Sehun descansou as mãos na mesa cheia de bebidas, a música suave ressoava por volta de si misturando-se com as vozes alegres e brincalhonas, ao fundo ele ainda conseguia ouvir seu namorado o chamando. O moreno sabia que só tinha um jeito de fazer Baekhyun desistir desse relacionamento, ele precisa quebrar o coração do menor e provavelmente nunca mais vai se perdoar.
– Sehun-ah? – Uma mão tocou levemente seu antebraço. O mais alto se virou e encontrou um Kyungsoo de olhos preocupados. – Aquele é o Baekhyun? Aconteceu alguma coisa com vocês?
E foi então que ele se decidiu, ele sabia o que precisava fazer. Talvez Kyungsoo achasse que estava sendo usando e talvez nunca mais olhasse em sua cara.
...talvez não.
Sehun agarrou Kyungsoo pelos cotovelos e o puxou para perto de si, tão perto que ele conseguia sentir a respiração do menor em seu pescoço. Ele parou por um segundo para encarar os olhos arregalados do moreno, em seguida seus lábios estavam colados.
A primeira coisa que Sehun percebeu foi a diferença. Sempre que ele beijava Baekhyun era como se seu coração explodisse em mil fogos de artifício, todos ao mesmo tempo, ele ficava sem fôlego em segundos e sua mente não conseguia raciocinar direito. Com Kyungsoo foi diferente, assim que ele tocou os lábios carnudos do pequeno foi como se uma chama tivesse acendido na ponta de seus pés e fosse lentamente subindo, fazendo com que Sehun sentisse a necessidade de chegar cada vez mais perto até que o fogo o consumisse por completo.
Sehun estava pronto para se afastar e implorar o perdão do amigo, que ele sabia que não iria receber, quando sentiu a língua do menor abrindo passagem até encontrar a sua.
Foi um beijo calmo e tímido com cada um conhecendo melhor a boca do outro, fez com que Sehun se lembrasse do primeiro beijo que compartilhou com Baekhyun. Céus, havia mesmo passado apenas alguns dias desde aquela noite na casa do loiro? Tanto tinha mudado, eles tinham feito coisas que Sehun ainda não acreditava e mesmo assim agora tudo estava acabado. Então a culpa o atingiu, ele estava beijando seu amigo, um de seus mais queridos amigos e tinha deixado em pedaços o coração de seu namorado.
Ou melhor ex-namorado.
[♡]
Lágrimas escorriam sem parar pelo rosto pálido de Baekhyun, em sua cabeça a imagem de Sehun beijando outro menino se repetia incontáveis vezes e tudo que ele conseguia pensar era no porquê de isso acontecer. Por quê?
As portas do elevador se fecharam e Baekhyun encostou-se na parede metalizada e deslizou até chegar ao chão. O garoto loiro puxou as pernas até seu peito e descansou a cabeça nos joelhos com os olhos ainda transbordando de lágrimas.
O rosto de Baekhyun continuava molhado quando a porta de abriu minutos depois, braços grandes e aconchegantes se apertaram em volta do loiro.
– Baek? – Ele escutou uma voz profunda perto de seu ouvido. – Aconteceu alguma coisa? Por que você está chorando? Baekhyun?
Chanyeol o abraçou com força e delicadeza como se ele fosse de cerâmica e pudesse desmoronar a qualquer momento e era assim mesmo que ele se sentia. O maior delicadamente afastou a franja loira de Baekhyun fazendo com que o loiro o encarasse com os olhos ainda lacrimejantes.
– Ei... tá tudo bem. – Disse gentilmente acariciando os ombros do amigo. – Quer sair daqui?
Baekhyun apenas assentiu. Com o apoio de Chanyeol o menor levantou, as lágrimas agora já não escorriam, mas ficavam acumuladas em seus olhos. Chanyeol passou o braço pelos ombros de Baekhyun e o levou para fora do elevador.
– Alguém... encostou em você? – O moreno perguntou com raiva visível em sua voz.
Baekhyun negou rapidamente, os ombros de Chanyeol, que ele nem percebeu que estavam tensos, relaxaram.
– Ok... – Ele disse enquanto pegava o celular. – Vou ligar para o Sehun e avis-
- NÃO! – Baekhyun parou Chanyeol, segurando seu pulso, antes que ele pudesse ao menor pegar o aparelho. – Apenas... me tire daqui.
