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História All For You - Alyssa - Você é uma princesa.


Escrita por: fireandsoul

Notas do Autor


Capítulo curto, eu sei, mas eu só estou dando uma introdução na história. Amei os favoritos que vocês tem me dado, é a penas o começo. Vou focar mais no David, mas precisava por a história em prática antes.
Este capítulo é um presente de aniversário para a minha amiga Nandinha.
Parabéns meu amor, que Deus te ilumine sempre. Amo você.

Boa leitura!!!

Capítulo 2 - Alyssa - Você é uma princesa.


Fanfic / Fanfiction All For You - Alyssa - Você é uma princesa.

  - Vossa majestade - falei pasma, sem saber o que fazer ou o que falar. Deveria fazer uma reverência? - O senhor já me conhece? - Deus, oque estava havendo ali? - ele sorriu para mim.

  - Por favor, sente-se. - ele apontou para o sofá. - temos muito o que conversar.

 Olhei para mamãe, ela me olhava preocupada, como se a qualquer momento fosse me perder. Seus olhos estavam marejados e eu não sabia o porque. Eu era a mais perdida daquele local.

  - Diga, por favor. - pedi. Ele pigarreou e se pois a falar.

  - Alyssa, como você deve saber, eu sou o rei. - ele riu - mas nós temos muitas histórias juntas - ele disse e eu olhei duvidosa. O que eu tinha haver com o rei da Inglaterra? - Você sabe alguma coisa do seu passado? - ele olhou de canto para minha mãe, que se matinha calada em um canto.

  - Só que sou adotada. - e era verdade. Mamãe me pegou quando eu era muito pequena, disse que não podia ter filhos e foi a um orfanato e o meu único registro é que eu fui abandonada na porta da mesma por um casal desconhecido. Eu não sabia nem o nome deles.

  - Sim, isso é verdade, mas você sabe quem são seus pais? - como ele sabia disso?

  - Não, senhor. - apesar do nervosismo, eu tinha que mantar a educação perante o rei.

  - Ouça bem Alyssa, a história que eu vou te contar agora é verdadeira. Sua mãe sabe disso - nós dois a olhamos - e é sobre eu e minha mulher, Kate.

Assenti para que ele continuasse e assim ele fez.

  - Nós casamos, foi o casamento do século. Kate e eu já não éramos tão jovens, mas existe uma história antes do casamento acontecer. - ele parou por um momento, apertando as mãos. - Em um descuido, quando ainda éramos jovens, Kate engravidou. - fiquei chocada com sua declaração. Ninguém sabia disso, para todo o mundo, eles nunca tiveram filhos e Kate nem chegou a engravidar. - Eu sou totalmente contra o aborto e ela também. Mas também não podíamos ter esse filho fora do casamento, seria um escândalo e uma vergonha para o meu país. Então contei ao meu pai e para minha falecida vó, Elizabeth. - ele parecia sofrer ao lembrar a falecida Rainha. - Eles então pediram para que Kate se ausentasse da sociedade durante a gravidez e nos nove meses seguintes ela se escondeu dentro do palácio, onde só podia ser vista por poucos funcionários , que mantinham esse segredo com a própria vida. - mais uma vez ele olhou para minha mãe, que agora chorava silenciosamente. - Entre esses funcionários, tinha uma em especial, que chegou ao reino três anos depois que minha mãe morreu. - ele sorriu para minha mãe e minha cabeça buscava alguma resposta naquela troca de olhares. - ela cuidou muito de mim e eu a tinha como uma mãe, a pessoa na qual eu podia contar sempre e essa pessoa foi quem ajudou muito Kate. - ele sorriu olhando para as mãos - Essa pessoa é sua mão Alyssa. Denise foi quem auxilio Kate e me ajudou quando eu mais precisei. 

