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História All About You - Sweetest Devotion


Escrita por: hunblackthorn

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece, não é? rsrsrsrs
Demorei praticamente um mês pra atualizar -por causa das ultimas provas da faculdade- mas to aqui!! não sei se alguém ainda vai ler, mas vamos lá.

Capítulo 5 - Sweetest Devotion


Quando Chanyeol chegou em casa na noite passada ele evitou ao máximo sair do quarto, até chegou a passar fome, mas ele não queria ver a mãe de jeito nenhum e não foi diferente essa manhã.

Chanyeol acordou muito mais cedo que o normal e conseguiu sair de casa antes da mãe ou do irmão acordarem. Será que adiantaria alguma coisa ele ignorar a família assim? Ignorar todos os sentimentos? Não parecia funcionar com sua mãe. E ele ainda tinha aquele maldito jantar hoje à noite, porque ele foi concordar com aquilo?

O calor infernal dos dias anteriores já não estava mais tão presente, as poucas pessoas que passavam pelas ruas estavam tranquilas diferentemente do garoto alto que estava desanimado e sem rumo. Chanyeol tirou o celular do bolso e discou o número da única pessoa que o entenderia. Ele só esperava que Sehun já estivesse acordado.

As sete da manhã?

Depois de cinco toques a chamada foi atendida.

– Porra... quem é....? Alô? – A voz sonolenta do amigo tinha um pingo de irritação.

– Acordei você? – Chanyeol perguntou risonho.

– Obvio Chanyeol. – Sehun disse irritado em meio ao um bocejo. – Que horas são?

– Não sei, na verdade. – Disse sincero. – Já faz um tempinho que eu saí de casa.

Sehun ficou em silencio por um momento.

– Você está bem? – A voz muito mais seria que segundos antes.

– Acho que sim. – Respondeu Chanyeol. – Eu só queria conversar...

– Vamos nos encontrar. – Disse Sehun. Um barulho de cobertas sendo mexidas e um resmungo baixo soaram pela linha telefônica. Sehun já estava em pé. – Aonde você está?

Chanyeol sorriu com a lealdade do amigo. Sehun largaria tudo para vir até ele, e ele faria o mesmo, sempre. Por isso eram melhores amigos.

– Que tal tomarmos cafeteria naquele lugar perto da escola? – Sugeriu Chanyeol.

– Claro! – Concordou Sehun. – Encontro você lá em... dez minutos?

– Pode se-

– Na verdade. – Interrompeu Sehun. – Em meia hora. Que tal?

Chanyeol riu do amigo.

– Tudo bem, Sehunnie. – Disse o moreno aliviado. – Até mais.

– Tchau Yeol.

Depois de desligar o celular Chanyeol começou a pensar em como tinha sorte por ter Sehun como melhor amigo. Eles realmente se amavam e se preocupavam um com o outro, a família de Sehun estava sempre o pressionando e a de Chanyeol estava caindo aos pedaços, eles precisavam um do outro mais que nunca.

Não vamos esquecer de um certo loiro baixinho...

 

[♡]

 

– Eu tomei uma decisão. – Junmyeon disse decidido ao que se sentava a mesa em frente ao irmão mais novo que o olhou intrigado. – Eu vou conversar com o Kris. Se ele não quiser nada sério eu vou terminar tudo.

– Bom para você hyung. – Kyungsoo deu um gole em seu café. – Já tava na hora de ter um pouco de amor próprio.

– Ei! Seu pirralho! – Gritou o mais velho.

Junmyeon começou a bater na cabeça do menor e só parou quando o telefone do mesmo começou a tocar. Olhando para baixo ele viu o nome de Jongin brilhar na tela e estranhou quando o irmão ignorou a chamada.

O mundo tinha congelado? A humanidade estava se perdendo?

– Kyungsoo? Você está bem? – Junmyeon colocou a mão na testa do irmão para checar se o mesmo não estava com febre. – Você acabou de ignorar o amor da sua vida?

Kyungsoo revirou os olhos e se levantou.

– Eu não to afim de falar com ele agora.

– Ah meu deus! – O mais velho exclamou. – Você enlouqueceu de vez? – Junmyeon começou a fingir uma voz chorosa. – Meu pequeno irmão... tão jovem...

Suspirando Kyungsoo pegou a mochila e se dirigiu até a porta.

– Tenha uma boa conversa com seu namorado. – Kyungsoo olhou para o irmão. – E alimente o gato.

– Adeus meu pequeno irmão... o que farei agora que você perdeu a sanidade?

Tão dramático.

Com um último olhar gélido direcionado para o irmão, Kyungsoo saiu do apartamento e desceu as escadas sujas do prédio onde morava, porém ele logo parou quando chegou na porta de entrada do edifício e viu Jongin parado em frente ao carro brilhante de seu pai.

– Quer uma carona? – O moreno sorriu de canto.

Relutantemente Kyungsoo assentiu e entrou no carro colocando o cinto de segurança. Logo eles estavam deslizando pelo asfalto em direção a prestigiada escola, Kyungsoo percebeu que Jongin dirigia com cuidado, o que não era uma coisa muito comum. O menor limpou a garganta para falar.

– Desculpa... ter gritado... com você. – Disse sem conseguir olhar para o amigo.

– Ah... tudo bem. – Jongin sorriu e deu os ombros. – São coisas que os amigos fazem, certo?

