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História All My Blood Sweat and Tears - Stigma


Escrita por: evilhyuckie

Notas do Autor


Olá, pessoal!

Estou aqui, nas horas finais do dia combinado para as postagens haha. Estou orgulhosa de mim mesma por não atrasar nenhum capítulo até agora, mereço palmas? kkkk.

Pois bem, alguém vivo depois das apresentações do MAMA?? Pensei que não fosse me recuperar da taquicardia depois da apresentação do BTS, mas sobrevivi hehe.

Então, sobre o capítulo:
Agradeço aos novos favoritos que recebi durante a semana <3 e também agradeço à ~Nanaryu pela capa divosíssima do meu OTP (me aguardem colando um pôster dessa capa na minha testa).

Espero que gostem~~ Enjoy~

Capítulo 5 - Stigma


Fanfic / Fanfiction All My Blood Sweat and Tears - Stigma

Foi a primeira fissura nas colunas que confirmou em minha infância que todo indivíduo deve destruir antes que possa destruir a si mesmo.

Essas fissuras e rachaduras crescem juntas novamente.

Cicatrizando e esquecendo.

Mas na maioria dos recantos secretos, eles continuam a viver e sangrar.

 

 

Com o passar dos primeiros dias de tensa convivência entre os seres desiguais, percebo que não fora apenas a aura de Jimin que voltara-se para o mal.

Aquele que eu via rondando a escola de braços dados com Jeon estava longe de ser o meu Park Jimin.

A cortesia e amabilidade de meu amor agora se substituíam pelo caos desordenado de seus atos inconsequentes. Seja no completo desinteresse em relação às aulas, seja no tratamento em relação aos colegas, professores ou até mesmo JungKook, tudo havia mudado.

Até mesmo seu novo “príncipe encantado” não parecia capaz de conter sua personalidade. Nas ilusões de Jimin, o apático demônio aparecia como o ser mais doce existente, tratando-o com o esmero que Park Jimin, de fato, merecia.

No entanto, a aura rebelde de Jimin parecia não aceitar muito bem a amorosidade de JungKook, como era de se esperar.

Assim eram os pactos selados com os demônios. Mesmo com o desejo mais esperado sendo concedido, o demônio sempre lucrava, fazendo com que o pedido se transformasse em um tormento para o contratante.

Jimin, portanto, passara a tratar JungKook com indiferença, o que parecia uma dádiva ao frio Jeon. Formando um casal extremamente apático, as pessoas poderiam pensar que ambos possuem muito em comum. Porém, só eu era capaz de adentrar o desespero em suas almas.

O subconsciente imerso de bondade de Jimin lutava contra as trevas que o dominavam, enquanto JungKook sofria pelos injustificados surtos de raiva de Jimin, ao acusá-lo por ser “simpático demais” ou “romântico em excesso” quando na verdade este agia de forma especialmente rude.

Transtornado pelo caos que aquilo se tornara, restava-me apenas a triste observação do garoto que antes eu amava pela inquestionável bondade em seu ser.

Passava todas as noites de igual forma: sentado sobre a beirada da cama de Park Jimin, acariciando de forma ineficaz as mecha negras de seu cabelo. Meu belo e bondoso Jiminnie aparecia apenas naqueles momentos, e era com especial agrado que eu mergulhava intrusamente em seus pensamentos adormecidos, preenchidos com sonhos doces a respeito de locais pacíficos e pensamentos sobre sua família e JungKook, sendo este último, o nome que mais se repetia em seu monólogo.

Dentre as imagens que banhavam seu subconsciente, a que mais pareceu agitar o garoto inconsciente era aquela em que Jeon aparecia de súbito em seu quarto, tomando-o para si em um beijo apaixonado.

Um murmúrio baixo escapa pelos lábios de Park Jimin, que revira-se na cama em busca do suposto calor do corpo de JungKook.

Mas ali, apenas eu estava presente, o que não o era de grande valia.

Mesmo assim, a curiosidade me é mais forte. Em um ato até mesmo infantil, curvo-me para a frente, capturando os lábios de Park entre os meus de maneira essencialmente simbólica.

E quando abro meus olhos após o breve ósculo, a imagem muda drasticamente.

Não estava mais no quarto, sob a mera luz do luar ao observar o sonho de meu menino. Eu agora estava sentado em um dos bancos de pedra que se dispunham ao redor do pátio do colégio.

Uma música suave e desconhecida soava por entre os auto-falantes fixados não muito longe dali, preenchendo o silêncio reconfortante. A brisa levemente gélida bagunçava meu cabelo e, incrivelmente, eu nunca me senti tão vivo nos últimos cem anos.

Meu olhar sobe para o céu, e ali noto algo incomum. A paisagem cor de rosa era preenchida por nuvens azuis que formavam as mais diversas guloseimas. Finalmente percebo que estou no sonho de Park Jimin.

