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História All My Blood Sweat and Tears - Boy Meets Evil


Escrita por: evilhyuckie

Notas do Autor


Alô alô, pessoal <3

Não sei nem ao menos como começar minhas notas de extenso agradecimento a várias pessoas, já que esta história foi escrita a mil mãos.

Basicamente, o que encontrarão na fanfic é uma interpretação (provavelmente não correta, mas condizente) para os últimos MV’s de BTS – Danger até Blood Sweat & Tears – juntamente com algumas de minhas ideias e ideias fornecidas por outras pessoas que me são muito especiais.

Agora, é imprescindível que tome tempo para agradecer a:

~Nanaryu, um anjo que apareceu na minha faculdade, que me ajudou intensamente na produção do enredo, formulando teorias e opinando em cada capítulo. Além disso, agradeço pelas capas, que foram feitas com muito
carinho e paciência, mesmo com nossas provas finais se aproximando kkkk.

Bruna, que sempre oferece soluções não-traumáticas para enredos em geral hahah

Ao canal “Armys à prova de balas” – link nas notas finais – cujos vídeos a respeito dos MV’s e respectivas teorias me ajudaram muito no amadurecimento de minhas ideias.

~Yoonpifi, minha escritora bias ultimate nesse Brasil , por ter tanta paciência comigo e me ajudar com muito apoio moral <3

A todos, espero que gostem <3 nos vemos nas notas finais~

Capítulo 1 - Boy Meets Evil


Fanfic / Fanfiction All My Blood Sweat and Tears - Boy Meets Evil

Meu pecado não era especificamente isto ou aquilo

Mas consistiu de ter as mãos dadas com o diabo

O diabo me segurou em suas garras

O inimigo estava atrás de mim

 

As unhas curtas do garoto arranhavam minha pele com extrema lentidão, marcando-a em vermelho vivo. Intenso.

E neste momento, enquanto a vista era turvada por um espesso véu de delírio que tangia tanto a dor quanto o prazer, foi quando eu me lembrei de meu propósito ali, naquele colégio, naquele quarto, com aquele garoto.

O demônio me encara com os olhos cerrados de luxúria, estes que refletiam minha imagem quase ingênua, distorcida na superfície de seus orbes avermelhados. A criatura vê-se deleitosa ao abrigar-se sobre minhas pernas, travando um jogo de sedução contra minha racionalidade ao passar a ponta da fina língua sobre um pirulito qualquer, que adornava seus lábios com perfeição.

- Padre... – Jeon JungKook quase gemia as palavras, enquanto debruçava-se sobre meus ombros, a respiração ardendo em meu pescoço enquanto minhas mãos encontravam a pele firme de sua cintura, por baixo de seu uniforme alvo. Eu tinha plena ciência da forma com que aquele garoto me manipulava em seu charme, mas ainda assim, esse meu convencimento era frequentemente turvado pelas ondas de prazer que ele me causava – Eu quero...

Dizendo isto, ele se afasta apenas para que seus olhos encontrem os meus novamente, e ali posso jurar ter visto o brilho da mais pura luxúria, o que era plenamente incompatível com a aura inocente manifestada por um adolescente que tinha agora suas primeiras experiências de lascívia.

-O que você quer, Jungkookie? – minha voz apresenta-se falha, rouca, completamente perdida em devaneios de desejo enquanto meus dedos invadem sua calça, alcançando seus glúteos, que se contraem ao meu toque. O garoto estremece acima de mim, e outro gemido igualmente sedutor escapa por entre seus lábios entreabertos, a respiração ofegante escapando por ali enquanto ele lutava para manter o pirulito azul em equilíbrio em seus lábios.

It’s too bad.

But it’s so sweet.

-Eu quero um beijo, Namjoonnie – ele retira o doce precariamente pendente de entre seus lábios finos, contraindo-os em um pedido mudo, o corpo curvando-se para a frente até que ele estivesse exatamente à minha frente, aguardando apenas o meu sinal de consentimento.

