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História All About You - Welcome to the Jungle


Escrita por: hunblackthorn

Notas do Autor


Essa é minha primeira vez postando uma fanfic então sejam legais~
Espero que vocês gostem ^^

Capítulo 1 - Welcome to the Jungle


Do Kyungsoo gastava 80% de seu tempo vendo filmes, lendo críticas e analisando atuações. Não que ele fosse um fanático por filmes e não tivesse mais o que fazer com a vida, mas seu grande sonho era se tornar um ator prestigiado e respeitado, para isso se tornar realidade ele precisava estar preparado.

Para começar ele teve que implorar de joelhos aos pais para que pudesse se mudar para o minúsculo apartamento do irmão em Seul. Não é muito fácil se tornar um ator em Goyang, cidade onde Kyungsoo nasceu. Com muito esforço ele conseguiu convencer os pais, e também o irmão. Porém, antes de tudo ele precisou de um motivo concreto para ficar em Seul, foi aí que sua inteligência realmente valeu a pena.

O pequeno conseguiu uma bolsa integral na melhor escola de artes do país, lugar onde todos os cantores, atores, comediantes, rappers e ídolos eram descobertos. Ele fez amizades fáceis e se destacou pelo seu esforço, sua vida estava no caminho certo até ele conhecer seu melhor amigo, Kim Jongin.

Era nessa pessoa que os outros 20% do tempo de Kyungsoo eram gastos. Ele pensava em Jongin de uma maneira irracional. Eles se conheceram três anos atrás durante o primeiro dia de Kyungsoo na Escola de Artes de Seul e a partir de então nunca mais se separaram. É claro que Kyungsoo achou que viveria uma paixão ardente e inesquecível.

Coitadinho.

Naquele mesmo ano ele fez a burrada de apresentar Jongin a um menino que conheceu na aula de matemática e desde então o moreno era completamente obcecado pelo garoto. Então Kyungsoo desistiu do amor e tentou focar na sua carreira. Tentou.

– E então? – Perguntou seu irmão, Junmyeon, enquanto se abanava com o jornal de duas semanas atrás. Harrison, o gato roliço dos irmãos, estava deitado ao seu lado de barriga para cima soltando um miado de vez em quando.

– Não sei – Suspirou o mais novo. – São tantas opções, tantas escolhas. – Kyungsoo batucou os dedos na mesa enquanto olhava o catálogo de filmes que estavam passando esse final de semana.

– Nós podemos desistir, você sabe... – O maior começou calmamente. – Você quer mesmo ficar preso em uma sala escura por duas horas? Você pode ver esses filmes com o Jongin quando sair o DVD ou sei lá...

– NÃO! – Kyungsoo disse apressado. – Eu não tenho que fazer tudo com ele, tá legal, eu quero passar um tempo com meu irmão.

– Nossa calma Kyung, assim até parece que o coitado tem uma doença...

– Que? Não seja bobo, Jongin é completamente saudável. – Respondeu tentando não demonstrar interesse. – Eu só quero passar um tempo com você, nunca te vejo, você tá sempre ocupado com a faculdade e quando tem um tempo livre fica andando por ai com aquele garoto loiro...

– Ya! Que conversa é essa! Quando foi que você ficou tão atrevido? – Junmyeon corou fortemente assim que o tal garoto foi mencionado. Seu irmão soltou uma risadinha.

– Só estou falando o que vejo... – Respondeu virando a página do catalogo. – Ah, já sei qual filme quero ver.

– Vamos logo então – Junmyeon levantou apressado como se o sofá imundo em que estava sentado estivesse em chamas e passou correndo pela porta de entrada. Kyungsoo levantou e tentou acompanha-lo.

– Ei hyung! Você nem sabe qual eu escolhi, calma! – Disse enquanto seguia o mais velho pela porta, sem se preocupar em trancar a mesma.

Não é como se eles tivessem algo para ser roubado.

