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História Alguém para se lembrar - Capítulo 8 ( Final)


Escrita por: SALANONOANOS2S2

Notas do Autor


-Mateus Panzeri

Capítulo 8 - Capítulo 8 ( Final)


            Os guardas deram uma pancada em minha cabeça me fazendo apagar, não lembro de nada depois disso. Quando recobrei a consciência estava deitada num chão de pedra e haviam barras de ferro a minha frente. O que era aquilo? Onde eu estava? Foi quando eu ouvi uma voz vindo da cela de frente:

-Você é real?- Ela parecia fraca, como se já estivesse sem comer a muito tempo- Ou é a prova que estou ficando louco?

-Quem está ai? Desculpa não consigo te ver...- Uma pequena chama se acendeu numa vela já no final do pavio e acabou revelando uma figura que me surpreendeu, ele tinha olhos escuros e cabelos loiros longos, não devia ter mais que dezessete anos ainda sim os traços de fome e machucados o faziam parecer quase como um morto.-Quem é você?

-Me chamo...- Ele tossiu- Thomas, sou o antigo líder do GRCDPT

-Do quê?- Minha cabeça doía e o moço ainda falava aquela sigla só para complicar

-Grupo Revolucionário Contra a Direção da Prisão Terrestre, eles me pegaram por fazer protestos contra o diretor e acabar invadindo a sala dele para mata-lo e eu consegui...Só que o filho do diabo se provou pior que esse.

-Espera...mais Kay me disse que a Terra era comandada pelo meu planeta e eu sou uma rainha- disse com um leve sorriso e formigamento na boca ao lembrar de Kay- Não falei meu nome ainda, prazer me chamo Amélia

            O garoto assoprou a sua vela voltando ao escuro e tudo que me iluminava agora era uma chama dançante sobre um pote de vidro sobre uma tábua de madeira. Fiquei deitada meio as palhas pensando em tudo que descobri nas ultimas horas, Lisarb minha terra natal usava a Terra como prisão e eu decidi pagar a dívida de dez anos aqui para compensar erros passados. Agora um garoto chamado Thomas falou que a Terra possui uma direção própria e essa é comandada pelo filho do falecido Diretor Diabo, quem seria esse filho? Seria uma cela da prisãoo onde eu estou agora? Porquê os guardas pareceram assustados a me ver? Meus pensamentos foram interrompidos quando o som da chama crepitando foi cortado por de passos e duas vozes conversando:

-Finalmente esse dia chegou...Finalmente vamos poder matar aquele porco traidor do governo

-Calado Mark vai que os prisioneiros escutam e começam a se agitar- A porta foi aberta com um supetão no fim do corredor e não me assustou e sim me deu uma ideia e com a ponta dos dedos molhados apaguei a vela.

            Os guardas acenderam duas tochas ( uma para cada) e passaram pela frente da cela de Thomas,não vendo o garoto eles abriram sua cela e só pude ouvir os gritos do guarda que se chamava Mark. Como sei disso? Seu parceiro gritava se nome logo após Thomas avançar nele com uma pequena faca que ainda sim parecia ser cortante, com o sangue dos dois escorrendo no chão, uma tocha na palha fez um grande incêndio na cela aberta de Thomas que estava com o corpo todo manchado de sangue e um sorriso no rosto

- Adeus Amélia- Ele sorriu irônico e saiu andando até a porta

- THOMAS, POR FAVOR ME TIRE DAQUI PRECISO ACHAR MEU AMGO-  Gritei  e ele disse calmamente

- Desculpa alteza, não curto muito pessoas com sangue azul sabe?- sua voz tomou um tom de desespero e medo – O que faz aqui? Não...Isso não deveria acontecer eu v...- Um som de aço cortando o ar, logo depois disso só consegui escutar algo rolando e pude ver a minha frente a cabeça de Thomas me encarando assustado ainda com a feição com que ele morreu, alguns minutos depois Kay aparece cansado

- Sentiu saudades majestade?- Kay fazendo piadas havia algo de errado ainda sim quando ele abriu as portas da cela pulei até ele num abraço que foi retribuído. Porém havia algo de estranho com ele, suas roupas estavam limpas e seu cabelo cheirava a xampu- Kay... Você tomou banho?- Ele pareceu nervoso

-Longa história... Agora vamos não temos muito tempo até que os guardas notem que dois deles foram mortos junto com um preso. –

Ele antes de sair puxou os corpos para as chamas que ainda devoravam o que um dia foi palha na antiga cela de Thomas, o cheiro de carne humana queimada me lembrava ao churrasco que meu pai fazia... Ou melhor aquilo que fingia ser o meu pai  e que na verdade nem era meu pai e sim uma memória que foi implantada em minha cabeça para tornar a prisão menos pior- Ele segurou minha mão, seus dedos envolvendo os meus me fizeram sentir segura antes de eu ouvir um tiro passar perto de meu rosto e Kay olhar em meus olhos numa sala que se dividia em quatro outros corredores.