Chanyeol levou o amigo até a entrada do enorme prédio onde estendeu o braço direito esperando que algum táxi parasse, com o esquerdo ele puxou Baekhyun para mais perto. O amigo já tinha parado de chorar, mas sua expressão denunciava que a qualquer momento ele poderia começar de novo.
Segundos passaram até um táxi parar, mesmo em dias movimentados era fácil conseguir transporte em Gangnam, desde que você não se importe com a quantia que vai deixar sua carteira. Chanyeol se certificou que o amigo estava o mais confortável possível e passou seu endereço para o motorista, seu apartamento não ficava muito longe, praticamente todos os estudantes da Escola de Artes de Seul moravam na mesma área, como se fossem um círculo fechado e exclusivo.
E eles realmente eram.
Chanyeol se recostou no banco e olhou para o amigo que encarava os borrões que passavam pela janela, novamente as lágrimas se faziam presentes, mas dessa vez eram silenciosas.
Nesse momento o moreno jurou que protegeria Baekhyun de todos os males possíveis, ele o amava tanto e doía demais ver o pequeno chorar, Chanyeol não queria enxergar essa imagem nunca mais.
Se ele ao menos soubesse o que tinha acontecido ou quem tinha feito Baekhyun ficar desse jeito. De repente sua mente ficou vermelha, raiva consumiu seu corpo por completo, não importa quem fez Baekhyun ficar assim, Chanyeol jamais deixaria essa pessoa chegar perto do menor novamente. Não importa quem fosse.
[♡]
Sehun separou o beijo, ainda supresso pela resposta de Kyungsoo e encarou o menor que estava com as bochechas vermelhas. Tinha sido bom e ele se sentia tão culpado por vários motivos, mas principalmente por ter gostado.
– Kyungsoo.... Eu... – Sehun não sabia o que dizer, ele esperava que Kyungsoo o empurrasse e batesse, mas nunca que passou pela sua cabeça que o menor iria retribuir o beijo. – D-desculpa...
O moreno olhou para cima e encarou Sehun com os olhos arregalados. O que ele tinha feito? Ele e Sehun estavam se tornando mais próximos a cada dia e ele definitivamente gostava dele, mas não daquele jeito. Ou gostava? É claro que não... isso não... definitivamente não. Ele gosta do Jongin, sempre gostou. Então arrependimento bateu a consciência de Kyungsoo. Ah Jongin. O que ele tinha feito com o melhor amigo?
Traído?
Como se o destino quisesse brincar mais um pouco com sua vida, Kyungsoo conseguiu ver, por cima do ombro de Sehun, o rosto contorcido de Jongin. Ele tinha esquecido completamente que tinha chamado o amigo, quando ele tinha chegado? Pela cara do mesmo ele tinha presenciado toda a cena. Droga.
Relutantemente ele se afastou de Sehun e caminhou até o moreno. De perto ele conseguiu perceber como Jongin estava furioso. Isso magoou seu coração, Kyungsoo se sentiu a pior pessoa do mundo, como ele pode fazer isso com o melhor amigo?
O rosto escultural de Jongin estava fechado, sua boca formava uma linha reta, seus olhos - que eram praticamente cobertos pela franja preta - estavam em chamas.
– J-jongin... – Kyungsoo tentou falar, mas ele não tinha o que falar, ele não sabia o que falar. – E-eu...
– Jongin-ah. – A voz de Sehun ressoou atrás de si. – Que bom que você veio.
Inesperadamente Jongin puxou Kyungsoo pelo pulso colocando ao seu lado.
– O merda você acha que está fazendo? – Perguntou sério. – Como você-
– Ele é seu namorado? – Sehun interrompeu erguendo uma sobrancelha e Jongin ficou mudo por um minuto.
O que?
– N-não... m-m-mas... – Jongin fechou a boca novamente e soltou o pulso de Kyungsoo que lhe lançou um olhar surpreso. Jongin não sabia por que tinha feito aquilo, ele devia estar furioso com Kyungsoo por beijar o menino que ele gosta desde que se entende por pessoa, mas quando viu a cena tudo que ele conseguiu pensar era que iria matar quem estivesse beijando seu amigo.
– Então não tem porque ficar bravo, não é? – Sehun sorriu para os dois meninos. – Eu posso te beijar também se você quiser.
