História All Love - Seguir em frente

Justin Bieber P. O. V

Uma semana.

Há exatamente uma semana Brooklyn terminou nosso namoro, sumiu, não atende minhas ligações, não responde minhas mensagens e proibiu meus próprios amigos de darem informações sobre ela. Eu queria conversar com ela de qualquer jeito, mas ela não facilitava, Kate falou que ela não está no apartamento e sim na casa de alguma tia. As poucas vezes que nos encontramos no campus ela fingia que não me via e desviava o caminho.

Nunca estive do outro lado jogo, sempre fui eu a descartar as peças, sempre fui o jogar principal, mas agora tudo estava diferente, eu sou apenas uma carta qualquer em meio a tantas no baralho.

- Você não vai se arrepender, bro - Chaz tentava me consolar - Esse sempre foi o seu sonho.

- Eu não quero deixar a Brooklyn - Confesso.

- Mas não foi você que a deixou, e sim ela..

- Não precisa me lembrar

- Ah eu preciso, vou lembra-lo até você finalmente aceitar e se mudar para Nova York.

- Talvez seja melhor - Passo a mão pelo meu cabelo.

- Você sabe que é melhor, Brooklyn também e é por isso que ela esta te deixando ir.

Chaz sai do quarto me deixando sozinho com a minha consciência que estava a maior bagunça, talvez eu realmente devesse ao menos tentar. Sabia que Brook não voltaria atrás, principalmente se eu ficasse aqui sem tentar.

Estava decido, eu iria para Nova York.

Brooklyn Sofie P. O. V

Justin iria para Nova York hoje, daqui alguns minutos, queria ir para vê-lo pessoalmente pela última vez e o desejar sorte, sabia que ele ganharia,  e se, caso não, com certeza algum empresário investirá nele e ele se tornará um astro. Esse era o seu futuro.

- Certeza que vai ficar? - Kate, me pergunta antes de sair.

- Absoluta, só me de a certeza de que ele vai entrar naquele avião e o abrace e deseje sorte.

- Tudo bem - Me abraça rapidamente - Vou indo, não faça nada imprudente.

- Okay. - Dou um sorriso fraco.

Me jogo na cama, e deixo os pensamentos inundarem minha mente e todas as memórias Justin fazia uma participação especial, como nesses últimos dias as lagrimas desceram descontroladamente.

- Calma Brook, você fez a coisa certa - Falo a mim mesma - Justin precisava dessa chance, você não pode atrapalhar os sonhos de alguém. Não pode ser tão egoísta assim. 

Egoísta. Ta ai uma coisa que eu sou, mas dessa vez preciso passar por cima de todos os meus princípios, jamais atrapalharia os sonhos do Justin. 

Ouço algumas batidas na porta, levanto-me rapidamente abro a porta, abraço minha mãe desesperadamente.

- Calma, meu amor!

- Eu quero ir embora daqui, agora.

- Tudo bem, vamos.

- Espera ai.

Volto pra minha cama e puxo a mala que estava embaixo, vou até a minha mãe que me ajuda com as coisas.

- Cade o pai?

- Foi pra Nova York, você sabe pro programa..

- É eu sei.

- América ficou com a sua vó la em Sydney.

- Que bom, não quero que ela me veja assim.

Adentramos no táxi após termos colocado as coisas no porta mala, aproveito o momento para mandar mensagem para Katherine.

"Kate, estou na casa da tia Nick, vou te mandar o endereço caso você queira passar a noite lá"

O caminho inteiro foi silencioso, minha mãe apenas fazia carinho em meus ombros, o sono foi batendo aos poucos.

- Chegamos - O motorista avisou.

Saimos do carro e tia Nick e tio Nash já nos esperavam, com a ajuda deles tiramos as malas e adentramos na casa

- Oi, querida - Tia Nick me abraçou fortemente, tio Nash se juntou também.

- É só uma fase - Consolou-me

- Eu sei - Sorri amarelo - Só quero tomar um banho, e talvez a Kate venha para cá.

- Tudo bem.

Fui até o quarto que normalmente fico quando venho pra cá, surpreendentemente minhas coisas já estavam lá, liguei a banheira e a deixei encher.

O som da risada de Justin me assombrava sempre que ficava sozinha, é confuso, não sei se amo ou odeio, porque é como se ele estivesse ao meu lado. Seguirei em frente por ele, já deixei avisado para todos que não era para dar notícias a Justin se tivesse relação comigo, quero que ele entre nisso de corpo, alma e coração, tal como eu entrei em nosso relacionamento. 

Pensar que não existia mais nós, e sim, eu e ele, eu aqui e ele lá, meu coração aperta e a angustia fica presa feito um nó na garganta. 

Entro na banheira e fico submersa, dessa vez dando um tempo a minha cabeça.

- Não vai sair dai de dentro? - A voz de Kate ecoa pelo banheiro.

- Acabei de entrar - Resmungo.

- Na verdade não, já faz mais de uma hora que você está ai - Kate me encarava atentamente - Me pediram pra subir e ver se estava bem. 

- Nossa, não percebi o tempo passar

- To a toalha.

