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História All I Know. - Segundo.


Escrita por: Semi-Harmonizer

Notas do Autor


VOLTEEEEEEEI E COM CAPITULO BOMBASTICO.

Antes de tudo, eu quero agradecer quem tá apoiando essa nova temporada. De verdade, I Know What I Know tem muitos leitores, e eu fico feliz de saber que muitos estão aqui também. Então, obrigada por estar dando a chance à essa nova temporada, obrigada para quem tá comentando, favoritando, votando. Muito obrigada. E DIVULGUEM PROS AMIGUINHOS, nem precisa ler a temporada anterior, pode vim direto nessa e vai dar tudo certo hahahaha.

Então, aproveitem o capitulo estrelinhas.

Alias, parte em itálico no meio do cap é....FLASHBACK, eles vão ser bem frequentes por aqui.

Capítulo 3 - Segundo.


Pov Lauren Cabello-Jauregui.

— Ok, Dimitre, colabora — pedi, já sem paciência, enquanto meu filho se debatia em meus braços. 

 

— Chão! — pediu, o rostinho irritado, de quem queria correr. 

 

— Se eu te colocar no chão e você correr, eu juro que nós voltamos pra casa — falei séria, o vendo fazer o mesmo bico de sempre, de quem iria chorar. 

 

— Quer mama! — pediu, cruzando os bracinhos, enquanto eu o colocava no chão.

 

— Mama está trabalhando, Dimitre, eu já disse — respondi,  irritada, respirando fundo para tentar me controlar, vendo meu filho me olhar com os olhinhos meio arregalados e o bico no rosto.

 

Merda.

 

— Filho, não precisa chorar — falei o mais mansa que consegui, mas nem minha frase havia acabado e ele já estava chorando alto, se sentando no chão, molhando todo seu rosto com suas lágrimas. 

 

Suspirei, passando as mãos pelo meu cabelo, contando até 1432, tentando não gritar com Dimitre e o mandar voltar para o carro e engolir esse choro de criança mimada. 

 

— Dimitre, chega disso, para de chorar! Sua mãe está trabalhando! — exclamei, cansada e irritada, sem paciência alguma de lidar com aquilo. 

 

Pelos deuses, eu ainda tinha que terminar dois capítulos do meu livro novo, revisar milhares de anotações, me encontrar com o editor, com meu agente. E, ainda estava tentando ir à casa de Dinah, precisava falar com ela. Sem falar que Camila estava lotando meu celular com mensagens, ela estava ainda mais gripada, então não podia levar o Dimitre para a creche. Ou seja, eu ainda tinha que levar esse menino que ainda estava chorando horrores na calçada, para a creche. 

 

— Mama! Mama! Mama cuda de mim — ouvi a voz chorosa no meu filho, enquanto ele coçava o olho todo molhado, chorando um pouco mais baixo.

 

Soltei mais um suspiro, me abaixando, ficando próxima à ele. Me sentindo levemente culpada, as coisas andavam tão estressantes, que eu acabava não dando a atenção necessária para meu filho.

 

— Ei, Dimmy — chamei baixinho, o vendo fungar, antes de me olhar com aqueles olhinhos castanhos que lembravam os da minha esposa — Mama Camila está trabalhando, bebê, mas, nós vamos ver a tia DJ, a tia Mani, a Z, e o Seth, você não quer ver eles? 

 

— Mas a Mama? — perguntou, a voz tristonha. 

 

— Depois daqui, eu vou te levar para a creche, e a Mama vai te ver, mas agora, não quer ver suas tias? — ergui a sobrancelha, sentindo o alívio ao vê-lo abrir um grande sorriso.

 

Meu coração se aqueceu. Ele tinha o sorriso mais lindo do mundo. Era uma mistura do meu sorriso com o da Camila, ele prendia a língua entre os dentes da mesma forma que minha esposa fazia, e abria um sorriso largo quase envergonhado e fofo como eu costumava fazer. 

 

— Z também? — Ele perguntou, já se colocando de pé animado, me fazendo rir, enquanto me levantava e segurava sua mãozinha.

 

— Sim, Di, a Z também vai estar lá, e o Seth também! — respondi, tentando ter a mesma animação que meu pequeno. 

