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História All For You - Alyssa - Casa.


Escrita por: fireandsoul

Notas do Autor


Olha eu aqui.
Boa leitura!

Capítulo 5 - Alyssa - Casa.


Fanfic / Fanfiction All For You - Alyssa - Casa.

  P.O.V ALYSSA

 

  - Você não pode simplesmente desparecer assim Alyssa! - Kate esperneou, mas sem perder a classe.

  - Eu não despareci, eu estava com David. - cruzei os braços na frente do peito.

  - Você tem que entender que a liberdade que te damos é muito rara e que ninguém teve isso. Você não pode abusar das coisas, das oportunidades que te damos. Você pode se machucar ou pior, pode até ser morta. Você é a futura rainha, não pode se por em risco sendo descuidada.

  - Quem disse que eu queria essa vida? - meus olhos faiscaram de raiva - Quem disse que eu queria estar aqui nesse meio vivendo essa vida falsificada? Essa não é minha vida, eu vim  por vocês mas eu não vou perder a minha liberdade. Eu vou viver. Não preciso de um bando de babás no meu pé a onde quer que eu vá. Eu gosto muito de vocês, mas não são vocês que me faram ficar presa nesse lugar.

 Deixei a sala onde ela estava, me olhando horrorizada por meu pequeno ataque de raiva momentâneo e segui para meu quarto. Não pensei muito bem na hora de falar, mas eles tinham que entender. Adoro ela, mas essa é minha vida também.

 Ontem eu tive um dia tão com com David que eu não queria que aquela sensação acabasse dessa maneira e eu estou novamente nesse meio confuso que se torno minha vida.

 Soquei algumas coisas em uma mochila, peguei a chave do meu carro que por alguma ironia eu havia ganhado, mesmo sendo proibida de dirigir ele sem companhia, mas Will resolveu me dar quando soube que era meu sonho de consumo. Claro que a uma semana a trás eu não podia nem sonhar em ter um daqueles, por mais que não fosse nada de extravagante.

  Procurei o meu baby em meio a todos os carros luxosos que ficavam ali e entrei no mesmo, dando partida. O segurança exitou um pouco em me deixar sair, mas ele não tinha muita escolha.

 Dirigi sossegada pelas ruas de Londres, com uma tarde fria e nublada. Os vidros extremamente escuros não permitiam que ninguém visse quem estava dentro do carro.

 Estacionei na rua pouco movimentada, mas muito confortável. Encarei por um tempo o local de onde eu tinha vontade de vez em quando de nunca ter saído, imaginando como eu estaria agora.

 Entrei no pequeno café da minha mãe. Tinha apenas duas pessoas que desviaram seus olhares para mim e talvez um pouco chocados, eu apenas acenei.

  - Mãe? - chamei, sabendo que ela sairia da cozinha assim que ouvisse minha voz.

  - Alyssa, querida. - ela correu na minha direção e me envolveu nos seus braços e eu permaneci no seu abraço quente até não poder mais. - o que esta fazendo aqui? - me olhou preocupada.

  - Vim passar a noite com você. - sorri, mesmo sabendo que ela não engoliu aquela mentira.

  - Tudo bem, você ainda tem a chave? - assenti - Ótimo, agora vá la em cima e deixe suas coisas lá, tome um banho, descanse, eu já vou fechar para ficar com você.

  - Não precisa, eu quero ficar aqui com você. Vou por as coisas lá no fundo. - dei um beijo estralado na bochecha dela e larguei minha mine mala improvisada em um canto qualquer da cozinha. Puis o meu antigo avental azul bebê, prendi meu cabelo num rabo de cavalo e voltei para o café. - Onde esta Briana? - perguntei notando a falta da sua nova assistente.

  - Teve que sair mais cedo hoje, coisa de família.

  - Tudo bem, eu te ajudo aqui até a hora de fechar. - caminhei até uma das mesinhas onde estava um dos clientes. - deseja mais alguma coisa senhor? - perguntei educadamente e com um sorriso no rosto como antigamente.

 Diferente dos outros sorrisos, esse era verdadeiro. Eu me sentia bem ali, onde eu havia crescido e aprendido tudo. O sentido de uma vida simples e feliz, a felicidade da estabilidade e das boas companhias. Eu ainda tinha isso, só que com menos frequência.

  - Pode me falar o que você esta fazendo aqui. - minha mãe sussurro para mim.

  - Queria sair um pouco daquele lugar, me sufoca as vezes. - falei terminando um dos pedidos.

  - Que bom que conseguiu essa autonomia para sair assim. - um sorriso orgulhoso apareceu nos seus lábios. - e essa sua amizade com o David, hem? - seus olhar sapeca não deixava de denunciar seus pensamentos.

  - É só amizade mãe, pode se acalmar ai. - dei uma batidinha de quadril nela e levei um dos pedidos.