Sobressalto-me ainda mais ao perceber que não estou sozinho. Ao meu lado, as alvas mãos do rapaz estendem-se ao céu, na vã tentativa de alcançar o céu açucarado.

-Eu os quero! – o garoto infla as bochechas, parecendo ainda mais inocente em sua aura angelical – Você pode pegá-los para mim?

E pela primeira vez, aquilo aconteceu.

Seu olhar doce e ingênuo encontrou o meu, com a plena consciência de minha presença ali, parecendo reconhecer-me em minha essência.

Permaneço em silêncio, pasmo demais para formular alguma resposta coerente ao ser fascinante que agora me desperdiçava tanta atenção. E ele continua a sustentar meu olhar, os orbes brilhantes ainda à espera de uma resposta.

-E-eu... Acho que... Quando queremos uma coisa com todas as nossas forças, essa coisa se torna realidade – tropeço nas palavras, maravilhado ao perceber que ele me compreendia, enquanto eu ditava aquelas palavras mais para mim mesmo do que para ele.

-Já conseguiu algo desse jeito? – ele pergunta, os olhos agora subindo até o céu, enquanto ele se curvava para a frente, tamanha sua concentração.

-Ah, acho que acabo de conseguir – digo entre suspiros admirados, esperando que ele não pudesse me ouvir, estando naquele estado de concentração.

No entanto, Jimin sorri, apesar de não desviar o olhar um segundo sequer para minha direção. Seus olhos brilham assim que ele observa um pirulito colorido desprender-se do céu, vindo aterrissar na palma de sua mão estendida com suavidade.

-Eu consegui! – ele vira-se para mim de súbito, estendendo o doce para que eu pudesse vê-lo antes de levá-lo aos lábios.

-Muito bem! – minhas mãos acariciam seus fios, finalmente sentindo a textura macia de seus fios de forma concreta. Mesmo em seu sonho, os momentos vividos pareciam mais reais para mim – Jimminie, você pode conseguir tudo o que quiser na vida.

O garoto à minha frente parece levemente chocado. Suas bochechas coram, e ele sorri de forma acanhada, provavelmente por conta daquele apelido pelo qual o chamara.

-Você sabe meu nome – ele declara, o sorriso parecendo hesitar em sua face subitamente duvidosa – O que você é, afinal? Parece-me familiar, mas não é como se eu te conhecesse.

-Não me conhece – desvio o olhar para meus pés, envergonhado demais para manter os olhos sobre ele – No entanto, eu o conheço desde seu nascimento. E tem sido muito especial para mim desde então.

-Então você é meu anjo da guarda? – encaro meu garotinho à tempo de ver que um sorriso luminoso surgia em seus lábios.

-Sim, eu sou quase como o seu anjo da guarda. Pode me chamar de Nam – confirmo com um breve gesto – E não quero que se perca, Park Jimin, você é bom demais para ter caído nas armadilhas de Suga.

-Ora, não seja tolo – ele parece envergonhado de súbito, voltando sua atenção para o doce que ele envolvia entre os lábios, as pernas balançando como uma criança contrariada – Jeon me ama tanto! Ele é o rapaz perfeito, um verdadeiro cavalheiro.

-Park, só há uma pessoa capaz de amá-lo como realmente merece – por que eu estava falando esse tipo de coisa? Quando me dou conta das palavras que dissera a ele, já era tarde demais para retirar o que havia dito.

Jimin dirige o olhar novamente para mim, e o pequeno sorriso que se forma no canto de seus lábios revela que, de fato, ele sabia exatamente o que eu estava falando.

Permanecemos assim por alguns instantes, enquanto tudo o que posso fazer é admirar o garotinho naqueles momentos que se seguiram à minha quase-declaração.

Não sei de onde retiro coragem para puxá-lo para meus braços. Talvez seja a perspectiva de que aquilo era apenas um sonho para o garoto adormecido ou apenas a esperança de que ele pudesse se lembrar de mim quando enfim acordasse.

Jimin parece confortável ao fechar os olhos enquanto o embalo em uma cantiga de ninar, acariciando suas costas e me surpreendendo com a sensação macia que sua pele criava contra meus dedos.

-Está na hora de acordar – Jimin declara baixinho, parecendo sonolento. Minha cabeça se ergue e fito o horizonte, em choque ao perceber que o cenário mudara drasticamente.

As Trevas pareciam ter tomado conta do doce sonho de Jimin. A paisagem tornara-se um preto-e-branco opaco enquanto o céu de nuvens coloridas fora tomado por uma noite sem estrelas.

-Não vou deixar que nada de ruim aconteça a você – faço a promessa mais desesperada que me ocorre assim que percebo o garotinho tremer em meus braços, amedrontado com a presença das Trevas, que pareciam cada vez mais tomar conta do cenário, transformando-o em ainda mais escuro.

-Eu sei que não, Nam – ele ergue os olhos para mim uma última vez – Mas agora está na hora de você ir.