  Olhei para minha mãe que me encarava vermelha de tanto chorar. Eu estava em choque. Minha mãe nunca havia me dito nada sobre ter trabalhado para a realeza e muito menos de ter sido a mão direita do atual Rei, William. Mas isso não importava tanto agora, eu só não entendia o porque de ele estar me contando isso. Era um segredo real.

  - Eu pedi para que ela não lhe contasse nada. - ele continuou - Naquela época eu podia ter lutado contra o meu pai e ter dito que não  iria abandonar o bebê, mas eu fui fraco Alyssa - ele pois as mãos no rosto e chorou por alguns instante. E la estava o rei da Inglaterra chorando bem na minha frente. - Na noite em que Kate deu a luz, foi a noite mais feliz da minha vida, mas também foi a pior, pois assim que ela nasceu, eu tive que entregá-la para sua mãe. - olhei rápido para minha mãe, com a boca semiaberta. Eu não estava raciocinando direito, não é possível. 

  - Ela? - perguntei, num sussurro. Meus olhos queimavam por conta das lágrimas querendo cair.

  - Sim, tivemos uma linda menina, que foi nomeada por eu e Kate. Escolhemos o nome meses antes dela nascer. - me coração palpitava, acelerado. Não é possível. 

  - Que dia ela nasceu? - perguntei, com a voz embargada.

  - 22 de março.

 Soltei um ruído. Me encostei no sofá, pois eu havia perdido as forças. Um milhão de pensamentos surgiam na minha cabeça, ela rodava sem parar e eu não conseguia organizar as idéias. Eu faço aniversário dia 22 de março. Eu era a pessoa adotada e criada pela criado do rei. Eu era a filha do rei.

 Isso era de mais pra mim, eu não conseguia respirar, me sentia sufocada e de repente a sala começou a ficar pequena, minhas mãos suavam frio e eu estava perdendo o controle.

 - Alyssa - despertei dos meus pensamentos depois que fui sacudida pela minha mãe. Empurrei seus braços para longe de mim e ela me olhou assutada com a minha atitude.

  - Alyssa, vamos conversa, ok? - Ele disse, mas eu não queria mais ouvir sua voz, estava me doendo, me doendo muito. Eu queria evaporar.

 Levante do sofá num pulo e saí correndo pela porta da frente. Ouvia os gritos dos dois atrás de mim enquanto eu descia as escadas correndo. Quase caí no final, mas consegui me equilibrar na parede. Abri a porta com toda a força e tentei sair correndo, mas meus braços foram segurados por dois homens que estavam escorados do lado de fora da minha casa, fazendo com que eu nãos os visse.

  - Me solta - gritei, tentando me soltar.

  - Senhorita, acalmasse - um tentou dizer. Eu não queria me acalmar, eu queria sumir.

  - Tirem as mãos dela.

 A voz que surgiu do outro lado da rua fez com que os dois homens me soltassem na mesma hora e na mesma direção da voz estaca Kate, a rainha. Ela me olhava suplicando por algo. Aquilo era de mais pra mim, de mais.

 Corri para o meio da rua, na tentativa de atravessar a mesma, mas fui impedida por um carro que brecou de última hora, em cima de mim. 

 Apoiei minhas mãos no capo do carro preto. Olhei para o vidro, talvez tendo uma miragem, ou não. Lá estava David Luiz para me salvar mais uma vez.

 Sem pensar duas vezes, entrei no banco carona do seu carro, batendo a porta e a travando na mesma hora.

  - Dirigi - falei afobada. Ele me olhou com os olhos arregalados, ainda em choque.

  - Que? - ele perguntou.

  - Só dirigi David, pelo o amor de Deus - supliquei e nessa hora meu rosto já deveria estar vermelho pelas lágrimas. 

 David me olhou por mais meio segundo e depois acelerou o carro, ignorando todos do lado de fora. Minha mãe estava desamparada na calçada, chorando. O rei estava falando alguma coisa inaudível para ela, talvez tentando acalmá-la e a rainha estava do outro lado, apoiada na porta no carro, encarando o carro de David, enquanto chorava.