 

[♡]

 

– Chega! Chega! – Gritou Byun Baekhyun enquanto seu amigo Oh Sehun continuava a mirar a mangueira de água em si. Com todo o calor que fazia em Seul os amigos resolveram se refrescar no quintal de Baekhyun, porém o pequeno já havia desistido da brincadeira a algum tempo e estava estirado no gramado verde. Com uma gargalhada o maior jogou-se em cima de Baekhyun com todo seu 1,80 de masculinidade perfeita, cabelos escuros e olhos de um castanho intenso. Ele tinha cheiro de protetor solar e do amaciante que sua mãe usava para lavar as roupas. Baekhyun ficou ali tentando respirar com Sehun sobre si.

– Acho melhor a gente entrar se não vamos virar camarões. – Disse ele enquanto estendia a mão para tirar os cabelos molhados do rosto de Sehun.

Ainda relutante, como se pudesse passar o resto do dia embaixo do sol se divertindo sem preocupações, Sehun rolou de costas e desajeitadamente se levantou ajeitando as calças cáqui de seu uniforme. Era sábado, mas ele continuava usando seu uniforme de aluno do terceiro ano da Escola de Artes de Seul. Depois de desligar a torneira Sehun estendeu a mão para ajudar Baekhyun e juntos se dirigiram para a porta de trás da casa. Sehun entrou primeiro. Por trás, sua blusa branca estava molhada e Baekhyun podia ver o contorno de suas costas. Que visão!

Sehun segurou as portas francesas para que o menor passasse. Baekhyun retirou seus chinelos e foi descalço até a cozinha que quase nunca era usada. O pai de Baekhyun, o Sr. Byun, era um ex-general do exército sul coreano e sua mãe era uma antiga editora de revistas. Eles praticamente nunca estavam em casa e quando estavam preferiam passar seu tempo em clubes e galerias e não com seu único filho.

– Está com fome? – Perguntou Byun para o amigo que vinha logo atrás de si. – Fui até um mercado ontem depois da escola, não aguento mais pedir comida pelo telefone toda noite. Meus pais foram viajar com uns amigos ou algo assim por duas semanas e me deixaram sem nada. – O menor mexeu ansiosamente em uma mecha de seu cabelo loiro.

– Não se preocupe, Baek. – O maior se dirigiu até a geladeira branca da cozinha e tirou de lá uma garrafinha de água mineral, pulou na bancada e abriu a garrafa com seus dentes ultra brancos depois de uma sessão de meia hora no dentista.

Passar a tarde na casa de Baekhyun era uma das coisas mais comuns da vida de Sehun, ele fazia isso desde os cinco anos de idade, era praticamente sua segunda casa, mas as coisas estavam mudando e agora...

– Papai quer me mandar para uma faculdade fora do país no ano que vem. – Anunciou enchendo os olhos de lagrimas de repente. Ir embora e deixar Baekhyun para trás? Isso era demais.

Baekhyun se encolheu como se tivessem lhe dado um tapa. Retirou a garrafa das mãos de Sehun e sentou-se na bancada a seu lado.

– O que sua mãe disse? – Quis saber o menor.

– Desde que seja no Japão ela concorda. – Respondeu o maior com voz fraca.

– Você não vai a lugar algum. – Disse o loiro decisivamente. Ele se aproximou alguns centímetros e passou os braços pela cintura bem definida de Sehun. A perfeita curva rosada dos lábios do maior tremeu um pouco. – Eles marcaram algumas entrevistas via Skype, então eu meio que não tenho escolha.

– Minha vida vai ser um saco se você não estiver aqui. – Disse o pequeno com sinceridade. – Você não pode me deixar.

Sehun passou seu braço por cima dos ombros de Baekhyun e o apertou contra si, fazendo com que o menor pousasse a cabeça em seu peito.

– Eu te amo. – Murmurou sem pensar. Seus corpos estavam tão próximos que Baekhyun podia sentir todo o corpo de Sehun subir e descer com a respiração. Se Sehun abaixasse sua cabeça um pouco ele poderia depositar facilmente um beijo no pescoço lindo e quente de Baekhyun. E ele queria isso. Ele estava morrendo de vontade de fazer isso, porque ele realmente amava Baekhyun, de todo o coração.

Amava?