Novamente Jongin ficou sem palavras, sua raiva agora tinha sido substituída por descrença, Sehun realmente propôs isso? Kyungsoo olhou para seu amigo e percebeu que algo estava errado. Sehun sempre parecia brilhar, como se nada pudesse o abater, mas esse brilho não estava mais presente nos olhos castanhos e o sorriso brilhante começava a parecer forçado. Ele parecia esgotado.
– Sehun? – Kyungsoo chamou preocupado. – Você está bem?
O moreno olhou para o mais baixo por alguns segundos ponderando que resposta deveria dar e então sua expressão mudou completamente para uma de cansaço como se ele tivesse desistido de fingir.
– Sim... tudo bem. – Disse suspirando. – Só... muita coisa aconteceu. – O moreno balançou a cabeça tentando se livrar da memória do que tinha feito. – Vejo vocês amanhã, ok? Cuida dele, Jongin.
Com um último olhar a Kyungsoo e antes que qualquer outra palavra pudesse ser dita, Sehun tinha desaparecido pelas portas de vidro. Confuso Kyungsoo virou para seu melhor amigo, ele ainda tinha que se explicar. Tomando coragem ele começou.
– Jongin-ah... desculpa... eu não devia ter beijado o Sehun...
– Tudo bem, não importa. – Disse Jongin calmamente.
Kyungsoo olhou surpreso para o amigo, toda a ira que parecia estar em seu corpo agora já não estava mais lá, em seu lugar havia frustação. Como se ele tentasse desvendar alguma coisa dentro de si mesmo.
– M-mas... você gost-
– Não importa Kyungsoo. – Jongin encarou o amigo diretamente nos olhos. – Só não beije mais ninguém por aí.
Kyungsoo ficou mais confuso do que já estava.
– Como assim? Você não está bravo comigo? – Perguntou. – Eu beijei o Sehun, lembra do Sehun? Você gosta dele, sei lá, desde sempre?
Jongin deus os ombros fingindo não escutar e olhou em volta para então se virar para o amigo e agarrar sua mão.
– Que tal a gente ir comer pizza? – Sugeriu com um pequeno sorriso. – Esse lugar não é muito a nossa praia.
Sem entender mais nada e a ponto de ficar histérico, Kyungsoo apenas assentiu e se deixou ser levado pelo melhor amigo.
[♡]
Chanyeol não soltou Baekhyun um minuto sequer desde que saíram do táxi até chegarem ao apartamento exageradamente mobilhado com quadros desnecessários. O moreno levou o amigo até a cozinha e o colocou sentado em um dos vários lugares da bancada.
– Vou fazer chocolate quente, você sempre gostou. – Chanyeol disse enquanto ia até os armários. – Não importa o clima, você sempre fica contente quando toma.
O mais velho se virou para olhar o amigo que encarava a bancada perdido em pensamentos, com o silêncio repentino Baekhyun olhou para cima e assentiu minimamente para o amigo. Chanyeol deu um leve sorriso, agora que Baekhyun estava ali tudo ia ficar bem, ele não deixaria o menor escapar nunca mais.
Chanyeol já estava fervendo o leite quando seu irmão apareceu.
– Oh, Baek-hyung, olá. – Mark cumprimentou o loiro que apenas acenou levemente. – Você vai dormir aqui?
Novamente Baekhyun apenas assentiu. O coração de Chanyeol esquentou.
– Onde está o Sehun-hyung? – Pediu Mark enquanto abria a geladeira e pegava uma garrafinha de agua mineral. – Ele não vai vir?
Chanyeol negou desligando o fogão e indo até uma bancada.
– Ele está em uma festa. – Disse ao pegar duas canecas. – Vou mandar mensagem para ele depois.
Nenhum dos irmãos percebeu como a tristeza voltou para o rosto de Baekhyun e seu olhar se encheu de lágrimas.
– E a sua mãe? – Chanyeol colocou uma caneca de cor vermelha na frente do amigo e depois virou para o irmão. – Saiu?
Mark fechou a geladeira e olhou para o irmão.
– A nossa mãe saiu com a namorada. – Disse com um suspiro. – Se você conversasse com ela ao invés de discutir...
Baekhyun pegou sua caneca e silenciosamente saiu da cozinha, não querendo fazer parte de uma discussão familiar. A casa de Chanyeol continuava a mesma de sempre com os móveis e quadros antigos em cores combinadas. Será que o Sr. Park iria levar algumas coisas embora?
Talvez a vergonha da traição seja o bastante.