Kyungsoo assentiu levemente. Jongin olhou para o único amigo por um momento, mas logo voltou a prestar atenção na estrada.  Uma freada brusca fez com que os dois fossem para frente quase batendo os cabeças no vidro.

Eles precisavam de muita sorta para Jongin não fazer nenhuma barbeiragem.

– Tudo bem você usar o carro hoje? Seu pai não vai precisar dele nem nada? – Kyungsoo questionou.

– Acho que sim, ele não tava em casa quando sai da lá. – Jongin deu os ombros. O carro fez uma curva um pouco fechada demais. Kyungsoo segurou a respiração por meio segundo.

– Bom, se a polícia aparecer eu vou falar que você me sequestrou. – O menor disse com naturalidade. – Não vou ser preso por sua irresponsabilidade.

Jongin o olhou espantado.

– Como é? Do Kyungsoo! – O maior rio nervoso, ele sabia que Kyungsoo faria mesmo aquilo se fosse necessário.

O moreno olhou para ele e riu, assim Jongin soube que eles estavam bem.

Cinco minutos mais tarde o carro estacionava junto a calçada em frente à escola e Kyungsoo saia aliviado do veículo. Os dois amigos começaram a andar juntos até suas salas.

– Quer uma carona para voltar? – Perguntou Jongin.

– Não precisa. – Disse Kyungsoo. – Vou terminar o trabalho com Sehun depois da aula.

Os olhos de Jongin brilharam quando o terceiro garoto foi mencionado, mas ele se segurou e não falou nada apenas assentiu. Quando eles chegaram ao ponto do corredor onde teriam que se separar ele virou para o amigo.

– Tudo bem. – Disse olhando nos olhos de Kyungsoo. – Você me liga?

– Claro. – Respondeu o menor encarando o moreno.

Eles ficaram se olhando por mais meio minuto, então com um leve sorriso Kyungsoo se virou e desapareceu entre os outros alunos. Jongin ficou encarando a multidão com um sentimento esquisito despertando no peito.

Talvez... amor?

 

[♡]

 

Baekhyun abriu os olhos sentindo falta do peso que o garoto moreno fazia ao seu lado na cama. Endireitando o corpo o mais novo olhou ao redor procurando pelo amado. Sehun estava vestindo a camisa cinza que usava na noite anterior. Baekhyun tinha ficado surpreso ao abrir porta a uma da manhã e encontrar seu namorado ali, não que ele esteja reclamando. Sehun aparecer ali foi a melhor coisa que aconteceu no seu dia e na sua noite...

Sentindo os olhos do loiro em si, Sehun se virou e sorriu para o garoto que amava.

– Bom dia, querido.

– Por que você está colocando a camisa? – Questionou o mais novo engatinhando pela cama até chegar a ponta.

Sehun riu da cara de pau do namorado e caminhou até o mesmo esticando sua mão para acariciar a pele pálida da face angelical do menor. As mãos de Baekhyun entraram por baixo da blusa de Sehun fazendo leves círculos no abdômen definido.

– Volte para a cama. – Disse encostando a testa na barriga do maior. As mãos subindo sutilmente.

– Tenho que ir para casa. – Disse Sehun, mas não se mexeu. – Vou me encontrar com o Chanyeol daqui a pouco... preciso contar sobre nós...

As mãos de Baekhyun chegaram até os mamilos de Sehun, os dedos longos do loiro fizeram um leve carinho na região sensível e começaram a descer arranhando o abdômen escultural de Sehun lentamente fazendo com que ele soltasse um gruído de prazer.

– Você pode ficar aqui comigo... o que acha? – Baekhyun olhou para cima encontrando o olhar pesado do amado. Suas mãos desceram até chegarem a calça de moletom cinza que Sehun usava onde um volume denunciava o membro meio desperto.

Habilmente a mão delicada de Baekhyun pousou sobre a extensão do maior, com a outra mão levantou a blusa recém vestida e depositou um beijo molhado logo abaixo do umbigo do mais velho.

Sehun inspirou profundamente.

Na noite passada Baekhyun se surpreendeu quando viu o mais velho completamente nu pela primeira vez. Ele tinha imaginado Sehun de diversas maneiras, mas o que viu o deixou sem palavras. Baekhyun realmente tentou se controlar, porém não foi fácil e ele logo estava em cima de Sehun, mas nada de muita significância aconteceu. Eles gozaram, mas Baekhyun ainda era virgem e não estava gostando nada disso.

Baekhyun depositou um novo beijo logo abaixo de onde tinha deixa o outro, a mão começou a subir e descer lentamente arrastando as pontas dos dedos pelo grande volume do mais velho.

– Sem cueca Oh Sehun? – Perguntou Baekhyun atrevidamente antes de depositar um beijo logo acima do cós da calça que o maior ainda vestia.

Uma das mãos de Sehun voou até a nuca de Baekhyun e puxou com força os cabelos que ficavam ali, com a mesma intensidade o menor apertou o pênis já duro do moreno. Sem mais delongas Baekhyun puxou a calça de Sehun para baixo o libertando.

Baekhyun chegou a salivar, mas sua boca não chegou nem perto do falo de Sehun antes que sua cabeça fosse puxada lhe obrigando a olhar par cima.

– Apenas com as mãos, Byun. – Disse Sehun maliciosamente.

O loiro já tinha notado que Sehun gostava de comandar as coisas e ditar regras, mas isso não o incomodou. Dar prazer ao maior era o que ele mais queria e foi o que ele fez.