Tudo começou dez anos atrás quando eles se conheceram, um Baekhyun de sete anos não desgrudava de um Sehun de oito. Esse amor infantil e inocente se transformou ao longo dos anos enquanto Sehun crescia e se descobria. Passar todos os dias junto ao pequeno fizeram com que Sehun se apaixonasse pela maravilhosa pessoa que ele era e então Sehun percebeu que amava Baekhyun, e que tinha dito isso em voz alta. Sua pele clara estourou em arrepios.

Baekhyun se apertou mais contra o corpo do maior. A melhor coisa em Sehun era sua falta de constrangimento. Seu corpo era longo, magro e perfeito como mármore. Quase doía ter um amigo tão bonito. E Baekhyun ainda ficava perplexo com o quão imprevisível seu amigo conseguia ser. Passava horas rindo de coisas ridículas e no minuto seguinte estava triste e pensativo. Era impossível saber o que ele estava pensando. Baekhyun se perguntava se o maior ficaria mais à vontade se não tivesse uma família onde tudo tinha que estar impecável.

E também havia Chanyeol, que era tão lindo e querido quanto Sehun. Os três estavam juntos desde sempre e Chanyeol venerava Baekhyun tanto quando Sehun. Porém um era o oposto do outro. Sehun era brincalhão com uma risada fácil e uma melancolia palpável, Chanyeol era sério, decidido e sempre conseguia o que queria. Baekhyun nunca tinha visto ele perder um argumento antes, e amava quando seus olhos ganhavam um brilho contagiante sempre que se dirigia ao mesmo. O grandalhão nunca admitiu adorar Baekhyun, é claro. O que fazia com que o menor gostasse ainda mais dele.

Baekhyun soltou um suspiro. Ninguém entendia como era difícil ser amigo de dois seres tão magníficos. Até parece se sentiria assim se eles fossem feios e esquisitos.

Ele fechou os olhos e escutou o coração de Sehun bater freneticamente em seus ouvidos. O cheiro de Sehun invadia seu olfato e ele se perguntou como seria beija-lo. Ele já havia beijado alguns garotos antes obviamente, não era um santo em tempo integral e tinha certeza que Sehun já havia feito muito mais com algum dos garotos que se atiravam para cima dele durante as aulas de dança. Mas, se Baekhyun beijasse Sehun seria... diferente, pois Baekhyun o amava. Simples, eles eram amigos e Baekhyun o amava.

E você não pode beijar seu melhor amigo. Certo?

 

[♡]

 

Park Chanyeol olhava para seu reflexo no espelho de corpo inteiro que ficava na parte de dentro de seu guarda roupa. Ele gostava de manter suas roupas organizadas, na verdade ele gostava de ser organizado, mas não totalmente organizado. A maioria de suas roupas eram pretas então isso facilitava muito sua vida. Brancos com brancos, cinza com cinza, azul com azul, jeans na parte baixo e moletons na gaveta. Os bonés estavam organizados na parte superior. Mas só isso. O uniforme da escola estava jogado do outro lado do quarto junto a alguns livros que ele deveria ter lido para a escola, mas ninguém é perfeito.

Ele examinou seu reflexo no espelho. Como era verão o calor estava acabando com todos então Chanyeol resolveu usar uma regata preta que havia comprado no mês passado, ele costumava usar roupas que cobriam todo seu corpo como o blazer da escola ou um de seus vários moletons, mas desde que Baekhyun deixou escapar que gostava de garotos que tinham os braços definidos ele havia começado a malhar e estava na hora de mostrar os resultados. Talvez ao ver os seus braços definidos, Baekhyun iria perceber que estava incrivelmente apaixonado por Chanyeol assim como o maior estava por ele.

Talvez.

Chanyeol abriu a porta do quarto e colocou a cabeça para fora no grande corredor de seu apartamento recheado de moveis de época e pinturas da Dinastia Joseon.

– Mãe! Pai? Vou na casa do Baekhyun, vou passar a noite lá com Sehun!

