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História All About You - On My Mind


Escrita por: hunblackthorn

Notas do Autor


Nossa como eu enrolei essa capítulo.......... umas semanas e ficou bleh, mas tudo bem né gente a vida segue.
Espero que vocês gostem~

Capítulo 8 - On My Mind


A primeira coisa que Chanyeol sentiu quando despertou foi o forte cheiro de cerejas que invadia seu nariz, a segunda foi o corpo quente nos seus braços. Abrindo os olhos o moreno encontrou a cabeça de Baekhyun logo abaixo de seu queixo, a respiração do menor era tranquila e seu rosto estava pacífico, muito diferente de quando Chanyeol o encontrou ontem.

O moreno tentou aproveitar ao máximo o momento em que se encontrava, afinal não é sempre que você tem Byun Baekhyun em seus braços. Chanyeol apertou o corpo pequeno e afundou o nariz nos cabelos claros, inalando o cheiro de Baekhyun e o guardando na memória.

Ele não sabe quanto tempo ficou agarrado a Baekhyun, nem que horas eram, mas quando sentiu que estava ficando muito animado resolveu que era devia se afastar.

Ainda bem que Baekhyun tem o sono pesado.

Cuidadosamente Chanyeol deixou a cama e pegou seu celular indo até o banheiro de seu quarto. O moreno desbloqueou o aparelho esperando encontrar respostas de Sehun que pudessem o ajudar a entender o que aconteceu com Baekhyun, ele sabia que o menor não contaria nada mesmo que tivesse concordado. Infelizmente as respostas de Sehun foram vazias e sem esclarecimento.

Frustrado ele verificou a hora no aparelho e tomou uma ducha. Ainda era cedo, ele tinha tempo de sobra para se limpar e talvez Baekhyun não quisesse ir para a escola depois do que aconteceu, seja lá o que tenha sido.

Dezoito minutos depois Chanyeol saiu do banheiro envolto em vapor e apenas uma toalha branca. Ele andou direto até seu guarda roupa para se trocar, pegou tudo que precisava e cuidadosamente colocou em cima da cômoda onde ficavam as roupas intimas. Ele estava pronto para tirar a toalha quando uma voz sonolenta o parou.

– Acho melhor você deixar essa toalha aí. – Havia um traço de riso na voz do mais novo.

Com as bochechas vermelhas Chanyeol se virou para o amigo.

– B-baek... não vi que v-você tinha acordado. – Disse sobre o olhar do loiro.

Baekhyun estreitou os olhos e colocou um dedo sobre a boca analisando o corpo do amigo.

– Você andou malhando? – Perguntou com uma sobrancelha erguida.

– E-eu... Ah...Sim, um pouco. – Admitiu sentindo o rosto queimar mais intensamente.

Baekhyun assentiu e então se espreguiçou levantando os braços sobre a cabeça e estralando os dedos, para então sair da cama.

– Tá gato. – Disse dando uma risada gostosa e pegando o celular.

Chanyeol sentiu a ponta de suas orelhas avermelharem fortemente e não conseguiu formar nenhuma palavra. Com a falta de resposta, Baekhyun encarou o amigo.

– Chanyeol... Você tá com vergonha? – Pediu divertido. – Não acredito...

Novamente Chanyeol não conseguiu dizer nada. Deveria ser um sonho se tornando realidade ter Baekhyun dando tanta atenção para seus atributos, mas tudo que o moreno conseguia fazer era corar.

– Você sabe que não tem por que ficar assim, né? Eu já vi teu corpo antes. – Disse Baekhyun com um sorriso e então direcionou seu olhar para as partes baixas do amigo. – Todo ele.

Oh.

Dessa vez Chanyeol teve certeza que seu rosto ia virar chamas ou que seu corpo iria queimar por completo. O moreno arregalou os olhos e inconscientemente cobriu seu pênis com as grandes mãos.

– V-você... A gente... Era pequeno naquela época. – Chanyeol praticamente cuspiu as palavras. – Muita coisa mudou...

Dessa vez quem corou foi Baekhyun, levou meio segundo para Chanyeol perceber o que tinha dito.

– Q-q-quer dizer... Não foi isso... Mas é verda... – Chanyeol escondeu o rosto que queimava com as mãos. Baekhyun riu novamente.

– Tudo bem...Que horas são? – O loiro olhou o celular e então suspirou. – Preciso ir para casa.

