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História All For You - Alyssa - O medo que me domina.


Escrita por: fireandsoul

Notas do Autor


Goxxxxtosas! Olha eu aqui. Demorei, mas voltei. Desculpem pela demora, minhas aulas começaram e como o meu último ano, eu não posso bobear.
Boa leitura!

Capítulo 20 - Alyssa - O medo que me domina.


Fanfic / Fanfiction All For You - Alyssa - O medo que me domina.

  P.O.V ALYSSA.

    Eu estava exausta, meu corpo inteiro doía, a luz me incomodava excessivamente. A cama parecia me abraçar, me esquentando e me aninhando enquanto eu despertava de boas horas de sono, horas da qual eu não fazia ideia. Os braços de David não estavam envolta do meu corpo, eu estava solitária naquela cama enorme. Me ergui com meus braços, sentido o peso excessivo do meu corpo quase me fazer deitar novamente. Meus pés tocaram o chão e doeram com uma ardência incomodante. Hoje os machucados pareciam doer mais do que ontem, quando eu não estava prestando atenção neles.

 Levantei devagar da cama, fazendo o caminho até o banheiro. Minha aparência estava horrível. Meu rosto era como uma bola de basquete de tão inchado, meus olhos continham olheiras escuras  e inchadas. Sentia a calça raspar nos machucados dos meus joelhos e aquilo mais me incomodava do que doía. Eu estava mancando, não conseguia achar um jeito de andar sem que doesse.

  Desci as escadas a procura de David, mas as vozes denunciavam de que ele não estava sozinho. As várias vozes chamavam mais atenção a medida em que eu me aproximava. devagar eu cheguei a sala. As pessoas estavam de pé, todas de costas para mim, conversavam entre si. Alguns polícias estavam no meio, alguns guardas que foram os primeiros a notar minha presença.

  - Bom dia ou boa tarde. Não sei que horas são. - falei e cocei meus olhos, tentando raciocinar o que estava acontecendo. Todos olharam para mim.

  - Alyssa. - a voz da minha mãe Denise se destacou em meio as outras. Ela veio correndo na minha direção, me abraçando forte.

  - Mãe eu estou bem. - eu já ouvia seus soluços baixos e suas lágrimas escorrendo entre meus cabelos.

  - Eu tive tanto medo Alyssa. Eu não sabia se você estava bem. - ela disse, ignorando o que eu disse. A apertei ainda mais contra meus braços, por mais que minhas mãos doessem.

  - Estou bem mãe, Roger me salvou, David me acolheu. - me afastei um pouco dela para olhá-la.

  - Eu sei minha querida, mas é que eu tive medo de te... - ela não completou a frase e eu preferi melhor assim.

  - Não aconteceu nada.

  - Graças a Deus minha menina. - ela apertou meu rosto entre suas mãos e depois me deu um beijo na testa.

  - Como passou a noite? - David se aproximou devagar e minha mãe nos deu licença.

  - Bem, eu dormi feito um urso, mas estou dolorida.

  - Foi a tensão que seu corpo sofreu. Vou te dar um relaxante muscular.

  - Vou precisar.

  - Vem, precisa sentar, seus pés estão machucados.

 David me deu o braço e caminhou no meu ritmo comigo até o sofá, onde eu pude me sentar e aliviar a tenção que estava nos meus pés. Estiquei a perna e encostei nas almofadas que David ajeitou para mim. Nessa altura todos já me olhavam, curiosos, preocupados.

  - Vou pegar o remédio. - ele disse e saiu do meu lado.

  - Pode vir aqui por favor? - pedi a um guarda que estava parada na sala.

  - Sim Alteza. - ele se agachou ao meu lado, ficando a minha altura.

  - Quero saber dos meus pais. Como eles estão?

  - Estão bem Alteza. Saíram hoje cedo do abrigo antiterrorismo e já foram falar com a polícia. Daqui a pouco viram te ver.