Com a mão esquerda Baekhyun segurou a cintura de Sehun fazendo uma leve pressão, já a mão direita envolveu o pau do moreno por inteiro e sutilmente começou a masturbá-lo. Enquanto sua mão subia e descia o loiro encarava o namorado que tinha os olhos fechados e a boca comprimida em uma linha reta tentando a todo custo abafas os gemidos que insistiam em sair.

Baekhyun aumentou a velocidade com que acariciava o maior e passou a usar as duas mãos para cobrir o membro de Sehun, com o polegar ele fazia círculos no falo que soltava um liquido transparente facilitando seu trabalho. Sehun já não conseguia controlar seus gemidos e tentou afastar Baekhyun quando sentiu que estava perto.

– Baek... merda... e-eu vou....

Porém o garoto loiro não se deixou ser afastado, ao invés disso abriu a boca e se posicionou diretamente em frente ao falo rosado do mais velho, os olhos que brilhavam de prazer encaravam os de Sehun que com essa última imagem se desfez por completo.

Baekhyun sentiu os jatos de sêmen atingirem sua garganta e sua bochecha, ele provavelmente estava com o rosto todo sujo, mas foi a coisa mais sexy que Sehun viu em toda sua vida. Os dedos pálidos de Sehun limparam o gozo que escoria pela derme avermelhada do rosto do menor e os levaram até a boca rosada de Baekhyun que chupou os dedos como se fossem pirulitos saborosos.

Sehun olhou atentamente seu namorado se deliciar com seus dedos. A adrenalina se esvaziava lentamente de suas veias, ele teve um dos melhores orgasmos de sua vida e tinha conquistado isso apenas com as mãos de Baekhyun, ele mal podia esperar para saber como seriam as coisas quando eles finalmente transassem.

Com certeza ele estava atrasado, mas isso não tinha importância já que o garoto mais perfeito do mundo estava de quatro na sua frente implorando por mais.

 

[♡]

 

Sehun pulou para fora do taxi sem esperar o troco do motorista, ele deveria ter encontrado Chanyeol a dez minutos atrás, entretanto Baekhyun o impediu, por um bom motivo é claro, e depois ele ainda teve que passar em casa para tomar banho e colocar o uniforme escolar, tudo isso tentando ao máximo evitar o olhar furioso do pai.

Empurrando a porta da cafeteria Cakewalkers, Sehun avistou o amigo sentado em um lugar perto das janelas do fundo, por um momento ele ficou parado analisando o garoto alto. Ele parecia bem, será que as coisas tinham se resolvido com seus pais? Sehun queria contar a Chanyeol que estava namorando com Baekhyun, mas e se o amigo estivesse frágil demais? Ele não queria deixar Chanyeol mais machucado do que ele já estava e acima de tudo não queria perder seu melhor amigo.

– Oi. – Sehun sentou-se em frente ao amigo e jogou a mochila que carregava na cadeira ao lado. – Como você tá?

– Bem... – Chanyeol disse empurrando uma xicara enorme para Sehun. – Eu já pedi para você.

Sehun sorriu em agradecimento e tomou um gole do café quente.

– Meus pais se separaram. – Disse Chanyeol. – Estão se separando, eu não sei.

Sehun olhou preocupado para o amigo.

– Eu imaginei. – Falou. – Como você tá aguentando?

– Bem. – Disse decidido. Até mesmo parecendo contente. – Decidi ignorar qualquer sentimento relacionado a eles.

Sehun franziu a testa e observou o amigo beber seu café.

– Isso quer dizer que...? – Perguntou confuso. – Você não tem mais sentimentos?

Chanyeol riu.

– Não seja bobo, Sehun-ah. – Disse colocando a xicara de volta a mesa. – É impossível não ter sentimentos. Eu só não vou mais ligar para o que meus pais fazem.

Sehun assentiu finalmente entendendo as intenções do amigo.

– Se você está feliz assim... tudo bem então. – Sehun olhou para o amigo.

Chanyeol não parecia tão abatido, mas eles se conheciam por anos e Sehun conseguia perceber o quanto o amigo se esforçava para continuar com o sorriso no rosto.

– Qualquer coisa que você precisar pode me falar, ok? – Disse Sehun.

Chanyeol se inclinou um pouco para a frente.

– Na verdade... tem uma coisa.

Sehun olhou intrigado para o amigo.

– O que é?

– Eu preciso da sua ajuda... eu... gosto do Baekhyun. – Disse envergonhado. – Mas... eu preciso de ajuda, não sei se ele gosta de mim... você pode me ajudar?

Sehun ficou em choque. Ele sabia que o amigo tinha sentimentos pelo loiro, mas não achou que fosse algo a sério, algo que o amigo levaria para frente. O que ele poderia fazer? Acabar com os sentimentos do seu melhor amigo naquele instante e falar que gostavam do mesmo garoto? Ele não conseguiria fazer isso, ele amava Chanyeol tanto quanto amava Baekhyun e por isso ele tinha que tomar uma decisão, e ele decidiu que preferia sacrificar seu primeiro amor para ver seu amigo contente.

– Sehun? – Chamou o mais alto. – Você me ouviu?

O moreno olhou para o amigo.

– O que? Ah... sim, claro. – Disse forçando um sorriso. – Eu te ajudo no que você precisar.

Chanyeol sorriu e pegou a mão de Sehun por cima da mesa. Sehun olhou para o gesto usando todas suas forças para não gritar consigo mesmo.

