História All For You - Alyssa - Uma chance para nós.

   - Sim, eu estou com vergonha David. - abracei mais seu corpo, me enroscando ainda mais nele.

  - Não precisa ter, ele não vão saber de nada.

  - Claro que vão. Se chegarmos felizes saberão que estamos...juntos. E você acha que eu consigo apagar esse sorriso idiota da minha cara?- aponto para meu rosto sorridente e ele ri.

  - Nem eu consigo. Vai ficar tudo bem. - David beijou minha testa - São quatro da manhã, eles estão dormindo. Amanhã você só ignora os olhares, como eu. - deu de ombros .

  - Já? - olhei o visor do meu celular - Não vi o tempo passar.

  - Nem eu, mas temos que ir. Pronta? 

  - Sim. - falei baixo.

  - Último beijo? - ele fez biquinho e eu tive vontade de morder, mas não fiz, apenas assenti, deixando que ele me beijasse como me beijou da primeira vez. 

  Apoiei as mãos no seu ombro, tentando ficar um pouco mais na sua altura. Ele me ajudou, pondo as duas mãos na minha cintura, chocando minhas costas contra a parede devagar. Perdi meus dedos entre seus cachos e me permiti gemer na sua boca quando sua mão apertou mais a minha cintura, passando para minha coxa. Puxei ele mais para mim, não deixando espaço entre nós.

  David desceu um pouco a boca, beijando meu queixo, fazendo uma trilha até o meu pescoço. Ele sugou de leve minha pele em vários lugar, distribuindo beijos por todas as partes. Arfei ao sentir sua respiração na minha orelha, me fazendo arrepiar e então voltou a  beijar minha boca. Mordisquei seu lábio, puxando ele, encarando seu olhos verdes caramelos intensos . Desci para seu pescoço, mordendo com cuidado sua pele para não marca. Beijei a baixo da sua orelha, mordendo o lóbulo dela, em resposta ele me empurrou de novo contra a parede, apertando minha coxa com força.

  Paramos o beijo entre suspiros, eu precisava encontrar o ar que havia perdido, e David parecia ter perdido o dele também. 

  - Co, você vai ser diferente, eu prometo. - ele disse, eu não entendi, mas apenas assenti.

  - Ok.

  - Acho que agora podemos ir. - ele riu e eu ri junto com ele, sentindo meu rosto quente.

  - Acho que sim.

   Voltamos para a casa na calada da noite. Não havia ninguém nas ruas da pequena cidade, menos ainda quando pegamos a estrada que dava acesso ao sítio onde estávamos, não era distante, chegamos em meia hora. David abriu a porta para mim, me puxando para fora do carro, me beijando se seguida. Ele bateu a porta do carro e me escorro nela. Ri entre seus beijos desesperados, ele ria junto.

  - David nós vamos acordar todo mundo. - falei ponto a mão na sua boca.

  - To nem ai. 

  - Eu to, já vou ter que encarar a sua mãe amanhã. Não complica mais as coisas.

   - ta. - ele bufou, se virando para o portão. Puxei sua mão e o beijei uma última vez, passando na sua frente e entrando na casa.

  Subi para meu quarto, David foi até a cozinha. Troquei minha roupa, colocando meu pijama de bolinhas rosas, tirei minha maquiagem e perdi o cabelo no topo da cabeça. Desci para buscar um copo d'água. David estava em pé pegando alguma coisa na geladeira e se virou quando me reparou.

  - Esta com fome? - ele perguntou, erguendo as sobrancelhas ao meu ver.

  - Não. Que foi?

  - Você fica linda com ou sem maquiagem. - Davdi esfregou as costas na mão no meu rosto e eu deitei a cabeça na sua mão.

  - Para David. Eu to horrível agora. - olhei para meu pijama novo.

  - Se você estivesse realmente feia, não teria aparecido assim na minha frente. Imagina eu desencanto? - ri da sua piada ruim.

  - Eu tive que apostar que você gostava  o suficiente de mim para não sair correndo.

  - Não deu certo, to assustado. - ele pois a mão no coração. Dei um tapa nele e o puxei para mais perto, beijando seu peito agora nu por falta da camisa branca que ele estava vestindo.

  - Bobo.

  - Bobo, idiota, mas apaixonado por você. - seus lábios roçaram na minha boca.

  - David. - minha voz saiu manhosa.

  - O que?

  - Assim você me deixa todinha besta. - escondi minha cabeça no seu pescoço.

  - A você? O que eu faço na sua frente? Eu não sie como agir. - ele confesso, rindo faco.

  - Estamos perdidos.

  - Muito.

