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História Algo Chamado... Amor? - Algo Chamado: Refugio


Escrita por: TakaishiTakeru

Notas do Autor


Eu achei esse capitulo bem bonitinho hahahaha...

Boa leitura! :D

Capítulo 4 - Algo Chamado: Refugio


POV Hyunwoo

 

Ainda consigo sentir o gosto de sua boca, o seu cheiro. — Eu deveria me sentir mal? Eu deveria começar a me questionar? Não eu não quero, eu nunca fui assim, eu sempre fui pratico e decisivo quanto às coisas que quero, quanto às coisas que sinto. Eu me sinto atraído por aquele rapaz, e enquanto eu estava com ele todos os meus maus momentos sumiram de minha cabeça. Beijar ele foi como entrar em um espaço vazio, onde sua mente não consegue alcançar pensamento algum, mas seu corpo está leve, apenas aproveitando o momento. Eu me senti bem em beijar o Minhyuk, eu não posso negar.

 

— Senhor? — alguém bate a porta do escritório.

 

Minha secretaria entra carregando umas pastas.

 

— Aqui está tudo o que me pediu. — ela fala separando as pastas em cima da mesa. — Nome, histórico familiar, fichas... Mas, não é um pouco demais?

— Não se preocupe com isso. — sorrio para ela, o que a faz recuar um pouco assustada. — Pode sair agora, eu assumo daqui.

 

Assim que sai começo a foliar o conteúdo das pastas.

 

— Lee Minhyuk, dezenove anos. Estudante da Universidade de Artes em Seul...

 

Eu não consigo tirar ele da minha cabeça, cada detalhe que descubro sobre ele parece fascinante para mim, e eu não sei explicar bem o motivo. Tudo o que eu sei é que eu quero me aproximar dele, quero estar perto dele, mas não quero assustá-lo, eu não sei bem o que aquele beijo significou para ele, fora que eu sou mais velho.

 

— Talvez eu devesse só deixar tudo isso para trás. — digo a mim mesmo. — Fingir que nada aconteceu. Esse rapaz é amigo do meu irmão, eu não...

 

Seu sorriso de repente surge em minha mente. — Droga, eu não posso ter me apaixonado tão rapidamente, posso?

Um alvoroço repentino do lado de fora chama minha atenção. A porta do escritório abre violentamente e meu pai entra. Junto a ele o pai de Kim Naeun, e a minha secretária.

 

— O que está acontecendo? — questiono intrigado.

 

O pai de minha noiva avança contra mim, me agarra pela gravata e soca meu rosto me fazendo cair ao chão.

 

— Posso saber o motivo disso? — tento manter a calma.

— Você desonrou a minha filha! — o senhor grita enfurecido. — Acabou com a reputação da minha menina.

— Do que está falando? — pergunto.

— Não se faça de idiota!

 

Ele tenta me bater novamente, mas meu pai intervém o fazendo parar. — Era de se esperar que Kim Naeun tivesse um plano oculto por trás de tudo aquilo, era obvio que a intenção dela não era simplesmente transar comigo. E agora ela está se fazendo de vitima, usando isso a favor dela, e nem ao menos posso relatar meu lado na historia sem parecer patético.

 

— Eu já disse que meu filho irá honrar o compromisso, ele irá se casar com sua filha. — meu pai tenta acalmá-lo.

— Você tem nome e uma reputação impecável lá fora. — meu sogro sussurra perto de mim. — Mas não passa de um moleque, se aproveitando da fragilidade das pessoas, eu vou garantir que esse casamento ocorra o mais rápido possível.

 

O senhor sai ainda irritado na companhia de meu pai.

 

— Hyunwoo. — minha secretaria vem até mim e me ajuda a levantar. — O senhor está bem?

 

Respiro fundo e desfaço o nó da gravata, sento em minha cadeira e consigo sentir meu corpo arder em completa fúria.

 

— Senhor...

— Saia. — peço ainda calmo.

— Eu acredito no senhor. — ela diz um pouco envergonhada. — Sei que não faria nada para desonrar a filha dele.