– Você é meu melhor amigo. – Chanyeol disse contente. – Obrigado, de verdade.

– Você também é meu melhor amigo, Chanyeol. – Falou Sehun com um sorriso forçado e o coração apertado em agonia.

 

[♡]

 

Junmyeon levou parte da manhã para tomar a coragem necessária para enfrentar Kris. Não que a comunicação entre eles fosse difícil, mas o moreno sabia que se o loiro não quisesse um relacionamento serio tudo iria acabar e ele não sabia se conseguia suportar tal dor.

Durante toda a viagem de metrô até o ponto universitário o coração de Junmyeon palpitou como louco, ele nem sabia o que iria falar, ele só tinha que encontrar Kris.

Junmyeon frequentava a Universidade da Coreia como bolsista há três anos e logo que começou o curso de jornalismo conheceu o sênior Kris e não demorou muito para a relação dos dois começar. Adentrando o departamento de jornalismo o garoto moreno olhou em volta procurando pelo mais alto, era comum que o loiro estivesse na faculdade, como estava no último ano ele não tinha tempo livre, mas Junmyeon não conseguiu encontrá-lo.

Descendo até o refeitório ele avistou um garoto alto que estudava com Kris e por vezes já tinha conversado consigo. O menino era esbelto e tinha cabelos escuros, Junmyeon se aproximou e fez uma reverencia.

– Olá, Yixing.

O chinês tirou os olhos do livro que lia cuidadosamente e tirou os chopsticks da boca.

– Oi Junmyeon. – Disse com um leve sotaque. – Como vai?

– Tudo bem. – Respondeu educadamente. – Por acaso você viu o Kris?

Yixing pensou por um momento batendo os dedos sobre a mesa.

– Yifan? – Perguntou referindo-se ao nome chinês do mais velho. – Acho que vi ele na biblioteca... na seção de economia.

– Ah, Obrigado!

Junmyeon fez uma reverência em agradecimento e já se afastava quando a voz do moreno chegou aos seus ouvidos.

– Vocês ainda estão juntos? – Questionou.

O mais baixo se virou para Yixing e confirmou com a cabeça

– Que pena... – Disse Yixing olhando meticulosamente para Junmyeon.

As bochechas de Junmyeon ficaram levemente avermelhadas, não era sempre que ele recebia elogios de outros garotos. Ainda mais garotos incrivelmente lindos. Com uma última reverência Junmyeon praticamente voou da cantina para a biblioteca.

A biblioteca da universidade era um lugar enorme dividido por seções independentes, Junmyeon caminhou até a de economia e procurou pelas mesas até encontrar seu amado. Assim que avistou os cabelos tingidos de Kris seu estômago deu um nó. Era agora ou nunca.

Silenciosamente o garoto andou por trás até chegar as costas de Kris e lhe tampou os olhos com as mãos pálidas.

– Adivinha quem é. – Sussurrou junto ao ouvido do mais velho.

As grandes mãos de Kris acariciaram as de Junmyeon puxando-as até sua boca para depositar um beijo.

– O garoto mais lindo da Coreia do Sul? – Sugeriu. – Ah, não. Esse sou eu.

Enquanto Kris ria de sua própria piada, Junmyeon revirou os olhos e sentou-se do outro lado da mesa que Kris ocupava.

– Atrapalho?

– Você nunca me atrapalha. – Disse já fechando os livros antes expostos na mesa. – Tem tempo antes das aulas? Quer fazer alguma coisa?

Junmyeon engoliu em seco.

– Na verdade, eu queria conversar.

Kris juntou as sobrancelhas.

– Ok... aqui? – Perguntou confuso para Junmyeon.

– Ah... – O garoto olhou em volta se deparando com vários estudantes. – Não. Vamos para um lugar mais tranquilo.

Kris concordou com a cabeça e recolheu o material. Os garotos andaram lado a lado em silencio com Junmyeon os conduzindo até um dos vários jardins que a instituição tinha. O lugar era calmo e poucos alunos estavam ali. Junmyeon se virou para ficar cara a cara com Kris mas não conseguiu falar nada.

– Você... quer terminar as coisas? – Perguntou Kris receoso já que o menor não abriu a boca.

Junmyeon o olhou espantado.

Não! – Disse entrando em desespero. – Por que acha isso?

Kris suspirou aliviado.

– Você não falou nada, me assustou. – Soltou uma risadinha nervosa. – O que foi?

– Eu quero algo fixo. – Disse Junmyeon. – Nada de “amigos com benefícios”. Eu quero oficializar as coisas.

Foi como se um peso saísse das costas do mais novo, ele finalmente tinha colocado para fora o que queria.

Agora vinham as consequências.

– Oficializar? – O olhar de Kris era confuso.

– Isso. – Falou Junmyeon. – Ser namorados.

– Eu achei... que a gente já namorasse. – Soltou Kris.

Quem estava confuso agora era Junmyeon.

– O que? – Sua voz saiu um pouco mais aguda do que ele gostaria.

Kris coçou os cabelos tingidos demonstrando nervosismo.

– Sei lá... a gente tá junto a três anos, né? Achei que fosse namoro... – Disse Kris meio envergonhado. Junmyeon arregalou os olhos. – Você quer... tipo... um pedido...?

Impulsivamente Junmyeon agarrou a cintura de Kris e enfiou o rosto em seu peito balançando a cabeça em negação. Todo esse tempo ele vem se torturando e Kris já o considerava seu namorado? Como ele foi idiota.

Totalmente idiota.