Subindo as escadas, Baekhyun encontrou com facilidade o quarto do amigo. Era enorme como todos os cômodos da casa, a diferença é que não havia quadros ou exageros no quarto, tudo era muito limpo e arrumado, típico de Chanyeol, a única coisa fora do lugar era uns dos vários violões que Chanyeol tinha. O loiro sabia que eles ficavam todos perfeitamente arrumados no andar de baixo em uma sala feita exatamente para eles, mas hoje algumas partituras estavam espalhadas pelo chão e o violão de cor marrom estava ao lado delas.
Baekhyun deixou a caneca em cima da escrivaninha, onde os livros e cadernos da escola estavam impecavelmente arranjados, e se dirigiu até o outro lado do quarto onde se encontra o guarda-roupa de Chanyeol. O loiro despiu as roupas que tinha escolhido para a festa ficando apenas com a cueca preta que usava, então abriu o roupeiro do amigo, soltando uma risadinha da excessiva organização que aconteceria até mesmo com as roupas, e pegou uma camisa azul marinha que, obviamente, ficou larga em seu corpo.
O garoto loiro voltou para a escrivaninha e pegou sua caneca levando-a aos lábios ingerindo um grande gole do líquido doce, esquecendo todas suas mágoas no chocolate e suas desilusões no chantilly.
Ao abaixar a caneca Baekhyun notou algo novo no quarto do amigo. Logo acima da tão arruma escrivaninha havia um painel metálico onde ficavam as anotações e lembretes de Chanyeol, mas agora junto aos papéis também havia três fotos que eram seguradas com imãs.
Baekhyun apoiou as mãos na mesa e se inclinou para ver as fotos mais de perto. A primeira era de Chanyeol e seu irmão em algum jantar que os dois foram obrigados a ir, provavelmente tirada no ano passado quando Chanyeol tinha perdido uma aposta estúpida e tinha pintado os cabelos de vermelho rubro. Baekhyun lembra da sensação dos cabelos tingidos do amigo em suas mãos, ele tinha adorado.
A segunda foto era dele, Chanyeol e Sehun ainda pequenos. Talvez um ano ou dois depois deles se conhecerem, por um momento Baekhyun esqueceu o coração machucado e admirou foto. Eles estavam no quintal de sua casa, ainda era possível reconhecer os balanços que ficavam lá e os três sorriam para a câmera, o loiro suspirou, se ele soubesse como as coisas acabariam talvez ele pudesse mudar. Talvez se ele não se apegasse tanto a Sehun as coisas fossem diferentes.
Não querendo chorar novamente ele olhou a terceira foto. Essa era mais recente, de no máximo um mês trás, foi tirada logo que Chanyeol apareceu com um celular novo, ele se lembra de ter agarrado o telefone e passado os braços em volta do amigo, ficando por trás, para que a primeira foto no novo aparelho fosse sua.
Baekhyun analisou a imagem por um momento, o sorriso de Chanyeol era tão largo que parecia que seu rosto iria rasgar a qualquer momento e seus olhos brilhavam como nunca. O cabelo preto estava levantado em topete e ao seu lado Baekhyun escondia o rosto em seu pescoço olhando para a câmera sedutoramente.
– O que você está olhando? – Perguntou Chanyeol ao chegar no quarto.
Baekhyun se virou para o amigo que estava fechando a porta.
– Nossa foto. – Respondeu.
– Ah... – Chanyeol ficou envergonhado. – Eu gosto dela.
Baekhyun soltou um leve sorriso.
– Eu também. – Afirmou contente.
Chanyeol se aproximou encarando o amigo e passou o dedão pelo lábio superior do menor para em seguida levar até sua boca e chupar.
– Bigode de chantilly. – Disse com uma risada suave. As bochechas de Byun esquentaram por alguns segundos e ele desviou o olhar. O coração de Chanyeol deu um pulo com a cena.
– Ei... quem deixou você mexer nas minhas roupas? – Perguntou com um tom brincalhão.
– Desde quando eu preciso de permissão para fazer alguma coisa? – Baekhyun respondeu no mesmo tom.
Touché.
Chanyeol riu e deu um leve empurrão no amigo. Pela primeira vez na noite o coração de Baekhyun se aqueceu. Ele não iria ficar bem da noite para o dia, mas com Chanyeol ali as coisas seriam mais fáceis.
Não dizem que o melhor jeito de se curar um coração partido é se apaixonando novamente?
– A-acho que vou dormir agora. – Falou indo para a cama e se afastando o amigo.
Chanyeol assentiu.