  Passei a mão pelo rosto, na tentativa de me acalmar, mas a única coisa que eu consegui foi parar de chorar, mas apenas depois de um tempo. David dirigia sem perguntar nada, me dando espaço e eu agradeci mentalmente por isso. Mas eu precisava falar, nem que fosse para agradecer.

  - Desculpa ter pulado na frente do carro - comecei, olhando para ele - não foi para tentar me matar, eu só precisava fugir um pouco, então obrigada pela carona, mesmo que tenha sido obrigado a isso. - soltei um riso fraco.

  - você que me contar o que esta acontecendo? - perguntou prestativo.

  - Não posso, se eu pudesse eu desabafava com você, mas é complicado - olhei para as minhas mãos.

  - Tudo bem então - ele sorriu - quer que eu te leve de volta? 

  - Não, pelo amor de Deus - falei, fazendo-o se assustar.

  - Calma - ele riu - onde quer ir?

  - Olha você pode me deixar em qualquer lugar, eu só preciso ficar sozinha por um tempo - falei. - pode me deixar no rio mesmo. - pedi, já que estávamos perto e eu não queria mais atrapalha-lo.

  - Tem certeza? Esta escurecendo.

  - Tenho - falei.

  David parou caro em frete o rio Tamisa e eu desci.

  - Obrigada David - falei quase fechando a porta, mas sua voz me chamou.

  - Eu esqueci seu nome - ele coçou a cabeça envergonhado e eu ri da sua cara.

  - Alyssa. - falei.

  - A gente se vê por ai, Alyssa. - ele piscou e deu a partida.

 Observei deu carro sumir ao virar a rua e comecei a caminhar, achando um banco vazio para me sentar. Abracei minhas pernas e apoiei a cabeça no joelho.

  O que estava acontecendo na minha vida? Tudo estava normal, pelo menos pra mim aquilo era o normal e de um minuto para o outro eu me vejo sendo filha de um rei, enganada pela mãe por toda a vida. Não que meus dezessete anos fossem muita coisa, mas mesmo assim, eu não estava aguentando com tanta informação de uma só vez.

 Mas eu não podia por a culpa em mamãe, ela estava cuidando de mim pelas ordens do rei e mesmo sendo uma ordem, eu sei que pra ela foi muito mais do que isso. Eu a amava e era grata por tudo que ela tem feito por mim em todos esses anos. 

 Eu também não podia ignorar o fato de que eles tentaram em proteger e que para eles era muito difícil assumir um filho na saía da adolescência, ainda mais sendo o futuro rei. Isso seria uma polêmica desastrosa. Mas eles não abandonaram completamente, eu tinha certeza que eles me observavam, mas só agora eles podiam me contatar.

 Eu tinha que ser forte e lidar com isso de frente, de uma maneira responsável, por mais que eu não quisesse ser uma princesa. Eu tinha que tentar.

 Me levantei do meu banco solitário e comecei a andar de volta para a casa, já que saí de bolsa e nem dinheiro no bolso.

 Andei por pelo menos meia hora, até avistar minha casa quando dobrei a esquina. Os grandalhões que me seguraram mais cedo ainda estavam lá, o carro em que Kate estava também, mas duvido muito que ainda esteja lá.

 Me aproximei da porta, devagar. Os dois homens me olharam por um segundo e depois abriram a porta para mim. Entrei e encarei a escadaria. Eu consigo.

  Abri porta que dava direto na minha sala e três pares de olhos me encararam.

  - Ta bom, vou ouvir o que você tem a dizer. - disse assim que fechei a porta atrás de mim.

  - Alyssa - Kate suspirou ao me ver, seus olhos vermelhos de chorar.

  - Majestade. - falei, sem saber ao certo como chamá-los. Eu deveria odiá-los? 