 

Fiz meu filho continuar andando pela calçada, até a casa de dois andares, larga, do subúrbio onde estávamos. Era uma casa de tijolos, um pouco rústica, uma cerca colorida de várias cores, um jardim cheio de flores, e a calçada de tijolos amarelos (culpa de Zendaya), até chegar na porta de mesma cor. Soltei uma risada ao ver meu filho correr, até bater na porta. E ri ainda mais quando Dinah abriu a porta, fazendo Dimitre soltar um grito animado e pular em seu colo.

 

— Estou começando a achar que ele gosta mais de você — brinquei, um pouco enciumada, me aproximando para cumprimentar minha amiga.

 

— Mas ele gosta! — ela respondeu, convencida, balançando alegremente meu filho em seus braços. 

 

— Laur!! — ouvi uma voz animada e sorri, abrindo os braços e deixando Zendaya me abraçar. 

 

— Ei, garota, para de crescer, por favor — pedi, rindo, mas um pouco assustada por ela estar tão grande. 

 

— Eu disse que iria ficar mais alta que minha mãe! — ela respondeu orgulhosa e eu ergui a sobrancelha. 

 

— Dinah ainda é mais alta que você, e Normani também — lembrei, fazendo a adolescente revirar os olhos.

 

— Isso é só questão de tempo — deu ombros. 

 

— Zendaya Hamilton-Hanson! Eu não tinha mandando você ficar de olho no teu irmão? Eu o encontrei tentando sair do berço — Normani entrou na sala, irritada, com o filho no colo.

 

— É que eu ouvi a voz da Lauren, mãe, e o Seth não ia sair, ele só estava querendo chamar atenção — Zendaya rolou os olhos novamente, mas, vi seu sorriso pequeno ao olhar para o irmão caçula 

 

Só então Normani me notou na sala, a vi abrir um sorriso antes de se aproximar para me cumprimentar. 

 

— Oi Mani — cumprimentei minha amiga, mas logo abri um sorriso bobo para o bebê em seu colo — Ei Seth! Vem com a tia Laur, vem — chamei o pequeno, que soltou aquela risada gostosa sempre que me via, pulando em meus braços.

 

— Por Deus, Lauren, o que é que você tem que esse menino não te larga? — Normani resmungou, me fazendo rir enquanto brincava com Seth em meu colo.

 

— Não tenho culpa se seus filhos me amam — sorri divertida, sentindo Zendaya me abraçar enquanto ria e concordava. 

 

Zendaya Hamilton-Hanson e Seth Hamilton-Hanson, eram os dois filhos de Normani e Dinah. Z já era uma adolescente, com seus recém completados 15 anos, ela tinha 10, quando Normani e Dinah a adotaram, segundo o casal, elas sentiram que Zendaya era filha delas no instante que a olharam.

 

"Sentimento de mãe"

 

Foi o que as duas disseram quando nos contataram sobre a adoção e em seguida nos apresentaram a filha. Era impossível não amar Zendaya, ela tinha longos cabelos ondulados, a pele morena, olhos expressivos que costumavam ficar por trás dos seus óculos quadrados. Era uma garota linda, inteligente, e engraçada, além de ser uma filha incrível, que amava tanto suas mães. 

 

Já o pequeno Seth tinha apenas um ano, era a cara de Dinah, chegava a assustar como eram parecidos. Fruto de uma fertilização in vitro, o pequeno veio ao mundo ano passado, e conquistou a todos. 

 

Até porque, quem não se rende a um bebê fofo desses? 

 

— Então, veio aqui só pra roubar meu filho? — Normani brincou, quando já estávamos todas sentadas nos sofás da ampla e arejada sala. 

 

— Nem vem que sua esposa também roubou o meu — retruquei, olhando para o sofá oposto onde Dinah fazia caras e bocas que causavam risadas em Dimitre — Mas, só passei para dar oi mesmo — dei ombros, despreocupada, sorrindo levemente para Seth que começava a brincar com os botões da minha camisa. 

 

— Fala sério, Lauren, se dependesse de você, nós nunca te veríamos porque você só estaria enfurnada naquela biblioteca — Mani lembrou com bom humor e eu me limitei a rolar meus olhos.