Pego a toalha e Katherine sai do banheiro, me enrolo na mesma, encaro meu reflexo no espelho, o mesmo de sempre, aparência cansada e triste.

- Quer que eu passe a noite aqui no seu quarto?

- Não precisa, Kate - Aperto sua mão - Estou bem, só preciso de uma noite de sono.

- Tudo bem, qualquer coisa estou no quarto ao lado.

- Obrigada.

- Fica bem.

Vesti uma camisola rosa e liguei a tevê, fiquei zapeando os canais e nenhum me chamou atenção. As horas foram passando o silêncio na casa agora era absoluto.

Levanto rapidamente da cama e saio do quarto, a fome já estava batendo em meu estômago. Todas as luzes estavam apagadas, desci os degrais com cuidado, não acendi a luz da cozinha, fui até a geladeira onde peguei sorvete de flocos e iniciei minha maratona de sorvete.

Meu coração deu um salto quando a luz foi acesa.

- Por que você está no escuro?

- Pra combinar com o meu estado.

- Engraçadinha.

- Por que coração partido doi tanto, mãe?

- Sente-se aqui - Apontou para cadeira ao seu lado - Tudo tem um motivo - Reviro os olhos - E eu vou te contar a minha história e do seu pai, quero ver se você vai continuar a revirar esses olinhos.

- Boa sorte.

- Quando conheci seu pai eu era bem nova, tinha lá os meus 16 anos, no começo ele era um cretino pegador mas com o tempo fui conhecendo um lado dele que quase ninguém tinha contato - Meu coração deu um looping, com Justin também fora assim - Nos envolvemos, porem, ele nunca me pediu em namoro, hoje não vejo tanta importância mas na época era, quando dei por mim a paixão já tinha virado amor e 99% dos motivos dos meus sorrisos era o seu pai - Seu semblante passava paz e alegria, o amor dos meus pais é muito forte - Chegou o tão esperado baile de formatura e por incrivel que pareça passaram semanas e seu pai não me convidou, no fim o Jack passou a sua frente e eu aceitei, foi uma noite maravilhosa e quando seu pai descobriu que eu estava com o Gilinsky ele arrumou outra, no meio da festa dei um surto falei a Jack que aquilo não iria funcionar e corri atrás do seu pai e o beijei no meio de todos, Jack me xingou mas eu não dei tanta bola, afinal eu estava nos braços do meu grande amor - Um suspiro longo escapou - Mas como nem tudo são flores, sua vó em um certo dia falou que nós iriamos nos mudar para Los Angeles e a partir dai minha vida virou de cabeça para baixo, seu pai nunca me perdoou, nos separamos e eu nunca mais tive contato com ele - Uma pequena pausa foi dada - Sofri muito no começo, mas os anos foram se passando me envolvi com outras pessoas e conheci a Nick, que me ajudou muito, depois de anos resolvi ir trabalhar com o seu avô, e no meu primeiro caso tive a sorte de trabalhar com a Magcon e lá estava ele, lindo como sempre, mas o seu lado cretino estava dez vezes pior e por isso acabei me aproximando de Jack novamente  - Um sorriso nostálgico estampava sua face - No dia do meu aniversário fizeram uma festa supresa, quando subi pro meu quarto pra trocar de roupa seu pai estava lá e pela primeira vez em anos demos um beijo, me senti péssima depois. Não lembro como uma garota apareceu, seu nomera era Madson, ficou sabendo da traição e a desgraçada contou para o Jack bem no dia da inauguração da nossa revista. E a noite do baile se repetiu, sai correndo e quase fui atropelada, seu pai que me salvou - Meu pai era um puto, mas um puto do amor - Desde então nos aproximamos e numa dessas acabei engravidando de você - Isso é nojento, imaginar seus pais... - Estava com todos os sintomas mas negava até o último, cheguei a fazer o teste mas deu negativo.

- Como?

- Testes não são 100% confiáveis - Retomou a história - Fomos para o Brasil eu e seu pai estavamos brigados novamente e dessa vez pra mim tudo estava acabado, uma vez no elevador passei mal e a Madson entrou, vomitei no pé dela, você me ajudou sem saber - Abri um enorme sorriso - Voltamos pra Los Angeles, as meninas me convenceram a ir em uma festa acabei indo mas fui embora mais cedo, passei mal Jack me ajudou e me levou no hospital e foi lá que Nick me contou que Gilinsky me traia com a Madson, quando tive alta dei um belo de um tapa na cara dele - Sua risada era alta - Mas tinha algo e ninguém queria me contar, fui pra casa dos meus pais e quando voltei para a minha e da Nick tinha velas espalhadas pela casa toda acompanhada de rosas, seu pai estava lá e me deu a melhor notícia.

- Que era?

- A minha gravidez - Apertou minha mão com carinho - E ele me pediu em casamento, desde então somos inseparáveis.

- Que lindo, mãe - Limpei algumas lagrimas que desciam - Queria ter essa sorte.

- Querida, não é essa a questão - Acaricia meu rosto - Isso se chama destino, se as pessoas nasceram para ficar juntas não importa o que aconteça sempre vão ficar juntas no final. A prova disso é eu e seu pai, se estiver no destino de vocês, nada vai impedir.