  - Obrigada.

  - Por nada Alteza.

  - Que horas são? - perguntei assim que ele levantou.

  - Três e meia da tarde.

  - Obrigada. - ele fez um leve reverência e de afastou.

  - Seu remédio. - David voltou, me entregando um comprimido e um copo d'água.

  - Obrigada. Meus pais estão vindo. - engoli o remédio e puis o copo ao meu lado.

  - Eu sei, eles ligaram, eu disse que você estava dormindo e que precisava descansar.

  - Não quero ir para o palácio hoje. - confessei, deitando a cabeça no encosto do sofá.

  - Não precisa. Pode ficar aqui se quiser. 

  - Não quero te incomodar. - esta tentador ficar aqui com David.

  - Você nunca me incomoda. - David deslizou as mãos pelo meu cabelo, parando na altura do meu rosto.

  - Alyssa, minha filha. 

  Kate entrou rompendo a berreira de pessoas que tinha entre nós e foi direto ao meu encontro. Seu abraço apertado me fez sentir segurança. Ela estava bem e uma parte do peso que eu estava carregando no peito, saiu. Will ocupou seu lugar ao meu lado e nos abraçou, ele não falou nada até me soltar.

  - Esta muito machucada? - ele disse, olhando para meus pés e mãos.

  - Não muito.

  - Posso ver? - ela pediu e eu assenti.

  Kate tirou minha meia devagar, com medo de me machucar e encarou meu pé enfaixado.

  - Vamos trocar os curativos e poderá ver melhor Majestade.  - a mesma enfermeira que me atendeu ontem, estava em pé ao meu lado. Kate assentiu e saiu de perto, dando espeço para a mulher trabalhar.

  Kate chorou ao ver meus pés e mãos machucados e meu pai e consolou em seus braços.

  - Mãe, não precisa chorra. Eu estou bem agora. - falei, puxando-a pela mão e a abraçando em seguida.

  - Tudo bem, eu só fiquei preocupada. Você deveria ter sido prioridade, sempre você. Deveriam ter ido te buscar primeiro, te proteger primeiro. - ela disse alto, fazendo as pessoas nos olharem.

  - Sua mãe tem razão e isso será o primeiro assunto discutido após voltarmos.

  - Fizemos suas malas, iremos para uma das casas reais até limparem e repararem o palácio. Você não precisa ver aquilo.

  - Eu já vi tudo. - minha voz saiu vaga, sem emoções.

  - Eu sinto muito por isso querida.

  - Esta tudo bem. - segurei sua mão que estava no meu rosto.

  - Pedi para Lucy vir conosco para cuidar de você.

  - Não entendam mal - olhei para David que estava todo esse tempo parado ao nosso lado - mas eu quero ficar aqui com David. Não quero me isolar em um castelo no meio do nada, não agora. Quero ficar e agradecer a Roger que me salvou e ir ao enterro de Christian que pulou na frente de uma bala para eu não ser atingida, ele seu sua vida por mim e merece um velório digno.

  - Quem é Roger? Ele receberá uma medalha por isso. - Will perguntou, olhando ao redor procurando por Roger.

  - Ele não esta aqui. Ficou aqui até eu tomar um banho e os policiais chegarem.

  - Nós o encontraremos. 

 - Se quiser pode ficar aqui Aly, tudo o que fizer você se sentir melhor. - Kate falou um pouco abalada, mas convicta de que isso era o melhor.

  - Deixaremos guardas na porta. - Will avisou - pegue as malas dela para mim por favor. - ele pediu para um dos seguranças.

  - Obrigada por cuidar da minha menina David. - Kate o abraçou.

  - Você tem sido uma ótima pessoa na vida dela David. - foi a vez de Will o agradecer.

  - Eu faria de tudo por ela, para que ela fique bem. - ele me olhou e um sorriso surgiu no meu rosto.

  - As malas Majestade. - as três malas foram colocadas em um canto da sala.