– Sim. Eu... vou me trocar no banheiro. – Chanyeol pegou suas roupas e correu para o banheiro. Antes de fechar a porta ele pode ouvir a gostosa risada de Baekhyun novamente e suas bochechas esquentaram mais uma vez.

No quarto Baekhyun se despiu novamente e colocou as roupas da noite anterior, isso fez com que as lembranças da noite também voltassem. Ele ainda não conseguia acreditar, Sehun tinha realmente...?

Balançando a cabeça o loiro afastou os pensamentos por hora. Ele falaria com Sehun depois, eles tinham que conversar e eles iriam.

Depois de se vestir, Baekhyun dobrou cuidadosamente a camiseta de Chanyeol sabendo da mania do amigo de ter tudo arrumado, então pegou o celular e mandou uma mensagem para Sehun.

A primeira de muitas.

Quando Chanyeol saiu do banheiro, completamente vestido e muito mais calmo, Baekhyun não estava mais no quarto. O moreno desceu as escadas e encontrou o amigo na cozinha mordendo uma maçã.

– Você quer tomar café? Eu posso fazer... Mas acho melhor a gente ir em algum lugar... – Ofereceu Chanyeol.

Baekhyun balançou a cabeça em negação e caminhou para fora do cômodo, Chanyeol o seguiu.

– Preciso ir, não quero minha mãe surtando. – Disse por cima do ombro.

Chanyeol colocou as mãos nos ombros do menor e o guiou até a porta de entrada.

– Vejo você na escola? – Perguntou incerto.

– É claro. – Baekhyun disse. – Deixei sua blusa arrumadinha, Sr. Certinho.

Chanyeol riu de leve e destrancou a porta para então se virar para Baekhyun. O loiro olhou para o amigo e então o abraçou apertado com os braços em volta da cintura do maior. Mesmo surpreso com o ato Chanyeol não demorou para retribui-lo.

– Muito obrigado. – Baekhyun ficou na ponta dos pés e sussurrou no ouvido do moreno. – Por tudo.

O mais velho sentiu os pelos da sua nuca se arrepiarem quando Baekhyun depositou um delicado beijo em sua bochecha. Chanyeol observou da porta o menor chamar o elevador e acenou tchau para o amigo logo antes das portas mecânicas fecharem.

Chanyeol trancou a porta do apartamento em que morava e encostou a cabeça nela, com um sorriso sonhador nos lábios. Tudo vai dar certo. Logo ele e Baekhyun vão estar juntos.

– Seu namorado? – Chanyeol arregalou os olhos quando uma voz recém-chegada tirou sua mente dos sonhos.

SungHee estava encostada da escada com os braços cruzados.

– O-o que? Claro que n-não. – Disse Chanyeol.

– Mas você gosta dele, não gosta? – Um sorriso apareceu em seus lábios. – Dá para ver na sua cara.

– Você perdeu a cabeça? Me deixa em paz! – Chanyeol passou pela mulher e começou a subir as escadas.

– Esse aí é o Sehun ou o Baekhyun? – O moreno ouviu a pergunta quando estava no meio da escada.

– NÃO É DA SUA CONTA! – Berrou chegando ao final dos degraus.

SungHee mordeu os lábios para conter um sorriso. Chanyeol era um bom garoto, logo ele aceitaria as coisas, pelo menos iria tolerar. Ela tinha certeza e então finalmente faria parte da família.

Que lindo, adultos também sonham.

 

[♡]

 

Johnny checou a hora mais uma vez. 08:05 a.m. O menino de cabelos castanhos rapidamente fez as contas para descobrir o horário exato da Tailândia e suspirou frustrado por ainda serem seis da manhã no outro país. Cedo demais. Ten deve estar dormindo. 

Todos deveriam estar dormindo.

Depois de responder as quinhentas mensagens que o pai havia mandado pedindo desculpa por não estar presente, ele resolveu voltar para o quarto e terminar de se arrumar. Tinha ficado difícil se concentrar nas aulas depois que ele conheceu um certo garoto tailandês, mas não é como se ele pudesse largar tudo e ir atrás do garoto que gosta, afinal ele só tem dezessete anos. Então, por enquanto, ele estava preso à escola.

