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História All I ask of you - Santa Monica


Escrita por: Ana_Marie

Notas do Autor


Bem vindos.

Espero que apreciem.

Não poderei postar regularmente.

Capítulo 1 - Santa Monica


Fanfic / Fanfiction All I ask of you - Santa Monica

2018

"Por que eu resolvi que seria uma boa ideia vir para um bar numa sexta-feira em L.A?"

Acho que era a vigésima vez que fazia esse questionamento a mim mesmo.

Tinha uma adega gigante em minha casa, mas a solidão daquela mansão em alguns momentos me enlouquecia.

Contudo, essa boate está lotada e as pessoas já estão tão bêbadas que nem fui reconhecido por mais do que meia dúzia.

"É, já chega desse lugar e de beber por hoje".

Pago o que havia consumido e me viro para calcular o melhor jeito de passar por essa multidão.

Se tivesse permitido que Jerry ou Mike me acompanhassem seria mais fácil, mas também chamaria atenção demais, e isso é tudo que eu não queria.

Já estou saturado de toda a atenção que venho recebendo desde que minha vida pessoal desmoronou diante de meus olhos. O divórcio, as mentiras de Amber, a batalha judicial, meu dinheiro sendo roubado por quem deveria cuidar deles.

Tudo acabou, depois de muita dor de cabeça, mas acabou, e tudo está voltando aos eixos. Vários projetos prontos para estreia, a turnê com a banda iria começar daqui a algumas semanas, a mídia ainda me perseguia, mas isso não é uma novidade, só é extremamente desagradável.

Enquanto continuo a procurar uma brecha em meio à multidão, vejo uma mulher se esgueirando em direção ao bar, ser empurrada por algum idiota bêbado e vindo a toda velocidade na minha direção.

Tudo pareceu acontecer em câmera lenta. Percebi que ela bateria a cabeça na estrutura de ferro do balcão antes de cair no chão, então tentei ser o mais rápido possível para evitar que acontecesse.

Fui rápido o suficiente para evitar que caísse no chão, mas não para impedir que batesse a cabeça.

Me preocupei ainda mais quando ouvi um sonoro "Ai!"

- Moça ? Sente-se aqui. - Falo enquanto a coloca em uns dos bancos que havia ao redor do bar.

Ela está com uma das mãos no alto da cabeça, olhos fechados e uma expressão de dor.

Nesse meio tempo que fiz essa pequena inspeção nela percebi que é uma mulher muito bonita.

Cabelos negros ondulados, pele bronzeada e que parecia ser macia, lábios carnudos, rosto delicado e um corpo cheio de curvas.

"Muito bonita".

- Você está bem? Sente muita dor? - Pergunto aflito.

- Física ou emocional? - Fala enquanto dá um pequeno sorriso de escárnio.

- Como ? - Pergunto sem entender o sentido do que ela tinha dito.

- Você tem que ser um pouco mais específico se quiser a resposta. - No momento em que me responde abre os olhos e me hipnotiza com grandes e belos olhos verdes, que pareciam refletir o fundo de sua alma, os olhos mais profundos que eu já tinha visto.

Havia tristeza neles, muita tristeza.

- Física. - Falo, saindo do meu transe antes que aquela situação ficasse ainda mais estranha.

- Eu sobreviverei. - Responde de forma simples, mas sua expressão ainda carrega uma careta de dor.

- Melhor colocarmos gelo nisso. Garçom! Gelo por favor.

- Sim, gelo e uma boa dose de uísque. - Fala a bela mulher.

Nesse momento meu olfato nota o cheiro de bebida que ela exala, misturando-se com seu próprio cheiro e o desse bar lotado.

- Acho que já basta de álcool por hoje, não acha? - Falo a encarando preocupado.

- Você possivelmente está certo. Chega de álcool. - Responde meio tonta.

O garçom finalmente chega com o gelo que pedi.

- Ai. - Resmunga quando coloco gelo no machucado. - Obrigada senhor... qual é seu nome? 

- Johnny.- Ótimo, ela não me reconheceu.

- Certo. Muito obrigada por me ajudar Johnny, desculpa pelo incômodo que te causei.

- Incômodo algum. Não foi sua culpa, um idiota te empurrou. Como está se sentindo ?

- Bem, obrigada. Acho que é melhor ir embora para evitar qualquer novo problema. - Fala com um sorriso brincalhão no rosto.

- Você não vai dirigir nesse estado, não é? - Pergunto genuinamente preocupado.

- Não, vou pegar um táxi. - Isso não me tranquilizou.