E aquele gesto é capaz de despertar o último fio de sanidade que há em mim. O hálito de JungKook agora parece pesado sobre minha face, carregado de uma energia maligna que emanava de si. Seu corpo enroscando-se ao meu poderia muito bem assemelhar-se à forma com que uma erva daninha mata a boa plantação. Seus olhos, fixos sobre mim com desejo, agora me parecem mais as portas do Inferno, às quais ele me oferecia com aquele beijo.

Afinal, Jeon JungKook é um demônio, em seu sentido literal. E isto eu soubera desde que colocara meus olhos sobre o garoto, notando a forma com que mantinha uma atmosfera de Trevas sempre junto a si, esta que não o desacompanhava nem mesmo em um colégio para padres, onde se mantinha confinado junto a mim.

E por conta de sua natureza sombria, um beijo era o suficiente para que ele usurpasse minha alma, tomando-a para si e a preenchendo de eterno sofrimento.

-Um beijo em troca da sua alma, padre – ele ri, identificando minha hesitação pela forma com que me mantive pensativo – Não parece valer a pena?

Atiro-lhe uma risada sem graça, minhas mãos abandonando seu corpo para afastá-lo gentilmente. Após uma recusa inicial, ele por fim cede, levantando-se a contra gosto e arrumando suas vestes que o caíam com perfeição. Mas agora, nem mesmo a tentação emanando de seu corpo coberto de sentimentos desejosos de minha parte era o suficiente para manter-me próximo daquele garoto-demônio.

-Deus coloca várias pedras em nosso caminho, percebo. Cabe a nós resistir a elas, não é mesmo, Jeon?

JungKook assente de forma quase entristecida, dá as costas para mim e seus dedos esbarram sobre a mesa de centro que eu mantinha ao lado da poltrona em que me sentava. Suas próximas palavras, porém, fazem com que eu mude meu foco para seus olhos cintilantes, que agora voltavam a me encarar.

-O senhor já está coberto pelo pecado, padre. Cabe a você apenas aceitá-lo.

-Não cederei mais a você, Jeon. Por favor, volte a seus aposentos e descanse para as aulas de amanhã.

JungKook assente, curva-se respeitosamente para mim e deixa a sala a passos lentos.

Balanço a cabeça com força diversas vezes, tentando me livrar do sentimento pecaminoso que me invadira há momentos atrás. Porém, meu corpo ainda permanece quente, o suor se acumula sob minhas têmporas e sinto minha garganta seca.

Estendo meu braço cegamente, buscando a taça de água que estivera convencionalmente posicionada a meu lado. Viro o líquido gelado em minha garganta, um suspiro de alívio me escapando ao sentir-me muito melhor com este ato.

E é apenas quando sinto meu corpo relaxar-se ao extremo que percebo que há algo errado.

Meus olhos se abrem vagarosamente, por mais que minha mente comandasse movimentos quase eufóricos. À minha frente, vejo que JungKook ainda mantém-se em minha sala, recostado à soleira da porta enquanto sua língua avermelhada traça padrões circulares sobre o pirulito azul, sujando toda a sua boca com a cor do doce.

Em horror, minha cabeça pende para o lado, examinando a taça da qual bebera, os vestígios ali presentes indicando o óbvio: JungKook mergulhara seu doce em meu líquido. E agora eu me envenenava ao sabor dos lábios de JungKook, me afogando lentamente em algo que eu poderia chamar de uma sonolência prazerosa.

Calmamente, JungKook leva suas mãos até a barra de sua camiseta, retirando-a com cuidado para revelar suas costas desnudas, marcadas por duas fundas cicatrizes banhadas de sangue já seco.

O exato local de onde suas asas foram arrancadas.

O garoto vira-se para mim, com um sorriso sarcástico brincando na ponta dos lábios.

-Estava no caminho certo, padre. É uma pena que tenha se mostrado ingênuo demais – ele brinca com o doce azul entre seus dedos, passando-o sobre a extensão de seus lábios – Isso não será o suficiente para matá-lo, eu diria, mas meu objetivo sempre foi guardar uma alma tão poderosa quanto a sua para que engrandecesse o meu Senhor.

 Dito isto, outro garoto igualmente corrompido em Escuridão aparece à porta, sorrindo com verdadeira admiração para JungKook.

-Muito bem, querido – e dito isto, beija a bochecha de meu assassino demoradamente – Você é o melhor.