 

— Com boas razões, tá? — me defendi — Eu até tenho que voltar logo e terminar de escrever algumas coisas antes de me encontrar com meu editor e depois com meu agente, dia estressante hoje — murmurei, tentando não me irritar só de pensar no dia que teria. 

 

— Quer deixar o Dimitre aqui? — ofereceu carinhosa e por um instante cogitei aceitar, seria uma coisa a menos para se pensar. 

 

— Seria ótimo, mas, eu prometi pra ele que levaria para a creche, assim Camila poderia ir vê-lo — respondi, com um suspiro, e logo vi minha amiga desviar o olhar para trás — Ele está aí? — perguntei baixo, a vendo voltar o olhar para mim.

 

Porém, não foi preciso que ela me respondesse, foi possível ouvir o barulho baixo da cadeira de rodas motorizada, e em seguida Austin aparecendo na sala. O rosto sério, como nos últimos anos, nem lembrava o melhor amigo de Camila que sempre vivia sorridente no ensino médio. A barba estava por fazer, e os cabelos mal penteados, enquanto ele vestia um pijama. O silêncio reinando na sala enquanto ele dirigia a cadeira - que andava bem devagar - até próximo ao sofá onde estávamos sentadas. 

 

Eu tentei não pensar naquilo, mas foi inevitável memórias retornarem à minha mente... 

 

"Bati o pé impaciente no piso branco do hospital, cruzando os braços e me recostando na cadeira gelada. Normani estava ao meu lado, mas havia feito questão de pular duas cadeiras, assim que minha esposa se aproximou. 

 

Vi o olhar pesaroso de Camila recair sobre Normani, enquanto ela soltava um longo suspiro. Toquei em suas mãos, que também estavam frias, chamando sua atenção. 

 

— Ei, Camila, olha para mim, amor — pedi, tendo seus olhos em mim finalmente — O que houve? Por que nos chamou? 

 

— Dr Sheppard acredita que Austin irá acordar a qualquer momento, de hoje — respondeu, o tom esperançoso, mas ao mesmo tempo temeroso, senti o olhar de Normani em nós enquanto Camila falava — E, quando ele acordar, saberemos informações concretas.

 

— Tudo vai ficar bem, Camz, ok? — prometi, mesmo que por dentro, eu sentisse quase o mesmo medo que minha esposa. 

 

Vi Camila se afastar, se aproximando de onde Normani, e agora Dinah, estavam, contando à elas o mesmo que contou a mim. Normani se levantou, um pouco irritada, e automaticamente eu me levantei dando um passo a frente. Sua voz soando irritada e ameaçadora enquanto falava com Camila.

 

— É bom que ele acorde, Camila, e que esteja totalmente bem, porque se ele não conseguir mexer um dedo sequer, eu juro que te processo junto com esse hospital que você tanto ama — Normani cuspiu as palavras, esbarrando de propósito em Camila antes de sair dali. 

 

— Amor? — chamei, tocando levemente em seu ombro, seu olhar no chão, encarei Dinah, que ainda estava ali.

 

— Ela não vai realmente fazer isso, Mila, só, dê tempo à ela ok? E Aus vai ficar legal — Dinah encorajou, dando alguns tapinhas nas costas de Camila, antes de sair e seguir a esposa. 

 

— Ei, você escutou a Dinah, vai ficar tudo bem entre vocês e Normani — sussurrei, erguendo o rosto da minha esposa, soltando um suspiro ao ver os olhos marejados, algumas lágrimas escorrendo de seu rosto. 

 

— Eu estraguei tudo, Laur, ele tá em coma, por cinco semanas já, e é minha culpa! — Camila exclamou, em um tom choroso, abraçando minha cintura. 

 

— Não pode achar que uma lesão cerebral foi sua culpa, Camila, — falei baixo, abraçando seu corpo, que agora parecia estar mais magro que cinco semanas atrás. 

 

— Mas se ele não estiver andando, a culpa será minha, Lauren, fu eu quem empurrou o Sheppard enquanto ele estava tirando fragmentos da bala na coluna dele! — Camila se culpou, ainda derramando algumas lágrimas. 