Ele já estava pronto, segurando a mochila por uma alça, quando passou pelo quarto de seu irmão e parou. Havia várias fotos espalhadas pela cama, fotografias que Johnny conhecia muito bem - ele teve que encarar aquelas fotos por vários finais de semana enquanto o irmão montava aquele ridículo quadro de recortes.

– O que você está fazendo? – Perguntou curioso.

– Limpeza. – Jongin respondeu com uma voz neutra.

O mais novo estreitou os olhos para o irmão. Jongin parecia acabado, como se não tivesse dormido a noite inteira e provavelmente não tinha dormindo mesmo já que vestia a mesma blusa preta de quando saiu na noite anterior.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntou se escorando na porta. Demorou alguns minutos até que Jongin respondesse.

– Sehun e Kyungsoo... se beijaram. – Respondeu retirando mais algumas fotografias do quadro.

O que? Quando? Onde? Porque?

Johnny arregalou os olhos e encarou o irmão. Jongin não parecia furioso, bravo, zangado ou de qualquer maneira irritado. O que estava acontecendo?

– Você e o Kyungsoo-hyung... brigaram? – Johnny arriscou.

– É claro que não. – Jongin respondeu com uma cara confusa. – Porque a gente iria brigar?

Porque ele e o menino que você supostamente ama estavam se beijando?

– Você brigou com o Sehun? – Johnny tentou novamente, confuso.

Jongin parou de retirar as fotos por um momento lembrando de como quase tinha atacado o moreno por beijar Kyungsoo.

– Ah... quase. – Disse dando os ombros. – Mas tá tudo bem.

Agora a confusão de Johnny estava no máximo, seu irmão tinha brigado com Sehun? O irmão que ele conhecia só faltava lamber o chão em que aquele menino pisava, quando as coisas mudaram?

– Ok, me ajude a entender. – O mais novo entrou no quarto e jogou a mochila no chão para então cruzar os braços. – O garoto pelo qual foi obcecado por anos beijou seu melhor amigo, isso eu entendi, mas ao invés de ficar bravo com o amigo, como todo mundo ficaria, você ficou bravo com Sehun?

Jongin encarou o irmão e deu os ombros mais uma vez.

– Ele não pode beijar o Kyungsoo. – Disse ao continuar a tirar as fotos. – É errado.

O mais novo encarou Jongin perplexo e então balançou a cabeça. Seu irmão não era uma pessoa muito sociável, ter apenas um amigo comprova isso, e por causa disso nunca foi muito bom com os próprios sentimentos.

Nunca conseguiu separar admiração de amor e nunca conseguiu distinguir o que realmente sentia e era claro para o mais novo o que Jongin realmente sentia, qualquer um conseguia ver. Menos seu irmão, é claro.

– Não se preocupe hyung, pode levar o tempo que precisar. – Johnny disse pegando a mochila. – Kyungsoo não vai fugir.

– O que isso quer dizer? – O moreno perguntou confuso. Quase todas as fotos já tinham sido retiradas.

– Você vai descobrir. – Disse o mais novo saindo do quarto.

– YoungHo! – Jongin gritou, mas tudo que obteve como resposta foi a porta da sala se fechando.

O que seu irmão queria dizer? O que ele iria descobrir? Deixando os pensamentos de lado ele juntou todas as fotos que estavam em cima da cama, colocou elas em um saco plástico e as jogou no lixeiro da cozinha. Enquanto fazia isso ele se lembrou das tardes que passou procurando aquelas imagens do garoto moreno, de como sempre quis ser próximo dele e soltou uma risada, agora ele estava livre.

Jongin pensou que o amava, mas agora ele tinha certeza que não era esse o caso. Ele gostava de Sehun, muito. Porém quando ouvia a palavra ‘amor’ a primeira coisa que vinha a sua mente não era o rosto do garoto moreno, mas sim a risada do melhor amigo.

Ver os dois garotos se beijando na noite anterior fez com que todo o encanto que existia em volta de Sehun se quebrasse. Ele não queria ver Sehun beijando Kyungsoo nunca mais, ele não queria ver ninguém beijando Kyungsoo.

Cansado e com um peso esquisito no peito Jongin caiu exausto na cama, para dois minutos depois levantar correndo e se arrumar. Com tudo que passava em sua cabeça ele tinha completamente esquecido que era um adolescente que precisava ir para a escola.

