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História Alice - Casamento.


Escrita por: Itshebadgirl

Notas do Autor


Boa leitura! :)

Capítulo 3 - Casamento.


Fanfic / Fanfiction Alice - Casamento.

Acordei com o som insistente do meu celular. Ainda meio sonolento e zonzo o peguei atendendo quem quer que fosse do outro lado da linha.

 

- POR QUE DIABOS VOCÊ ESTA FORA DE CASA ATÉ AGORA? – Gritou Jenny do outro lado da linha. – VOCÊ SABE QUE TENHO AULA DE JAZZ AS NOVE E JÁ SÃO OITO DA MANHÃ! – Afastei o celular do ouvido para não ficar surdo com seus berros. – QUE DROGA, JUSTIN DREW BIEBER!

 

Bufei. – Ta bom..

 

- TA BOM NADA!

 

- Vou desligar. Daqui a pouco chego ai, beijos! – Desliguei sem esperar sua resposta.

 

- Bom dia gatinho.. – Senti uma mordida em minha orelha.

 

Pulei da cama assustado. Arregalei os olhos ao ouvir sua escandalosa gargalhada. Flashes da noite passada vieram á minha mente acompanhados de uma maldita enxaqueca.

 

- Ai! – Fechei meus olhos com força.

 

-Ressaca? – Se levantou me dando a mão como apoio.

 

Assenti completamente envergonhado. Olhei para meu próprio corpo percebendo estar completamente nu, o que só piorou o rubor em minhas bochechas. Ela por sua vez estava de roupão, muito sexy por sinal.

 

- Se veste e vem tomar um café. – Jogou minhas roupas em mim piscando. – Te vejo na cozinha, não demore. – Mordeu os lábios lentamente antes de sair do quarto.

 

- Gostosa! – Soltei um suspiro apertando meu membro ao me lembrar da noite passada.

Estava quase terminando de me arrumar, mas de maneira alguma conseguia achar minha camisa.

 

- Merda! – Murmurei pegando somente minha jaqueta saindo do quarto.

 

Ao chegar na porta da cozinha quase cai para trás quando vi ela. A mesma garota do salão, de novo.

Ela me olhou brevemente enquanto fritavas os ovos com bacon e sorriu simpática.

 

- Olá. – Acenou para mim.

 

- Er.. – Pigarreei. – Oi.

 

Eu sou patético, eu sei. Droga, olha como eu estou agindo?

 

- Então.. Peguete da Laura. Como se chama?

 

- Justin. – Ri nervoso. – E você?

 

- Alice. – Sorriu.

 

A tal Laura (garota que eu transei a noite passada) apenas mastigava e nos observava em silêncio, até então.

 

- Ele é uma gracinha não é? –Laura elogiou maliciosa.

 

Alice apenas riu negando.

 

- Você não presta.

 

- Ah.. Você não faz idéia. – Disse olhando diretamente para mim.

 

Ok. Vou fingir que não fiquei ainda mais envergonhado com isso!

 

- Por gentileza senhoritas, alguém viu minha blusa? – Perguntei meio sem jeito recebendo os olhares delas para meu abdômen.

 

Alice me secou de cima a baixo mordendo os lábios, nada discreta.

 

- No sofá. – Falou Alice desviando o olhar voltando-os para as panelas. – Quer? – Ofereceu os ovos com bacon.

 

- Não. – Peguei minha blusa a vestindo. – Já estou de saída.

 

- Ah não gatinhooo.. – Disse Laura manhosa.

 

- Desculpe. – Cocei a nuca meio sem saber como reagir.

 

- Me passa seu número? – Pegou seu celular rapidamente me entregando.

 

Anotei meio atordoado. Eu só queria sumir dali.

 

(...)

 

Tive que dirigir quase que na velocidade da luz para que Jenny chegasse a tempo em sua aula de Jazz. Sem contar nos variados palavrões que a mesma soltou em todo o trajeto até lá.

  

- Valeu! – Sorriu falsamente fechando a porta com toda força.

 

Revirei saindo do carro a acompanhando até dentro do salão. Eu teria que levá-la já que as normas de lá eram bem ríspidas em casos de atrasos.

Enquanto assinava a justificativa pude ver Alice se aquecendo, ela havia chegado bem rápido, pude perceber. Sua casa não era tão longe, na verdade, era na mesma rua. Eu até teria trago Jenny mais rápido se nossa casa não fosse tão longe do salão.

 

Pensamento On

E de repente começou tocar "You Oughta Know", da Alanis. 

And I'm here to remind you

Of the mess you left when you went away

It's not fair to deny me

Of the cross I bear that you gave to me

You, you, you oughta know (E estou aqui para te lembrar

Da bagunça que você deixou quando foi embora

Não é justo me negar

Da cruz que eu carrego e que você me deu

Você, você, você devia saber)

Enquanto as meninas se jogavam no chão, ela ficava no alto. Quando iam para a ponta dos pés, ela caía de joelhos, quando se atiravam para o lado, trombavam com ela que se lançava para o lado oposto. Os olhos, sempre imensos castanhos, deixavam claro que ela não fazia idéia do que estava fazendo. 

