História All I Ever Need - Não Há Mais Nada Entre Nós

Olhei para o lado e vi uma porta vermelha, a saída de emergência, abri a mesma e sai correndo, quase me matei mas consegui chegar até a recepção, pedi para um dos guardas que ficavam perto da porta se o Austin tinha saído, ele negou e eu pedi que se ele tentasse sair me avisasse, o policial concordou e eu peguei o elevador e selecionei o andar da nossa suíte.

Abri a porta com esperança de encontra-lo lá, mas nada, olhei no banheiro, no closet, na sacada, em baixo da cama, mas nem sinal dele. Peguei o telefone do hotel e liguei para ele, o telefone tocou na mesinha de centro, peguei-o na mão e encerrei a chamada, vi que tinha uma mensagem de um número desconhecido aberta, resolvi ler:

“Corno seria a palavra ideal para te descrever. Duvida?

Vá até o terraço e comprove.”

-- TIG

A mensagem tinha sido enviada cerca de 10 minutos atrás, o tempo que eu estava no terraço, tinha alguém me espionando, mas isso não importa, quero  saber onde Austin está. Sai do quarto e fui de andar em andar procurando por ele, ele não estava em nenhum lugar, desci até a garagem o carro dele e o do Joe ainda estavam lá, ele não saiu. Ouvi uma discussão vinda da sala dos produtos de limpeza, onde o Mike me encontrou antes, eu não entendia os gritos então resolvi me aproximar, cheguei perto da porta e me sentei ali no chão, ouvindo tudo que eles falavam.

Austin POV’s on

- PELA DÉCIMA VEZ: EU NÃO TENHO NADA COM ELA!!! – Mike gritava, como se eu fosse acreditar...

Flashback on

Estava sentado no sofá respondendo algumas fãs no twitter, a SeuNome estava do meu lado, ela saiu do nada, não me deu satisfação, então resolvi meio que ignorar, ela está com vários problemas, passou um tempo e ela ainda não tinha voltado, ia ligar para ela, mas meu celular vibrou, sinal de mensagem, de um número desconhecido, a mensagem dizia para mim ir até o terraço, me chamando de corno, e era assinada apenas com TIG, resolvi obedece-la e fui até onde ela mandava. Ao chegar lá vi um cara abraçando a SeuNome, depois disso não vi mais nada, apenas me lembro de descer o elevador e ser arrancado a força de dentro dele, ser jogado dentro de um quarto com muitos produtos de limpeza e de começar a discutir com esse garoto, o nome dele é Mike, e é o cara que tava quase agarrando a SeuNome.

Flashback off

- EU VI VOCÊS QUASE SE AGARRANDO! – gritei em resposta.

- AGARRANDO? EU SÓ COLOQUEI O MEU CASACO EM CIMA DOS OMBROS DELA, ELA TAVA TREMENDO DE FRIO! – ele acha que eu sou burro?

- Eu vi vocês, caralho! – falei e dei um soco em uma prateleira, o que fez alguns produtos caírem no chão.

- Tu viu, mas interpretou errado! – o garoto dizia, fiquei quieto para ver até onde ele iria mentir – Eu vou te contar tudo. Eu ouvi um choro vindo desse quarto, entrei aqui e a sua namorada estava chorando, ela me contou o que aconteceu. Cara, você é completamente louco, serio isso?

- Isso o que? – disse e deslizei até o chão, me encostando em uma parede.

- Curtir cinco fotos da tua ex?? Até eu sei que não se deve fazer isso!

- M-mas ela é uma amiga... – falei e limpei uma lágrima que desceu pelo meu rosto.

- A mulher só é amiga de um homem até beija-lo depois não é mais, não importa o que tenha rolado entre eles. – ele falou e se sentou do meu lado, me levantei e o empurrei, o que fez ele se levantar também.

- Entre mim e a SeuNome não existe mais nada, fique com ela de presente!

- Não perca a SeuNome, você nunca vai achar alguém como ela! – ele falou, mas eu ignorei.

- Eu não quero mais a SeuNome. E quem vai sair perdendo é ela! Ela que não é famosa! Existem milhões de garotas que dariam tudo por mim!

- Mas você não ama nenhuma como ama a SeuNome, e nenhuma ama você mais que ela, eu posso ver em seus olhos!

- Ah, cala a boca! – falei e sai.

Ao cruzar a porta, vi alguém encolhido no chão, chorando, puta merda!

- SeuNome, desculpa! – falei me aproximando mas ela levantou e se afastou.

- Não! Não tem mais nada entre nós! – ela falou e saiu correndo para o elevador, que estava parado no andar.

Corri também tentando alcança-la, mas quando cheguei perto as portas do elevador já tinham fechado, chamei o elevador do lado, que chegou logo, parei no andar do nosso quarto e percebi ela entrando na suíte e trancando a porta.

(...)

Fiquei cerca de uma hora esperando na porta do quarto, batendo e pedindo para entrar, ou pelo menos para ela sair, mas nada, nem sinal...

SeuNome POV’s

O Austin ficou um bom tempo batendo na porta do quarto, foi o tempo suficiente para eu tomar banho, e arrumar minhas coisas na mala, deixei um recado perto do celular dele que dizia:

“Foi bom enquanto durou, nunca vou esquecer seu beijo, o beijo do meu ídolo, o beijo do homem que eu amei e ainda amo. Sei que vai ser ruim quando escutar a sua voz em uma entrevista ou ver as suas fotos no meu laptop, no meu celular, ver seus posters... mas eu nunca vou deixar de ser Mahomie, eu continuo te amando, e vou amar para sempre!”

Não sei por que mas senti a necessidade de escrever aquilo, abri a porta do quarto e vi o corpo do A-meezy desacordado jogado no chão, ótimo, ele dormiu, desci até o hall de entrada, e fui até o balcão da recepcionista, pedi se tinha algum quarto vazio, mas não tinha nada, nenhum quarto vago, mas como isso pode acontecer?

Peguei meu celular e chamei um táxi, enquanto esperava sentei em um banco, logo alguém veio falar comigo, o Mike.

- Posso me sentar?

- Claro.. – respondi de cabeça baixa, ele analisou a minha mala.

- Aonde vai? – ele pediu com ar preocupado.

- Para casa, ou pelo menos o lugar onde era minha casa...  – falei com a voz falhando.

- Ahn? Como assim?

- Em menos de duas semanas eu comecei a namorar o Austin, fui sequestrada, aí meu pai traiu a minha mãe e desapareceu no mundo, minha mãe se matou, eu vim para cá com o Austin e agora eu acabei com ele, preciso voltar para Miami. – ele ficou em silencio por um tempo.

Logo o táxi chegou, dei um abraço nele e agradeci, quando estava indo ele me segura pelo braço e fala:

- Fica, por favor? Só mais uns dias... – olhei para ele sem reação.

- Mas não tem mais nenhum quarto vago...

- Fica no meu. – ele falava rapidamente.

- É que... err... está bem. – me rendi, ele dispensou o táxi, pegou minha mala e eu fui seguindo ele até o quarto.