Bom, pra começar irei me apresentar, meu nome é Maxwen mas me chamam só de Max, acabei de fazer 18 anos, sou vegetariano, moro com o meu avô, seu nome é Edgar, sei quase tudo sobre caçadores afinal sou um aprendiz, e hoje saio na minha primeira caçada.
-Está pronto, filhote? – Perguntou meu avô, ele me chama de filhote desde de pequeno.
-Sim Vovô, já está tudo pronto para a caçada, então pode dizer aonde vamos?
-Como é sua primeira caçada quero que se divirta, por isso vamos para as motanhas.
-Certo mas, pensei que lá fosse apenas para profissionais.
-É, só que agora se tornou um lugar para provas para aprendizes.
-Provas?
-E o que era antes lá?
-Era uma área isolada e proibiba. – Respondeu com uma expressão séria.
-O que foi vovô? – Perguntei a ele.
-Não é nada só... Lembrei-me de algo, mas não precisa ficar nervoso apenas vá pegar suas coisas para irmos.
-Até parece que estou nervoso!. - Exclamei não dando a mínima para seu comentário.
Não demorou muito para chegarmos ao nosso destino e quando chegamos fomos muito bem recebidos, haviam muitos participantes, a maioria receberam espingardas e pensei que fosse usar uma também, mas só recebi uma arma de chumbinho bem velha e um pouco pesada.
-Cadê a minha arma? – Perguntei com um pouco de raiva.
-Isso aí é a sua arma, garoto. – Respondeu um dos amigos do meu avô.
-Mas como eu caço usando uma arma dessas? Só vai me atrapalhar!
-Como você é novato, vai ter que ficar com essa.
-Novato?
-Não sei se percebeu mas todos os novatos receberam essa arma, já os veteranos ficaram com espingarda por terem um nivel maior.
-Só quero sabe se isso vai ser útil.
-Claro que vai, em um momento de desespero tudo é válido, além de que é só pra ganhar tempo. –Explicou meu avô.
-Podemos Ir? - perguntei impaciente.
-Vai com calma filhote, apressado come cru - Disse meu avô.
-Mas come mais... – Cochichei emburrado.
Depois de toda aquela enrolação saí para a caçada. Tive de ir sozinho pois não tinha um time selecionado ainda. A caminhada foi difícil e demorada, cerca de 3 horas, mas com muito esforço consegui chegar à metade do caminho, e foi aí onde acampaei para poder descançar. Estava ficando tarde quando de repente, começou a ficar escuro e frio, e uma sensação estranha de insegurança me dominou.Talvez meu avô estava certo por eu estar nervoso. Fui dormir, mas por volta da madrugada acordei assustado, como se tivesse tido o pior pesadelo que eu pudesse ter, estava tremendo de medo. Fui olhar fora da barraca pra acalmar os nervos, a fogueira já havia se apagado, por isso não pude enxergar muito, então peguei uma lanterna.
Fui dar uma volta, eu não vi problema algum, afinal eu sou um caçador e além de não ter medo da escuridão eu sabia -ou teria que aprender- andar na floresta durante a noite e madrugada.
Fiquei mais cauteloso quando vi um brilho estranho mais a frente, pensei em ir adiante, tentei olhar mais perto mas quando percebi tinha acabado de me afastar do acampamento mais do que o planejado. Observei ao meu redor, a luz estranha parecia me... observar? Isso me deixou suando frio, tentei ver se era alguém tentado usar o sinalizador para perdir ajuda, mas a luz desapareceu, talvez tivesse acabado e eu tinha que ajudá-lo(a)!.
Quando me aproximei, o brilho diminui, "Talvez o sinalizador esteja apagando "- Pensei - E quanto mais me aproximava mais fraco ficava, foi quando olhei pra trás e percebi que já não avistava mais o acampamento, voltei uns passos para ver se conseguia exergar alguma coisa mas de repente um enorme lobo negro saiu daquela escuridão e me atacou pelas costas. Acabou agarrando no meu ombro direito, e o meu sangue banhou a terra virgem. Aquilo me fez gritar até ficar rouco. Meu coração batia acelerado e eu começava a sufocar quando o lobo arranhou meu peito, abrindo um corte profundo. E quando ele se preparava para rasgar de vez minha pele, eu vi ele cair um pouco afastado de mim.
Meu avô havia dado uma coronhada com sua espingarda, os outros caçadores estavam vindo atrás também. Ele chegou perto de mim o suficiente para eu ver que ele estava desesperado. Ele dizia alguma coisa mas eu não o ouvi direito, meus ouvidos zuniam enlouquecedoramente. E então a fera o atacou.
Não pude fazer nada, apenas observá-lo lutar bravamente com a fera, ele estava perdendo. Mesmo que o lobo fosse enorme e estivesse quase matando-o, o seu olhar era de preocupação, já o lobo estava assustado, talvez não estivesse esperando ser atacado.
Eu tentava inútilmente me mecher. Os outros caçadores me seguraram e eu fiquei imóvel. Um deles disse algo como: "Não se mexa muito! Só vai piorar as coisas pra você!.
Eu os olhei com desespero e eles apenas assitiam o meu avô. Tentei me mecher novamente, mas dessa vez, os encarei. Pedi para que o o ajudassem, e eles pareceram entender minha mensagem mas só desviaram os olhares e começaram a me levar de volta ao acampamento.
Meu corpo pesava e manter os olhos abertos estava se tornando dificil, mas antes de mais nada, eu olhei para o meu avô. Aquele monstro havia rasgado sua pele com suas enormes garras, seus braços e sua cabeça rolaram para longe do corpo sem vida.
Quando de repente, a brisa da meia-noite esfriou, e o vento gelado veio acompanhado de uma melodia de flauta. Os outros caçadores aparentavam não ter ouvido, mas quando aquela aberração se aproximava de nós, o som que havia escutado antes retornou e fez a fera ficar paralizada como um inocente filhote, sentiu come se o verdadeiro perigo estivesse por perto, ele recuou apavorado, foi um alívio vê-lo ir embora e nos deixar em paz, e os meus olhos se fecharam e tudo ficou em silêncio.
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