 

[♡]

 

TRÊS SEMANAS DEPOIS

 

Sehun estava deitado em seu quarto, as pernas jogadas em cima da cama sem se preocupar com os cobertores e a cabeça descansando no tapete felpudo branco. Branco era praticamente a cor oficial da casa, os tons variavam para bege, creme e cinza – mas nada além disso! Sua mãe não suportaria uma cor mais forte nos olhos.

Mulher paranoica.

O relógio devia estar se aproximando das oito horas, mas Sehun já estava acordado a algum tempo, era sempre assim nas últimas semanas. Ele levanta as seis da manhã e tomava um banho demorado, às vezes na banheira cheia de sais perfumados ou então fazendo uma hidratação intensa no chuveiro. Depois ele vestia seu ridículo uniforme e esperava.

Não demorou muito até o celular apitar ao lado de sua cabeça.

Sehun não via o garoto loiro desde o dia em que quebrou seu coração, ele chegava atrasado para a escola e saia mais cedo para as aulas artísticas, durante os intervalos ele virava um covarde e se escondia. Tudo para evitar Baekhyun, mas ele sabia que o menor estava vivo. Chanyeol só faltava babar enquanto detalhava todos os momentos em que passavam juntos conversando, brincando, comendo e se divertindo. Sehun tinha vontade de socar o lindo rosto do amigo sempre que ele mencionava o menino mais novo, mas quando Sehun via o brilho no olhar do moreno toda sua raiva e angustia sumiam. Chanyeol estava feliz, isso é o que importa.

Porém Sehun não conseguia evitar, toda manhã ele esperava por uma mensagem de Baekhyun. Logo após os eventos trágicos o loiro tinha mandado inúmeras mensagens e tinha ligado para Sehun mais de trezentas vezes atrás de uma resposta. Até que as mensagens começaram a diminuir e se tornarem apenas uma por dia. Não eram mais pedidos desesperados para que Sehun ligasse ou desse uma explicação, elas haviam se tornado pequenos recados inúteis que faziam o coração do moreno acelerar e seu lado egoísta dominar seu corpo.

Com o peito acelerado ele pegou o aparelho e desbloqueou a tela, os dedos longos já tinham decorado onde o ícone das mensagens se encontrava.

CUECAS LARANJADAS NO OUTONO... CAFONA? ^^

Sehun franziu as sobrancelhas escuras e riu da mensagem boba de Baekhyun. Ele conseguia imaginar perfeitamente o loiro com um sorriso travesso pensando na pergunta. O moreno releu a mensagem diversas vezes por vários minutos, até as palavras começarem a não fazer mais sentido nenhum, em sua mente a imagem de um Baekhyun usando somente uma cueca laranjada começou a se formar.

Era sempre assim, ele relia a mensagem até não conseguir mais e então imaginava Baekhyun, sua pele clara, sua voz delicada, seu toque gentil, seus lábios rosados, suas mãos habilidosas e todas as vezes que estiveram juntos se beijando, se tocando, se amando.

Às vezes ele chegava a chorar, o quão irônico era ele gostar do mesmo menino que seu melhor amigo? Com a cabeça cheia de pensamentos ele espera o relógio marcar 08:30 para então sair do apartamento e não correr riscos de encontrar seu amor.

 

[♡]

 

Junmyeon tinha o dia de folga das aulas, mas isso não significava que ele estava livre dos estudos, como sempre ele tinha deixado a matéria se acumular e precisava estudar o dobro do normal para manter a bolsa de estudos, então ele colocou roupas confortáveis e praticamente se mudou para a biblioteca da faculdade. Suspirando ele coloca os livros na mesa que tinha pegado para si e gemeu frustrado quando viu a pequena pilha que começa a se formar, tudo que ele realmente queria fazer era ir para casa e relaxar. Depois de outro suspiro ele voltou para o fundo da biblioteca deserta onde a parte de jornalismo se encontrava.

Ele estava procurando por edições antigas das publicações da faculdade quando duas mãos enormes pousaram em seus ombros e a voz profunda de seu namorado soou no pé do seu ouvido.

– Você parece estressado. – Sussurrou com uma voz calma, as mãos massageando os ombros do menor.

– Kris! – Junmyeon levou um pequeno e Kris soltou uma risada silenciosa.

O moreno virou para o namorado que agora tinha os braços na estante cheia de jornais e revistas, fazendo de Junmyeon um prisioneiro.