- O que vamos fazer agora?- Perguntei nervosa

- Bem... - Ele parecia pensar- Você vai pela direita e eu os seguro aqui.

- Eles vão te matar- Disse quase gritando enquanto os passos se tornavam mais altos e pertos

- Lembra quem eu disse ser quando te encontrei?- Ele falou sério

- Que você era alguém para se lembrar mais de que isso importa?- Haviam lágrimas se formando nos olhos dele, agora isso realmente estava estranho

- Lembre de mim assim Amélia agora vá- Ele sacou uma arma enquanto os guardas vinham em sua direção e a ultima coisa que pude ver foram seus pés ficando em posição de defesa, a porta do corredor se fechou e eu corria as cegas lutando para não tropeçar.

Eu corri por sete minutos e aproximadamente quarenta e dois segundos antes de cansar e vou falar, não sei como existe gente que gosta disso, ainda sim nos últimos dias eu havia me acostumado a correr longas distâncias e pilotar naves pelo espaço, coisas que pelo visto nunca imaginei ter feito. Quando finalmente havia recuperado o fôlego decidi continuar a correr o que foi uma ótima decisão já que eu bati com a cara numa porta que se abriu revelando uma sala quase toda branca, havia uma grande janela de vidro ao fundo, ela parecia muito uma sala de escritório de algum advogado cheio de dinheiro, existia uma cadeira vermelha virada para a janela e existia uma figura sentada nela alguém que eu parecia conhecer e quando ele virou parecia que eu tinha levado um tiro

- Olá Amélia- Era Kay quem falava, sua roupa eram as mesmas que antes só que agora ele usava uma gravata- Surpresa de me conhecer?

- K...Kay? Como você? Você é o diretor? – Eu estava chocada como ele havia fingido ser meu amigo se agora ele era o diretor da prisão – Só que... Você disse que a Terra foi tomada pelos bandidos...

-E ela realmente foi- Ele pegou uma xícara de café- E eu fiz um acordo com eles, acabaria com as prisões privadas eles poderiam andar por aí fazerem o que quisessem desde que eu continuasse no poder e claro entregasse você para eles

-VOCÊ O QUÊ?- Ele ria apenas sentado em sua mesa

- Quando Thomas matou meu pai você me nomeou para a diretoria da prisão majestade, porém aconteceu a rebelião e você veio para Cá sabe... As coisas acontecem em nossa vida de forma muito estranha não acha? Quem diria que você se apaixonaria pelo homem que vai te manter presa aqui pelo resto da sua vida?

- Homem? Você tá mais para pré-adolescente rebelde entendeu?- Eu ainda estava chocada como que o meu melhor amigo podia ser um cara mal? Ele era quem tinha me ajudado nas ultimas horas e agora iria me manter presa aqui? Ele me deu um soco forte e dois presos entraram na sala foi nesse momento que aconteceu a primeira explosão

Eu acordo três dias depois com uma chuva forte na janela, uma moça vestida de branco me atende sorrindo

- Olha só quem acordou. Bom dia majestade- ela fala com uma bandeja de comida em mãos- Pensamos que a senhora não iria acordar nunca mais hahahahaha

-Onde eu estou? Por que minha cabeça dói tanto? – Eu estava sentada em uma cama grande vermelho escuro com vários travesseiros e almofadas

-A senhora voltou para Lisarb depois d...do acidente que teve com o diretor...

-Eu matei o Kay?- As lágrimas queriam sair porem eu não quis deixar.- Como eu fiz isso?

-Sabe minha senhora...- Ela me fez levantar enquanto me ajudava a se vestir- Acidentes acontecem e é exatamente assim que vamos tratar esse acontecimento como um acidente. A imprensa sabe apenas que os preos tomaram a Terra no dia que você foi para lá, agora o diretor está morto, junto com todas as almas boas naquele lugar... O exército descobriu o que os presos faziam lá, as coisas horriveis que aconteciam naquele lugar e os regentes decidiram que era melhor dar um basta.

Ela me conduziu até a sala do trono e me auxiliou no trajeto até a grande cadeira. Não podia desistir, não na frente dos meus súditos pois eu era uma rainha. Eu fui presa, eu voltei, eu matei meu grande primeiro amor...Só que aqui eu sou a rainha Amélia e meus sentimentos não importam o que realmente importa é o bem estar dos meus súditos. Espero apenas que um dia possa ter Kay apenas como uma memória, como todas essas aventuras que tive são hoje. 



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