 

— Camila, ele estava parando, ele poderia ter morrido, e, ele precisava daquele choque, entendeu? — falei o mais sério que consegui, segurando seu rosto com minhas mãos — Tem certeza que ficar nesse caso é melhor para você? Sua suspensão acabou essa semana, não seria melhor se afastar disso? 

 

— Bem que eu queria — ela murmurou, se afastando um pouco de mim, passando a mão no cabelo, nervosa, o uniforme azul claro todo amassado — Mas, foram ordens da Dra Bailey, meio que uma punição ainda eu permanecer no caso, e ela é chefe da cirurgia, não há nada que eu possa fazer. 

 

— Bem, tecnicamente tem algo — murmurei, vendo o olhar mais duro da minha esposa em mim.

 

— Eu não vou usar meu nome nisso, Lauren, seria errado, sem falar, que Dra Bailey conhece minhas mães há anos, não posso colocar família no meio — Camila respondeu seriamente.

 

— Mas se você se lembra, você está aqui por causa do seu nome — falei, um pouco mais baixo ao ver alguns outros residentes passando ali.

 

— Eu estou aqui porque sou uma interna do primeiro ano, e eles não acharam um erro que merecia expulsão — ela retrucou, um pouco mais alto.

 

— Isso é o que dizem pros seus colegas — lembrei, a vendo desviar o olhar.

 

— Eu sou Dra Cabello-Jauregui nesse hospital, Lauren, tua esposa, que tem o seu sobrenome junto, sem privilégios, então, se é minha punição continuar nesse caso, eu aguento — Camila decidiu, o tom de voz que deixava claro que ela não queria mais falar disso.

 

— Mila — um de seus amigos, Troye a chamou e a vi o olhar com um semblante mais sereno — Hunt e Sheppard estão te chamando, Mahone está acordando. 

 

Camila correu em disparada, e eu fui atrás dela, a vendo quase escorregar para parar em frente o quarto do melhor amigo. O pai e a madrasta - vulgo mãe de Normani - de Austin, estavam ali, assim como Normani e Dinah, além dos dois doutores do caso. Minha esposa travou na porta. 

 

Austin estava acordado. 

 

O rosto cansado, um tubo na garganta, mas os olhos abertos e assustados. Dr Sheppard estava terminando de o examinar enquanto Hunt falava com a família dele. Aparentemente ele estava consciente de onde estava, e conseguiria respirar por conta própria, por isso, algumas enfermeiras chegaram e tiraram o tubo de sua garganta, e após um copo d'agua, ele falou pela primeira vez em cinco semanas. 

 

— Hey — Ele disse, o que causou algumas risadas em sua família que correu para o abraçar. 

 

Camila se manteve longe, mas pelo seu olhar, eu sabia que tudo que ela queria ela correr e abraçar o melhor amigo. Porém, após os doutores o examinarem, o momento que todos temíamos chegou. 

 

— Ei, não ganho um abraço da minha cirurgiã preferida? — Austin brincou, encarando Camila. 

 

Vi minha esposa encarar Normani e os pais de Austin por instante, antes de se aproximar devagar e abraçar Austin. Eu ouvi o seu choro abafado no ombro dele e engoli em seco. Porém, em um pensamento descuidado, ela se apoiou na perna dele ao se afastar, todos vimos o olhar confuso de Austin.

 

— Eu, é, eu não senti isso — Ele disse, enquanto Camila se afastava assustada, se aproximando de mim — Gente, eu não, porra, eu não sinto! — Austin disse, agora desesperado, socando sua coxa, encarando os doutores, o choro do seu pai começando a ser ouvido.

 

Mas a única coisa que vi foi o olhar de Normani à Camila, eu senti o ódio naquele olhar, e a mágoa. Camila não sustentou o olhar, pelo contrário, ela desviou e me olhou, entrelaçando nossas mãos. Apertei firme. 

 

— Eu estou com você, se acalme — pedi baixo em seu ouvido, pedindo mentalmente que ela estivesse me escutando, porque seu olhar estava em Austin enquanto os médicos o explicavam o que havia acontecido."

 

— Oi, Lauren.

 

A voz mais grossa de Austin me tirou dos meus pensamentos, e eu engoli em seco, balançando a cabeça levemente, antes de enviar um sorriso fraco a ele.