- Mas... desculpe por me meter, mas não acha que pode ser perigoso ?

- Como assim? - Será que só eu via que não era segura ela ir embora desse jeito ?

- Bem, você não está no seu melhor estado, pode ser perigoso, o taxista pode se aproveitar de você. Nunca se sabe.

- E o que você sugere? - Me encara com expressão de tédio.

- Você não tem um amigo que possa ligar ?

- As cinco da manhã? Não mesmo. - Fala sorrindo ironicamente para mim.

- Então... se você não se importar, eu posso te dar uma carona. - Após terminar de falar, me surpreendo com minhas palavras.

- E quem me garante que você não irá se aproveitar de mim? - É um bom ponto, uma mulher esperta.

- Bem, eu lhe dou minha palavra de que não me aproveitaria nem de você, nem de nenhuma mulher que não estivesse lúcida e consentisse com isso. - Falo a encarando com seriedade.

Ela sustenta meu olhar, sinto como se ela estivesse vasculhando minha alma.

- Ok. Acredito em você Johnny. - Essa pequena frase causou um impacto no meu interior que não sabia explicar ou quantificar. - Mas você também não está apto a dirigir tanto quanto eu.

Isso é verdade.

- Sorte sua que eu não vou dirigir. - Respondo sorrindo. - Vamos ? Precisa de ajuda ?

Com um aceno de cabeça ela me responde que não, então seguro em sua mão para que não nos separemos enquanto nos esgueiramos para fora daquele bar.

Quando finalmente conseguimos sair, tiro meu celular para ligar para Jerry.

Minutos depois meu carro aparece em nossa frente.

- Vamos ? - Abro a porta para que ela entre, já dentro do carro, me dirigi a Mike. - Nós vamos dar uma carona para essa senhorita. Você pode dizer seu endereço ?

- Santa Mônica.

Após dar seu endereço, ela se fechou em uma bolha de silêncio com um olhar distante para a janela do carro. Decidi não incomodá-la, dar-lhe um momento de quietude, e também aproveitei para observá-la discretamente.

Já estávamos chegando no endereço que ela indicou quando o sol começou a nascer.

Vejo um pequeno sorriso em seu rosto.

- Um novo dia. – Fala enquanto dá um suspiro cansado e, de repente, seu rosto se vira para me encarar, me pegando no flagra enquanto a observo.

Desvio meu rosto para frente, não queria ter sido pego nessa situação por ela.

De repente sinto sua mão tocando a minha a fim de chamar minha atenção.

- Obrigada pelo que fez por mim Johnny, sinto muito por todo esse problema, lhe asseguro que isso não é da minha natureza, eu só estava num dia ruim.

- Calma, como já disse, não foi nada e você não precisa me dar explicações. Foi só um dia ruim, não uma vida ruim, só respire fundo e lembre disso, ok ?

- Obrigada. – Fala-me dando um pequeno sorriso e mais uma vez estou preso dentro de seu olhar.

- Chegamos. – Fala Jerry, cortando nossa conexão.

- Está entregue em segurança.

- Quais os nomes de vocês ? – Pergunta ela a meus seguranças, ignorando o que acabei de dizer.

- Mike.

- Jerry.

- Muito obrigada Mike e Jerry, e desculpem-me por ter-lhes causado incômodo. – Ela demonstra estar verdadeiramente constrangida ao se dirigir a eles.

- Não foi incômodo nenhum, senhorita. Tenha um bom descanso. – Eles gostaram dela.

- Obrigada. – Responde sorrindo e se vira para mim. – Obrigada. – Fala para mim enquanto dá um beijo em minha bochecha. – E adeus Mr. Depp.

- Você me reconheceu ? – Falo chocado, tanto por ela ter me reconhecido e não demonstrado nada como pelo beijo que me deu.

- Hey, eu estou bêbada, mas não tão bêbada assim. – Responde com uma falsa indignação enquanto dá uma risada gostosa.

- Bem, eu não sei o seu nome.

Ela abre a porta e sai do carro, porém antes de fechá-la para entrar em sua casa, ela sorri e responde:

- Meu nome é Ana. Tchau.

Aguardamos ela entrar em sua casa e então damos partida para voltar a Hollywood.

‘’Ana’’.

 


Notas Finais


Por favor, se gostarem comentem :)

Santa Mônica fica na Califórnia, Hollywood também fica, mas as duas ficam a, mais ou menos, 30 minutos de distância.
Johnny mora em Hollywood, pelo menos oficialmente, já que ele não para de viajar...rsrsrs


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