  - Obrigado.

  - Onde esta meu tio? E as meninas? Lucy, Mary e Anne estão bem? - perguntei um pouco afobada.

  - Estão todos bem. Harry esta auxiliando os policiais e bombeiros com o palácio.

  - Lucy pode ficar aqui também. Você precisará de alguém que te ajude com os banhos e curativos. - David se pronunciou.

  - Seria maravilhoso. - falei e ele sorriu.

  - Ela esta no carro, aguardando por nós.

  - Nós estamos indo querida. Qualquer coisa é só nos ligar. - minha mãe falou.

  - Atenda o celular pois te ligaremos todos os dias. - Meu pai alertou e eu fiz uma careta.

  - Eu perdi meu celular, não o trouxe comigo.

  - Vou comprar um para você ainda hoje. - David falou.

  - Tem certeza? David você já esta fazendo de mais por mim.

  - Tenho e farei mais se for preciso. - ele tinha o poder nas mãos de me deixar boba, sem reação.

  - Obrigada. Eu passo o número para vocês depois.

  - Ok, fica bem meu amor. - Kate me deu um beijo na testa.

  - Se cuida. Cuida da minha filha David. - Will me abraçou e falou para David, que abriu um meio sorriso.

  - Pode deixar Majestade.

  - Você pode me chamar de Will. - meu pai pegou David de surpresa, lhe dando um abraço.

  - Tudo bem, Will. - os dois riram fraco.

 

   O clima não estava para divertimento, estamos todos abalados com tudo que aconteceu nesta madrugada. Muitas vidas foram perdidas em nome de um terrorismo sem causa nenhuma. Muitas famílias perderam alguém especial, alguém amado. Um pai, uma mãe. O mundo ganhou mais uma data triste, uma data lamentável na história. A data em que uma tentativa de assassinato a família rela foi frustrada e trágica.

 Hoje eu entendo porque eu Harry vai para o exército sempre. Tentando combater um guerra sem fim, uma guerra que mata milhões de inocentes, destrói cidades, um país inteiro. Cada com um legião, faz com que as pessoas percam suas fé, deixem de acreditar que ainda existe alguém zelando por elas, olhando por elas, as protegendo. Porque simplesmente elas viram o inferno na terra, elas vivenciaram os horrores da guerras, da perda, da dor, da morte dolorosa. 

  Ninguém deveria passar por isso. Diplomatas, reis e rainhas, primeiros ministro, presidentes, ditadores. Aqueles que pensam somente neles, que não veem que tem um mundo precisando de ajuda e que se eles não se juntarem e ajudarem uns aos outros, aquele que esta necessitado, isso não vai para frente, nada vai melhor e veremos mais gente morrendo, quando não deveriam perder suas vidas tão preciosa,s tão frágeis e puras.

  Lucy já estava me ajudando com o banho e com os curativos. Todos haviam ido embora. Em instalei em um dos quartos de hóspedes, Lucy ficou no quarto ao lado, atendendo a qualquer chamado meu, que não havia muitos.

   David estava em dia de treino, mesmo com a tragédia, os times de futebol de todo o mundo se uniram, prestando solidariedade. O país estava calado, as pessoas mal saião a rua. O terror estava instalado na cidade, pessoas viajando para ficar o maior tempo possível fora da cidade, escolas com polícias na porta, guarda dobrada nos prédios da cidade e comércios fechados. O exercito chegou hoje de manhã para ocupar as ruas da cidade, zelando pela segurança de todos.

 Minha família e eu iremos fazer um discurso em uma semana, na data do enterro daqueles que se forram em mais um ataque. Já era o terceiro ataque em três meses. O pais estava em alerta, em pânico, com medo das ruas. Era o meu povo agora e eu precisava fazer algo para ajudá-los a enfrentar o medo, o medo que eu também sentia.

 O medo que me dominava por inteiro.


Notas Finais


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