Observo a face de JungKook tingir-se de vermelho, em um ato inocente demais para um ser de tamanha maldade contida em si. Após esconder o rosto rosado com as mãos e curvar-se cuidadosamente para o outro, JungKook definitivamente deixa a sala.

Agora, meu corpo débil encontrava-se na companhia apenas daquele outro garoto, de olhinhos pequenos e sonolentos, sua aura afiada demais para que pertencessem ao mesmo rosto de fartas bochechas, falsamente angelicais.

Aquele, eu vagamente reconhecia como Min Yoongi, um dos estudantes do terceiro ano.

-Muito bem, querido diretor, vamos acabar logo com isso, não?

Min Yoongi aproxima-se de mim a passos cadenciados. Tento comandar meu corpo para que fuja dali, mas apenas sou capaz de erguer minha cabeça, em uma tentativa frustrada de erguer-me.

-Q-Quem é vo-você? – meus lábios adormecidos penam a pronunciar as palavras, que a muito custo parecem ser entendidas pelo outro, que agora se colocava sobre mim, em posição semelhante a que se encontrara JungKook anteriormente.

-Pode e deve me chamar de Suga. Sou aquele que dá as cartas por aqui – ele ri, sendo simplista – Seu convento foi tomado em meus domínios há muito tempo, padre.

Sou incapaz de responder, tanto pela incredulidade quanto pela incapacidade de mover meus lábios.

-Fique tranquilo – ele dá prosseguimento ao seu monólogo – Eu tenho os melhores beijos.

Com um sorriso deleitoso, ele curva-se até mim, seus lábios enfim encostando-se aos meus em um contato que foi capaz de deixar minhas veias em fogo. A vitalidade explodiu dentro de mim como em um sopro repentino de vida em meu corpo amolecido.

Mas em questão de instantes, isso era tudo. A euforia havia cessado, os lábios de Yoongi agora se afastavam dos meus e tudo o que senti abaixo de meus pés foi a ausência de qualquer matéria.

Aquilo era viver no Inferno? Aquilo era viver no limbo entre a Salvação e a Condenação?

Minha existência naquele novo plano parecia completamente errônea, e assim que abro meus olhos para uma nova realidade, sou capaz de notar várias coisas ao meu redor ao mesmo tempo.

Primeiramente, o fato mais chocante foi notar meu corpo desfalecido estirado sobre o sofá, enquanto Suga fitava meu próprio cadáver, parecendo feliz com seu feito.

Além disso, eu era capaz de coexistir naquele local, sem existir de fato. Eu era capaz de me locomover como um humano qualquer, mas eu simplesmente não era capaz de interagir com nada. Tudo me parecia fora de meu alcance, a não ser Suga. Suga era o único ser que se destacava naquela sala, e o único que presumi poder notar minha tênue existência.

O mais puro conhecimento toma conta de meu ser. Naquele breve instante em que permaneço em choque, sou capaz de descobrir a Verdade. Não uma simples versão deturpada da mesma, mas o amplo espectro que toca todos os questionamentos existentes, e até mesmo aqueles que somos incapazes de reconhecer em sua existência.

E por último, e o mais aterrador de tudo: o enorme vazio que parecia me consumir por dentro. Não uma mera dor mortal ou um sentimento humanamente vivenciável, mas algo que extrapolava os limites de sofrimento sem, no entanto, deteriorar minha semi-vida.

Assim, o demônio ergue seu olhar e fita minha figura efêmera em completo caos interior.

-Agora, padre – ele concluía – Sua alma está atada à minha para sempre. 


Notas Finais


Pois bem, isso é tudo por hoje hahah.

Creio que há muitas coisas que ainda precisam ser explicadas, certo? A maioria das questões será respondida no próximo capítulo e no decorrer da fanfic~

Seu comentário sempre é bem-vindo :3 (a autora não morde kkk).
Até logo, beijinhos da Ana *3*

--Link: Canal “Armys à prova de balas”: https://www.youtube.com/channel/UCjD7uyNvP4yOVjytOl0L0YQ


P.S.: As partes em destaque ao início do capítulo fazem parte do livro Demian, de Hermann Hesse, assim como o parágrafo final da sinopse ;)


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