Como não houve uma resposta Chanyeol dirigiu-se silenciosamente até a suíte de seus pais. No caminho passou pelo quarto de seu irmão e percebeu a porta aberta, porém viu que Mark não estava lá. Sem dar muita importância continuou o caminho e logo chegou ao quarto dos pais, assim que abriu a porta ouviu algo que jamais esqueceria.

– Se estivéssemos no mesmo quarto... – A voz tranquila e alegre da mãe ecoou pelo quarto vindo de dentro do banheiro. – O que você faria comigo?

Como é?

Chanyeol marchou até a porta lisa que dava privacidade ao banheiro.

– Não acredito que você está aí dentro fazendo sexo pelo telefone com o papai em um sábado à tarde e comigo em casa! Isso é totalmente nojento! – Declarou ainda espantado. – De qualquer maneira, só queria dizer que estou indo para a casa do Baekhyun, então...

A mãe, a jornalista Park HaEun, abriu a porta apenas o suficiente para colocar a cabeça para fora, segurando com firmeza para que Chanyeol não a abrisse mais. A única parte do corpo que Chanyeol conseguia ver era seu ombro que parecia estar coberto por um felpudo roupão marrom. Se ela estava devidamente vestida qual era o problema em abrir totalmente a porta?

– Seu pai teve que ir resolver algumas coisas no escritório, ele só vai voltar a noite querido. – Disse ela o rosto bonito, porém marcado por plásticas corando levemente. – Achei que você já tivesse saído. Aonde vai mesmo? – Ela sorriu tensa para ele. Os olhos parecendo inocentes demais.

Chanyeol não era estupido e percebeu como a mãe tentou contornar a situação em que foi pega. Com o estomago revirando de fúria e os olhos brilhando de raiva Chanyeol correu até o hall de entrada e pegou o elevador até o saguão. Sem se importar com o calor do verão correu 10 quadras até a casa de Baekhyun.

 

[♡]

 

– Você sabe que isso é meio esquisito, não é? – Kim YoungHo fez uma pergunta óbvia a seu irmão enquanto bebericava o suco de mamão com ameixa que encontrou no fundo da geladeira. Provavelmente estava estragado, mas ele não se importou.

– Como assim esquisito? Não tem nada de esquisito em fazer um quadro de recortes. – Respondeu Kim Jongin ao seu irmão mais novo mesmo não tendo certeza que o que fazia era completamente natural e saudável.

Johnny, como o menor preferia ser chamado, pois soava mais cool, parou de beber seu suco, que tinha gosto de areia, e olhou para o irmão, esperando pacientemente o mesmo perceber o quão ridículo estava sendo.

Jongin era um bom menino, um bom filho, um bom irmão e até mesmo um bom aluno. Ele só tinha um problema, ou melhor uma obsessão. Oh Sehun.

Tudo começou três anos atrás quando o pai deles, TaeWoo, teve uma inesperada crise de compaixão e culpa pelo filho mais velho que teve de crescer sem a mãe e resolveu dar uma festa para Jongin.

Como TaeWoo era meio liberal a festa acabou com vinte adolescentes de quinze anos bêbados estirados pela casa. Isso foi um grande marco na vida de Jongin que se surpreendeu ao ver todas aquelas pessoas no apartamento que dividia com o pai e o irmão. Surpreso não por estarem bêbados, mas sim pela quantidade de gente que apareceu. Levanto em conta que Jongin não tinha um total de cinco amigos, vinte pessoas era uma quantidade assustadora de gente.

Não que eles soubessem quem era Jongin ou que o mesmo estava de aniversário.

Foi Kyungsoo, seu novo amigo na época, que apresentou a perdição a Jongin: “Esse é Sehun, a gente tá na mesma aula de cálculo, ele também gosta de dançar. Ele é legal.”

Legal? Para Jongin aquele era um ser divino e imaculado que deveria ser amado por todos. Foi assim que a obsessão começou. Jongin recortava fotos de Sehun do jornal da escola e fazia desenhos do mesmo nas margens de seu caderno quando a aula ficava entediante.

