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História Algo Chamado... Amor? - Algo Chamado: Memórias


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Olá! Voltei!!! Então, só uma observação: Esse capitulo é um pouco intenso para o Hyunwoo, que mostra seu lado mais vulnerável... E eu amo ele, ter que escrever ele assim machucou... hehehe...

Enfim! Vamos lá... Boa leitura! <3

Capítulo 29 - Algo Chamado: Memórias


POV Hyunwoo

 

As luzes começam a apagar. Um a um, os grandes corredores começam a ficar escuros, e as pessoas começam a sair.

 

— Senhor?

 

Encaro o segurança em minha frente. — Estou sentado no salão de espera da rodoviária. Não sei ao certo o que estou esperando. Eu devia me encontrar com o Hyungwon e o Hoseok aqui, mas os dois simplesmente não apareceram. Estou exausto de tudo isso, estou exausto de ter que passar por isso, talvez esteja sendo ainda pior estar passando por isso sem ele.

 

— Por favor, o horário de...

— Eu já entendi. — o interrompo.

 

Respiro fundo e me levanto. — O que eu deveria fazer agora? Não consigo voltar para casa e encarar meu pai, não depois de toda aquela cena ridícula. Não tenho mais o Minhyuk perto de mim, e sabe-se lá onde está meu filho. O que eu deveria fazer?

 

— Por favor. — peço. — Esse é meu cartão, caso alguém apareça à procura de Son Hyunwoo, por favor, me informa.

 

O segurança me encara confuso, hesita de inicio, mas pega meu cartão. — Nada há nada que eu possa fazer agora, não é?

 

 

...................

 

Já é tarde da noite, as ruas estão menos movimentadas. — Está bastante frio. Será que estão mantendo o Jooheon quente? Será que já o alimentaram? Ele é tão frágil, e tão apegado ao Minhyuk, tenho certeza de que estão tendo trabalho para fazê-lo dormir. — Meu peito dói. — E ainda tem o meu irmão. Como está àquela cabeça confusa com tudo isso? Se Hyungwon realmente for quem meu pai diz, ele não machucaria o Hoseok, não é? Ele o ama.

 

— Minha cabeça dói. — praguejo ao vento.

 

Entro em um beco, ao lado de um prédio alto com grandes telões. Sento-me próximo a uma porta, e fico encarando a parede em minha frente.

 

— Eu sei que não sou muito de lembrar, e de remoer sentimentos, mas eu preciso conversar com alguém. — digo abraçando minhas próprias pernas. — Mãe, me desculpe, eu falhei. Eu prometi proteger o Hoseok, prometi me tornar um homem que jamais abandonaria a família, mas eu falhei.

 

Meus olhos lacrimejam, e antes mesmo que eu possa controlar, me vejo chorando. — Sinto uma dor terrível em meu peito, uma angustia uma sensação de impotência.

 

— Eu deixei meu pai machucar meu irmão. Eu tentei de todas as formas protege-lo, até mesmo o afastei de mim, mas nada deu certo, eu não sei onde ele está. — enxugo as lágrimas e agora encaro o céu estrelado. — Eu não sei se aprovaria, mas eu me apaixonei por um homem, eu o amo tanto, ele viu em mim coisas que ninguém viu, mas... Eu também o perdi. E eu tenho um filho, mãe... Por que as coisas estão tão ruins para mim? Isso é um castigo? Eu mereço passar por tudo isso?

— Falando sozinho?

 

Levanto a cabeça e vejo um homem. Ele não aparenta ser um morador de rua, já que está bem vestido. Porém seus olhos estão vermelhos, e ele fede a bebida e a cigarro. — Levanto sem dizer uma palavra, começo a andar, mas noto ser seguido.

 

— Por que está fugindo? — ele pergunta agora sorrindo. — Não é como se eu fosse um ladrão ou algo do tipo. Eu só quero te ajudar.

 

Paro de andar. Viro-me furioso, agarro-o pela gola da camisa e o bato contra a parede.

 

— Me ajudar?! — grito. — Por acaso vai trazer meu filho de volta? Vai me dizer onde encontrar o meu irmão? Vai recuperar as memórias do Minhyuk?!

— Relaxa cara. — o homem continua sorrindo. — Você está muito tenso, precisa relaxar, e eu tenho a coisa certa para você.

— Não preciso de nada, tudo o que eu preciso é...

