História Alice in Nightmareland - Slender Man (Homem Esguio)

— ...! 
Levantando-se em um pulo logo que seus olhos abriram-se, olhou para os lados buscando pelas figuras de Jeffrey ou do Risonho..
Mas eles não estavam em lugar algum.
— "Homem Esguio"
Rapidamente leu o título com bastante pressa, apreensão e inquietude. 
— "William Cornwell era um homem esguio que trabalhava como motorista particular de um homem rico, porém, certo dia, enquanto seguia a rota para pegar a filha do chefe em sua escola, repentinamente uma criança que queria pegar uma bola que estava no meio da rua apareceu em frente ao carri e ao desviar automaticamente, o carro caiu da ponte, morrendo afogado."
— ...
Sem comentar sobre a história trágica do homem, Alice se levantou e começou a andar. Já tinha experiência o suficiente naquele lugar para saber que quanto mais ficasse parada excessivamente em um lugar, mais rápido seria a vinda de sua morte.
— Alice?
— AAH!
— Não há porque se preocupar. Sou eu, Ecila.
— VOCÊ!!
— Shh! Não se esqueça...Ele está atrás de nós.
— Ele quem?!
— Jeffrey, querida.
— Oh...Ainda? Mas...porque? Porque eu? Porque você? Não entendo nada, não fiz nada para merecer isso!
— Minha querida, não é o momento ideal para discutirmos. Precisamos andar.
Com o a mascarada puxando Alice pro sua mão, a morena apenas se calou seguindo as instruções da albina, seguindo-a silenciosamente até que viu algo estranho pendurado em uma árvore.
— Ei, Ecila...Espere. O que é aquilo?
— Hm? Irei ver, pode ser uma armadilha. Fique aqui.
Com a figura esbranquiçada se aproximando do tronco de árvore e pegando o papel que estava pendurado nesta, ela se deparou com a imagem de uma garota de cabelos negros triste e outra de cabelos brancos como a neve feliz, rodeada de estrelas.
Amassando a folha com sua mão a jogar a mesma sobre o chão, em seguida retornou para a morena, pegando sua mão novamente.
— Não era nada.
Respondeu prontamente antes mesmo da morena perguntar, deixando-a silenciosa e sem fazer um pio sequer.
— Ecila...Certo? 
— ...Certo...
— Desculpa...Porque o seu nome é tão estranho?
— Que pergunta peculiar, querida. É porque é o seu nome ao contrário. Sou seu oposto.
— ...!! O que?! Oh meu Deus...É verdade, agora que percebo!
— Fale baixo, por favor....
— Desculpa...Mas o que você quer dizer com "o meu oposto"?
— Isso...é um segredo.
— Porque?! Porque tudo é um segredo?!
— Em seu devido tempo você irá descobrir...Confie em mim.
— EU NÃO CONFIO, NÃO CONFIO EM NINGUÉM! NÃO TEM COMO! VOCÊ NÃO PERCEBEU AINDA?!
E puxando a mão abruptamente da albina, se afastou em passos largos e embora Ecila estivesse com o braço estendido tentada a ir atrás da morena que ia embora, encolheu sua mão para si e seguiu em frente, em busca da sua própria segurança.
E enquanto isso, já longe da figura mascarada de coelho, Alice estava arrependida,
Não por ter dito a mais pura verdade.
Mas por ter deixado ir a única pessoa que era capaz de manter o coração dela em paz em segurança, e agora estava no terror na escuridão da noite sozinha. 
Não tinha mais aquela luz branca para a tranquilizar.
— (Porque eu tenho que ser sempre tão egoísta? ....Se ela não diz, é porque tem um motivo.)
Pensava andando lenta e depressivamente sem um rumo, como sempre. E quanto subitamente ergueu o olhar momentaneamente, avistou outro papel em uma árvore perto.
Achando aquilo muito estranho, ela se aproximou e pegou o papel, que ilustrava nele a figura de uma garota triste com lágrimas negras caindo por suas bochechas escrevendo em uma espécie de livro.
— O que é isso...?
Sem entender direito, ela largou o papel sobre a árvore novamente e continuou a andar pensando no que havia visto, mas sem encontrar nenhum sentido,
— Outro?!
Avistando outro em uma árvore ligeiramente distante dali, correu para alcançar a mesma, abaixando-se para ver a imagem de uma garota com um vestido azul e cabelos negros sorrindo e atrás dela, dentro de algo que parecia ser um espelho pela moldura dourada, tinha uma garota de cabelos alvos mascarada de coelho com as mãos sobre o vidro do outro lado, aparentemente presa.
— Ei, ei...Espera lá! Essa garota...Ecila?! Então, essa outra...Sou eu?
Perplexa com a dedução feita, desta vez pegou o desenho e o guardou dentro do livro que carregava em seu bolso para quando fosse ver a albina novamente para esclarecer aquela dúvida com ela.
— ALICE, SUA PEQUENA VADIA. AONDE VOCÊ ESTÁ? SINTO SEU CHEIRO...VAMOS NOS DIVERTIR! APAREÇA!!
— Ah, não...Jeffrey...
Abaixou-se perto de um arbusto, sem escolha, vendo por uma fresta entre as folhas os pés do assassino pararem em sua frente e se moverem, como se ele estivesse olhando ao redor em busca do odor que sentia dela.
— Você está brava? Eu fui muito rápido da última vez? Me desculpe, meu amor...Serei mais vagaroso na próxima, por isso...Apareça, sim?
— (Ele realmente acha que eu quero morrer?!)
— Francamente...Você está se fazendo de difícil? Eu até mesmo acabei com aquele maldito mosquito. Não há mais rivais para lidar, você é minha. AHAHAHA CEDO OU TARDE TE ENCONTRAREI, SUA PROSTITUTA, E ACABAREI COM VOCÊ COM TANTA LENTIDÃO QUE DESEJARÁ NUNCA TER EXISTIDO.
Aproximando-se dela assustadoramente lento, seu coração começou a acelerar e justamente quando ele parecia que a encontraria, ele parou e virou-se.
— Meu anjo, eu estava procurando por você! AONDE VOCÊ PENSA QUE VAI?! VAMOS BRINCAR!
Pela descrição feita, logo deduziu que ele avistou Ecila, quando ele se afastou, pôde ver a figura dele correndo atrás da mascarada. E embora quisesse muito ajuda-la, covardemente correu pelo lado oposto.
Se sentia a pior das abominações. E se ele a pegasse?!
Alice, de alguma forma era "imortal" já que renascia tão repetidamente...Mas, Ecila...?
Desviando os pensamentos, balançou a cabeça e parou apenas quando se viu na beira de um penhasco altíssimo, quase desmaiando quando se deparando com a altura da vista.
— ...! Quem é?!
Escutando o barulho de folhas sendo pisadas, virou-se em um pulo, avistando uma figura alta, esguia e pálida, sem rosto algum e de terno.
— (Homem Esguio...!!!)
— VoCê Se LeMbRa, AlIcE?
— ?! Do que você está falando...?
Escutando uma voz grossa e demoníaca ecoar, ao tomar um passo para trás ao ver o rosto pálido e coberto por panos em sua frente, caiu de uma altura assustadora, perdendo a consciência assim que sentiu seu corpo bater sobre uma superfície dura e pontiaguda, provavelmente uma pedra.
Morrendo instantaneamente, pela primeira vez...de maneira indolor.