  Nós havíamos optado por não contar nada a ninguém e respeitar o ambiente familiar que estávamos na sua fazenda. A família dele já sabia de todo o jeito, não tinha muito o que fazer. Eu não queria pensar em como será contar para meus pais se isso der certo. Mas antes isso precisava dar certo e pra isso teríamos que nos conhecer melhor, nos adaptar as nossa rotinas e cargos, conciliar agendas e entender que isso não seria fácil. Já tínhamos meio caminho andado, sabíamos que isso não era fácil, sabemos lidar com isso, já nos conhecemos bem, a agenda é o de menos. Nós estávamos mil anos a frente dos obstáculos e eu esperava que isso ajudasse.

  Acordei com os raios de sol na minha cara. havia esquecido de fechar a janela ontem a noite.  Levantei, me troquei e desci para tomar um café da manhã. Não havia ninguém na sala e nem na cozinha. Os barulhos vinham de fora, na verdade, uma gritaria, que me assustou e me fez correr para a parte da frente da casa, parando na porta.

  David segurava um homem pelos ombros, o empurrando para fora. Regina tentava tirar o filho da confusão, o puxando pelo braço. Ladislau tentava afastar a mulher e empurrar o homem desconhecido junto com o David. Belle segurava Abner pela mão, tentando acalma-lo em meio a gritaria.

  Saí da casa, caminhando devagar até a confusão, mas Belle me fez parar.

  - ALYSSA, NÃO - ela gritou do outro lado do jardim. Seus olhos estavam demonstrando o quanto ela estava assutada. Olhei para frente, vendo que agora todos me olhavam e por um momento de distração, o homem que estava sendo segurado se soltou e tentou correr até a mim.

  - Não mesmo. - David correu atrás do homem e o derrubou no chão, bem aos meus pés. David trocava socos com ele e eu gritava tentando para-lo. Não tinha como saber quem estava ganhando naquela luta e eu estava ficando louca vendo David ali.

  - DAVID PARA, POR FAVOR. - não sei quando começou, mas eu estava chorando.

  -DAVID SAÍ DAI. - Regina tentou puxar o filho, mas foi puxada pelo marido para que não se machucasse.

  Se eu não fizesse alguma coisa ele ficaria muito machuco. Corri para o portão que estava aberto e atravessei a rua correndo, o mais rápido que pude, me lançando contra o portão de ferro e esmurrando o mesmo.

  - STEVEN. - bati com a palma da minha mão, até ela arder - STEVEN SOCORRO.

  Em menos de dez segundos o portão foi aberto. Steven apareceu com uma arma na mão, me olhando um tanto quanto assutado, verificando se eu estava bem.

  - Ele esta atacando o David. - aportei para a casa do outro lado, onde David ainda estava no chão, com o rosto cheio de sangue. Meu coração foi para boca.

   - Fique aqui. - ele disse, saindo correndo para o outro lado, entrando na casa. Ignorei seu pedido e corri atrás dele, entrando na casa.

  Steven apontou a arma para o homem e eu gelei, com medo de que ele disparasse em David que estava próximo de mais. Quase gritei quando mais três homens apareceram, todos de preto e puxaram o homem de cima de David. Ele tentou se soltar, vindo na minha direção, chegando bem perto e eu recuei, deixando Steven entrar na minha frente. Ele falava alguma coisa com o homem, mas eu não dei atenção, saí do meu choque, eu precisava e procurei David. Ele estava sentado no chão com Regina ao seu lado tentando ver seus machucados, ele a afastava com delicadeza. 

  Me abaixei a sua frente, olhando para o rosto dele, sujo de sangue, machucado. Seus olhos verdes me encararam e ele passou a mão pleo meu rosto, segurei ela com cuidado, sentido seu sangue sujar minha mão, mas eu não ligava.

  - Lindo, por que? - perguntei baixo.

  - Ele queria te machucar. - ele disse como se fosse a explicação para a vida.

  - David, seixa sua mãe ver seu rosto e você não podia ter entrado em uma briga por causa minha. Olha só para você. Acha que eu vou me perdoar?

  - Você não tem culpa. - Regina encostou no rosto dele de novo, mas dessa vez ele permitiu. - Aquele desgraçado invadiu a casa e se não fosse minha mãe gritando, ele teria te alcançado e ... só Deus sabe o que ele... 

  - Não, não, tudo bem. Passou calma. Agora eu posso cuidar de você? - eu tinha noção que Regina estava ouvindo tudo, mas eu não liguei, ela sabia de todo jeito.

  - Não, você não precisa ver isso. - ele tentou me afastar, mas agarre seu braço.

  - Não David, você esta assim por que me defendeu, agora eu vou cuidar de você. - o choro de Lucas foi ouvido e Belle nos olhou desesperada, ela estava tentando fazer Abner parar de chorar. Ele tinha presenciado uma cena horrível. - Pode ir, eu cuido dele. - falei para Regina, sorrindo carinhosamente para ela. Ela deveria me odiar agora.

  - Tudo bem. - levantei, dando a mão para ele levantar. Fomos para dentro da casa, levei ele para o meu banheiro e peguei o kit de primeiro socorros que a equipe de segurança pois nas minhas coisas.

  - Fica parado David. -  pedi pela quinta vez, enquanto tentava limpar os machucados dele.