 Meu celular tocou no meu bolço e eu pedi licença para atender.

  - David. - minha voz saiu mais animada que o eu desejava.

  - E ai princesa, ocupada? - ele perguntou divertidamente.

  - Fugi do palácio e to no café com a minha mãe. Por que?

  - Posso passar ai e depois a gente sair? - um sorriso idiota surgiu no meu rosto.

  - Claro que pode. Vou te passar o endereço por mensagem.

 - Ok, até daqui a pouco.

  Terminei a ligação com ele e entrei novamente no café, os clientes pagavam a conta e saíram.

  - Quem era no celular? Talvez seja seu amigo David. - ela ergueu a sobrancelha.

  - Você tem que parar com esse olhar - a  repreendi e depois ri - mas era ele mesmo. Esta vindo aqui.

  - Que bom, pelo menos você se diverte e eu conheço meu futuro genro. - falou sorrindo e entrou na cozinha.

 -MÃE - gritei, rindo da sua ousadia.

 

  Quinze minutos depois David estava em pé na minha frente, com um sorriso de orelha orelha e eu não me privei de jogar meus braços em seu pescoço, ficando na posta dos pés. Ele me deu um beijo na cabeça e me apertou um pouco mais contra si.

  - Isso tudo era saudades? 

  - Sim - respondi, ainda afundada no seu peito.

  - Vamos sair daqui? 

  - Por favor.

 Me afastei dele e olhei para trás. Minha mãe nos olhava como uma boba, portando um sorrisinho na boca, dava pra ver que ela estava segurando.

 - Mãe, David. David, minha mãe Denise. - os apresentei e torci para que ela não falasse nenhuma absurdo.

 David muito educado pegou a mão da minha mãe e deu um leve aperto, esbanjando seu melhor sorriso.

  - Prazer em conhece-la Sra. Denise.

  - O prazer é todo meu David e pode me chamar de Denise mesmo, sem formalidades e me da aqui aqui um abraço.

 A cara do David mudou do seu sorriso elegante para uma de assustado quando minha mãe o puxou com tudo para um abraço caloroso que só ela sabia dar.

  - Com toda certeza você é brasileira e não sabe. - ele brincou com seu jeito caloroso.

  - Pode ser, quem sabe né. - os dois gargalharam como duas pessoas totalmente normais. No caso não eram.

  - Posso levar Alyssa para passear? - ele perguntou.

  - Hey, - fiz um cara de ofendida pra ele - você pode perguntar isso para mim, sou maior já.

  - Fica quietinha ai pirralha, estou falando com a minha amiga Denise. - ele se pois na minha frente, me dando as costas e me excluindo da conversa.

  - Pode sim David - minha mãe ria das palhaçadas do zagueiro e eu tentava segurar a risada também, mas como ele era impossível.

  - Eu volto mãe, não sei que horas, mas volto. - dei um beijo na minha velha e sai com David.

  - Que carro bonito esse né? - falei apontando para o meu carro.

  - Bonito mesmo, essa cor também ficou bem legal - ele admirou meu carro.

  - É meu, sabia? - abri a boca com a maior felicidade do mundo. Eu realmente gostava daquele carro.

  - Bem sua cara mesmo. Bonito igual. - ele apertou meu queixo e franziu o nariz, depois pegou minha mãe e me arrastou junto com ele.

  - Onde vamos? - falei assim que entramos no seu carro, no qual também era o xodó dele.

  - Ver algum lugar para eu morar. Não aguento mais hotel. 

  - Ok.

  Observei enquanto ele dirigia. David Luiz tinha a imagem fofa, de um cara brincalhão e sério ao mesmo tempo, a quem não se envolvia em polêmica. Isso era o que os outro viam. Eu estava olhando para um homem, um homem lindo, com porte, sexy, legal, respeitoso, engraçado. Mas para um homem e não para um moleque. 

 Sua mão firme segurando o volante, seguida por seu braço musculoso e forte, cheio de veias. A camiseta preta caia perfeitamente pelo seu abdome, desenhando o seu corpo. Os óculo escuro desnecessário, mas que ficava perfeito nele. Sua perna grossa e forte. Seu sorrio branco e brilhante esbanjava charme quando ele abriu um dos seus sorrisos.

  - Sabe - ele disse me tirando do transe - é feio encarar.

  - Desculpa zagueiro. - ri anasalado. 

 Eu poderia ter ficado vermelha, mas não fiquei. Ele não me dava vergonha.

  - Escuta essa música, ela é muito boa.

 David pois para tocar uma música desconhecida, mas muito boa e que me fez deixar levar em segundos. Mas foi o refrão que me chamou mais a atenção.

 

And I told you all my secrets

All my fears, I've let go

And it's flawless

You are the only one

You are the only one

Don't you know?