— Não parece que minha opinião ou sua importe aqui. — digo respirando fundo. — Cancele meus compromissos de hoje, eu vou voltar para casa.

— Tem certeza?

— Sim, pode tirar o dia de folga também, eu sei que está prestes a se casar, então, tire uns dias de folga também.

— Obrigada. — ela se curva formalmente e então sai da sala.

 

Eu sinto como se fosse enlouquecer.

 

...................

 

“Aceita-se colega de quarto.”; — Arranco o papel da porta, amasso e jogo na lata de lixo em frente ao apartamento.

 

— Já tem que ir? — uma voz rouca pergunta.

 

A porta do apartamento ao lado se abre, dois jovens saem aos beijos. — Dois homens. — Um com um olhar sério e penetrante, e com um sorriso que o faz parecer inocente, mas no fundo não é nada disso. E o outro tem um olhar mais disperso e um sorriso bobão. Esse último, eu acho que já o vi por aqui antes.

 

— Oh, desculpe. — o mais baixo pede.

— Oh!!! Você é aquele homem que estava procurando o Minhyuk. — o outro fala.

 

Antes que comecem a se perguntar, sim eu vim para esse lado da cidade, e sim eu vim ver o Minhyuk, não pergunte o motivo, mas depois daquela discussão na empresa eu senti falta dele.

 

— Minhyuk não está. — o mesmo continua falando. — Ele disse que ia procurar pelo campus da universidade alguém que quisesse ocupar a vaga de colega de quarto dele.

 

Ergo uma das sobrancelhas.

 

— Kihyun. — o rapaz se apresenta. — E esse é meu namorado, Changkyun.

— Namorado. — repito um pouco desconcertado. — Isso está se tornando bem normal ultimamente, não é?

— Por favor, não nos ofenda. — Changkyun pede. — Não fizemos nada de mais.

— Longe de mim. — digo tirando o óculos. — Para falar a verdade eu vim aqui ter um encontro.

— Encontro? — Kihyun questiona confuso.

— Sim. — afirmo. — Com meu namorado.

 

Aponto para a porta do apartamento dezoito. — Os dois se encaram confusos.

 

---//---

 

POV Minhyuk

 

Isso não está indo nada bem. — A senhora do prédio onde estou morando está pegando no meu pé, insistindo que se eu não conseguir logo um colega de quarto ela terá que começar a me cobrar o valor total do apartamento, e isso ficará puxado demais para mim.

 

— Desculpa, mas eu já divido um quarto. — o rapaz me responde e se afasta para junto aos amigos.

— Eu estou ferrado. — resmungo comigo mesmo.

 

Compro um sorvete e me sento no banco de madeira do campus.

 

— Seria tão mais fácil se os garotos tivessem vindo para a universidade junto comigo.

 

O toque gelado do sorvete em meus lábios me faz lembrar o beijo, me faz lembrar o irmão de meu amigo. — Ainda não consigo acreditar que aquilo realmente aconteceu, quando ele começou a falar aquelas coisas eu fiquei muito surpreso, mas achei que acabaria naquilo, mas então... Então ele me beijou e depois saiu correndo. Eu realmente não sei o que isso significa, eu estava espantado na hora, com medo, eu nem fui capaz de sentir direito, por mais que eu tenha retribuído. Agora quando fecho meus olhos eu sinto sua falta e isso me assusta esse sentimento não é normal, não pode ser.

 

— Minhyuk? — uma estudante se aproxima. — Você está procurando um colega de quarto, não é?

 

Meu coração acelera. — Meu colega de quarto será uma garota?

 

— Sim. — confirmo.

— Se não tiver problema, eu gostaria de conhecer o apartamento.

 

Eu não sei se isso é correto ou não, mas... Eu realmente preciso disso.

 

...................

 

— Como assim? — pergunto aumentando o tom de voz.

 

A senhora bate com um jornal enrolado em minha cabeça.

 

— Não grite comigo criança idiota. — ela berra. — Além do mais não posso permitir que uma garota e um garoto vivam juntos, é imoral. — ela continua.