Com os olhos ameaçando soltarem lagrimas Junmyeon olhou para o rosto de Kris.

– Eu te amo.

Kris passou o braço esquerdo pelas costas de Junmyeon o puxando mais para perto e com a mão direita alisou o rosto do menor.

– Eu também te amo.

Junmyeon sorriu contente, finalmente ele ouviu as palavrinhas magicas.

– Meu namorado. – Disse Junmyeon esfregando o nariz no peitoral de Kris.

O maior soltou uma risada gostosa e apertou a cintura de Junmyeon.

– Isso te preocupou muito, não é? – Questionou ao menor que só assentiu. – Devo comprar um anel para deixar bem claro que você é só meu?

 

[♡]

 

– Já tinha um tempo que a gente não voltava para casa junto, não é? – Chanyeol sorriu para o amigo.

– Verdade. – Sorriu Baekhyun. – Como estão as coisas?

Chanyeol suspirou.

– Não sei... – Respondeu. – Achei que se ignorasse o que aconteceu ela ia perceber o que tava fazendo, mas não. Ela até marcou um jantar hoje à noite.

– Um jantar? – Perguntou Byun. Isso era informação nova.

– É... – Chanyeol parou de andar e olhou para o amigo. – Ela vai levar a namorada nova...

Baekhyun também parou de andar e olhou espantado para o amigo.

– Você não me disse que... sua mãe... – Baekhyun chacoalhou a cabeça. – Tanto faz, isso não importa. Não é muito cedo? Seu pai, tipo, foi embora esse fim de semana...

Chanyeol parecia aliviado. Não ia ser fácil quando todos soubessem da preferência da sua mãe, não que ele tivesse um problema com isso, ele também não seguia o padrão da sociedade. Mas era sua mãe, ele não queria ver o olhar de desgosto das pessoas direcionados a ela, mas ele sabia que podia confiar em Baekhyun.

– Eu sei. – Disse desanimado. – Eu nem falei com ele ainda. Parece que ela nem se importa, é como se ele não tivesse existido.

Baekhyun chegou mais perto do amigo e pegou sua mão. Chanyeol sorriu com o gesto do menor. Juntos eles continuaram o caminho.

– E o seu irmão? – Quis saber Baekhyun. – Como ele tá?

– Bem, eu acho. Melhor que eu com certeza. – Disse o maior. – Ele é muito esquisito...

Baekhyun riu junto com o melhor amigo e começou a balançar as mãos dadas.

– Yeol... o Sehun falou com você? – Perguntou o loiro cautelosamente.

O mais alto assentiu.

– Conversei com ele hoje de manhã.

– Ele te contou alguma coisa...? – Pediu Baekhyun.

Alguma coisa tipo estamos apaixonados e pretendemos nos casar amanhã?

– Não que eu me lembre, porque? – Chanyeol parecia confuso.

– Ah... nada não. – O loiro soltou um sorriso amarelo.

Eles continuaram andando e conversando até chegarem na casa de Baekhyun. Um motorista de aparência cansada retirava algumas bagagens do porta-malas de seu taxi e deixava na calçada.

– Acho que seus pais chegaram mais cedo. – Chanyeol olhou para o amigo. – Eles não iam ficar fora por duas semanas?

– Alguma coisa deve ter acontecido. – O menor deu os ombros. Ele não se importava.

Chanyeol bagunçou os cabelos loiros do outro garoto.

– Falo com você amanhã. – Disse se afastando, porém, a mãe de Baekhyun apareceu no portão.

Chanyeol fez uma reverência para a mulher.

– Chanyeol, como vai? – Disse a mulher educadamente. – Como estão os seus pais?

– B-bem... – Chanyeol disse.

Percebendo o desconforto do amigo Baekhyun se meteu na conversa.

– Por que voltaram tão cedo? – Pediu à mãe que o repreendeu com o olhar. – Onde está o papai?

– Lá dentro. – Disse ela. – Vai jantar conosco Chanyeol?

– Ele já tem compromisso mãe. – Disse o menino loiro tentando passar pelo portão, mas sua mãe o manteve fora.

– Que pena. Mande lembranças. – A mulher disse para Chanyeol. – E você, Baekhyun, ajude a levar as malas para dentro.

Baekhyun revirou os olhos, mas foi junto a mãe recolher a bagagem que estava na calçada. O menor virou para Chanyeol uma última vez.

– Boa sorte. – Disse para o melhor amigo.

Chanyeol deu uma piscadela em resposta e acenou para o amigo antes de virar e seguir o caminho de sua casa.

 

[♡]

 

Kyungsoo olhou para o lado. Seu parceiro copiava cuidadosamente, com uma letra incrivelmente bela, o trabalho que tinha sido finalizado minutos antes, afinal era em dupla e o professor desconfiaria se apenas a letra de Kyungsoo aparecesse.

Os cabelos escuros de Sehun caiam sobre seus olhos deixando sombras angulares sobre as bochechas delineadas dando um tom pálido a linda pele do garoto. O moreno mordia os lábios fortemente a cada novo risco feito tendo máximo cuidado para não errar nada. Kyungsoo continuou a analisar a beleza do garoto.

Ele realmente nunca tinha percebido como Sehun tinha traços tão belos, será que se ele tivesse prestado mais atenção em Sehun e não em Jongin as coisas seriam diferentes? Será que ele seria apaixonado pelo garoto que estava ao seu lado? Ou ele ainda amaria Jongin acima de tudo?