  - Por favor, pode nos chamar de William e Kate. - ele falou sorrindo e eu sorri.

  - Pode ser Will? - falei me sentando, rindo e ele riu junto.

  - Pode, Alyssa.

  - Então, o que vocês tem pra falar? - minha mãe me olhava cuidadosamente e eu sabia que lhe devia desculpas, então eu a abracei. - Desculpa, eu não te odeio - falei baixo para ela.

  - Não? - perguntou, chorando.

  - Como eu poderia odiar a mulher que me criou tão bem?

  - Eu nunca vou te deixar, querida. - ela disse se afastando. - agora ouça o que seus pais tem a te dizer. 

  "Seus pais". Aquilo soava estranho, mas não de uma maneira ruim.

  - Alyssa, nós temos te observado durante anos e cuidado de você. - Kate disse, ainda emocionada. Eu acho que deveria abraça-la, mas não agora. - sempre depositamos dinheiro na conta de Denise, caso ela precisasse. Você cresceu e eu não pude ver isso, nós não tivemos mais filhos, apenas você e agora podemos ter você conosco. - Kate sorria, esperançosa.

  -  Por que não me procuraram depois que casaram? - perguntei.

  - Eu ainda não era rei e poderiam te rejeitar caso eu te assumisse antes de tomar o trono. - Will falou, calmamente, escolhendo bem as palavras.

  - E agora? - perguntei.

  - Agora Alyssa, queremos você conosco, queremos e precisamos mostrar você para o povo. Você sempre foi muito amada por nós, mesmo que por distância.

  - E isso inclui o que?

  - Primeiro - Kate começou - nos te anunciaremos para todos, tornando isso oficial, segundo, você se mudará para a nossa casa. - ela sorriu - O Palácio de Buckingham. Depois terá a cerimônia em que você faz a entrada no palácio e assinar como princesa. O resto é detalhe.

  - Mas e a minha mãe? - perguntei, segurando a mão de mamãe. - eu não quero deixá-la.

   - Não precisa, ela pode ir morar conosco se ela quiser.

 - A não, é de mais pra mim, eu continuarei aqui com o meu cafezinho. - mamãe disse envergonhada. - você poderá me visitar sempre que quiser querida.

  - E você pode ir me ver, sempre, ta bom? - falei e ela sentiu.

  - Denise você terá total acesso ao palácio, sempre que precisar ver ela e sempre que quiser. Continuaremos te mandando dinheiro também.

  - Obrigada, isso é muita gentileza da parte de vocês - minha mãe agradeceu.

  - Denise - Kate se levantou e puxou minha mãe pela mão. - eu só tenho a te agradecer por ter cuidado tão bem da nossa menina, ter tornando ela essa pessoa encantadora que é. Minha filha foi muito bem cuidada e pra isso, eu não tenho nem palavras para te agradecer. Se tiver algo que eu possa fazer, por favor me avise. - Kate abraçou minha mãe e eu tive vontade chorar.

 Eles eram pessoas maravilhosas. Gentis, bondosas e generosas. Não tinha como eu odiá-los.

  Assim que Kate soltou minha mãe, eu a puxei para um abraço, a pegando de surpresa. A mesma me abraçou forte e chorou no meu ombro e naquele momento eu também chorava.

 Minha vida mudaria da água para o vinho.

  Depois de uma despedida calorosa, eles foram embora, me deixando com minha mãe. Tomei um banho e me sentei no sofá ao seu lado, apoiando a cabeça no seu ombro.

  - E agora mãe?

  - Agora você se tornará uma princesa, será muito amada pelo povo.

  - Você não vai me abandonar, né? - perguntei olhando para ela.

  - Nunca. - ela passou a mão no meu rosto e me pois com a cabeça deitada no seu colo, onde eu fiquei até estar cansada de mais e dormir.

  


Notas Finais


E ai, gostaram? Me digam o que acharam ai em baixo.
Até a próxima meus amores.


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