— Mas você disse que já alugou a outra parte do apartamento, como pôde fazer isso sem me consultar? — questiono.

— O prédio é meu, eu faço o que eu quiser. — ela murmura e sai sussurrando alguma coisa.

 

A menina me encara um pouco envergonhada.

 

— Me desculpe. — peço. — Mas parece que eu já consegui um colega de quarto.

 

Assim que nos despedimos, corro de volta para dentro do prédio, subo as escadas e enfim chego ao meu apartamento, abro a porta e vejo tudo arrumado, brilhando até.

 

— Okay isso foi desnecessário. — murmuro.

 

Parece que meu novo colega mexeu em tudo por aqui, mas não está mais aqui. — Por que sinto que isso não será uma boa coisa?

Caminho até meu quarto, quando a luz do quarto ao lado acende, me assustando. — Ele está aqui?

 

— Errr... Com licença. — bato a porta.

 

A porta está apenas encostada, o que a faz abrir com minhas batidas. Empurro, abrindo-a ainda mais e...

 

— Olá! — seu sorriso me assusta.

— Ahhh! — grito em espanto e então fecho a porta.

 

Espera, não pode ser, aquele não é o... Não, não pode ser.

 

— Está tudo bem? — ele chama do lado de dentro.

 

Abro a porta novamente e o encaro. É realmente ele, Hyunwoo está sentado de pernas cruzadas na cama, ele permanece com um sorriso no rosto o que faz seus olhos quase sumirem.

 

— Hyunwoo?! — digo confuso. — Errr... Por que está aqui? O que está fazendo ai dentro? Como entrou aqui?

 

Ele ergue um papel que não consigo ler direito o que está escrito.

 

— Eu sou seu novo colega de quarto. — ele simplesmente fala.

— Hã?

 

Minhas pernas estão bambas, eu nem sei como reagir. — Isso é algum tipo de brincadeira? Ahh eu devo ter pego no sono no banco do campus, então isso é um sonho.

 

— Hey! — ele se aproxima de mim, seu rosto se aproxima do meu. — Você está ficando vermelho, que fofo.

— Para. — peço confuso. — Espera, por quê? Como isso aconteceu?

— Nada muito difícil de entender. — ele se senta novamente a cama. — Eu fiquei pensando no beijo daquele dia, ai eu quis vim ver você, ai vi seu amigo se agarrando com outro cara e então decidi que queria aquilo também então tomei uma decisão, somos namorados agora, e não quero que mais ninguém viva aqui com você. Por isso me tornei seu colega de quarto.

— Calma, dessa vez você usou muita informação em uma única frase. — coloco em questão. — Que amigo estava se agarrando com outro cara? E como assim somos... Somos namorados?

 

Ele pula da cama e me puxa pela cintura. — Sinto sua respiração, meu coração acelera.

 

— O que está fazendo? — pergunto envergonhado.

— Se você disser pra mim que aquele beijo não significou nada, eu saio daqui agora mesmo, e te prometo que não vou mais te incomodar com isso. — ele diz em sussurros. — Seja honesto comigo, eu não posso ser o único aqui com esses pensamentos.

 

Eu estou realmente confuso. Isso significa que ele pensa em mim? Calma... Se eu disser qualquer coisa errada eu posso dar a entender que concordo com toda essa loucura, mas... Aishi!!! Eu não sei o que pensar. Ele me atrai de uma forma que não deveria, ele desperta em mim sensações que nunca tive desejos que nunca experimentei. O que eu faço?

 

— Eu estou confuso. — afirmo. — Não sei direito o que quer ouvir de mim. É obvio que tudo isso mexeu comigo, a primeira vez que esteve aqui, o beijo, mas... Eu não sei se chega a tanto.

— Então sou apenas eu. — ele sorri um pouco tímido e se afasta. — Legal, eu só precisava confirmar isso.

 

Ele se vira de costas e pega o papel na cama. — O que diabos estou fazendo? Eu realmente não quero que ele vá. — Seguro seu braço e o puxo para mim, e então o beijo. Dessa vez há mais que beijo, ele me abraça, e eu retribuo, suas dedos entrelaçam em meu cabelo e ele começa a jogar o peso de seu corpo sobre o meu. Nossas respirações parecem entrar em sincronia.