– Descanse, amanhã quero entender o que aconteceu com você.
Baekhyun encarou o chão por alguns segundos e depois assentiu.
– Você não vai deitar? – Baekhyun perguntou inocentemente.
Mais uma vez o coração de Chanyeol deu um pulo. Baekhyun o queria por perto, Baekhyun queria ele e mais ninguém.
– Não se preocupe, eu já volto. – O moreno assegurou. Ele esperou Baekhyun estar acomodado em sua enorme cama para então pegar o celular e sair do quarto.
[♡]
Kris foi até a cozinha e abraçou seu namorado que insistia em limpar todos os locais visíveis, como se a casa do mais velho fosse suja. O loiro passou os braços pela cintura do menor e o puxou para longe da bancada ignorando as reclamações que saiam da boca rosada que ele só pensava em beijar.
– Nossos irmãos são amigos então já podemos nos casar, não é? – Kris disse próximo ao ouvido de Junmyeon após beijar seu pescoço. O menor soltou uma risada jogando a cabeça para trás dando mais liberdade para Kris depositar beijos na pele alva.
– Claro... só temos que passar por cima do governo agora. – Disse ao que era conduzido da cozinha até o quarto.
– Isso não tem importância. – Kris desdenhou quando chegaram ao quarto e Junmyeon revirou os olhos.
O loiro virou o namorado para si e encarou seus lábios.
– Oi. – Disse selando as bocas gentilmente. – Eu te amo.
– Eu também te amo. – Sorriu para o namorado. – Muito.
No momento Junmyeon era a pessoa mais feliz do universo, ele amava Kris com todas as fibras do seu ser e não tinha dúvida nenhuma quanto a isso. Finalmente sua vida estava em um lugar bom e nada, nem ninguém, vai atrapalhar isso.
Kris se inclinou e beijou o namorado com uma mão na cintura trazendo ele para mais perto, até os corpos estarem completamente colados, e a outra acariciando e puxando levemente os cabelos que ficavam na nuca do menor. As bochechas de Junmyeon arderam e ele ficou sem fôlego enquanto as línguas travavam uma guerra entre si.
Subitamente Kris se afastou gemendo e colocou as mãos sobre a cabeça, o rosto em uma carranca de dor.
– Kris? Você tá bem? K-kris? – Junmyeon segurou o namorado pelos braços e o levou até a cama.
– M-minha cabeça... – Kris gemeu novamente.
Junmyeon correu até o banheiro que ficava no quarto e revirou a cabine de remédios até encontrar uma cartela de aspirina quase vazia, ele pegou o copo onde ficava a escova de dentes de Kris e encheu pela metade para então correr novamente até o namorado. Ele assistiu aflito o loiro tomar o remédio e se deitar na cama ainda expressando dor.
Seis minutos depois o rosto de seu namorado suavizou minimamente e o mesmo fez sinal para que Junmyeon deita-se ao seu lado. O moreno engatinhou pela cama até chegar perto o bastante do maior e então abraçou sua cintura descansando sua cabeça no peitoral do loiro. Kris passou seus braços pelos ombros do namorado e o trouxe para mais perto.
– Acho que você realmente beija mal. – Disse depositando um selar no topo da cabeça de Junmyeon que lhe deu um leve soco na barriga.
– Você me assustou. – Falou com um suspiro. – Com que frequência isso vem acontecendo?
Junmyeon sentiu o namorado dar os ombros.
– Algumas vezes nas últimas semanas. – Admitiu timidamente. – Deve ser por causa das provas, faculdade é realmente uma grande merda, não é?
– E você com certeza não se alimenta direito... – Junmyeon disse para o namorado que não respondeu nada. – Acho que vou ter que cuidar melhor de você.
– Ainda bem que você está aqui, doutor. – Kris deu uma leve risada e abraçou Junmyeon com mais força. O menor também riu e enterrou seu rosto no peito do namorado.
Depois de um tempo ele encarou o loiro.
– Está melhor?
– Sim, graças a você. – Ele se inclinou e depositou um beijo nos lábios do mais novo. – Não se preocupe muito, vamos apenas dormir.
Junmyeon entrelaçou suas pernas nas de Kris e apertou o abraço na cintura do maior. Sua preocupação foi embora apenas quando a respiração do namorado ficou mais leve e ele ouviu o ronco suave de Kris, só então ele foi dormir.
Bons sonhos Junmyeon, você vai precisar.
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