Ele até mesmo decorou o horário de Sehun para ocasionalmente se esbararem e ele conseguir ouvir a voz do outro lhe dando “Oi”. Nos finais de semana ele navegava pela internet em busca de fotos e informações novas sobre seu amado. Hoje mesmo ele tinha salvo duas novas fotos em que Sehun aparecia com alguns amigos em uma exposição de arte que fora obrigado a atender no mês passado.

– Tudo bem. – Admitiu derrotado. – É meio esquisito, mas o que mais eu posso fazer? Não é como se eu fosse um maluco total, eu só vou colocar as fotos na minha parede e olhar para elas. Admirar elas ué.

Ah tá, isso sim é completamente normal.

– Acho que você devia contar a ele que você é apaixonado, assim eu não vou ter que ficar escutando suas loucuras. – Johnny se levantou e foi em direção da pia jogando o que restou do suco fora. – Quero dizer, você não é tão feio assim, talvez até ganhe um beijinho. – O mais novo concluiu rindo.

Jongin ficou apavorado. Contar a Sehun sobre sua paixão? Isso era um absurdo. Totalmente apavorante, embaraçoso e impossível.

– Não fale besteiras Johnny. – Jongin não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

– Sei lá hyung, faz uma dança que demonstre o que você sente. – A voz do menor soava cada vez mais animada. – Você dança, ele dança. Vai ser perfeito!

Não é como se Jongin não tivesse pensado nisso antes, ele sonhava em se declarar para Sehun, mas ele com certeza o rejeitaria e Jongin não conseguiria lidar com isso. Ele preferia amar em silêncio. Ele não faria nada que pudesse afastar o moreno de si. Não querendo continuar com aquela conversa ridícula resolveu fingir que não escutou o que seu pequeno irmão tinha dito e voltou a recordar as fotos que havia impresso pela manhã.

Perseguidores psicóticos também podem ser bonitinhos, não é?

 

[♡]

 

Baekhyun ainda estava agarrado a cintura de Sehun quando a campainha tocou. Ele ergueu a cabeça e soltou o maior acabando com seu sonho. O beijo que ambos desejaram não aconteceu, é claro.

– Vou abrir a porta, deve ser o Yeol. – Anunciou quando pulou da bancada. Baekhyun tentou acalmar seu coração e recompor seu rosto para que parecesse que tudo estava bem. E estava, ele não tinha com o que se preocupar. Ainda.

A porta foi aberta mostrando um Chanyeol quase sem ar que apoiava as mãos em seus joelhos, assim que percebeu a figura do menor lhe direcionou um olhar confuso.

– Por que você está molhado? – Questionou.

– Ah, nós estávamos brincando no jardim. – Falou puxando Chanyeol para dentro.

– Sehun já está aqui? – Quis saber o mais velho.

– Sim, faz um tempo já, ele chegou bem cedo. – Respondeu Baekhyun enquanto voltava para a cozinha deixando pequenas gotículas de água pelos corredores.

Sehun continuava sentado na bancada ainda em êxtase por ter Baekhyun em seus braços por pelo menos alguns minutos. Porém assim que seu melhor amigo passou pelo arco da cozinha um semblante de preocupação instalou-se em seu rosto.

– Chan? Você está bem? – Perguntou Sehun ao melhor amigo. Baekhyun que vinha na frente não tinha percebido a expressão de angustia de seu amigo recém-chegado, porém logo ficou preocupado.

– Yeol, o que houve? – Perguntou o menor. Chanyeol que era sempre tão controlado e solene estava com lagrimas em seus olhos.

– Tenho uma coisa bizarra pra contar. – O garoto alto olhou para seus amigos e respirou fundo. – Adivinhem quem está tendo um caso? – Por um momento o sangue de Sehun gelou, será que Chanyeol tinha visto ele e Baekhyun? Mas não tinha nada para ser visto. Ele não tinha com o que se alarmar. O mais velho dos três revirou os olhos quando nenhum de seus amigos respondeu. – A honrável jornalista Park HaEun, também conhecida como minha mãe.

– O quê? – Perguntaram os outros dois garotos juntos.

– Peguei ela trancada no banheiro conversando com outro cara pelo celular. – O lindo rosto de Chanyeol se contorceu em uma careta esquisita. – É tão nojento. Como ela pode trair o próprio marido desse jeito?