– Estava com saudades. – O loiro se inclinou até capturar os lábios cheios do mais novo. Junmyeon levou uma mão até a cintura do mais alto e se puxou para mais perto encostando os corpos, a outra mão foi até a nuca de Kris agarrando levemente os cabelos que ficam ali.

Eles se beijam por minutos incontáveis, as mãos do loiro deixaram a prateleira e foram para a bunda farta do menor apertando com desejo e colando os corpos mais ainda. Junmyeon mordeu os lábios de Kris para então finalizar o beijo com um selar.

– Muita saudade. – Disse o maior quase sem folego com o rosto colado no pescoço de Junmyeon.

– Eu também estava com saudade de você. – O menor riu e apertou os braços ao redor dos ombros largos do namorado. Kris soltou um pequeno ruído e afasta Junmyeon.

– O que foi? – Pede com a voz apreensiva. – Dor de cabeça?

Kirs negou e então puxou o moletom azul marinho que usou para baixo escondendo sua pélvis.

– Acho que realmente fiquei com saudades de você. – Disse com um sorrisinho no canto da boca.

Junmyeon arregalou os olhos entendendo o que o maior quis dizer e corou levemente, mas antes que Kris conseguisse se afastar ainda mais, Junmyeon surpreendeu a si mesmo levando a mão pálida até a calça jeans do maior onde a ereção já estava marcada.

Kris soltou um sibilo que fez o menor sorrir maliciosamente. Junmyeon acariciou lentamente a extensão do namorado, apertando levemente fazendo o mesmo soltar um pequeno gemido. A mão livre do moreno pousou nos lábios rosados de Kris em sinal de silencio.

– Tem que fazer silêncio na biblioteca. – Sussurrou aproximando seus lábios aos do namorado. Kris juntou as bocas de maneira bruta, invadindo a boca do menor com necessidade, puxando o pescoço do menor com uma mão enquanto a outra novamente se apoia na estante.

Junmyeon colocou ambas as mãos para trabalharem e agilmente abriu o botão da calça jeans do namorado descendo o zíper, tentando ao máximo não fazer barulho enquanto as línguas travam uma guerra entre si.

Kris gemeu nos lábios do namorando quando uma das mãos pequenas acariciou seu pênis por dentro da cueca branca, subindo e descendo sem pressa alguma. Ele terminou o beijo mordendo o lábio do moreno e se afastou minimamente.

– Myeon... temos que ir... – Kris arfou antes de conseguir completar sua frase, a mão de Junmyeon chegou até seus testículos e os acariciaram antes de subir novamente.

– Não precisamos. – Junmyeon sussurrou e beijou o namorado. Kris respondeu ao beijo com intensidade tentando reprimir os gemidos que a mão de menor proporcionava.

– Temos sim. – Kris quebrou o beijo e direcionou sua boca para o pescoço alvo do moreno. – Preciso muito entrar em você.

Junmyeon aproveitou os beijos em seu pescoço e passou o dedão pela glande úmida de Kris sentindo o mesmo gemer contra seu pescoço.

– Eu quero você dentro de mim. – O menor sussurrou no ouvido do namorado. – Aqui.

Kris parou de violar a pele clara do pescoço do menor e encarou seus olhos carregados de luxúria.

– Aqui? Na biblioteca? – Perguntou incerto. – Alguém pode aparecer.

– Ninguém vai aparecer. – Junmyeon selou os lábios de Kris. – É só você ficar quietinho.

O loiro mordeu os lábios quando a mão do namorado aumentou a velocidade, soltando uma respiração pesada, Kris levou uma de suas mãos, que estavam apoiadas na prateleira, até a boca do moreno que abriu os lábios delicados recebendo três dedos de bom grado.

O olhar de Junmyeon é tão obsceno que Kris tem certeza que pode gozar apenas o olhando. O menor fechou os olhos e chupou os dedos do namorado como se fossem a coisa mais deliciosa do mundo. Minutos depois, quando os olhos escuros foram abertos novamente, Kris teve que afastar a mão que acariciava seu pênis antes que seu controle seja todo perdido.

Sorrindo o moreno se virou para a estante, apoiando as mãos nas prateleiras e empinado o traseiro para o namorado. Kris puxou para baixo a calça cinza de moletom que o menor usa, junto com a boxer preta, revelando a bunda farta. O loiro usou as duas mãos para apertar as nádegas do namorado marcando seus dedos enormes na pele clara.