  - Isso arde. - ele falou e riu, mas eu não ri. Estava nervosa de mais pra isso.

  - Eu sei, desculpa. - falei, me afastando dele. Puis a mão no rosto, esfregando, tentando aliviar aquele sentimento sufocante. Aquilo não poderia estar acontecendo. E lá estava eu, chorando mais uma vez.

  - Hey. - David tocou meus ombros, mas eu me afastei. - Alys, o que foi?

  - Não podemos David. Olha só para você. - apontei para ele, deixando que as lágrimas caíssem.

  - Como assim "não podemos"? - ele chegou mais perto, cuidadosamente, mas me afastei mia suma vez.

  - David você esta machucado por minha causa. Não posso suportar isso, te ver assim, por minha causa. Isso é...  demais. Sua mãe deve me odiar e...

  David me puxou para seu peito, me abraçando forte. Meus soluços saiam contra seu peito.

  - Shhh, ela não te odeia, ninguém te odeia. - meus soluços estavam parando devagar. Me agarrei mais ao seu abraço. - Linda, eu estou aqui e não vou te deixar escapar. 

  - Eu to com medo David. - meu nariz estava escorrendo na blusa de David, mas ele não se importou.

  - Eu sei. Vamos parar de ter medo e nos dar uma chance. 

   - Promete que não vai me deixar? - olhei para cima, conectando nossos olhos. Ele parecia estar sentindo dor quando o olhei, o cenho franzido.

  - Nunca. - ele juntou os lábios levemente nos meus e depois voltou a me abraçar.

  - Licença. - Regina pediu, entrando no quarto. - Vim saber se esta tudo bem. - me separei devagar de David.

  - Ta sim mãe.

  - Alyssa, por que esta assim? - ela se aproximou, passando a mão no meu rosto e me abraçando em seguida.

  - Ele esta machucado e a culpa é minha. - eu parecia uma criança falando e ela riu.

  - Ela acha que você esta com raiva dele. - David falou, fazendo Regina rir mais ainda.

  - Alyssa, que coisa boba. David foi te defender e eu me sinto orgulhosa de ter um filho assim e quanto a você, como eu poderia odiar uma menina tão bonita como você? Olha só a cara de idiota que David fica ao seu lado. Você esta fazendo meu menino feliz e eu não podia estar mais grata. - me soltei dela a olhando. Ela sorria para mim, assim como David.

  - Vocês são de mais, obrigada pelo carinho. 

  - Alyssa. - Belle nos interrompeu, entrando no quarto.

  - Eu?

  - Steven esta te chamando. Seu pai quer falar com você.

  - Meu Deus, já estou indo. Licença.

  Saí do quarto e desci correndo para falar com meu pai. Tive que acalma-lo e dizer que eu não sofri um arranhão se quer e que David tinha impedido que o homem chegasse perto de mim. Steven explicou que o homem se chamava Roberto e que era um perturbado mental que veio atrás de mim, assim como ele já havia feito com outras pessoas. Ele se alegava fã e eu estava um pouco que distorcendo a imagem dos fãs.

  Ignorei o acontecido e agradeci a Steven e aos outros. Peguei Lucas para que Belle pudesse dar banho em Abner , Regina fizesse o almoço, David, seu pai e o marido de Belle fossem a cidade fazer comprar. Steven deixou a equipe mais alerta.De longe eu olhava para as flores que David havia me dado, elas estavam em uma vaso na sala e eu as admirava lembrando da nossa noite, enquanto dava a mamadeira para Lucas. Depois de mamar, ele arrotou e dormiu no meu colo. Lucas estava tão gostosinho dormindo ali que eu não tive coragem de colocá-lo no berço, mas precisei e fui ajudar Regina na cozinha. 

  - Posso ajudar? Lucas dormiu. - falei assim que entrei na cozinha.

  - Claro que pode.

  - O que eu posso fazer?

  - O que você sabe fazer? - ela rebateu brincalhona.

  - Doces, me dou bem com doces.

  - Então faça algum enquanto conversamos.

  - Tudo bem. - peguei o que eu precisava, começando a fazer a receita de torta holandesa que eu sabia.

  - Como foi ontem? - ela disparou e eu tive que tomar cuidado para não me engasgar com meu próprio ar.

  - Hm, bom. - bebi a água que estava na minha frente, evitando olhar para ela.

  - Pode me contar, se quiser. - ela disse. Teria algum mal se eu resolvesse falar?

  - Foi ótimo. A gente tem muita coisa para resolver, muita para se adaptar, mas já temos meio caminho andado. Sabemos que teremos o apoio de vocês e isso é ótimo. David é ótimo comigo e eu espero estar a altura de uma pessoa como ele. - um sorriso bobo estava na minha cara.

  - Eu espero que de certo. David é muito bom, assim como eu vejo que você é Alyssa.

  Acho que não poderia ter alguém melhor que minha sogra maravilhosa.