– Você resolveu as coisas com o Jongin? – A voz suave de Sehun acordou Kyungsoo de seus devaneios. – Vi vocês mais cedo e as coisas pareciam meio tensas.

Kyungsoo suspirou.

– Eu fui meio rude com ele esses dias... – O menor passou as mãos pelo rosto como se pudesse se livrar do ressentimento. – Eu só preciso de um tempo...

– Você gosta dele, não é? – Sehun terminou uma linha e olhou para o menor que ficou com as bochechas vermelhas.

– Co-como assim? – Os olhos de Kyungsoo se arregalaram e ele gaguejou. Sehun riu com a reação do colega.

– Eu consigo ver no seu rosto. Você deve gostar muito dele. – O moreno voltou a fazer riscos perfeitos pela folha do trabalho. – É bom estar apaixonado, certo?

Kyungsoo apenas assentiu calado, com muita vergonha para conseguir verbalizar alguma coisa. Sehun deu um sorriso triste.

– As pessoas ficam mais bonitas quando estão apaixonadas... – Continuou Sehun. – Não que você precise gostar de alguém para ser bonito... você é lindo...

Sehun se calou de repente e pareceu ficar muito concentrado em terminar o trabalho, as bochechas de Kyungsoo que estavam se acalmando voltaram a ficar vermelhas como fogo. Nenhum dos dois garotos sabia o que falar.

– Pronto. – Sehun sorriu satisfeito quando terminou de copiar. Mesmo constrangido Kyungsoo estendeu a mão e pegou o trabalho para analisá-lo

Não importa se um garoto lindo de morrer está te elogiando, suas notas não podem cair. Sehun riu com a imprudência do menor. Ele gostava de ficar junto com o pequeno, fazia com que ele se esquecesse dos novos problemas que o assombravam. Se ele soubesse como Kyungsoo era amável, ele já teria feito amizade a muito tempo.

Sehun pegou seu celular do bolso e o ligou. Kyungsoo não queria nenhuma distração durante os estudos e obrigou o maior a desligar o aparelho. Quando ele desbloqueou a tela viu dez mensagens não lidas de Baekhyun. A sua primeira reação foi entrar em pânico. Será que alguma coisa tinha acontecido?

Sua aflição logo foi substituía por desanimo quando ele leu as mensagens. Os pais de Baekhyun resolveram voltar mais cedo de sua viajem e arrastaram o menor para um jantar. Como se eles se importassem com Baekhyun.

Sehun revirou os olhos e guardou o celular novamente. Quem devia ficar com o menor nesse momento era ele, quando tempo mais eles ainda tinham juntos agora que Chanyeol estava decidido a se confessar?

O garoto suspirou e olhou para o lado. Kyungsoo parecia contente com o resultado final do trabalho e já guardava seus materiais.

– Ei… Kyungsoo… – Sehun cutucou o menor levemente. – Vamos comer?

– Que? – O menor o olhou confuso. – Ah... eu tenho que ir para casa...

– Por favor... – Sehun fez um adorável bico com os lábios. – Vamos?

 

[♡]

 

– O que você quer comer? – Perguntou Sehun olhando para o garoto em sua frente.

Kyungsoo olhava o cardápio cuidadosamente.

– Você vai pagar? – Questionou. Sehun soltou uma risadinha.

– Claro, eu que te convidei. – Disse o maior pegando um cardápio.

– Ótimo. – Respondeu Kyungsoo contente. – Eu quero carne.

– Tudo bem. – Disse Sehun rindo. – Devemos beber?

Kyungsoo arregalou os olhos.

– Como? Você não tem idade para comprar álcool. – Disse intrigado. – Ainda mais vestindo uniforme escolar.

Sehun sorrio.

– Você tá querendo apostar?

– Não. – Disse Kyungsoo fechando o cardápio. – Eu não aposto quando sei que vou perder.

O sorriso de Sehun aumentou.

– Bom garoto. – Disse Sehun chamando a garçonete com a mão.

Kyungsoo olhou com atenção enquanto Sehun flertava e fazia tudo que podia para conseguir convencer a pobre moça a lhe vender álcool. No final, como Kyungsoo já havia previsto, o maior conseguiu convencer a mulher e logo a mesa tinha garrafas de soju que não ficaram cheias por muito tempo.

Kyungsoo aproveitou para comer o quanto podia. Não que ele fosse um morto de fome, mas carne não era a principal refeição de sua casa a algum tempo e Sehun não parecia se importar com a comida já que bebia como louco.

– Sabe Kyungsoo... quando sua vida estiver parecendo perfeita... ela vai começar a cair... você perde tudo... sem nem perceber...

O menor olhou para o menino a sua frente. Sehun não estava bêbado, mas também não estava sóbrio. Ele ainda parecia lindo de morrer, mas um bico teimoso pendia em seus lábios como se ele tivesse muitas frustrações.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntou colocando mais um pedaço de carne na boca. – É sobre a faculdade no Japão?

Sehun negou com a cabeça.

– Tudo... simplesmente... explodiu. – Sehun gesticulou uma explosão com as mãos. – Achei que tinha tudo sobre controle...

Sehun soltou um suspiro e olhou para o pequeno garoto na sua frente. Pegou uma das garrafas que tinha em cima da mesa e serviu no copo em frente ao menino.

– Por que você não está bebendo? – Disse enchendo o copo até a borda. – Beba.