 

— Hey Austin, e aí? — o cumprimentei e ele deu ombros.

 

— Vim passar a semana com minha irmã e a família — respondeu, sem sorrir em nenhum instante — Não imaginava visitas. 

 

— Só passei pra saber como estava — admiti baixo, ajeitando Seth em meu colo.

 

— Ainda paraplégico, se é isso que quer saber — Ele respondeu frio, o que me fez me mexer desconfortável. 

 

— Hm, e a música? — perguntei, um pouco nervosa, e me arrependi no instante que vi Normani suspirar alto e Dinah se levantar, se afastando com meu filho. 

 

— Ninguém quer comprar um CD de um cara acabado numa cadeira, Lauren — Ele respondeu, ainda mais grosso e quase irritado.

 

— É, eu, sinto muito, é que eu achei que, as músicas, quer dizer, você é um compositor e... — gaguejei, um pouco nervosa, mas tudo que ele fez foi rolar os olhos, saindo dali em poucos minutos. 

 

— Desculpa por isso, Lauren, mas você sabe, ele não superou ainda — Normani disse baixo, negando com a cabeça e suspirando. 

 

— Ele faz toda essa cena, mas ele tá ficando rico vendendo as músicas tristes dele — Zendaya resmungou, cruzando os braços.

 

— Zendaya! — Normani repreendeu a filha, que apenas deu ombros enquanto a mãe voltava seu olhar para mim — É difícil para ele, Lauren, principalmente com você aqui. 

 

— Fazem 6 anos, Mani, isso não faz bem à ninguém isso — falei séria, mas calma — Vocês precisam conversar, precisam superar isso.

 

— Laur, você sabe que gosto muito de você, somos amigas e você sempre foi a melhor amiga da minha esposa, mas, eu não tenho obrigação nenhuma de falar com sua esposa — ela disse séria, cruzando as pernas, e vi Zendaya se mexer desconfortável — Então se foi sobre isso sua visita, pode se retirar — completou, me fazendo soltar um suspiro alto. 

 

— É, acho melhor eu ir mesmo — me levantei, chateada, dando alguns beijinhos no rosto de Seth, que riu, antes de o devolver a Normani — Tchau, Mani, e olha só, lembra que vocês eram melhores amigos, vocês três — sussurrei, sem dar chances de resposta e saindo dali.

 

Quando estava quase na porta, Dinah se aproximou com meu filho e Zendaya do seu lado. Abracei a adolescente, para em seguida abraçar minha amiga e, pegar meu filho.

 

— Ei, mamãe não quer a tia Mila aqui, mas eu quero, então manda ela vir logo aqui! — Zendaya pediu, ou melhor mandou, o que me fez soltar uma risada.

 

— Pode deixar, eu trago ela — prometi, a vendo assentir animada. 

 

— Z, por que não vai ver se teu tio precisa de algo? — Dinah pediu, e após alguns resmungos, a filha saiu dali — Desculpa, sabe, pela Normani. — ela pediu, me olhando um pouco chateada.

 

— Me desculpa, sabe, pela Camila — repeti sua fala, o que a fez soltar uma risada fraca — Isso é coisa delas, as duas tem que se resolver e depois, Camila tem que se entender com Austin — expliquei, soltando um suspiro cansado quando meu filho começou a querer descer do meu colo — Não tem nada que possamos fazer.

 

— Acha mesmo que elas podem se acertar? — Dinah perguntou, realmente curiosa, mexendo um pouco com Dimitre, para ele se aquietar.

 

— Eu espero que sim, Camila errou, fato, mas fazem seis anos e ela só queria deixar o melhor amigo vivo — lembrei, em defesa da minha esposa.

 

— Mas, não é só isso, você sabe — Dinah sussurrou e eu desviei o olhar, respirando fundo — Eu sei, é culpa das duas, mas, nenhuma coopera.

 

— Elas vão resolver isso, são melhores amigas no fim das contas — falei, esperançosa, sorrindo leve para a minha melhor amiga — Mas e você? Como andando as coisas?