 

— Eu vou considerar isso como um sim. — Hyunwoo fala.

 

Ele agora me empurra na cama, me fazendo ficar sentado, deito e ele joga o peso de seu corpo contra o meu, beijando meu pescoço, minha boca. — Eu definitivamente não quero resistir a isso.

 

— Desculpa. — ele pede de repente.

 

Hyunwoo se senta na cama, e eu me ajeito ao seu lado. — É nítido que tem algo de errado acontecendo com ele, eu até me atrevo a pensar que ele só está aqui agora comigo para tentar tapar o buraco que isso causa em sua vida.

 

— Eu fiz alguma coisa errada? — pergunto.

— Não é você. — ele sorri.

 

Ele se ajeita na cama, se deita e me chama para deitar junto a ele.

 

— Eu não quero fazer isso. — digo envergonhado.

— Por favor. — seus olhos lacrimejam.

 

Eu ainda não consigo entender direito o que está acontecendo aqui, mas meu coração está batendo tão forte, e cada parte de mim grita para ficar mais próximo dele. — Deito ao seu lado e ele então segura minha mão.

 

— Você não me magoaria, não é? — ele pergunta de repente.

— Eu nem te conheço direito. — digo um tanto desconfortável. — Mas não, eu não magoaria você.

— As pessoas tendem a fazer isso comigo. — ele deixa escapar.

 

Não me atrevo a continuar no assunto. Desde a primeira vez que o conheci, essa é a primeira vez que o vejo tão frágil. Frágil a ponto de se deitar ao meu lado, segurar minha mão e chorar em minha presença.

 

---//---

 

POV Hyunwoo

 

Ele é quente. — Minhyuk já está adormecido em meu peito. — Eu me sinto curiosamente feliz, uma sensação estranha já que comecei o meu dia de forma turbulenta. Ficar ao lado dele me causa isso? Mas como eu posso seguir adiante com tudo isso? Como posso ter algo com ele estando noivo? E isso só piora por ele ser mais novo e ser um homem.

 

— Por que você desperta essas sensações dentro de mim? — pergunto em sussurros.

— Eu também queria saber. — ele responde me assustando.

— Achei que estivesse dormindo.

— Seus pensamentos são muito barulhentos, não consigo. — ele sorri.

 

Minhyuk se senta na cama, me forçando a fazer o mesmo.

 

— O que exatamente é isso? — ele pergunta. — O que exatamente estamos fazendo aqui?

— Você ainda acha que estou só brincando com você? Você realmente não me conhece, não é?

— Não é isso. — seu tom de voz muda. — É que... Você é o irmão do meu melhor amigo, eu te conheço há pouco tempo e agora do nada você esta na minha casa, na minha cama...

— Minha cama, eu aluguei esse quarto. — coloco em questão.

— Eu nunca tive um relacionamento. — ele confessa. — E ter o meu primeiro com um homem me deixa assustado.

— Eu também estou assustado. — seguro suas mãos. — Acredite em mim, desde que esteve na minha casa no dia da festa sua imagem não sai da minha cabeça, depois o chuveiro, depois o beijo... Não me pergunte ao certo quando comecei com isso, eu só sei que sinto essa necessidade de estar perto de você, de ter você junto a mim, estar com você me faz bem.

— Ter esses sentimentos por você é confuso, mas estou certo quanto a eles, e eu não quero lutar contra.

— Então não lute. — peço. — Vamos nos descobrir, juntos.

 

Minhyuk me abraça e eu o beijo na testa.

 

— Isso é loucura. — ele diz sorrindo.

— Eu sei. — retribuo o sorriso. — Mas quem se importa.

 

O deito novamente na cama e acaricio o seu rosto.

 

— Lee Minhyuk, você agora é meu. — sussurro em seu ouvido.


Notas Finais


<3 <3 <3 ... kkkkkkkk Ahhhh eu realmente gostei desse capitulo!!!

Enfim... Até breve!


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