— Encontrar alguém. — ele repete em deboche. — Mas olha onde você está agora, jogado no chão, sozinho, parece que foi abandonado por todos.

 

Eu me sinto abandonado.

 

— Vamos lá... O que pode fazer por hoje? Só relaxa, e amanhã você vai estar pronto para continuar procurando seja lá quem for que esteja procurando.

— Eu não tenho tempo para essas brincadeiras. — o afasto de mim. — Minha cabeça está cheia, a última coisa de que preciso é de um lunático me dizendo o que fazer.

— E se eu puder te dar algo para clarear sua mente?

— O que você tem a me oferecer? Por acaso vai fazer meus problemas sumirem? Não! Então...

— Na verdade...

 

O homem tira do bolso um saquinho transparente, e de dentro tira um cigarro, mas um tipo diferente, isso é...

 

— Maconha? — questiono. — O que tem a me oferecer é droga?

— Só estou querendo ajudar um amigo com a cabeça perturbada. — ele tenta me entregar, mas recuo. — Não precisa se assustar, isso vai te deixar calmo, isso vai te ajudar a pensar melhor.

— Eu não preciso de drogas, eu nunca precisei.

— E vai continuar vagando pela noite sem saber o que fazer? Até acontecer o que? Parar em um bar e beber até morrer? Estou te dando uma solução imediata, para clarear sua mente, vamos lá... Não seja covarde.

 

Covarde? Eu não sou covarde. — Eu perdi tudo, minha família, tudo... Eu me sinto um merda, me sinto a pior pessoa do mundo, mas ainda assim.

 

— Tic Toc. — ele faz. — Eu estou vendo que precisa disso.

 

Não... Eu sou mais forte do que algo como isso, eu me recuso. — Mas, por outro lado, minha cabeça está tão cheia a ponto de eu querer cometer uma loucura só para fazer tudo isso acabar... Eu estou confuso.

 

— Tudo bem, então. — o homem se vira. — Eu não vou insistir.

— Espera!

 

Eu vou me arrepender disso, eu sei que vou, mas porque no momento parece ser a única solução? — Ele sorri para mim, vem andando em minha direção, acende o cigarro de maconha e me entrega.

 

— É só dessa vez, eu só preciso esvaziar minha mente, nem que seja por poucos minutos. — digo.

— Ninguém está te forçando a nada.

 

Pego o cigarro e logo na primeira tragada, engasgo.

 

— Devagar. — ele sorri. — Não quer dar uma de...

— Cala a boca.

 

E trago novamente, e mais uma vez... — Por que parece não funcionar? Eu me sinto o mesmo, sinto minha cabeça ainda cheia. — Vejo o homem sorrindo para mim, o que é tão engraçado?

 

— Vem comigo. — sou puxado. — Vamos te dar um complemento.

 

Apenas o sigo. — Então paro, vejo no telão do prédio um noticiário. É a minha família ali, estão falando do assassinato da Naeun. — Chega! Eu quero que isso suma da minha cabeça de uma vez por todas.

 

...................

 

Apenas um cigarro não foi o suficiente. — O homem me trouxe para esse clube, onde parece que leis não existem. Pessoas usam drogas livremente, e tenho certeza de quem tem menores de idade por aqui.

 

— Esse é o segundo, e já está no final. — ele grita para que eu possa ouvir.

 

Sorrio para ele. — Eu sei que tenho milhões de coisas para me preocupar, mas não entendo, no momento eu só quero gritar.

 

— To de boa. — sorrio novamente. — Vou beber alguma coisa.

 

As luzes são nauseantes, a música absurdamente alta faz cada célula do meu corpo vibrar. Eu sinto uma euforia, uma adrenalina... Sinto meu corpo querer liberar energia, mas me sinto preso aqui dentro.

 

— Pura? — o atendente do bar questiona.

— Pura?! — repito confuso.

 

Pego a bebida e volto para o meio da multidão. — Todos estão dançando, animados, até parece que suas vidas são perfeitas, mas quem eles são? Apenas covardes usando desse artificio sujo para fugir de seja lá o que for. E o que isso me torna? Tão covarde quanto. — Vejo agora o homem que me deu o cigarro de maconha conversando com uma mulher, ela sorri assim que me vê, e vem andando em minha direção.

 

— Sempre foi tão fácil drogar você. — ela sussurra em meu ouvido. — Espero que tenha se distraído bastante a ponto de esquecer o Jooheon.

