- Agora é oficial. Fizemos essa jura perante Zeus - olhei para o teto receosa - e não podemos em hipótese nenhuma descumprir, ok?
- Ok.
- E então... O que a gente faz agora?
- Que tal tomar um café? - me ofereceu uma xícara.
- Ótimo.
~~**~~
- Onde estamos indo mesmo?
- Gosta de jogar videogame?
- Gosto, mas, não era pra jogar em casa? Tipo, lá tem tomadas, eletricidade, uma tv...
- Mas não tem o videogame. Se eu não me engano tem uma locadora aqui perto.
- Se não tem videogame, então de que adianta alugar um jogo?
- Da pra jogar lá, seu imbecil. E eu já sei exatamente o que vamos jogar.
Andamos algumas poucas ruas e chegamos na tal locadora. Vou explicar como era o lugar; Uma sala simples com uma estante marrom que cobria uma das paredes inteira com todos os jogos que você pode imaginar, desde Pacman até Battlefield. Tinha também uma televisão, um PlayStation 2 e um Xbox 360.
- Uau...
- É, esse lugar é o paraíso dos games. Vamos jogar?
- Claro.
Dedilhei alguns jogos na estante procurando um em particular. Como estavam perfeitamente arrumados, achei sem muita demora. Era um daqueles jogos que todo mundo conhece, pois já jogou na infância.
Ah, a infância. Tempo onde não temos de nos preocupar com nada em específico, apenas em ser feliz. Brincar de pega-pega, taco, esconde-esconde, e videogames. Andar de pés descalços por ter de tirar os chinelos pra fazer a goleira. Ouvir os berros da mãe mandando entrar pra casa ou ela iria te buscar pelos cabelos. Tomar um banho e ir para a frente do videogame jogar.
- Crash? - perguntou ao ver o jogo em minhas mãos.
- Crash.
- Alice...
- Oi.
- Você está bem? Quer dizer... Você está pálida. Mais do que o normal.
- Eu... Não, eu não estou. Vamos logo pra casa. - falei e apertei mais o passo. Eu estava começando a ver pontos pretos e o mundo todo parecia girar. Mas graças aos deuses consegui chegar em casa a tempo e antes de cair sentei nos degraus da escada.
- Isso aconteceu no meu sonho também. O que será?
- Não sei, mas acho melhor irmos para o hospital.
- Não, espera. Eu vou ficar bem. - Cerrei os olhos e pus as duas mãos na cebeça. Uma dor agoniante havia surgido. - Me ajude a ir lá para cima.
- Tudo bem. Vem aqui. - pus um dos meus braços no seu pescoço e ele segurou minha cintura - Cuidado. Um degrau de cada vez.
- Não, não. Vou subir toda a escada de uma vez só. Idiota.
- Até mal você faz piadinhas? - nesse ponto já estávamos no topo da escada. Entrei no meu quarto e me joguei na cama.
- Droga - e o mundo virou breu.
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