O vazio habitual em meu peito parece tomar conta de mim novamente. Tento mantê-lo em meus braços, mas aquilo me parecia impossível enquanto eu o sentia desaparecer bem à minha frente.

E assim, da mesma forma abrupta com que começara, o sonho também se encerra. No instante seguinte, sou apenas a mesma alma solitária de sempre, sentada sobre a cama do garoto que agora abria os olhos por conta do alto barulho do despertador.

-Mas que infernos... – ele sussurra, desligando o alarme após sentar-se sobre a cama, esfregando os olhos.

E ali, em sua mente turbulenta, eu sabia que ele estava repassando a experiência que tivera comigo através de seu sonho. É com certo pesar que percebo que ele não é capaz de se lembrar de detalhes acerca de minha personalidade, mas ainda se sentira intrigado sobre o que aquele sonho estaria tentando dizê-lo.

-O anjo da guarda que Suga havia me dito...

-Anjo? – repentinamente, JungKook aparece à porta de Jimin, sem bater para anunciar sua chegada, como de praxe – Você disse que sonhou com um anjo?

-Sim, acho que era meu anjo da guarda – Jimin mostra seu sorriso, algo que fora raro durante os últimos dias – O nome dele era... Bem, eu não me lembro, mas ele se parecia com um padre, assim como Yoongi! Não é legal?

-Afaste-se desses pensamentos – JungKook parece extremamente frio ao dirigir-lhe as palavras. Isso porque, claro, aquilo bastara para que ele soubesse exatamente de quem se tratava aquele “anjo da guarda” – É apenas um sonho idiota.

-Pare de ser tão meloso, Jeon JungKook! – Jimin levanta-se com extrema fúria, em outro ataque que justificava exatamente o quanto as palavras rudes do demônio assumiam uma feição carinhosa através da venda sobre os olhos do garoto – Eu já disse que nunca o trairia. Muito menos em um sonho!

 Revirando os olhos em claro descontentamento com o rumo de que a conversa tomara, JungKook deixa Jimin para trás, com o claro propósito de comunicar Yoongi em mente.

-É bom que seja capaz de me ouvir, Namjoon, seu padre desgraçado – o demônio sussurrava entre dentes enquanto corria em direção aos aposentos de seu superior – Fique longe dos nossos negócios e vá cuidar de seu próprio caos espiritual, além de...

JungKook detém-se às portas de seu destino, confuso ao perceber que dentro do aposento havia mais uma pessoa, esta que deveria ser considerada uma completa persona non grata no dormitório de Suga.

-J-Hope, está certo disso? – ouço Suga dizer, um claro sorriso sendo evidente em sua voz – Diga com as próprias palavras, e então teremos um pacto firmado.

-Você revelará para Jin toda a Verdade. Não haverá mais mentiras quanto à índole daqueles que o rodeiam. Em troca, eu devo matar V, o anjo que detém o amor de Jin. Se eu falhar na missão de matá-lo... Pagarei com a própria vida. Ainda assim, a Verdade continuará sendo soberana.

Vejo com meus próprios olhos intrusos o momento em que as mãos de J-Hope encontram as semelhantes de Suga. O anjo curva-se respeitosamente perante seu inimigo natural, e a atmosfera entre os dois seres parece subitamente amigável após selado o acordo.

-Mate-o e estará feito.

J-Hope concorda com a cabeça, a face serena mostrando claro domínio sobre a situação.

-Tudo isso tem a ver com seu ciúme? – Yoongi parece despreocupado ao perguntá-lo – Não que eu precise saber de seus motivos, mas ainda assim, estou curioso.

-Não tem nada a ver com ciúmes – J-Hope sorri, um pouco desconfortável ao exibir sua motivação para um ato tão desesperado – Você sabe que eu e V possuímos uma história bem parecida, certo?

-Oh, sim, problemas familiares...

-O que me fez tornar-me um ser puro diante das adversidades, fez com que V tomasse rumos equivocados em sua vivência. Isto quer dizer que, embora possuamos uma essência comum, nossos propósitos são muito distintos.

-Ainda não compreendo, J-Hope, me perdoe – Suga franze os lábios, descontente pela falta de informações que o anjo o fornecia.

-Eu estou dizendo – o anjo faz uma pausa para medir suas palavras e então continua, em breves sussurros – Que V é o Anticristo, e seu propósito é tão somente infiltrar-se entre os anjos para enfim destruir a alma de Jin.


Notas Finais


Alguém esperando o Suga gritar: "Pegadinha do malandro?" hahah infelizmente, a realidade é dura, mas é a realidade T.T

Será que Hope vai mesmo conseguir matar seu companheiro de longa data? Será que Jin duvidará da Verdade? Será que Namjoon conseguirá quebrar o domínio das Trevas sobre Jimin?? Essas e outras respostas estarão nos próximos capítulos~

Como sempre, seu comentário será super bem-vindo~
Beijinhos e até o próximo~ Chu <3


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