Kyungsoo aceitou a bebida e deu pequenos goles sobre o olhar atento de Sehun. O moreno sorriu quando Kyungsoo esvaziou o copo e já estava pronto para enche-lo novamente. Sehun não era uma pessoa que bebia com frequência, ele conhecia seu limite, mas com tudo que aconteceu hoje, com tudo que ele vai ter que desistir... ele não se importava.

Depois de finalizarem cinco garrafas de soju e Kyungsoo comer duas porções de carne sozinho, os dois garotos chegaram à conclusão que precisavam voltar para casa, pois já havia escurecido. Sentindo-se responsável por deixar Sehun beber demais, Kyungsoo arrastou o colega para fora do restaurante e discou o número da empresa de carros.

Quando entraram no táxi Sehun praticamente morreu, o único sinal de que estava vivo eram os pequenos suspiros que ele soltava pelo nariz. Kyungsoo passou seu endereço para o motorista e se recostou no banco. A cabeça de Sehun pendeu para seu lado encostando em seu ombro e logo desceu até estar deitada no colo de Kyungsoo.

As mãos de menor coçaram de vontade de passar os dedos pelos cabelos escuros e brilhantes de Sehun. Ele quase cedeu a tentação, porém a imagem de Jongin veio a sua mente e logo a raiva o consumiu. Por que Jongin não gostava dele? Ele entendia que Sehun era quase um deus, mas ele não era de se jogar fora. E se até mesmo Sehun tinha percebido as intenções do menor, como seu amigo continuava cego?

Kyungsoo ficou devaneando até o táxi parar na frente de seu prédio. Delicadamente ele se inclinou até o ouvido de Sehun e sussurrou o nome do maior.

– Sehun... Sehun... acorda. – Ele se afastou quando o maior abriu os olhos. – Eu fico aqui, passe seu endereço para o motorista, sim?

Sehun apenas assentiu levemente e se endireitou. Kyungsoo pegou sua mochila e saiu do carro dando a volta até chegar na janela do motorista.

– Ahjussi, tome conta dele, por favor? – Pediu ao homem de meia idade que concordou relutantemente. – Qualquer coisa me ligue.

O menor olhou uma última vez para o banco de trás para ter certeza que Sehun ainda estava bem. Kyungsoo ficou do lado de fora até o carro desaparecer, ele se perguntou se o que eles acabaram de ter podia ser chamado de encontro e acabou rindo da própria ingenuidade, não bastava ser apaixonado pelo melhor amigo, tinha que começar a gostar do menino que ele amava. Kyungsoo era muito azarado mesmo.

Ou muito sortudo.

 

[♡]

 

Chanyeol já tinha conseguido imaginar quinhentas outras coisas que preferia estar fazendo ao invés de ficar sentado na enorme mesa de jantar da sua casa escutando a mulher que destruiu sua família se gabar de como conhecia muito bem sua mãe.

Chanyeol já conhecia a mãe, ela era uma hipócrita que não pensava no bem maior, ele não precisava de ninguém para lembra-lo.

SungHee tinha cabelos claros e uma pele perfeita, se ela não fosse a razão de sua desgraça Chanyeol até a acharia bonita, e até divertida como Mark tinha achado. O pequeno tinha adorado a mulher no segundo em que ela pisara no apartamento luxuoso dos Park, e não parecia lembrar que seu pai tinha ido embora.

O moreno forçou um sorriso para a mãe e deu mais uma mordida em seu jantar. Ele tinha falado o mínimo possível, sempre enchendo a boca com alguma comida, e se controlava ao máximo para não começar a gritar com a mulher em sua frente.

– Então Chanyeol. – Disse SungHee. – Sua mãe disse que você está no último ano, já sabe o que vai fazer ano que vem?

O garoto apenas negou com a cabeça e continuou a comer. Sua mãe lhe lançou um olhar interrogatório, mas logo virou para a companheira e lhe sorriu.

– O Yeol gosta muito de música, ele é realmente ótimo. – Disse orgulhosa. – Você precisa ouvir ele tocar.

– Sério? Isso é impressionante. – Falou SungHee animadamente.

– É... ele é bonzinho. – Disse Mark. – Nada de especial.

SungHee soltou uma risada.

– Aposto que você está mentindo. – Ela olhou para Chanyeol. – Quando posso ouvir você tocar?

Com todas as forças do universo ele tentou se controlar, mas já era tarde demais.

– Nunca, eu espero.

Um silencio constrangedor caiu sobre a mesa, porém logo foi preenchido com a risada forçada de sua mãe.

– Yeol gosta de fazer piadas, mas ele não é muito bom. – Disse tentando contornar a situação. – Não é, filho?

Chanyeol assentiu debochadamente. Ele pediu licença da mesa, mas se levantou antes de alguém concedê-la. Com passos largos ele foi em direção a escadaria que levava para os quartos, porém parou quando os passos apresados chegaram até ele.

– O que aconteceu com você? – Quis saber sua mãe. – Ontem você estava aceitando tudo tão bem... por que...

Chanyeol se virou para encarar a mãe, lagrimas escorriam dos grandes olhos escuros.

– Aceitando? – Ele quase riu. – Você realmente acha que eu estava aceitando? Você acabou com a nossa família, o papai mal saiu de casa e você já está substituindo ele. – Disparou com o tom de voz elevado. – Qual o próximo passo? Ela vai se mudar pra cá?

Pela primeira vez em algum tempo a jornalista HaEun não sabia o que falar.

– Eu... não sabia... eu não percebi que você se sentia assim.

