História All I Ever Need - Primeira Briga

LEIAM AS NOTAS FINAIS E AS INICIAIS..LEIAM AS NOTAS FINAIS E AS INICIAIS..LEIAM AS NOTAS FINAIS E AS INICIAIS..LEIAM AS NOTAS FINAIS E AS INICIAIS..LEIAM AS NOTAS FINAIS E AS INICIAIS..

Acordei com um peso em cima da minha cintura, o braço do A-meezy, estávamos na mesma posição que ontem, tentei sair dos braços dele mas sem sucesso, estiquei lentamente o meu braço e peguei meu celular, desbloqueei a tela e no mesmo instante ele começou tocar.

Ligação on

- Maria?

- Oi, Como e onde você está?

- Eu estou bem e você?

- Tudo bem, mas onde você está? Tinha me dito que ia ficar na casa do Austin mas não está aqui!

- Ele teve que viajar e eu vim junto, estamos em Las Vegas...

- ESTÃO SOZINHOS??? – ela gritou do outro lado da linha.

- Não! – respondi num tom de voz mais elevado, percebi que o Austin abriu os olhos – Tem toda a equipe dele aqui!

- Hum.. – ela pareceu não acreditar. – quando vocês irão voltar?

- Vamos ficar aqui cerca de 3 dias, e eu já disse que é para você tirar férias! – o Aus já tinha levantado e ido rumo ao banheiro.

- Mas é que eu preciso falar com você, é sobre.... – ela soluçou.

- Minha mãe? Pode falar!

- Ok! – ela concordou, ficou um pouco em silencio e depois continuou. – O velório, eles estão investigando a morte, mas já terminaram com o corpo, então nós teríamos que fazer uma homenagem, uma missa.. não sei...

Por mais incrível que pareça eu não chorei quando ela falou sobre o velório, sobre eu nunca mais poder ver minha mãe, achei isso estranho, por que apesar de ser a minha mãe eu não estava necessariamente triste, era algo como raiva que me dominava, algo que eu não conseguia explicar, era como se ela tivesse me traído.

- Bom Maria, prepare o que quiser, me peça o dinheiro que depositarei na sua conta, eu não quero me envolver com isso, mas não faça missa, ela não gostaria, faça uma homenagem, chame pessoas importantes, é disso que ela gosta. Apenas me avise a quantia que quer e o dia que irá ser.

- Mas SeuNome... sei que a sua mãe quer que você se envolva..

- Mas não se trata do que ela quer! – interrompi-a – Ela nunca me pediu o que eu queria! Quem disse que eu queria usar vestido enquanto era uma criança? Eu queria poder usar calção! Eu não queria ter chá todas as tardes, mas eu tinha que tomar! Faça o que eu pedi, por favor!

- Ok, verei os preços e te avisarei.

- Está bem, e obrigada!

- De nada! – ela respondeu tímida e desligou.

Ligação off

- Que aconteceu, gatita? – Austin falou me dando um selinho.

- Sobre o velório... Peraí! Gatita? O que seria isso?

- Gatita? Um apelido que só eu posso usar!

- Hum... tenho que pensar em um apelido também... – falei pensativa.

- Boa sorte! – ele riu pelo nariz.

Olhei que horas eram, 7:30am, levantei e fui tomar banho, fui até o closet e coloquei essa roupa (#1) e sai para o quarto, Austin estava mexendo no computador.

- Vamos tomar café da manhã?

- Depende... tem pizza? – ele pediu, com um falso sorriso no rosto..

- Não, não tem pizza. – ele fingiu desmanchar o sorriso.

- Então eu não vou! – fez uma cara emburrada.

- Ok, mas desfaz essa cara que tá parecendo um cavalo com dor de barriga.

- Cavalo?

- Sim. Ah, só para avisar – falei abrindo a porta – se algum gatinho quiser me fazer companhia no café da manhã eu vou aceitar. – sai e fechei a porta, peguei o elevador e desci até o restaurante. Logo vejo a figura do Austin vindo na minha direção:

- Com licença, senhorita, se me permite dizer você é muito linda!

Saquei qual é a dele, fazer aqueles joguinhos de fingir que não nos conhecemos.

- Oh, obrigada, mas se puder me dar licença você não faz o meu tipo.

- Como assim não faço o seu tipo? Eu faço o tipo de todas as garotas!

- Bom, eu gosto de caras mais “normais”...

- “Normais”? Como assim princesa?

- É, normais, agora com licença, sim?

- Ah, oh, claro! Me perdoe. – ele falou e saiu andando, passou pelas portas do restaurante e eu pensei: ele desistiu. Mas não durou muito para que ele voltasse.

- Eaí gata! Como vai?

- Oh! Vou bem e você?

- Estou bem, posso me sentar? – ele falou se aproximando de mim.

- Acho melhor não, eu tenho namorado.

- Mas ele não precisa saber... – no mesmo instante ele me puxou pela mão e me deu um beijo de cinema, logo as pessoas começaram a aplaudir e foi aí que eu percebi a multidão de gente que estava nos olhando.

