---

 

POV Hyunwoo

 

 

— Mais uma! — grito.

— Já não acha que esta extrapolando? — o homem do bar diz em resposta.

— Você está aqui para me servir ou controlar minha vida?! — grito enraivecido. — Mais uma!

 

Ele logo vem até minha mesa com mais duas garrafas de bebida, e leva com ele as outras cinco, vazias.

 

— O que está fazendo? — o puxo pela camisa. — São minhas, deixe elas aqui.

— Estão vazias. — o homem tenta respirar fundo.

— São minhas! — grito.

 

Dois rapazes da mesa ao lado se levantam e se aproxima da gente.

 

— Algum problema aqui velhote? — o que parece mais novo pergunta.

— Velhote? — sorrio engasgado. — Eu?

— Não arrumem confusão aqui. — ele pega as garrafas e começa a andar de volta ao bar.

 

Volto a me concentrar na bebida enquanto os dois rapazes permanecem sorrindo entre si e me encarando.

 

— Vão ficar aqui pra sempre?

— Velhote... Por que esta bebendo aqui sozinho?

— Se me chamar de velhote de novo eu vou enfiar essa garrafa em um lugar onde não vão conseguir tirar. — resmungo.

— O velhote está bravo. — o mais novo sorri.

— Chega...

 

Agarro a garrafa e a bato contra a mesa, quebrando-a. Os dois rapazes se afastam em susto.

Um grande baque me assusta. Vejo o homem do bar batendo um taco de baseball contra a bancada.

 

— Os três! — ele berra. — Pra fora.

 

Abro minha carteira, pego um pouco de dinheiro e jogo para o alto. Saio do bar indo em direção ao meu carro.

 

— Hey, você!

 

Olho para trás e vejo os dois rapazes me seguirem.

 

— Hyunwoo?

 

Viro-me para o lado, mas no exato momento recebo um golpe na cabeça.

 

Tudo fica escuro.

 

 

---//---

 

— Hyunwoo! Hyunwoo...

 

Abro os olhos sonolentos.

 

— Vai ficar na cama para sempre?

 

Vejo um vulto passar pela porta do quarto.

 

— Minhyuk?

 

Levanto apressado da cama. Corro e enfim chego à sala de estar, e lá está ele, seus cabelos molhados como se tivesse acabado de sair do banho, seu rosto corado, em cima da mesinha de centro panquecas e sucos.

 

— Minhyuk?

 

Ele estende a mão para mim, me aproximo e a seguro. Cada parte minha estremece. — É realmente ele? — Sento-me ao seu lado no sofá, ele pega um pedaço da panqueca e me dá na boca.

 

— Como? — questiono. — Como esta aqui?

 

Seu sorriso agora me traz um aperto no peito. Ele acaricia meu rosto e bagunça um pouco meus cabelos. Em seguida ele me faz deitar no sofá com a cabeça apoiada em suas penas.

 

— Eu sinto tanto a sua falta. — falo. — Como você esta? Esta tudo bem?

 

Minhyuk agora beija minha testa, fazendo uma lagrima derramar de meus olhos.

 

— Seja forte. — sua voz soa em um sussurro abafado.

 

 

---//---

 

— Minhyuk! — grito despertando.

 

Minha respiração está ofegante. Estou um pouco tonto, mas sei que estou sentado em minha cama, no apartamento. — Foi tudo um sonho? — Levanto cambaleando, noto estar sem camisa, e usando apenas uma bermuda.

 

— O que foi que aconteceu? — questiono a mim mesmo, vendo uma marca roxa em minha testa, pelo espelho do armário.

 

Eu só consigo me lembrar de estar no bar bebendo, só.

 

— Vai ficar na cama para sempre?

 

Meus pelos arrepiam. Tento controlar minha respiração. Corro para fora do quarto e assim que chego à sala de estar vejo em cima da mesinha de centro um prato com panquecas e uma jarra de suco,

 

— Minhyuk? — chamo confuso.

 

Ouço o gemido de Jooheon, e então vejo Changkyun com Jooheon no colo.

 

— O que esta fazendo aqui? — questiono assustado.

— Ah! Acordou. — ele sorri para mim.

— Achei que ia dormir o dia inteiro. — ouço agora a voz de Kihyun.

 

Não tinha notado a presença dele até então, ele esta na cozinha fazendo algo no fogão.

 

— Okay... O que os dois estão fazendo aqui? — insisto.

— A Senhora Sun Hee o encontrou bêbado desmaiado ontem. — Changkyun conta. — Ela te trouxe para cá, com a ajuda do marido dela, e como o Kihyun fofoqueiro estava observando ela pediu para ele tomar conta de você. Eu cheguei hoje cedo, estava com saudades desse gorducho.

 

Ele beija a bochecha do meu filho o que faz abrir um sorriso desdentado. — A conexão deles dois às vezes me irrita.

