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História All I Ever Need - Radley Sanatorium


Escrita por: Mariselemaho

Notas do Autor


Desculpem a demora, era para eu ter postado antes mas não tive como.
BOA LEITURA!

Capítulo 28 - Radley Sanatorium


Austin POV’s on

Os garotos não quiseram me levar para casa, para que a minha mãe não me visse assim, então fomos direto para o apartamento do Alex, já que ele morava sozinho.
Quando chegamos peguei meu celular e disquei o número do meu advogado:
- Alô? – ele atendeu do outro lado da linha.
- Oi, eu preciso da sua ajuda! – pedi, me sentando no sofá.
- Quem fala? – ele pediu, desconfiado.
- É o Austin Mahone, lembra de mim?
- Ah, claro, me perdoe Austin... Mas, em que posso ajuda-lo?
- Eu prefiro não falar por telefone, será que eu poderia ir até o seu escritório?
- Sim, pode vir agora, se quiser.
- Estou a caminho! – falei e desliguei o telefone, sai do apartamento e os garotos me acompanharam.

O prédio ficava do outro lado da cidade e o trânsito estava muito ruim. Demoramos cerca de uma hora para chegar.
Entrei na sala do advogado e me sentei, contei rapidamente a história para ele e falei que estava disposto a pagar quanto fosse para que ele tirasse ela dessa encrenca. Logo ele chamou mais alguns ajudantes e eles logo começaram a fazer ligações, eu e os garotos fiamos sentados esperando notícias. Às vezes eu me lembrava de alguns momentos alegres meus e da SeuNome e sorria, aí vinha a imagem dela com o Mike e eu desabava em lágrimas, eu não aguentaria aquilo por muito tempo, eu precisava que tudo acabasse, mas que acabasse com ela do meu lado.

SeuNome POV’s

- Para onde eu vou? – pedi pela décima vez.
- Se tu não calar a boca, pro cemitério. – uma mulher bizarra falou, gelei.

Ela era gorda, baixinha, cabelo bordô, e era medonha. Não demorou muito ela parou o camburão, onde eu e mais duas garotas estavam.

Flashback on
Depois de ver o Austin fui jogada para dentro do carro, um homem com a farda da polícia dirigia, e os outros dois que estavam comigo sentaram no banco de trás, e eu estava no meio deles. O carro ia em uma velocidade absurda, e eu estava sem o cinto de segurança, então quando o motorista freou de soco eu quase sai pelo vidro da frente.
Eles me empurraram para fora do carro e depois me colocaram dentro de um furgão, tinha mais umas 6 garotas, mas eu não ia falar com elas, então apenas me encolhi no meu canto.
Flashback off

A mulher nos fez descer daquele carro. Estávamos em frente a um prédio, ele era gigante, mas não era uma prisão, ou uma rehab. Na placa que ficava perto da porta podia ser lido “Sanatório Radley”. Eu estava em um sanatório, mas por quê?
- Entrem! – ela ordenou com voz firme.

Ninguém ali nos deixava falar ou fazer qualquer coisa, a motorista assinou uns papéis e depois uma mulher com um vestido branco que ia até o joelho nos levou para um banheiro. Ali havia vários chuveiros, e cada garota entrava em um, fiz o mesmo. A água era gelada e não havia sabonete, a roupa que a mulher me entregou era um vestido branco que ia até a minha canela, ele não tinha decote algum, as mangas eram curtas, mas no momento isso não importava, eu precisava saber por que estava ali, resolvi arriscar:
- Por que estou aqui? – pedi para a mulher, que deveria ser a enfermeira.
- Não sei, você foi encaminhada para cá, eu sou apenas encarregada de cuidar de você. – ela deu um sorriso simpático, ela era diferente das outras pessoas.

Não respondi, mas ela nos levou para um quarto, eu e mais três garotas ficamos ali e a enfermeira levou as outras quatro para outro local. Cada uma das garotas escolheu uma cama, e eu fiz o mesmo, peguei uma do lado da janela, que apesar de ser cheia de grades me proporcionava alguma visão do mundo exterior. Fiquei olhando pela janela, me lembrando do Austin e da sua promessa, ele disse que ia me ajudar, mas será que ele vai conseguir?