 

— Não sei, é tudo tão complicado, ainda mais com Austin aqui — Dinah disse, suspirando alto e me encarando — Você sabe que as coisas entre nós não estavam legais, então decidimos ter o Seth, e ele é nossa luz no fim do túnel, ele e Zendaya parecem ser os únicos motivos que fazem isso ser uma família — ela desabafou em um tom baixo, olhando para trás, tendo certeza que ninguém a ouviu.

 

— Eu entendo, DJ, mas, é um casamento, coisas ruins acontecem — falei calma, sorrindo reconfortante em sua direção — Conversem, talvez ela sinta o mesmo e vocês podem ajeitar tudo — aconselhei.

 

— Mas, e você e a bunduda? Como estão —perguntou, genuinamente interessada.

 

— Não sei, as vezes estamos bem, outras — suspirei, olhando meu filho em meu colo — Outras, eu simplesmente tenho tanta raiva dela, e um pouco de mágoa também, eu sei que ela se arrependeu, que tenta consertar todos os dias, eu posso dizer o que quiser, e ela fica quieta, e aguenta, eu não sei se estamos bem realmente — admiti, negando com a cabeça, tentando afastar os pensamentos.

 

— Conversem, talvez ela sinta o mesmo e vocês podem ajeitar tudo — repetiu minhas palavras, em um tom quase debochado, que me fez rir.

 

— Ok, entendi, agora, eu tenho que ir — avisei, beijando sua bochecha e esperando meu filho fazer o mesmo — Alias, viu a Ally algum dia desses?

 

— Hm, não, mas o aniversário dos gêmeos é esse fim de semana, e aparentemente a festa vai ser grande — deu ombros, despreocupada — Vocês vão?

 

— Ah, sim, se não formos, Dimitre faz um escândalo — respondi, com uma leve risada — Agora, vou nessa.

 

Me despedi mais uma vez, antes de sair da casa das meninas, deixando meu filho no chão, antes que ele começasse a chorar uma vez. O vi correr pela calçada e peguei meu celular em meu bolso, mais 3 mensagens de Camila.

 

Wifey: Amor! Ainda tô um pouco mal, então só vou fazer duas cirurgias pequenas hoje e remarcar as outras, chego mais cedo hoje ;)

 

Wifey: E aliás, acho que posso comprar algo para o jantar, o que vai querer?

 

Wifey: Isto é, se for jantar comigo e o Dimmy hoje, se quiser espaço, acho que posso levar ele para ver Hay, no apartamento da Sofi.

 

Soltei um suspiro, não podia negar, Camila estava sendo uma esposa excelente, mesmo comigo sendo uma estupida as vezes. Mas, eu simplesmente não conseguia evitar, não acho que tenha superado tudo dos anos passados. E, sem falar, que, o livro realmente estava me estressando. Olhei rapidamente para frente, avistando meu filho, antes de digitar uma resposta. 

 

"Eu vou levar ele para creche agora, seria bom se você o levasse para jantar a noite, e ficassem um pouco na casa da sua irmã, preciso terminar alguns capítulos hoje e já vou perder tempo tendo que ver o editor e o agente."!

 

Mandei a mensagem e guardei o celular, correndo um pouco para alcançar Dimitre antes que ele passasse do nosso carro. O coloquei na cadeirinha, antes de entrar e finalmente sair dali.

 

— Mommy?

 

— Oi, Dimmy.

 

— Mommy tá braba com Mama? — ele perguntou baixinho, e eu soltei um sorriso fraco, o encarando pelo retrovisor.

 

— Não, meu amor, Mommy só está cansada — respondi, o vendo deitar a cabeça para o lado, pensando no que eu disse.

 

Camila fazia a mesma coisa.

 

— Então, Mommy vai ficar com a Mama pra sempre né? — ele perguntou e eu quase ri da sua forma de pensar.

 

— Pra sempre é muito tempo, não? — falei, um pouco divertida, o vendo cruzar os bracinhos.

 

— Mas as mamães tem que ficar pra sempre que nem as vovós e o vovô e a vovó — ele respondeu, como se aquilo fosse óbvio e eu sorri novamente.

 

— Ok Dimmy, a Mommy vai ficar com a Mama pra sempre — prometi, vendo o sorriso largo do meu filho.

