História All for a dream - Abused

O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.

 

Este com certeza é o pior dia da minha vida. Era para ser um dia feliz, mas agora, todas as partes do meu corpo doíam. Estou rezando faz um grande tempo para que alguém sinta a minha falta e venha me procurar, por que eu estou vivendo uma tortura.

Eu estava sentada nua. As minhas coxas e os meus seios estavam vermelhos pelos tapas que recebia, e a minha cara não era uma das melhores. Não saía uma lágrima de meus olhos, de tanto que havia chorado. Minha voz estava mais rouca que o normal pelos gritos e meus olhos deviam estar vermelhos por não ter os fechado nem por cinco segundos.

Pelo o que o homem ruivo me disse, eu estava ali a doze horas. E ele me disse isso faz umas duas horas. Ou seja, doze horas chorando, doze horas gritando, doze horas triste, doze horas apanhando. Catorze horas sem ninguém perceber o meu sumiço. 

Eu ainda não entendi o por que de terem feito isso comigo. Eu sou apenas uma garota que estava vivendo os sonhos, e depois... bom, e depois eu perdi a minha melhor amiga, o meu namorado, perdi a existência. Não que eu esteja fazendo drama, mas alguém precisa se lembrar de mim, porra.

O ruivo logo apareceu na porta, usando apenas uma cueca boxe e com duas garrafas de vodka nas mãos. 

— Está calma agora? Eu estou bem relaxado, inclusive, você é boa no que faz. — disse com um sorriso no rosto. Apenas não respondi. — Pois é, ninguém sentiu a sua falta. Vejo que ninguém gosta de você.

— Eles vão me achar. — disse com esperança.

— Iludida. — disse e moveu a cabeça em negação, logo rindo depois. — Só agora que fui perceber como o seu corpo é bonito, deixe-me ver. — falou e veio em minha direção.

— Não, por favor. — falei já com lágrimas rolando dos meus olhos.

— Quieta, eu não irei fazer nada. — pegou uma fita que estava embaixo da cadeira e colocou em minha boca. Algumas lágrimas rolaram de meu rosto mas eu tentava contê-las. O que era em vão.

Largou as garrafas e depois colocou a mão em um de meus seios, massageando. Ele lambia os lábios e estava com um sorriso no rosto. Ficou de joelhos no chão, e logo depois as suas duas mãos foram para a minha coxa, apertando um pouco.

Seus lábios beijaram a minha parte íntima, mas logo ele foi levantando os beijos e começou a chupar os meus seios. Estava doendo tanto, mas eu não podia fazer nada. Até que vi outra pessoa na porta olhando nós. Outra pessoa não, por favor, Deus.

A pessoa que estava na porta então, tirou o capuz e vi que era um de meus seguranças. Seu dedo indicador foi para o seu lábio e eu não fiz nada, apenas ''disfarcei'' fingindo que estava com prazer. O segurança até então caminhou até nós e acertou alguma coisa na cabeça do ruivo de olhos verdes.

Eu estava com insegurança do meu corpo, nunca quis ser exposta assim. Ainda mais quando entrou mais quatro seguranças. Mas eu os agradeço por nem olharem o meu corpo, e sim tentar me soltar. Um de meus seguranças jogaram uma toalha em mim e logo estava solta. Me levantei e me cobri com a toalha, deixando mais lágrimas escaparem.

— Você está bem? — perguntou Jonas, que estava a minha frente. 

— Obrigada, obrigada mesmo. — o abracei. E deixei que com mais lágrimas rolassem, mas não ligava.

— Preciso te levar para o médico, eu vi algumas marcas no seu corpo e parecem ser graves, não sei muito. — falou, me abraçando também.

— Não precisa, eu só quero ir para casa. Por favor. — assentiu com a cabeça e me ajudou a sair daquele lugar imundo. Minhas pernas estavam fracas e eu estava quase caindo, mas outro segurança veio me ajudar. Eu agradecia tudo com um pequeno sorriso.

Entrei no carro que tinha ali e vi algumas pessoas e paparazzis, mas não liguei. Seria melhor assim. E logo o carro começou a se movimentar, indicando que estava andando.

Fechei os meus olhos e fechei mais a única peça que estava me cobrindo, que era a toalha. Eu não merecia nada disso.

(...)

P.V.O Justin Bieber — 24 de janeiro de 2014

— Como assim, Chaz? — perguntei.

— Sim cara, não viu as notícias? Pesquisa aí Hailey Baldwin no Google e tire suas conclusões.

Peguei o meu celular que estava no banco ao lado e entrei no Google, logo pesquisando o nome de minha infelizmente ex-namorada. Apertei em uma das notícias e logo deixei o meu celular cair.

— PUTA QUE ME PARIU CHAZ! — gritei. — Meu Deus, eu preciso ir ver ela, Chaz me leva, ela foi abusada porra. — Na verdade, não sabia se ela foi realmente abusada. Mas para ela sair de uma casa desconhecida com uma toalha no corpo, com algumas manchas... provavelmente.

— Cara, eu só vou por que eu gosto de vocês dois. Vamos. — disse, pegando a chave do carro e saindo de casa. Alguns flashes nos atingiram mas eu me preocupei apenas em sentar no banco do carro e mandar o Chaz andar rápido.

— Vai, vai, não demora.

— Espera brô, tô fazendo o que posso.

Logo depois, chegamos na casa da Hailey. Havia dois carros a mais ali e eu acredito que possa ser de pessoas que souberam e vieram ajudar, ou então médicos, enfim.

Abri a porta e vi Hailey sentada no sofá, com as mãos cobrindo o rosto e chorando. Kendall estava ao seu lado e alguns familiares também estavam junto. O tal de Bruno também estava, tentando reanimá-la. Tudo que fosse em vão.

— Oi. — disse. Todos os olhares foram diretos para mim, menos o de Baldwin. Kendall cochichou algumas palavras no ouvido da amiga e logo ela levantou a cabeça.

— Não precisam ter pena de mim, fiquem de boa. — disse Hailey, com a voz o tanto rouca. — Parece até que alguém morreu, sorriem gente. 

— Você podia ter morrido. — disse alguém que não reconheci a voz.

Hailey apenas fechou os olhos e respirou fundo, e eu conheço o motivo disso. Ela apenas não quer mandar essa pessoa tomar no meio do cú na frente de todo mundo.

— Justin, vem cá. — Chamou Hailey caminhando até as escadas, logo as subindo.

No próximo capítulo...

— Eu só... eu só quero você longe de mim, entende? Um dia você vai me agradecer por isso.
(...)
— Eu gosto de você mas, é apenas amizade. Tudo bem?