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História Alice em um novo lugar - Usina do gasômetro


Escrita por: Lost_Person

Notas do Autor


Olá meus fedores <3
Como estão? Não tenho muito o que falar aqui, então desculpem os erros e boa leitura.

Capítulo 12 - Usina do gasômetro


  - Alice. - dizia balançando meu corpo - Alice, nós chegamos. Eu acho.

  - Já? - me espreguiçei - Então eu dormi horrores.

  - Se você quis dizer que morreu e ressuscitou, então sim.

  Saímos do ônibus, pegamos nossas malas e fomos caminhar. Afinal, não é todo dia que se vai para Porto Alegre.

  Eu havia esquecido a sensação de ter toda aquela gente caminhando junto, os vendedores ambulantes gritando. Chip da tim, oi, claro e vivo, cartela do trilegal, você encontra tudo lá. Passamos também pelo camelódromo, o segundo melhor lugar de Porto Alegre. Compramos pastéis, churros e até uma camiseta.

  - Qual o próximo lugar?

  - Depende. Você quer passear ou quer ir embora?

  - Passear.

  - Então vamos comer pipoca no gasômetro.

  - Você só pensa em comer?

  - Você não entende. A cada cinco passos aqui, são cem tentações. Principalmente no gasômetro. Aquela pipoca é como a ambrosia do olimpo.

  - Ok, ok. É o último lugar que nós vamos. Depois de lá, direto pra sua casa.

  O dia estava acabando, e na usina do gasômetro essa era a melhor hora. O céu estava dividido em tons azuis, laranja e rosa, com o sol a poucos minutos de mergulhar no Guaíba. As pessoas caminhavam juntas ou sozinhas, apreciando a bela vista, conversando coisas boas, esquecendo suas preocupações assim como eu.

  Meus olhos se encheram daquela linda cena e meu coração se aqueceu ternamente.

  - Esse lugar nunca muda. Vem, vamos comprar a pipoca, Carlos. - congelei no lugar quando ouvi aquele nome saindo da minha propria boca. 

De repente tudo ficou cinza, as pessoas não pareciam mais tão felizes, e eu estava chorando.             As lágrimas saiam sem minha permissão, despudoradas, e eu não sabia o que fazer para parar. Bruno me olhava preocupado, o que me fazia chorar ainda mais.

  - Não... Droga! Por que? Por que ele tinha que me deixar? Poderíamos ter superado aquilo juntos, poderíamos estar juntos agora. Mas não estamos. E isso é tudo minha culpa.

  - Alice, para com isso. Nada disso foi culpa sua.

  - Você não sabe! - gritei - Ninguém sabe! Mas eu poderia ter salvo ele. Poderia ter evitado tudo isso.

  - Como assim, Alice? Do que você está falando?

  - Ele... Carlos gostava... Gostava de mim. Por isso ele deixou que eu fosse vê-lo. Eu devia tê-lo dito. Dito que que ele era importante, dito que eu queria que ele ficasse bem, dito que eu sabia dos sentimentos dele, dito que eu o amava também. Isso teria mudado aquele momento, ele estaria aqui comigo agora e eu não estaria sozinha. - falava baixo, com medo expresso nas palavras.

  - Alice, isso não está certo. Poderia ter mudado alguma coisa talvez, mas também poderia não ter mudado. Foi uma decisão dele, afinal. Ele pode ter feito isso porque te amava, também pode ter feito isso por causa da doença dele. Ele te amava, Alice, e essa é a prova que você precisa para saber que ele não queria te fazer nenhum mal. Ele nunca faria algo pra te machucar. Então por favor, pare de se culpar e pare de dizer que está sozinha, porque você não está. Por mais que não pareça, Alice, eu estou aqui - disse me abraçando forte.

  Naquele momento eu redescobri o que era sentir o calor de Bruno me aquecendo. Mas só agora percebi o que era aquele calor. Era a presença de Bruno me invadindo. Ele estava ali mais do que ninguém. Parecia sempre estar. Porque Bruno era meu amigo e amigos estão sempre ali.

  - E-eu... Não estou sozinha? - disse entre os soluços.

  - Se depender de mim, você nunca vai estar.

  - Desculpa por isso, Bruno.

  - Te desculpar pelo quê, Alice?

  - Por duvidar de você. Eu deveria saber que você está aqui.

  - Eu que deveria pedir desculpas. Se você não se sente protegida, é porque eu nao sei cuidar de você. - apertou o abraço e eu senti gotas quentes em meus ombros - Mas eu vou aprender, Alice. Eu vou te proteger de tudo que eu puder, vou estar aqui quando você precisar, vou cuidar de você, Alice. Por favor, acredite em mim.

  - E-eu acredito. Acredito em você Bruno - o abracei de volta o mais forte que pude. - Obrigada por não desistir de mim.

  - Obrigado por não desistir de você.

  


Notas Finais


E então, é isso.
Comentem o que estão achando, ok? Digam que está ficando uma merda ou sei lá.
Amo vocês >-<
Tchau :3


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