- Olá! – uma garota morena sentou do meu lado na cama – Quer conversar? – eu apenas assenti com a cabeça e olhei para ela – Qual o seu nome?
- É SeuNome e o seu?
- Rosalie. – ela falou me estendendo a mão, a cumprimentei – Mas eu prefiro que me chamem de Rose. – sorri fraco. – Mas e então, por que está aqui?
- Eu... – pensei um pouco – não sei... – ela me olhou estranho.
- Como assim “não sabe”? Todo mundo esta aqui por uma razão.
- Deve existir uma razão, mas eu não sei qual. – falei e voltei a olhar pela janela – Mas, e você, por que está aqui? – pedi sem tirar o olhar da janela.

Ela ficou em silêncio, mas eu sentia a presença dela, a olhei e a vi de cabeça baixa, ouvi alguns soluços e percebi que ela estava chorando. A abracei de lado, não havia nada que eu pudesse fazer, eu só sabia o nome dela. Ela ficou um tempo de cabeça baixa, depois me olhou e saiu correndo. Fui atrás dela, ou pelo menos tentei, quando sai da porta uma das garotas me chamou de dentro do quarto e mandou eu ficar, falou que não adiantava ir atrás, pedi se ela conhecia Rose mas ela não respondeu, então eu voltei e fiquei olhando pela janela.

Um tempo depois, quando já estava escurecendo, uma das enfermeiras apareceu no quarto, ela tinha uma bandeja, em cima tinha quatro agulhas, ela pediu para nós nos deitarmos nas camas. As garotas que eu não conhecia se deitaram, eu continuei do jeito que eu estava e a Rose ainda não havia voltado.
- Deite-se! – a mulher falou para mim, eu a ignorei.
Em u segundo senti uma picada e olhei para o meu braço de onde a mulher tirava uma agulha que continha o resto de um líquido transparentes, cai sentada na cama, por conta da tontura, e dei uma olhada ao redor, as outras duas garotas estavam dormindo. Minha visão começou a ficar embaçada, mas antes de apagar eu vi Rose entrar no quarto.

Austin POV’s on

Ficamos a tarde à procura da SeuNome mas nada, nenhuma Rehab tinha uma paciente com esse nome, procuramos também em alguns hospitais, mas nada. Ligamos para a delegacia para tentarmos descobrir aonde ela estava mas parecia que o responsável sobre isso não queria falar. Eu não havia comido nada desde ontem de noite, eu só queria saber da SeuNome, as vezes me sentia tonto, mas aí eu lembrava dela e tudo passava, menos a raiva que eu sentia por causa daquele imbecil do Mike.
O escritório do meu advogado estava para fechar, afinal já eram quase oito horas da noite, eu tinha que ir para casa. Eu e a Foolish saímos do prédio e fomos até o carro do Alex, entramos no mesmo e o dono começou a dirigir. Percebi que não estávamos indo para a casa dele, ou para a minha, estávamos seguindo um caminho diferente.
Logo o carro para em frente a um Starbucks, eu não queria descer mas os garotos me arrastaram para dentro, fizemos nossos pedidos e sentamos em uma das mesas para comer. Não era dia dos namorados nem nada, mas parece que todos os casais resolveram sair juntos hoje, o pior é que eles se sentavam em mesas próximas, eu via eles e me lembrava da SeuNome, na verdade qualquer coisa me lembrava dela. Meu celular toca me tirando dos meus pensamentos:
- Austin! Eu descobri! – a voz do meu advogado falava alegremente do outro lado da linha.
- Conseguiu o quê? – pedi me levantando.
- A sua namorada não está em uma Rehab, ela está no Sanatório do Radley! – ele falava animado.
- Sanatório? Mas ela não é louca! – falei, chamando os garotos com gestos e indo até o carro.
- Eu não sei ao certo por que, mas que ela está lá está. – ele falou.
- Posso ir vê-la? – perguntei.
- Você precisaria de uma autorização, mas amanhã logo que amanhecer eu acho uma para você, ok?
- Amanhã? Não pode ser hoje? – pedi esperançoso.
- Infelizmente ele fica fechado a noite, então só amanhã mesmo, esteja às oito da manhã no meu escritório. Ah, só para avisar traga alguém para dirigir por que o Radley fica a cerca de cinco horas daqui.
- Cinco horas?? – me espantei – Está bem, as oito eu tô ali! – falei e desliguei.