O Austin me olhou com uma cara nada boa, entendi o que ele quis dizer e fiz que não com a cabeça mas era tarde de mais, em um segundo eu já estava deitada no ar e apenas os braços dele me seguravam, paramos o beijo por falta de ar, ficamos alguns segundos nos encarrando e ele logo nos fez voltar para a posição normal, sentamos na mesa e começamos a comer, e só agora a multidão começou a voltar para seus lugares.

(....)

Tínhamos acabado de almoçar e estávamos no quarto, o Joe não tinha mais aparecido, Austin estava respondendo algumas fãs no twitter quando eu me lembrei das garotas que eu tinha encontrado ontem.

- Príncepe, me faz um favor?

- O que quiser, princesa. – ele falou desviando o olhar para mim.

- Segue essas Mahomies? Elas me encontraram ontem e pediram... – falei estendendo os papeis com os users para ele.

- Hum, é claro! – ele pegou o papel e voltou à atenção ao computador que estava em seu colo.

Resolvi pegar meu celular e ficar um pouco no twitter, entrei em uma fã page do Austin e o último twitter me deixou com uma raiva que eu não sentia a tempo, era algo mais ou menos assim:

“Austin curtiu 5 fotos da Camila Cabello”

Em baixo da frase apareciam os prints. Levantei do sofá e sem falar nada sai do quarto, ele nem deve ter percebido, peguei o elevador e desci até a garagem, entrei na primeira porta que eu vi, na sala onde eu entrei tinha várias estantes e nelas produtos de limpeza, a sala era estreita e comprida, a iluminação era fraca e não havia outra saída por ali.

- Precisa de ajuda? – ouvi uma voz desconhecida atrás de mim e deixei escapar um grito enquanto girava de frente para o sujeito.

- Ei, calma, não precisa ter medo, não vou  te machucar. - era um garoto, tinha olhos cor de avelã, cabelos castanho escuro penteados em um topete perfeito, tinha cerca de 1,60m de altura, notava-se que ele visitava a academia mas seus músculos não eram tão aparentes.

- E-está b-bem... – falei com tristeza na voz.

- Ei, o que aconteceu? – ele veio mais perto de mim, senti que ele ia me abraçar e recuei, acho que ele entendeu o recado por que deu um passo para trás.

- P-por que iria te falar, nem te conheço. – falei indiferente.

- Err... você tem razão, prazer, meu nome é Mike Montgomery. – ele disse estendendo a mão e dando um sorrisinho.

- Prazer, meu nome é SeuNome. – falei apertando a mão dele e sorrindo de volta.

- Pronto, agora que me conhece pode me dizer o que aconteceu.

Me encostei em uma das estantes e fui deslizando até o chão, ele logo sentou do meu lado.

- M-meu n-namorado... – limpei uma lágrima que escorreu pelo meu rosto.

- Ei, calma... – ele falou com voz tranquilizante, enquanto passa seu  braço pelo meu ombro, me abraçando de lado.

- Ele curtiu umas cinco fotos da ex-namorada dele.

- Ouch! Por que diabos ele faria isso? – ele falou com uma cara muito tosca de indignado que me fez soltar um risinho.

- Talvez por que ela é famosa e bonita.

- Duvido que seja mais bonita que você! – ele falou me olhando, me senti corar.

- Ela é a Camila Cabello.

- Peraí! Para tudo, amiga! – ele falou fazendo jeitinho de gay. – A Camila Cabello? Do Fifth Harmony? A Girl Band?

- Hum, é isso aí, viu? Eu disse que ela é mais bonita.

- Não, eu fiquei espantado justamente por isso: ele seria um completo idiota de te trocar por ela! Tipo, você é a perfeição comparada com ela!

- O-obrigada... eu acho.. – senti-me corar mais ainda.

- Vem, quero te mostrar um lugar! – ele falou me puxando pela mão. Entramos no elevador, saímos em um corredor que só tinha uma porta, quando ele abriu a porta eu tive uma visão linda de Las Vegas, os cassinos e hotéis cobertos de neve, com os enfeites de Natais já prontos, queria ver isso daí a noite.

- É lindo! – exclamei com a boca aberta em um “O”.

- Eu gosto de vir aqui quando estou triste. Bom, vou deixa-la sozinha.. – ele falou virando as costas.

- Ei, fica! Já estou melhor! – falei batendo os dentes, droga por que fui esquecer meu casaco no quarto?

- Está com frio? – ele falou vindo em minha direção.

- N-não.. – tentei negar, mas era impossível pois meus dentes tremiam mais do que maria-mole em mão de criança.

- Toma o meu casaco, vai te esquentar. – ele tirou o casaco e pôs em cima dos meus ombros, deixou a mão ali.

- SEUNOME! – ouvimos uma voz atrás de nós. Quando me virei só pude ver um vulto sair correndo.

- AUSTIN! – gritei e sai em direção ao corredor, mas era tarde de mais, ele já tinha pego o elevador, e o pior: esse andar só tinha um elevador.