Don't you know?

E eu disse-lhe todos os meus segredos

Todos os meus medos, eu deixei ir

E é impecável

Você é o único

Você é o único

Você não sabe?

Você não sabe?

 - Você tem um ótimo gosto musical David. - falei de olhos fechados, apreciando um pouco mais da música.

  - Espero que o seu também seja.  - ouvi seu riso anasalado e pude imaginar o seu sorriso.

  - Aposto que é.

  - Chegamos. - resmunguei por ter acabado meu tempo naquele carro, ouvindo aquela música.

  - Onde estamos? - perguntei observando que eu não percebi quando entramos em uma rua cheia de casas grandes e luxuosas, tudo bem individual e separado.

    - Um condomínio de casas que meu corretor achou. Achei melhor do que morar num apartamento dessa vez.

  - Eu gostei. Vem vamos ver.

 Saí do carro ao mesmo tempo que ele, que seguiu para falar com o homem parado na calçada enquanto eu olhava as casas enormes ao meu redor.

  - Eu trouxe uma ajudinha. - ouvi David falar. - Alys, vem aqui. - fui na sua direção, sorrindo.

  - Oi. - disse ao corretor que me encarou por um tempo, talvez sem entender o que eu fazia ali.

 - Princesa Alyssa, que bom que veio. - falou sorridente.

  - Vamos ver as casas.

  Vimos no mínimo cinco casas e toda vez que eu perguntava o que David tinha achado, ele dizia que não gostou de tal coisa. Ou era grande mais ou pequena de mais. Uma hora não tinha espaço suficiente no jardim e aposto que era para jogar futebol, outra hora não tinha uma estrutura legal. David era pior que mulher escolhendo roupa.

  - Essa David. - falei admirada quando paramos na área externa da casa, acompanhada por vários vidros, criando um ambiente harmonioso no local. O jardim era amplo, onde dava em uma enorme piscina de relevos. Na lateral uma escada onde descia para um campo de futebol já pronto. Contava com sete quartos, todos suítes, mas uma casa separada para empregados. Uma garagem que suporta até oito carros, entre outros mil e um cômodos aconchegantes. - Olha só que vista linda que você tem aqui e veja - apontei para o fundo - tem até um lago. David essa casa é perfeita - me virei para ele, segurando minhas mãos esperançosas para que ele tenha achado a casa que queria.

 Sua boca se abriu num pequeno sorriso sacana, desviou o olhar de mim para o vendedor.

  - Achamos a casa.

 - AEEE - pulei em cima dele de felicidade. Eu estava mais feliz do que ele pela casa, mas poxa, que casa e tanto era aquela.

 Depois da burocracia dos documentos para assinar, conseguimos finalmente pegar as chaves da casa, uma caixa com manual sobre várias partes da casa, entre outras coisas.

 Nos jogamos no sofá da casa que já vinha mobilhada. Nunca entendi essa mania de rico de vender casa mobilhada.

  - Você mora num palácio enorme e esta feliz com essa casa.

 - Ou, espera lá - falei, virando de frente pra ele. - olha essa casa que linda. Você vai ter sua privacidade e sua vida tranquila na medida do possível. Isso é muito legal.

  - Então você pode me explicar por que não estava no palácio hoje?

  - Porque eu meio que gritei com Kate e sai de la. Eu acho que eu precisava respirar, ter um pouquinho da minha vida antiga de volta. Eu estou cansada. - cutuquei minhas unhas, sem olhar para ele.

  - Hey - segurou meu queixo, me fazendo olhar para ele. - É normal se sentir sufocada as vezes, essa vida não é fácil e eu nem consigo imaginar como é para você. - sua voz era calma e baixa, quase como um sussurro misturado a uma leve risada, seu toque quente me relaxou instantaneamente. - Mas você nunca esta sozinha Alyssa. Você sempre terá sua mãe e apesar de ser difícil se adaptar, sempre terá Will e Kate ao seu lado, eles são seus pais. - ele olhou para baixo soltando uma leve risada e depois voltou a me olhar - Não sei se vale de muita coisa, mas você sempre me terá também Alys.

 Abri o maior sorriso que eu poderia abrir naquele momento e me joguei em cima dele, o abraçando forte, inalando seu cheiro forte.

  - Vale de muita coisa ter você comigo, mais do que você consegue imaginar. - falei.

 Me afastei um pouco dele, me deitando a sua frente no enorme sofá extremamente confortável. Ele me abraçou por trás, deu um beijo na minha testa e se ajeitou atrás de mim.

 Pequei no sono mais tranquilo que pude ter na última semana e sabe-se lá quanto tempo eu adormeci nos braços do David, só sei que estava bom de mais.


Notas Finais


Gostaram meus anjos? No cap anterior eu recebi meu primeiro comentário nessa história e fiquei muito feliz.


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