Expliquei rapidamente para os garotos e os convidei para dormir na minha casa, eles toparam, e o Alex dirigiu rumo a minha casa.

SeuNome POV’s on

Acordei um tempo depois e senti uma dor leve no meu braço, olhei pela janela e vi tudo escuro, apenas algumas luzes que iluminavam a pequena cidade onde nós estávamos. Eu comecei a escutar uma música, parecia um violino, eu precisava saber de onde ela vinha, era como se ela me atraísse. Assim que coloquei os meus pés no chão me senti tonta, mas eu não conseguia me deitar, meus pés foram andando rumo à música. Meus olhos não se estabilizavam e eu estava ficando cada vez mais tonta.
Os corredores do Radley pareciam não ter mais fim, eu dobrei milhares de vezes, e não sei se saberia o caminho para voltar, mas eu não conseguia parar, os meus pés faziam o que queriam.
Depois de um tempo caminhando parei em frente à uma porta, parecia que a música vinha de dentro dela, a minha tontura passou um pouco e eu consegui ler na placa: “Ala Infantil”. Abri a porta sem hesitar e me deparei com uma garota morena tocando um violino, na hora reconheci aqueles cabelos, era a Rose.
- Rose? – pedi me aproximando, ela me olhou e enxugou algumas lágrimas que caiam dos seus olhos.
- SeuNome! – ela falou com a voz falha – O-o quê faz aqui?
- E-eu escutei a música... – falei e me sentei do seu lado, mas me arrependi, por que na frente dela haviam algumas bonecas bizarras – Mas e você, o que faz aqui?
- Eu... eu... eu preciso te contar uma história...
- Comece. – ela ficou uns segundos em silêncio, respirou fundo várias vezes e depois começou:
- Cerca de seis meses atrás eu e minha irmã mais velha, aquela que está no quarto conosco, o nome dela é Júlia, eu e ela fizemos uma brincadeira com a nossa outra irmã, que tinha sete anos, a Bia. Só que a brincadeira não deu certo, meu pai e a minha mãe viram, só que eles entenderam errado e pensaram que a Bia queria se matar, eu tentei várias vezes contar a verdade mas a Júlia não deixava, ela falava que nós poderíamos ser presas se alguém descobrisse. Como resultado a Bia foi trazida para cá, nossa família veio várias vezes visitá-la, mas ela não falava nada, apenas ficava aqui tocando violino. Um dia sai de casa escondida e vim aqui sozinha, e a última coisa que eu ouvi a Bia falar foi: “A Júlia realmente quis me matar, ela está feliz em me ver aqui.”. Eu tentei perguntar mais alguma coisa, mas ela não respondia, o horário de visitas acabou e eu voltei para casa. Na manhã seguinte acordei com um choro alto vindo do andar de baixo da minha casa, desci correndo e vi um dos funcionários daqui falando com o atestado de óbito em mãos, eu comecei a chorar, mas a minha mãe era a mais inconsolável, mas depois de enterrar a minha irmã minha mãe se deu conta, ou pelo menos enlouqueceu, ela acusava eu e a Júlia de ter vindo até aqui a noite e matado a Bia, eu nunca faria isso, mas eu realmente acho que a Júlia fez. Minha mãe acusou ela e ela me acusou, por isso estou aqui. – fiquei pasma depois de ouvir, mas o pior é que ela falava tudo de uma vez só, o que complicava para mim raciocinar.
- Mas isso é uma injustiça! – reclamei me levantando.
- Mais ninguém acha isso! – ela se levantou e enganchou seu braço no meu, andando para fora daquela sala.

Eu estava completamente perdida entre aqueles corredores, mas Rose sabia bem por onde estava indo, paramos em frente ao nosso quarto, ela me deu um abraço apertado e pediu para eu nunca esquecer dela, eu pedi o mesmo e nós entramos, cada uma foi para a sua cama.


Notas Finais




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