Vou até a cozinha, pego um pouco de café e fico encarando Kihyun.

 

— O que foi? — ele questiona.

— Você cuidando de mim? — resmungo.

— Quem não gosta de mim é você. — ele coloca em questão. — E meu problema com você, era o fato de estar enganando o Minhyuk com a história do noivado, mas como tudo já se resolveu...

 

Permaneço o encarando. — Kihyun é uma boa pessoa?

 

— Obrigado. — agradeço.

— Oh! — ele grita. — Ouviu isso Chang!

 

Changkyun sorri, sentando-se no sofá.

 

— Hyunwoo, eu... Eu queria falar com você sobre uma coisa. — o namorado do mais velho diz. — O Hyungwon comentou que os advogados do seu pai não vão pegar o caso do seu irmão e do Minhyuk, então, eu conversei com meus pais e eles se propuseram a ajudar.

 

Largo a xícara e corro até o sofá.

 

— Está falando sério? — questiono.

— Sim. — ele permanece sério. — Você esta me assustando.

— Desculpa. — me afasto. — Mas... Por quê?

— Minhyuk é um grande amigo, ele sempre apoiou meu relacionamento com o Kihyun, ele até conversou com meus pais sobre isso.

— Ele fez isso? — pergunto.

— Não se preocupe, nossos advogados são bons. — ele agora abre um sorriso. — Para falar a verdade, eles estão agora conversando com a polícia.

 

Levanto e respiro fundo.

 

— Okay... Está na hora de colocar a cabeça no lugar, Hyunwoo. — digo a mim mesmo.

— Isso a e! — Kihyun grita da cozinha.

 

 

---//---

 

POV Minhyuk

 

 

Um estalo repentino me desperta. Abro os olhos e o escuro me assusta. Viro para o lado e me assusto ao ver o outro preso, o mais jovem, sentado em sua cama, se masturbando enquanto me encara. — Ele esta começando a me apavorar.

 

— Quinze minutos! — alguém grita do lado de fora.

 

O homem logo fecha as calças e se coloca de pé, o mais velho desce do beliche e também se coloca de pé. — O que está acontecendo? — Mesmo sem entender me levanto e fico de pé ao lado deles.

 

A cela abre de repente, e dois guardas entram. Por alguns segundos nos revistam e revistam a cela.

 

— Podem ir. — um deles fala.

 

Ir? Para onde? — Nós três seguimos o outro guarda. Passamos por algumas celas, por um longo corredor, e enfim um grande refeitório. — Respiro aliviado.

 

— O que foi flor? — o que estava se masturbando questiona. — Estava achando que estava indo para a cadeira elétrica? O que fez foi tão grave assim?

 

Não respondo, apenas fico observando o tanto de presos que há aqui. Muitos têm guardas em seus lados. — Devem ser perigosos. — Tento encontrar o Hoseok, mas não consigo.

 

— Vai ficar parado ai bonitão? — outro preso esbarra em mim.

 

O que eu faço? Eu estou faminto, mas eu preciso encontrar o Hoseok. — Ouço gargalhadas. Viro-me para trás e enfim o vejo. Hoseok está abatido, seus lábios cortado e suas mãos tremulas. Ele esta sentado em sua cadeira de rodas sendo trazido por outro preso. Corro até ele, e seus olhos de repente ganham vida.

 

— Minhyuk! — ele chora.

— Conhece? — o que o traz fala. — Leva o encosto com você então.

 

O observo se afastar e sorrio para meu amigo.

 

— Você esta bem? — ele pergunta.

— Não se preocupa comigo. — digo. — Olha você, o que aconteceu?

— Aquele cara. — ele se refere ao homem que o trouxe. — Queria saber se não podia andar de verdade, e me jogou para fora da cadeira... Mas eu estou bem. — ele afirma. — Só assustado, e com fome.

 

Empurro a cadeira de rodas, e entramos juntos na fila. Assim que pegamos nossa comida, encontramos uma mesa afastada vazia.

 

— Você parece que não dormiu direito. — observo.

— O cara me deixou com o beliche de cima, como ele quer que eu suba naquilo. — ele revira os olhos. — Mas novamente, não se preocupe, eu estou fazendo como o Hyunwoo pediu, agindo friamente.

— Pelo menos o seu colega de cela não fica ameaçando de estuprar você.

 

Hoseok engasga e prende um sorriso.

 

— Acha isso engraçado? Não foi você que acordou com alguém se masturbando enquanto te encarava.

— Um dia, a gente vai rir de tudo isso. — Hoseok diz.

— Duvido. — como um pedaço do pão. — Eu só quero sair daqui logo, eu não vou aguentar isso por muito tempo.

 

Hoseok abre um novo sorriso.