 

Eu diria qualquer coisa por aquele sorriso. 

 

Dirigi até o Hospital Iglesias, estacionando meu carro em uma das vagas próximo a entrada, e saindo do carro, tirando Dimitre da cadeirinha e segurando sua mão para andarmos pelo estacionamento. Recebi alguns sorrisos enquanto entrava, me dirigindo a creche, que ficava ali mesmo no térreo, rindo pela animação de Dimitre ao avistar todas as outras crianças dali. Mas, me surpreendi ao ver minha esposa escorada em uma das paredes dali. Ela estava concentrada no tablet em mãos, que guardavam as informações dos pacientes. Os cabelos presos na touca cirúrgica de unicórnio que eu havia comprado junto com Dimitre, para ele lhe dar de dias das mães, o uniforme azul escuro, o converse branco, o jaleco perfeitamente branco, o nosso sobrenome bordado no canto, o estetoscópio pendurado no pescoço, e de longe eu via nossa aliança em seu dedo anelar, ela era tão linda, fofa e sexy ao mesmo tempo, como há quinze anos atrás, era surpreendente.

 

— Mama!! — Dimitre gritou animado assim que a viu.

 

Camila sorriu ao ver nosso filho, aquele sorriso bobo sempre que o olhava, e se abaixou, esperando ele correr desajeitadamente até ela, e a abraçar enquanto ela o tirava do chão. A risada de Dimitre preencheu todo o ambiente enquanto ela o enchia de beijos.

 

— Hey — cumprimentei ao me aproximar, vendo o seu sorriso largo ser dirigido a mim agora, e ela se aproximar, me dando um selinho rápido — Achei que tivesse cirurgia agora.

 

— Ainda tenho meia hora, e você disse que traria ele, resolvi vir esperar — explicou, dando ombros, ainda rindo e brincando com nosso filho — Vai ver o Josh? — perguntou, se referindo ao meu editor.

 

— Sim, e depois, uma reunião com Bernardo — respondi, falando do meu agente, e a vi assentir — E, depois, tenho que focar em terminar algumas coisas do livro, preciso escrever uns capítulos ainda hoje.

 

— Ainda nem é meio dia, tenho duas cirurgias de umas três horas cada, ou menos, saio daqui, levo o Dimitre para comer e podemos ir para casa de Sofia, assim não te atrapalhamos — sugeriu, me olhando, o rosto preocupado, mas eu sorri, concordando.

 

— É, pode ser — assenti, beijando o rosto do meu filho rapidamente — Se comporte na creche, e depois obedeça a mama, ok? Te vejo a noite — prometi, o vendo fazer um biquinho triste, mas apenas abraçar mais forte Camila, me virei para ela — Não o leve para algum fast food, certo? Ele precisa comer algo saudável, e, não volte muito tarde, ele ainda precisa dormir no horário.

 

— Lauren, se acalme, ele também é meu filho — riu baixo, eu senti algo em seu tom de voz, mas preferi ignorar.

 

— Ok, eu vou nessa, tchau, Camila — beijei sua bochecha, vendo sua cara de desapontada por não ter beijado seus lábios — Ah, e fui na casa de Norminah hoje — lembrei, antes de sair, me virando para ela — Austin está lá — contei, vendo seus olhos se arregalarem — E Zendaya quer te ver, então faça alguma coisa, ok?

 

— Ok, Lo, eu vou tentar, certo? — prometeu e eu assenti, acabando por lhe dar um breve selinho, que a fez sorrir largo, assim como nosso filho que comemorou, enquanto eu ria e me afastava. 

 

Caminhei para fora, mas, acabei olhando para trás, a tempo de ver Dimitre puxando a touca da mãe, os dois rindo por aquilo, enquanto aparentemente meu filho dava nome para os unicórnios da touca. Sorri com a cena, não dava para negar que eu tinha uma família bonita, talvez um pouco complicada no momento, mais ainda linda. 


Notas Finais


@semiharmonizer
E entaaao? Ai gente, postar essa temporada me deixa nervosa e ansiosa pra saber se gostaram! E então? O que acharam?
Como notaram, as coisas vão ser explicadas e terão mais flashbacks e tudo mais!!


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