 

O copo de bebida cai de minha mão, finalmente a encaro. — Estou enlouquecendo, não é? Por que estou vendo a Naeun?

 

— Eu vou me certificar de que você nunca seja feliz novamente. Marido.

— Cala a boca! — grito.

 

Fecho os olhos. Assim que os abro, vejo as pessoas me encarando. — Onde ela está?

 

— Hey! Relaxa irmão! — um homem vem até mim.

— Foda-se! Foda-se todo mundo! — continuo gritando. — Eu estou cheio, minha cabeça está cheia, eu estou cansado!

 

Tudo começa a rodar, a música perde o sentido.

 

— Minhyuk...

 

E então tudo fica escuro.

 

 

---//---

 

POV Minhyuk

 

Pressiono o local onde fui baleado. — Talvez eu não devesse ter descido do ónibus daquela forma, eu ainda não estou em condições de me esforçar muito.

 

— Por que não aparece um carro quando se precisa de carona? — praguejo.

 

Vejo então um pouco distante, a rodoviária de onde parti. — Eu ainda não tenho todas as minhas memorias de volta, tudo o que eu tenho é a lembrança do Jooheon, e que de que alguma ele é meu filho. E também ele... Hyunwoo, por mais que eu não consiga lembrar perfeitamente, eu sei que isso que sinto quando o vejo é forte, e eu sei que ele é a pessoa para quem eu devo retornar o lugar para onde eu devo retornar é o lugar onde o Hyunwoo está. E assim juntos poderemos encontrar o Jooheon.

 

Está tudo escuro, as portas estão trancadas. — Droga, eu demorei demais. — Sento no chão e pressiono o ferimento novamente.

 

— Droga, eu não devia ter me esforçado tanto. — reclamo comigo mesmo. — Mas o que eu faço agora? Para onde eu deveria ir?

 

Eu tenho alguns flashes de memória, mas não consigo distinguir com clareza o que são. Me vejo em um tipo de apartamento, também vejo o Jooheon e o Hyunwoo. — Essa é minha casa? Esse é o lugar para onde devo ir?

 

— Talvez eu deva ligar para ele?

 

Pego meu celular, vejo na agenda de contatos o seu nome. — O que eu deveria dizer? Eu me lembro dele, mas não consigo lembrar os meus sentimentos. É realmente justo eu voltar dessa forma? — Chama... Chama... Caixa de mensagens.

 

— Hyunwoo. — digo corando o rosto. — Pode me ajudar?...

 

...................

 

Desço do táxi, e fico parado em frente ao apartamento. — Espero que esse seja o endereço correto, foi o endereço que consegui falando com minha mãe. — Caminho e assim que paro em frente à escada, tenho um novo flash de memória. Eu... Caindo dessa escada.

 

— Jovem Minhyuk!

 

Sou abraçado de repente.

 

— Dói! Dói! — grito.

— Perdão. — a velha senhora se afasta.

 

Ela me encara com um sorriso no rosto, mas ele logo desaparece.

 

— Vocês são muito barulhentos! Vou aumentar o aluguel.

 

A senhora cruza os braços e se vira de costas. — Por que eu sinto que ela está preocupada, mas está se fazendo de durona?

 

— Peço perdão por tudo. — tento me curvar. — Eu perdi minhas memorias, elas estão voltando aos poucos, mas... Eu não me lembro de muita coisa. Eu me lembro daqui.

 

Seus olhos lacrimejam.

 

— Essa sempre será sua casa, se assim o quiser.

— Eu agradeço.

 

Ela puxa a mala de minha mão e sobe as escadas, me fazendo segui-la. Chegamos até o apartamento, ela o abre e entramos juntos.

 

— Que estranho. — digo confuso.

— Algum problema? — a senhora questiona. — Está tudo do jeito que deixaram ordens do girafão que chama que chama de marido.

 

Marido?

 

— Achei que entrando aqui minhas memórias iriam voltar, mas... Eu não sinto nada.

— Vamos com calma. — ela pede. — Eu não costumo fazer isso, mas eu vou preparar algo para você comer, então descanse um pouco.

 

A senhora sai do apartamento me deixando sozinho.

 

— Eu tenho um filho, um... Namorado, ou sei lá, eu tenho uma família. — digo a mim mesmo. — Por que eu não consigo me lembrar com clareza dos meus sentimentos?