 

Uma semana depois..

 

- Você esta tão lindo. – Disse Janny ajeitando minha gravata. – Quero você assim no meu casamento. – Brincou.

 

Dei uma risada sarcástica. – Quem disse que você vai casar? – Arqueei uma das minhas sobrancelhas. – Não vou deixar.

 

Ela negou botando língua.

Soltei um suspiro ainda pensando sobre ir ou não no casamento de Evelyn.  Querendo ou não ela era nossa mãe e isso meio que me obrigava a comparecer á esses eventos junto com Jenny que não me deixava faltar de jeito nenhum.

 

- Só você mesmo para me fazer ir nesse casamento. – Bufei.

 

- Não começa. – Respondeu irritada.

 

Abri a boca para responder,mas a mesma me interrompeu.

 

- Eu sei nada jamais será igual.. Por favor... Pode apenas fingir que esta tudo bem e não arranjar uma briga? Só hoje?

 

- Tá. – Revirei meus olhos saindo do quarto.

 

Eu sei que sou uma pessoa orgulhosa e difícil de lidar, mas porra! Ela nos abandonou e ainda sai como a boa da história?

Jenny sempre a defende com unhas e dentes e isso me deixa completamente puto. É como se eu não fosse nada.. Eu deixei de ir em festas e socializar para criá-la. Minha vida toda era resumida nela e nos estudos, será que isso não foi o suficiente para ela?

Lixo! É assim que eu me sinto cada vez que ela defende Evelyn como se a mesma fosse uma coitadinha.

 

(...)

 

Mensagem On

´´Quando vamos sair de novo, gatinho? – Laura´´

 

Sorri malicioso me ajeitando na cadeira.

 

´´Quando você quiser.. – Justin´´

 

- Ai. – Murmurei ao receber uma cutucada nas costelas por Jenny. 

 

- Será que dá para ficar um minuto sem mexer nesse maldito celular e dar atenção ás outras pessoas da mesa? – Sussurrou com um sorriso nervoso nos lábios.

 

Revirei os olhos voltando a olhar para o celular.

 

´´Vou dar o fora daqui e passo ai. – Justin´´

 

´´Ok! :) - Laura´´

 

Senti uma mão em meu ombro.

 

- Olá, querido. – Sussurrou Evelyn em meu ouvido.

 

Arqueei minha sobrancelha esquerda a vendo levantar a taça enquanto puxava uma cadeira para perto de mim.

 

- Quero fazer um brinde. – Disse alto chamando atenção de todos. – Bom.. É um privilégio ter meus dois filhos aqui comigo neste dia tão especial.. – Deu uma pausa direcionando seu olhar á mim. – É um orgulho saber que tenho uma família tão linda. - Mandou um beijo no ar para nós dois. – UM BRINDE AOS MELHORES FILHOS DO MUNDO!

 

Assovios e gritos de euforia era tudo que se ouvia naquele momento. Eu só queria esganá-la!

 

- Licença. – Pedi quando todos se calaram me levantando da mesa. Jenny me mandou o pior olhar, mas ignorei.

 

Fui diretamente para a saída. Não demorei muito para avistar meu carro, mas antes que eu entrasse no mesmo fui impedido por um puxão no braço.

 

- Volte para dentro! – Disse Evelyn entre dentes.

 

- Não.

 

- Não seja malcriado, todos estão comentando.

 

- Foda -se você e seu maldito casamento, Evelyn.

 

- PARE DE ME CHAMAR PELO NOME, SOU SUA MÃE! – Gritou irritada.

 

- ENTÃO COMECE A AGIR COMO TAL! – Gritei de volta.

 

Sua mão atingiu minha bochecha com força me fazendo calar. Passei minha mão no local sorrindo irônico.

 

- Você pediu por isso.. – Seus olhos lacrimejaram, parecia se sentir culpada.

 

- E você não deveria..

 

- Ter partido?

 

- Ter voltado. – A olhei com ódio. – Você fala esse bando de baboseiras e as pessoas acreditam. Ok. Só não me obrigue a ficar aqui te olhando enquanto mente!

 

- Não menti. Só por que eu fui embora não quer dizer que os esqueci!

 

- Eu realmente não me importo. Eu cansei de me importar com você faz tempo, eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitada! Se depender de mim, vai morrer sozinha.

 

- Por que tão rude? – Disse falha enquanto lágrimas escorriam por sua face.

 

- Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a verdade pode machucar, mas é sempre a mais digna. – Dei os ombros completamente frio.

 

- Tudo bem.. Quer saber? Faça o que quiser!

 

- Ótimo! Adeus.

 

- Até mais, meu filho.

 

Revirei os olhos entrando em meu carro pisando fundo no acelerador. Eu não queria vê-la, eu não queria que ela voltasse. Às vezes, nós somos a nossa melhor companhia.


Notas Finais


O que acharam?


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