Kris subiu um pouco a blusa verde de Junmyeon para ter uma visão melhor e preencheu o orifício apertado do moreno com um dedo, sem aviso prévio. Junmyeon soltou um gemido mudo, abrindo a boca e fechando os olhos, e então encostou a testa na prateleira junto com suas mãos.

O loiro beijou o pescoço do menor e penetrou mais um dedo sentindo a entrada de Junmyeon se contrair, ele começou a fazer movimentos leves antes de enfiar o terceiro dedo que fez o moreno arfar contra as revistas. Lentamente Junmyeon começou a se mexer contra os dígitos do mais alto.

Kris sorriu com a imagem do namorado tão entregue e subiu os beijos do pescoço até o ouvido do menor.

– Você tem uma carinha tão inocente, Myeon. – Kris sussurrou antes de morder o lóbulo da orelha esquerda do amado. – Mas eu sei do que você gosta.

Tudo que Kris recebeu em resposta foi um gemido abafado do namorado que rebolou em seus dedos. Ele gentilmente retirou os dedos sentindo que Junmyeon já estava preparado o suficiente.

Junmyeon se inclinou mais um pouco tendo certeza de que o maior teria uma visão perfeita de si e logo sentiu o membro de Kris em sua entrada. O loiro se inclinou e colou os lábios na nuca do namorado que se remexeu atiçando o pau do maior.

Kris retirou seu pau da calça, mas não a deixou cair. Segurando na base de seu membro, ele o guiou para a entrada rosada de Junmyeon, sentindo a mesma se comprimir e esmagar todo seu comprimento. O menor fechou os olhos e mordu os lábios com força não deixando nada escapar.

Quando o garoto de cabelos tingidos conseguiu entrar por completo, deixou um suspiro ser liberado e depositou mais um beijo na nuca do namorado. Não demorou para que Junmyeon virasse a cabeça para trás suplicando com os olhos para o maior se mexer.

Kris puxou o namorado fazendo com que seu peito ficasse colado nas costas do menor e começou a se movimentar lentamente sentindo o corpo de Junmyeon se moldar ao seu. O moreno jogou a cabeça para trás, apoiando-a nos ombros do namorado que deixou chupões leves na pele imaculada enquanto entrava e saia da entrada apertada do mais novo.

Junmyeon levou suas mãos até a bunda do loiro tentando ditar um ritmo nos movimentos repetitivos. Kris se inclinou, ainda marcando a pele o namorado, e apoiou uma mão na estante em sua frente, com a outra ele segurou a cintura de Junmyeon e acelerou as estocadas fazendo o possível para não gritar.

O moreno mordeu os lábios com mais força e virou a cabeça até que sua boca encontrasse a do namorado e as línguas começassem a se acariciar. Junmyeon colocou as duas mãos sobre a estante e começou a rebolar contra o pênis do mais velho. A mão de Kris que estava na cintura do maior desceu entrando pela calça cinza e acariciou o membro até então intocado do moreno.

Junmyeon se libertou do beijo e deixou a cabeça cair para frente arfando baixinho, ele sentiu o namorado entrar e sair de seu orifício na mesma velocidade na qual é masturbado, entrando e saindo fazendo com que Junmyeon se aperte ainda mais em sua volta, o menor sente sua próstata sendo acariciada de novo, de novo e de novo.

Kris sorriu quando sentiu o namorado se desfazer em sua mão, sujando toda a cueca. Ele lentamente parou de acariciar o membro do menor, mas não de estocar. O loiro passou os braços pelos de Junmyeon e garantiu que eles estejam bem apoiados na estante em sua frente, então suas mãos enormes agararram a cintura do mais novo e ele aumentou a velocidade das investidas.

O menor soltou pequenos gemidos inaudíveis toda vez que o namorado invadia seu buraco apertado e não demorou até que ele sentir a respiração de Kris ficar mais apressada em seu pescoço.

– Junmyeon! – Kris beijou o pescoço do menor abafando o gemido quando seu gozo preencheu o interior do moreno.

Eles ficaram parados por alguns minutos apreciando o prazer do orgasmo antes que o mais velho se recompusesse e saísse de dentro do moreno. Kris guardou seu pau na cueca branca e fechou o zíper para então de abaixar, ficando na frente da entrada do namorado, e limpar o esperma que começava a escorrer para as coxas do mais novo com um lenço de papel que carregava no bolso.