 

 

---//---

 

POV Kihyun

 

— Estamos olhando essas imagens há quase um dia inteiro. — protesto. — Isso não é tão divertido quanto pensei, achei que iriamos bancar os detetives e encontrar aquela velha maluca.

 

Changkyun permanece concentrado encarando a tela do computador, vendo minuciosamente todas as pessoas que estão desembarcando. — Quando Chang disse que tinha uma ideia de onde começar a procurar, a última coisa que imaginei era que seu pai fosse amigo de gente de dentro da polícia americana, o que facilitou nossa entrada na sala de vigilância do aeroporto, onde estamos a quase vinte e quatros horas, vendo gravações de todos os embarques e desembarques de hoje.

 

— Desculpa por isso. — peço.

— Não é hora, Kihyun.

— Só... Desculpa. — insisto.

 

Ele para de olhar o monitor e me encara.

 

— Eu não queria sair daquela forma. — ele fala. — Acha mesmo que fiquei contente escrevendo aquele bilhete e te deixando para trás? Obvio que não, você sabe que eu gosto de você.

— Então...

— Mas também sabe o quanto tudo isso me machucou. — Changkyun afirma. — Somos amigos, por agora, com o tempo vamos poder entender direito o que sentimos um pelo outro.

 

Eu entendo que te amo, mas eu não vou mais pressioná-lo.

 

— Agora me ajuda aqui, não temos muito tempo, sabe que temos que encontrar provas se quisermos que a polícia se envolva nisso.

— Certo, certo. — sorrio. — Mandão.

 

Encaro o monitor e fico vendo todas essas pessoas passarem, apressadas. — Fico me perguntando se o Minhyuk recebeu minha mensagem. Talvez eu devesse ter mandado para o Hyunwoo. Estou preocupado.

 

— Olha! — Changkyun chama minha atenção. — É você. — ele observa.

— Sim. — sorrio. — Eu sou tão bonito assim?

— Se concentra.

— Essa era a hora que eu estava esperando para ir para a fila de embarque. — digo mexendo no cabelo.

 

Espera um pouco, me aproximo ainda mais da tela. Até que enfim a vejo, a mãe da Naeun com Jooheon no colo. — Congelo a imagem.

 

— Jooheon. — sinto a voz de Changkyun estremecer.

— E o que a gente faz agora? — questiono. — Vamos mostrar isso à polícia?

— Sim, mas antes...

 

Ele continua o vídeo, e a vai seguindo de vídeo em vídeo até vê-la saindo do aeroporto.

 

— Chang? Fala alguma coisa.

— Ela saiu por aquele terminal, e provavelmente pegou um táxi. — ele constata. — Vamos perguntar a todos os taxistas se a viram, se encontrarmos, tentamos descobrir para onde a levaram.

— Por que está tão sério?

— Eu não vou deixar que machuquem o Jooheon. — ele se levanta. — Vamos contar à polícia o que descobrimos, e temos que avisar ao Hyunwoo e ao Minhyuk também.

 

Eu entendo a preocupação do Chang com Jooheon, mas... Ele está assustadoramente frio. — Por hora não importa, temos que fazer o possível para encontrar o Jooheon.

 

 

---//---

 

POV Hyunwoo

 

Desperto em um suspiro ofegante. — Onde estou? O que aconteceu? — Tento levantar, mas uma mão leve me faz ficar na cama.

 

— Está tudo bem, se acalma. — ela pede.

 

Sun Hee? Sim é ela. O que está fazendo aqui?

 

— Se eu não fosse sua amiga eu te mataria agora. — ela sussurra irritada. — Drogas? Jura? Sabe o que aconteceu com você? Com a mistura de sabe-se lá o que usou com bebida, você teve um ataque do coração, isso é normal Hyunwoo? Você tem vinte e sete anos e teve um ataque do coração.

 

Começo a chorar de repente. — O que foi que eu fiz?

 

— Hey espera, não precisa chorar. — ela tenta enxugar minhas lagrimas.

— Eu estou tão assustado. — digo. — Eu tenho medo de nunca mais encontrar o Jooheon, estou com medo do Hoseok sozinho por ai...

 

Ela me faz sentar na cama. — Só então percebo estar em um hospital. — E me abraça.

