História Alice in Nightmareland - The Puppeteer (O Bonequeiro)

'Victor Marzke era um homem animado que trabalhava como bonequeiro em um teatro. Controlando suas marionetes com absoluta perfeição, as crianças sempre prestavam muita atenção. Mas em um dia comum em que apresentava um show, o urdimento do teatro desmoronou sobre o artista, que morreu esmagado pelo ferro pesado na mesma hora."
— Veja, querida, tenho uma óótima notícia para você.
— Eh? Qual?
Limpando o rosto e se afastando bruscamente do assassino agora que estava calma, ela perguntou curiosa.
— Eu encontrei ele...
— Ele quem?
— Victor.
— Oooh, muito bom. Aonde ele está?
E ao seguir a direção em que o dedo de Jeffrey apontava, direcionou-se para o destino: a casa de madeira.
Quando entrou, a criatura estava de pé praticamente os aguardando na sala sombria, não fez questão de se esconder.
— Victor, certo?
— "Puppeteer" para você.
E sem delongas, ele arremessou uma espécie de corda, e como esta era de um amarelo chamativo, Alice acabou conseguindo desviar ao se abaixar.
— O que...?
— Eu vou responder a sua pergunta. Sim, eu estava a controlando este tempo todo, até você pegar aquela espada e escapar das minhas cordas.
— Você...
— Exatamente, Alice Fernsby. Eu a fiz morrer repetidamente, até mesmo as suas falas, sua inocência, tudo foi pura atuação minha. Você não foi nada mais, nada menos que uma marionete.
— Você vai pagar por isso.
Encarando a figura que por fim era iluminada pelas cordas amarelas cintilantes, avistou a figura em um casaco e touca cinzas assim como a pele e sapatos, luvas e calças pretas. Olhos amarelados que logo tornaram-se de um laranja estranho, cabelos que caíam os ombros como os de Jeff e dentes amarelados como as cordas que manuseava, não era uma figura muito discreta.
— Chega de conversa fiada. Inclusive você, Jeffrey. Vieram para me matar, então vamos brincar de uma vez.
E antes que os dois pudessem dizer mais uma palavra sequer, foram empurrador pelas cordas e atravessaram as paredes de madeira, caindo sobre a grama e rolando por alguns minutos até o corpo por fim parar.
— Ow...
Resmungando em dor, Alice demorou alguns segundos para se levantar, sentindo uma dor terrível em seu braço direito, já Jeffrey, como um gato, ele caiu de pé e não sofreu uma lesão sequer.
Era irritante.
— Está ferida, mon amour?
— NÃO!
E assim, levantou-se arrogantemente, encarando a criatura que se aproximava deles com uma calma avassaladora.
— Você é o pior, Jeffrey. Ainda estou abismado com o que fez com Cherry. E não só ela, pensei que estivéssemos no mesmo time. Não estava errado, nunca gostei de você desde o início, prepare-se.
Parecendo odiar Jeffrey pelo feito dele, Alice aproveitou o momento de distração do bonequeiro, correndo na direção do mesmo ao retirar a espada de sua bainha, cortando as cordas que metiam-se no caminho, no fim conseguiu acertar um golpe vertical em seu peito. 
— A...li...ce...
Ele murmurou enquanto caía e o seu sangue jorrava como uma cachoeira até mesmo quando ele caiu sobre o chão que se umedecia com o carmesim.
— Excelente!
Escutou a voz animada de Jeffrey, que não tinha um único arranhão em sua pele.
— VICTOR!
Escutou uma voz chorosa gritar atrás deles, e assim que ambos se viraram, diante deles estava Zero.
— Eu NuNcA oS PeRdOaReI.
— Parece que o pessoal não perde tempo, hm?
Alice sussurrou em sarcasmo, provocando Jeffrey a rir à medida que desviavam dos ataques lentos do enorme martelo da esbranquiçada.
— Porque você continua se metendo? Porque? Porque? PORQUE?!
Em um determinado momento, Zero começou a mirar tola e especificamente em Jeff, que desviava sem muita dificuldade por serem ataques de fato lerdos. Assim que Zero parou ofegante diante do assassino, quando ele bocejou entediado, ela logo ergueu o martelo em fúria, não iria o errar naquela distância. Mas então, sentiu algo a perfurar em suas costas, fazendo com que o martelo escorregasse de suas mãos e assim como ele, seu corpo encontrou o chão.
— Que pena para você, Zero. Desejo-lhe doces sonhos.
— Por favor, Jeffrey...
Observando-os dialogar após retirar a espada das costas da albina, Jeffrey olhou para a mulher quase morta agarrar o seu pé.
— Apenas... Deixe-me morrer ao lado dele.
— Dele..? OOh, o seu Romeu?
Com a sobrancelha erguida, ele friamente virou o olhar e acabou rindo quando entendeu que a pessoa que ela falava era Victor, zombando dela sem nenhum pudor.
— Jeff...
Chorando afetada pela crueldade do assassino que uma vez foi um amigo para ela, Zero aos poucos começava a perder a visão.
— Bye, Zero.
Deixando os dois sozinhos sabendo que em pouco tempo a albina estaria morta. Alice e Jeff saíram do lugar sem nem mesmo ter a piedade  de se comover com o último pedido da mulher.
— Que casal trágico...
— Certo?
Jeffrey concordou em uma risada porém parou a segurar a mão da morena, que a puxou para si em pouco tempo.
— O que foi?
— A casa dos espelhos... Quer checar?
— Oh... Certo, é um bom esconderijo para Ecila... Vamos.
E assim fizeram. Porém, como já era de se imaginar, Mary Sangrenta estava os aguardando.
— Que saco...Eles não param de aparecer... 
Alice sussurrou.
— Jeffrey... Você é ... um magnífico.... TRAIDOR.
Com uma voz suave estendendo uma voz suave com braços que se estendiam do espelho na direção do rosto de Jeffrey, quando as unhas repentinamente de Mary cresceram de tamanho a se tornarem garras e a voz antes suave se tornar agressiva, até mesmo Alice se surpreendeu e não hesitou ao cortar os braços estendidos. que ao caírem no chão, sujaram-o todo com aquele sangue imundo.
— AAAH!!
A voz de Mary gritava e assim, Jeffrey fez o favor de dar um impulso e chutar o espelho em uma intensidade que o tornou em estilhaços.
— Vamos dar o fora daqui, mon amour.
— E Ecila?! 
— Ela não está aqui... Se estivesse, teria se mostrado ao ouvir Mary.
E sem mais nem menos, puxou Alice para fora da casa, ao tirar um isqueiro no tapete da entrada da casa, o arremessando para dentro da mesma antes de sair e ficar ao lado de Alice, ele sorriu.
— Quer ficar para ver o circo pegar fogo?
Ele disse em um sorriso sarcástico, levando a literalidade para realidade.
— Não. Eu não brinco com fogo.