Ele se levantou e virou o namorado, que tinha as bochechas vermelhas, para si e então arrumou as calças do mesmo.

– Ficou com vergonha agora? – O loiro sussurrou no ouvido de Junmyeon que assentiu levemente. – A ideia foi sua.

Junmyeon deu um leve tapa no peito do namorado e então agarrou sua cintura.

– Eu te amo. – Disse baixinho em seu ouvido.

– Eu também. – Kris repondeu e então selou os lábios do mais novo.

Os dois saíram do meio das prateleiras com as mãos dadas e um sorriso bobo guardando o segredo do ato que acabara de acontecer. Eles recolheram os livros que Junmyeon havia pegado e passaram pela velha senhora da entrada que registrou os volumes escolhidos enquanto os namorados soltaram pequenos risos cúmplices.

Com as mãos dadas eles saíram para o corredor ensolarado dando de cara com Yixing.

– O que vocês estão fazendo aqui tão cedo? – Perguntou o moreno andando na direção deles.

– Sessão de estudos. – Kris piscou para o amigo e puxou o namorado que corou pelos corredores vazios da escola.

Estudar ficou tão mais interessante.

 

[♡]

 

Chanyeol cutucou o amigo com os dedos longos olhando de relance para a professora que passava algum conteúdo irrelevante no quadro. Sehun virou a cabeça escura para trás apoiando o queixo em seus ombros largos.

– Que foi, Yeol? – Sussurrou.

– Vamos sair. – O mais alto sussurro em resposta. – Parece que a gente não sai juntos a anos.

Sehun suspirou silenciosamente enquanto sentia a culpa crescer dentro de si. Ele não falava direito com o amigo a semanas, se viam apenas durante as aulas e depois Sehun se escondia, porque onde Chanyeol estivesse o menino loiro de seus sonhos também estaria.

– Não sei se vai dar... – O moreno mentiu.

– Na verdade... eu preciso da sua ajuda... – Chanyeol continuou em voz baixa.

Sehun se inclinou um pouco mais para trás.

– Está tudo bem? Sua mãe...? – Perguntou preocupado.

Chanyeol balançou a cabeça e checou se a professora ainda estava no quadro.

– Não é nada disso... eu quero fazer uma surpresa... para o Baekhyun... – Era possível ouvir o constrangimento na voz de Chanyeol. – Que tal a gente sair hoje depois das aulas? Você não tem aula de dança, né?

Sehun estranhou o tom na voz do melhor amigo, onde estava a confiança absurda que o mais alto sempre esbanjava? Ele queria muito sair com seu amigo e fazer qualquer coisa idiota, ele realmente sentia falta da risada alta e das observações sarcásticas de Chanyeol, mas era difícil demais pensar no melhor amigo junto com Baekhyun.

Mesmo que desistir do loiro tivesse sido uma decisão sua, uma decisão da qual ele não se arrependia – não muito – machucava ver ele seguir em frente. Mas era isso que ele queria, não era? Que seu melhor amigo fosse feliz e se Chanyeol estava feliz ele ficaria bem. Além disso, ele tinha certeza que o mais alto conseguiria fazer Baekhyun feliz.

– Eu... – Sehun pensou em uma desculpa rápida. – Eu vou sair com o Kyungsoo depois. Desculpa, Yeol.

O moreno se virou para frente enquanto Chanyeol fechou a cara. Seu amigo estava sempre com outras pessoas agora, qualquer coisa parecia ser mais interessante do que sua companhia. Ele não tinha prometido ajudar Chanyeol?

Suspirando Chanyeol se recostou na cadeira e deixou a mente vagar durante o resto da aula. Sehun não quer ajudar? Tudo bem, ele não precisa dele. O ressentimento do mais velho só aumentou quando o sinal do intervalo soou e Sehun praticamente pulou da carteira para ir atrás daquele baixinho idiota.

Ignorando a raiva repentina que sentia do melhor amigo, Chanyeol andou despreocupadamente até o grande refeitório da Escola de Artes de Seul. As paredes eram cobertas por janelas enormes que davam visão ao gramado que ficava entre os prédios bem conservados dando um ar de tranquilidade nos dias ensolarados e de terror nos dias chuvosos.