 

— Você é um idiota! — Sun Hee protesta. — Para de carregar o peso do mundo inteiro nas suas costas. Hyunwoo você é um excelente pai, não tem culpa se a avó do seu filho é uma louca. Você é um excelente irmão, fez tudo o que fez por ele, não precisa se sentir culpado se agora ele esta amando alguém possivelmente perigoso, mas... Aquele menino, o namorado dele, eu não sei... Eu só sinto que ele não a matou, a Naeun, então não se preocupe com o Hoseok.

— É fácil falar Sun Hee. — enxugo as lágrimas. — Eu cresci sobre pressão, para me tornar um homem perfeito, um herdeiro perfeito... Eu não sou perfeito.

— Eu iria rir da sua cara se dissesse que é. — ela debocha. — Droga... Você é meu melhor amigo, tanto que ligaram para mim quando veio parar aqui. Eu prometi te ajudar, não se force demais, o Jooheon, o Hoseok, até mesmo o Minhyuk, todos vão precisar de você... Mas de você bem.

— Eu estou envergonhado do que fiz. — admito. — Quero ir embora.

 

Vejo meu celular e minha carteira em cima do criado mudo ao lado da cama. Pego o celular e vejo uma mensagem de voz.

 

— É o Minhyuk. — digo confuso.

 

“Hyunwoo... Pode me ajudar? Eu tive um sonho estranho, eu sonhei com o Jooheon, nosso menino...”...

 

Lagrimas caem dos meus olhos. — Levanto da cama, pego minha carteira e corro para fora do quarto.

 

— Hyunwoo espera! — Sun Hee vem atrás de mim.

 

— “... Eu tive que descer do ônibus, eu sentia isso aqui dentro de mim, mandando, me obrigando a voltar. Quando eu despertei do sonho eu só conseguia me lembrar com clareza dos meus sentimentos pelo Jooheon, mas algo em mim quer te ver, algo em mim está chamando por você...”...

 

Pego um táxi e deixo Sun Hee para trás.

 

— Por favor... Acelera! — peço ofegante.

 

“Eu estou um pouco assustado, não me lembro de muita coisa, mas eu lembro de você, da gente, não com clareza, mas... Hyunwoo, eu quero que me ajude a lembrar o que nós somos, eu quero minha família de volta.”.

 

...................

 

Desço do táxi apressado, e vejo a velha senhora descendo. — Não trocamos uma palavra, na verdade não seria necessário. Ela apenas olhou para mim, sorriu e fez um aceno de cabeça. — É certeza, o Minhyuk está em casa.

Toco a campainha. — Estou um pouco ansioso, meu cérebro ainda está a mil por horas. — E então a porta se abre, meu corpo inteiro estremece.

 

— Son Hyunwoo?! — ele exclama aparentemente confuso.

 

É realmente ele, meu menino voltou para mim. — Estou um pouco tonto.

 

— Você está bem? — Minhyuk pergunta confuso.

— Só... Só um pouco tonto.

— Vem cá.

 

Minhyuk me puxa para dentro do apartamento. — Me sinto como se estivesse revivendo à primeira vez que tive nesse apartamento.

 

— Eu preciso usar o banheiro. — digo enjoado.

— Fica a vontade. — sua confusão é nítida.

 

Começo a vomitar. — Eu me arrependo definitivamente me arrependo de ter usado aquelas coisas. Eu me sinto tão fraco, tão ridículo em sua frente.

 

— Está tudo bem? — Minhyuk pergunta entrando.

— Merda. — praguejo. — Não queria que me visse assim.

 

Tento levantar. Ele sorri para mim.

 

— Espera. — seu rosto cora. — Você está horrível, toma um banho primeiro, depois conversamos.

 

Eu definitivamente estou revivendo à primeira vez que estive aqui? — Minhyuk realmente não se lembra de nada disso? — Tiro toda minha roupa, deixando o corado.

 

— Eu vou esperar lá fora e...

— Não é como se nunca tivesse me visto assim. — sorrio para ele.

 

Minhyuk se vira envergonhado, entro no chuveiro e assim que o ligo escorrego. Puxo-o sua mão para não cair. Seu corpo avança contra o meu, e fico imprensado na parede fria.

 

— Hyunwoo... Eu... Não tenho certeza, eu...

— Desculpa ter puxado você. — peço.

 

Ele agora se solta de mim, se vira novamente e fica parado. — Todos aqueles momentos que vivemos juntos, simplesmente sumiram? É isso? — Ele continua parado, sem esboçar reação alguma. Tem algo errado.

 

— Minhyuk? Aconteceu alguma coisa? Está com dor? — questiono confuso.