– Talvez ela estivesse falando com o seu pai, nunca se sabe. – Falou Baekhyun tentando consolar seu amigo.

– Não. – Disse decidido. – Ele está no trabalho, e vamos ser realistas, meu pai não é lá aquelas coisas, mas eu pensei que eles se amassem pelo menos. – Suspirou. – O que o Mark vai pensar? Ele só tem 15 anos porra. Como ela tem coragem de destruir a família dela desse jeito?

Talvez Chanyeol estivesse exagerando, talvez fosse uma coisa do momento, mas só de pensar em flagrar sua mãe tendo um caso com outro homem fez o interior de Sehun se contorcer de angustia. Chanyeol devia estar destruído.

O moreno se aproximou do melhor amigo, ambos tinham a mesma altura então foi fácil para Sehun passar os braços em volta dele e consola-lo. Chanyeol era como um irmão para ele, Sehun tinha um irmão mais velho, mas Chanyeol era especial. Eles eram tão parecidos e também tão diferentes, se conheceram tão pequenos e estão juntos desde sempre. Sehun não conseguia imaginar uma vida sem Chanyeol tanto quando uma vida sem Baekhyun.

– Vai ficar tudo bem Chan, a gente tá aqui com você. – Falou tentando aliviar pelo menos um pouco da dor que seu amigo sentia. Chanyeol soltou um suspiro trêmulo.

– Isso é uma droga. Não quero ver minha família se destruindo. – Desabafou o mais velho. Sehun encontrou o olhar de Baekhyun por cima dos ombros de Chanyeol. Ele não ia trazer à tona a história de ter que se mudar no ano seguinte quando seu amigo estava nesse estado.

– Você precisa se distrair. – Falou Baekhyun de repente. – Vem, vamos para a sala. – Puxou os dois amigos pelas mãos. – Vamos assistir um daqueles documentários sobre músicos que você ama. E tenho certeza que tem alguma bebida pela casa.

– Não podemos beber Baekhyun, somos todos menores de idade. – Respondeu Chanyeol. Mesmo triste ele não ia arrumar uma desculpa para deixar seus amigos serem irresponsáveis. Baekhyun deu os ombros meio ressentido, meio como um pedindo desculpas.

– Vamos pedir comida pelo telefone. – Sugeriu Sehun. – E a gente pode passar o final de semana aqui, não é Baek? Você não precisa pensar nisso agora Yeol, vamos apenas nos divertir por enquanto.

– Eu amo vocês. – Disse Chanyeol enquanto apertava a mão de ambos seus amigos. – Obrigado, de verdade. Vocês são os melhores. Eu amo vocês mesmo. – Ele com certeza amava os dois, porém seu olhar intenso caiu sobre Baekhyun quando falou isso.

A sala da família Byun era enorme e aconchegante, tinha uma televisão enorme na parede em frente ao sofá preto de couro. Baekhuyn levou os amigos até o sofá e então foi atrás do telefone. Sehun passou o controle remoto para o amigo ao seu lado.

– Não pense mais nisso Yeol tudo vai melhorar, eu prometo. – Disse torcendo para que o amigo acreditasse em suas palavras.

Logo Baekhyun reapareceu trazendo uma toalha tão felpuda quando o roupão que apareceu usando. Jogou a toalha para que Sehun se secasse e sentou-se no meio dos dois. Logo sentiu os braços de Chanyeol em seus ombros.

– Valeu por me deixar ficar aqui. – Disse com a voz ainda meio rouca pelas emoções.

– Sempre Yeol. – Respondeu o baixinho sorrindo para seu amigo. – O que vamos assistir?

Enquanto escolhiam o que ver Baekhyun sentiu uma das mãos de Sehun pousar em seu joelho discretamente. O toque mesmo que suave fez todo seu corpo se arrepiar. Ele estava literalmente rodeado por duas beldades que o amavam e que ele também amava.

E ainda tinha a audácia de reclamar da vida.


Notas Finais


Qualquer erro me avisem, ok? E me digam o que acharam <3


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