Dessa vez Chanyeol teve que rir de verdade.

– Não percebeu? – Ele indagou. – Por acaso você é cega? Você arruinou tudo e não percebeu? Parabéns.

Sem esperar alguma resposta Chanyeol correu escada acima e se trancou no quarto batendo a porta com todo a força que conseguia. Sua vida estava miserável. Ele sentia como se não tivesse mais nenhum motivo para viver. Grossas lágrimas caíram por seu rosto pelo resto da noite.

 

[♡]

 

– E então? – Perguntou Kyungsoo ao que passava pela porta. Seu irmão mais velho estava jogado no sofá, a televisão ligada em um canal de variedades.

O menor largou a mochila em qualquer canto, tirou os sapatos e se jogou ao lado do irmão. O calor já não era muito, na verdade o frio já começava a tomar lugar então não era incômodo ficarem colados um no outro.

– Você está cheirando a álcool. – Disse Junmyeon com o nariz nas roupas de Kyungsoo. – Você estava bebendo?

– Talvez... só um pouquinho...

– Olha só esse moleque. – A voz de Junmyeon era de irritação, mas ele abraçou o irmão. – Além de maluco você agora é alcoólatra também?

Kyungsoo soltou um bocejo.

– Como foram as coisas hoje? – Perguntou se acomodando no abraço do irmão.

– Foram... bem. – Disse o maior com a voz alegre. – Estou namorando.

Kyungsoo sorriu para o irmão.

– Que bom. – Disse com a voz demonstrando sonolência. – Já estava na hora... será que temos que ligar para a mamãe?

Kyungsoo riu de sua brincadeira, mas Junmyeon apenas revirou os olhos.

– Eu acabei de encontrar a felicidade e você já quer acabar com ela? – O mais velho disse. – Eles não precisam saber de tudo...

Kyungsoo soltou um risinho. Definitivamente bêbado.

– Você saiu com o Jongin? – Questionou o mais velho.

– Não. – Disse o mais novo, a voz ficando melancólica.

– Com quem então? – Junmyeon ficou preocupado, seu irmão era responsável e ele não devia se preocupar, mas mesmo assim...

– Com o Sehun... – Respondeu. Os grandes olhos escuros brilhavam perdidos em pensamentos. – Ele é legal.

Junmyeon assentiu e já tinha preparado o questionário, mas Kyungsoo deu os ombros e fechou os olhos lentamente.

– Meu hyung namorando...

Junmyeon olhou para o rosto do mais novo e percebeu que ele tinha um leve sorriso nos lábios cheios. O mais velho afagou os cabelos escuros do menor suavemente e logo a respiração de Kyungsoo se tornou pesada indicando que ele estava dormindo.

Pela primeira vez Junmyeon sentiu que sua vida estava completa.

 

[♡]

 

Baekhyun acordou com o som abafado do celular tocando em baixo do travesseiro. Os seus pais o tinham arrastado para um jantar com os amigos mais que entediante e demoraram horas para voltarem para casa, quando chegou já passava das onze da noite e seus planos com Sehun tinham ido por água abaixo.

Lentamente ele abriu os olhos e tirou o telefone de baixo do travesseiro. O corpo de Baekhyun despertou por completo quando ele viu o nome que brilhava na tela.

– Sehun? Aconteceu alguma coisa?

– Será que você pode... abrir... – O moreno fez uma pausa. – A porta?

A voz de Sehun estava pesada indicando que o mesmo havia bebido, preocupado Baekhyun correu escadas abaixo sem se importar que os pais estavam em casa. Chegando no portão ele encontrou o namorado ainda usando as roupas da escola. Assim que avistou Baekhyun o moreno puxou-o para um abraço apertado.

– Posso dormir aqui com você? – Pediu piscando os olhos de cansaço.

Baekhyun não disse nada apenas pegou a mão de maior e o conduziu para dentro de casa, foi difícil chegar até o topo das escadas com Sehun não conseguindo se manter cem por cento acordado, mas eles chegaram até o quarto do menor sem fazer muito barulho.

No quarto Baekhyun trancou a porta e levou Sehun para perto da cama. Delicadamente o loiro desabotoou a camisa de Sehun, depois soltou a fivela do cinto e retirou as calças, por último sentou Sehun na cama e arrancou os sapatos do menino.

Sehun rolou pela cama até chegar na ponta oposta dando espaço para Baekhyun que deitou virado para o namorado.

– Você estava bebendo? – Quis saber o loiro.

Sehun assentiu, os olhos pesados quase não ficavam abertos.

– Prefere falar sobre isso amanhã? – Sugeriu Baekhyun.

Novamente Sehun apenas concordou. Os olhos escuros se fecharam e os longos braços puxaram Baekhyun para perto de si, Sehun queria se fundir ao garoto mais novo para não ter que largá-lo nunca mais.

Baekhyun se aconchegou nos braços do moreno e ficou fitando seu rosto enquanto a noite passava. A cada momento ele tinha mais certeza que amava Sehun com todas suas forças.

– Não me deixe. – Balbuciou Sehun quase silenciosamente.

Baekhyun olhou para o rosto do namorado que dormia pacificamente e sorriu, ele tinha muita sorte. O garoto loiro  se espremeu para mais perto do namorado e desejou com todas as suas forças que nunca se separassem.


Notas Finais


Isso aí.
FELIZ NATAL
Falem o que acharam nos comentários e qualquer erro me avisem.


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