— Daquela vez, eu estava envergonhado. — ele diz de repente. — Eu peguei minha toalha e sai daqui.

— Minhyuk?

 

Ele então se vira, seus olhos brilham.

 

— Eu me lembro.

— Minhyuk?

— Hyunwoo... Me perdoa, me perdoa por ter esquecido de você...

— Você... Realmente sabe quem eu sou? Sabe o que temos?

 

Ele avança contra mim e simplesmente me beija.

 

— Você é meu Hyunwoo, a pessoa que eu amo, é tudo o que eu quero e preciso saber.

 

O abraço. E então choro.

 

— O que foi? — Minhyuk questiona.

— Nunca mais faça isso comigo. — choro. — Nunca mais me deixe sozinho desse jeito, você prometeu você não sabe o que eu passei e...

 

Ele me beija novamente.

 

— Me perdoa. — Minhyuk insiste. — Eu nunca mais vou sair do seu lado, eu prometo.

 

...................

 

Ele está lindo, como sempre esteve. Sentado no chão da sala devorando vorazmente a comida que a velha senhora o preparou.

 

— Por que está me encarando? — ele resmunga de boca cheia.

 

Pego meu hashi e bato em sua cabeça.

 

— Não fale de boca cheia criança. — reclamo.

— “Não fale de boca cheia criança”. — ele repete em deboche. — Seu velho chato.

 

E então sorri para mim. — Meus olhos lacrimejam e derramo lágrimas sem nem perceber.

 

— Hey, para. — ele vem até mim e se ajoelha em minha frente. — O que fez hoje foi algo imprudente, não irá se repetir, não é? E se estiver assim por minha causa, pode parar, eu já disse, nem todas as minhas memorias voltaram, mas o que eu sinto por você está mais vivo do que nunca.

— Eu te amo tanto. — digo.

 

Seu rosto cora. Sorrio para ele.

 

— Como eu pude esquecer esse sorriso. — ele toca meu rosto. — O modo como seus olhos desaparecem quando sorri e...

— Tudo bem?

— Jooheon! — ele exclama em susto.

— Fica calmo. — peço. — Estamos procurando em todos os lugares e...

— Não, eu sei onde ele está. — Minhyuk se altera.

 

Ele se levanta pega seu celular e volta.

 

— Kihyun disse que encontrou a mãe da Naeun nos Estados Unidos. — Minhyuk diz.

— O que ele está fazendo nos Estados Unidos? Espera... Jooheon esta lá? Ele o viu?

— Aparentemente sim. — ele continua. — Hyunwoo, nós temos que ir, temos que trazer nosso menino de volta.

 

Estados Unidos é lá onde meu filho está? — Eu não quero saber como o Kihyun sabe disse, mas... Ele está nos ajudando?

 

— Vou providenciar o mais rápido possível. — digo. — Mas... Você está bem para viajar?

— Hyunwoo, mesmo se eu estivesse morrendo, eu jamais abandonaria o...

 

Minhyuk simplesmente cai sentado no chão e começa a chorar.

 

— O que foi? O que aconteceu?

— Eu me lembro dele... Eu o vi. — suas mãos tremem.

— Como assim?

— A mãe da Naeun foi ao hospital, o Jooheon estava com ela, ela pediu para eu me despedir dele, mas eu não o reconheci.

— Fica calmo. — o abraço.

— Eu deixei que o levassem. — Minhyuk grita.

— Para.

— É minha culpa eu...

— Minhyuk para! — grito agora o encarando.

 

Seco suas lágrimas e seguro suas mãos.

 

— Você não tem culpa de nada. — afirmo. — Nem você, nem eu. Cabe a nós agora como pais do Jooheon trazê-lo de volta para casa.

— Eu sei, é só que...

— Só que nada. — continuo firme. — Eu preciso do meu homem ao meu lado, não de uma criança covarde, não como eu fui covarde, e Minhyuk, covarde é a última coisa que você é.

 

Me levanto e estendo minha mão para ele.

 

— Eu preciso de você. — afirmo.

— E você me tem. — ele diz se levantando. — Vamos, vamos encontrar o Jooheon, juntos.


Notas Finais


A força de Hyunwoo foi posto a prova, e sua exaustão mental o acabou derrubando. Ele está vulnerável, mas agora a pessoa que ama voltou para ele, e vamos torcer para tudo dar certo daqui para frente!

Até mais!!!


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