 

— Confia no meu irmão. — ele pede. — Quando ele coloca algo na cabeça ele não tira até aquilo acontecer. Pode demorar um pouquinho, mas nós vamos sair.

 

Faço que sim com a cabeça.

 

— Esta lidando com isso melhor do que eu imaginava. — coloco em questão.

— Não sou tão bobo quanto aparento. — ele toma sua água.

 

 

---//---

 

POV Hyunwoo

 

 

Já é noite, estou a um bom tempo esperando, desde que Changkyun disse que conseguiria uma reunião entre os advogados e eu. — Esperar... É uma coisa que eu realmente odeio fazer. — Batidas na porta me deixam em alerta. Apresso-me e assim que abro vejo um homem parado, ele usa um terno preto e carrega uma pasta em mãos. — Ele parece realmente jovem para ser um advogado.

 

— Kim Sungchan. — ele se apresenta. — Advogado da família Im.

— Entra, por favor. — peço.

 

Ele logo se senta no sofá, tira da pasta um notebook vermelho, e alguns papéis.

 

— É impossível tirar os dois de lá? — pergunto de cara.

— Eles foram presos por causa da influencia do seu pai. — o advogado fala. — É uma prisão ilegal baseada em suposições e envolve muito suborno.

— Então... Para tirar os dois de lá eu precisaria expor isso? Expor o meu pai?

— Não acho que resolveria, ele tem muita influencia você pode acabar saindo mal visto, ainda mais com os últimos acontecimentos.

 

Coço a cabeça e bufo irritado.

 

— Entretanto. — ele diz. — A situação do Lee Minhyuk é mais fácil de resolver.

— Como?

— Eu consegui algumas imagens das câmeras de segurança do hospital onde a sua esposa morreu. E analisando bem se pode ver que ele não saiu da frente da sala de cirurgia por nenhum minuto.

— Isso prova que ele não a matou. — digo.

— Entretanto há um breve momento em que ele sai, é justamente o momento em que a Kim Naeun é levada para o quarto logo após ter o bebê.

— Você não esta ajudando. — coloco em questão.

 

O homem abre um arquivo de vídeo em seu notebook. Na imagem vemos um corredor com vários quartos.

 

— Esse aqui é o quarto da Kim Naeun. — ele aponta.

 

Ficamos observando. Ele acelera o vídeo, e mostra Naeun sendo levada para o quarto. Não muito depois vejo um rosto familiar entrar no quarto, uma mulher.

 

— Sun Hee. — consto. — É a Sun Hee.

— Nesse momento você ainda estava na sala de cirurgia, sendo preparado para o transplante.

 

Sun Hee sai do quarto no exato momento em que uma enfermeira entra no quarto dela com um bebê nos braços, provavelmente Jooheon.

 

— Por que exatamente estamos vendo isso? — questiono.

— Aqui, agora. — ele fala.

 

Alguém vestido como um enfermeiro entra no quarto.

 

— Esse é o motivo de suspeitarem que um de vocês seja o assassino da Kim Naeun. — o advogado conta.

— Ainda não entendi.

 

Ele da zoom na tela e mostra os pés da pessoa, que está com um all star de cano longo.

 

— Não da para saber se é um homem ou mulher. — coloco em questão. — Como isso nos ajuda?

 

Ele agora muda o vídeo e mostra as cenas onde Minhyuk esta parado em frente à sala de cirurgia, ele da um zoom nos pés dele, e vemos que esta usando um tênis esportivo.

 

— Não foi o Minhyuk! — abro um sorriso. — Ele não matou a Naeun, eu sabia.

 

A cena continua de repente outros pés aparecem, porém a câmera não pega seus corpos, mas algo chama nossa atenção.

 

— Aqui. — o advogado fala.

 

O mesmo all star de cano longo surge em cena junto a outros pés, mas está bem no canto inferior do vídeo, não da para ver de quem pertence, e a filmagem termina ali.

 

— Não pode ser. — digo confuso. — Isso quer dizer que...

— Yoo Kihyun, Chae Hyungwon, Im Changkyun ou a Sun Hee foi quem matou a Kim Naeun. — ele afirma.

 

Coloco as mãos na cabeça respirando fundo.

 

— Com isso eu posso dar um jeito de tirar o Minhyuk da prisão, mas não posso fazer nada por enquanto com as acusações de que seu irmão seja o mandante. Fora que o seu pai já afirmou do ataque que ocorreu antes de tudo.

— Tire o Minhyuk da cadeia. — peço. — Quanto ao Hoseok, eu dou um jeito.


Notas Finais


Então né... Aparentemente o Minhyuk é inocente, e pode logo, logo ser libertado.A partir desse capitulo nós vamos bancar um pouquinho os detetives e tentar descobrir o que de fato aconteceu no dia em que a Kim Naeun morreu. Então aguardem, logo eu estarei de volta! :D


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