O moreno passou pelas portas do refeitório e analisou o local por um segundo antes de encontrar os cabelos loiros de Baekhyun em meio à multidão de mesas redondas. Chanyeol foi até o amigo e sentou ao seu lado acenando levemente com a cabeça para Chen que também estava sentado na mesa de quatro lugares. Por anos ele se sentou com Baekhyun e Sehun, sempre os três juntos em seu próprio mundo com ninguém atrapalhando como se estivessem em sua própria bolha.

Parece que essa bolha estourou.

– Porque eu nunca mais vi o Sehun com vocês? – Chen disparou assim que a bunda de Chanyeol encosta na cadeira.

Baekhyun deu os ombros e olhou de relance para o celular antes de pegar os hashis e voltar a comer. Chen direcionou seu olhar para o mais alto esperando uma resposta.

– Eu... Eu.. Sei lá. – Disse dando os ombros, fingindo não se importar. – Ele passa bastante tempo com aquele garoto... aquele baixinho de olhos grandes...

– Kyungsoo? – Chen perguntou com as sobrancelhas levantadas. – O que estuda atuação?

– Acho que sim, eles vão sair hoje... – Chanyeol deu os ombros novamente.

Chen assentiu levemente com um sorrisinho nos lábios. Chanyeol estava pronto para ignorar o garoto e conversar com Baekhyun quando Taeyong apareceu carregando uma maçã pela metade e se sentou ao lado de Chanyeol e Chen, em frente a Baekhyun.

– Qual o assunto? – Perguntou antes de morder a maçã.

– Sehun. – Chen respondeu com os braços cruzados e um sorriso bobo nos lábios. – Parece que ele está namorando o Kyungsoo.

Taeyeong engoliu sua maçã rapidamente e com os olhos arregalados escarou o amigo.

– Sério? – Ele perguntou e Chen confirmou balançando a cabeça. – Mas... eu achei... ele não...

Chanyeol e Chen encararam o menino esperando que ele conseguisse completar sua frase, ninguém percebeu a cara de Baekhyun ou em como ele momentaneamente parou de se mexer.

– O que você sabe sobre o Sehun que eu não sei? – Chanyeol perguntou levantando uma sobrancelha. Taeyong deu os ombros de leve.

– Bom, eu vi ele beijando outra pessoa então pensei que eles estavam juntos...

– O que? Que pessoa? – Chanyeol perguntou praticamente chocado. Sehun nunca, em todo o tempo que eram amigos, tinha escondido algo de Chanyeol.

Tem certeza, Yeol?

– Taeyong... – Chen disse o nome do amigo em um tom de advertência. Chanyeol olhou de um para o outro confuso tentando entender o que eles queriam dizer, mas um barulho absurdamente alto assustou o moreno, lançando seus pensamentos para longe.

Três pares de olhos encararam Baekhyun que tinha empurrado sua cadeira e se levantado abruptamente. Chanyeol o olhou surpreso.

– Baek? Está tudo bem? – Questionou alcançando o braço do amigo. O contato das peles fez o corpo de Chanyeol se arrepiar. O loiro olhou para baixo encontrando os olhos do amigo.

– Eu... – Suas bochechas coraram. – Eu quero voltar para a sala, desculpa.

– Tem certeza? Você não terminou de comer ainda. – O menino de orelhas salientes perguntou preocupado. Baekhyun acenou levemente.

– Eu te levo então. – Chanyeol sorriu e se levantou para então pegar a mão de Baekhyun que aceitou de bom grado. – Até depois, manés.

Chen mostrou a língua para os colegas e esperou eles estarem longes o suficiente para bater no braço do menino mais novo sentado ao seu lado.

– Ai! Porque você me bateu idiota? – Taeyong massageou o braço que tinha sido agredido.

– Chanyeol não sabe sobre Sehun e Baekhyun. – Disse olhando para o mais novo. – E não precisa saber. Entendeu?

Taeyong apenas assentiu e mordeu outro pedaço de sua maça, com medo do tom usado pelo amigo. Chen suspirou e então olhou para o menino alto que seguiu o loiro para fora do refeitório.

– Chanyeollie... espero que você aproveite essa chance que o Sehun te deu. – Chen disse mais para si mesmo do que para alguém em particular. – Não acho que você vai ter uma segunda oportunidade.


Notas Finais


ai ai Chanyeol...
Me digam se gostaram e qualquer erro me avisem, ok?


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