Lucio pegou no braço de Draco e puxou-o para uma parte mais reservada, não podia arriscar que ninguém ouvisse o que ele tinha para falar com o filho. – Falta uma semana. Eu tinha que ter certeza que você tá preparado para o que está prestes a fazer.
Draco voltou a sua realidade ao ouvir as palavras do pai, ele deu um suspiro profundo e olhou para o céu nublado através da janela. – Sim. Estou.
Lucio ficou analisando a expressão do filho, não ficou nem um pouco convencido com as palavras de Draco, pegou no braço do rapaz fazendo com que o olhasse. – Draco, é bom que você esteja realmente preparado há muita coisa em jogo nisso. Você não pode estragar nada, esqueça toda e qualquer coisa que possa vir te atrapalhar, se concentra no que tem que fazer.
Draco riu pelo nariz ao ouvir o pai falar aquelas coisas. – Você quer dizer, eu tenho que me sacrificar pra consertar os seus erros e assim reconquistar a honra da nossa família. – Falou soltando o braço da mão de Lucio.
Lucio falou entredentes ao ouvir o filho falar daquela forma com ele. – Olha como você fala comigo, garoto.
- Agora eu sou um garoto, mas a uns meses atrás você me julgou homem o suficiente pra aceitar por mim essa missão. – Draco começou a se afastar. – Não se preocupe, não sou fraco como você.
Ele deu as costas e caminhou perturbado para o salão comunal da Sonserina ao entrar foi direto para seu dormitório jogou seu material no chão e se jogou na cama. Colocou os braços sob os olhos e tentou simplesmente não pensar em absolutamente nada.
Minutos depois Blásio entrou no dormitório e jogou as coisas sobre sua cama, olhou para o amigo e jogou um travesseiro sobre ele. – Ora, ora, ora, matando aula Malfoy?
Draco bufou ao ouvir o amigo, mas permaneceu da mesma forma que estava. – Tô sem cabeça pra brincadeiras. – Falou rispidamente.
Blásio tirou sua capa e jogou-a sob sua cama depois se sentou na beira da mesma, olhou para Draco ao ouvi-lo. – Isso tudo é por causa do Mclaggen? O que ele queria? – Questionou curioso.
- Sim, não, também. – Respondeu Draco ainda sem olhar para o amigo, mas depois acabou se sentando na cama e deu um longo suspiro. – Esse babaca me viu ontem beijando a Hermione e agora tá me chantageando.
Blásio ficou de boca aberta ao ouvir Draco e passou a mão pela nuca refletindo antes de falar alguma coisa. – Que. Merda. E o que ele quer?
Draco passou as mãos pelo rosto desanimado depois olhou para o amigo. – Ele quer que eu me afaste da Hermione. Acho que gosta dela.
- E o que você vai fazer? – Perguntou Blásio ao amigo.
-Não sei, não sei. – Falou aflito. – Por um lado era melhor eu acabar de vez com isso, mais cedo ou mais tarde é o que vai acabar acontecendo de qualquer forma, mas por outro lado eu não quero ficar longe dela.
Blásio ergueu uma das sobrancelhas ao ouvir o amigo, jamais o havia ouvido falar assim e a cada dia que passava ele tinha mais certeza que estava apaixonado pela Grifinória. – Draco... Eu não sei se você percebeu, mas você está apaixonado por ela.
Draco olhou para o amigo surpreso ao ouvi-lo e depois revirou os olhos. – Não é pra tanto, Blás.
- Então deixa a Granger com o Mclaggen, formariam um casal bonito. – Blásio ficou esperando a reação do amigo.
Irritado Draco levantou da cama em um pulo com o punho fechado. – Nunca! – Rosnou.
Blásio deu um típico sorriso como de quem dizia: ‘’Eu falei’’. – Draco, para de tentar negar, o seu ciúmes te entrega, você gosta dela.
O loiro ficou olhando para o amigo com uma das sobrancelhas arqueadas e suspirou. – Claro que não. – Ele se dirigiu a janela e ficou olhando para as gotas de água que batiam torrencialmente contra o vidro. – Claro que não.
(...)
Do outro lado do castelo Hermione caminhava pelos corredores fazendo o caminho até a torre da Grifinória, ela lia um grande e pesado livro em suas mãos após sair da aula de runas, alheia a tudo a sua volta e concentrada em seu raciocínio acabou esbarrando em alguém deixando o livro cair dolorosamente sobre um de seus pés.
- Ai, ai, ai. – Se queixou a garota de dor e quando olhou para ver quem havia esbarrado deu de cara com Cormaco.
- Desculpa Hermione. – Falou Cormaco se agachando para pegar o livro do chão. – Você se machucou?
Hermione ficou olhando para o rapaz esperando a hora que ele fosse revelar o que havia visto no dia anterior, mas ele não fez. – Tá tudo bem, a culpa foi minha estava distraída. – Falou desconfiada.
- Tá indo pro Salão Comunal? – Questionou o rapaz.
Hermione hesitou antes de falar, achou muito estranha aquela atitude de Cormaco, mas decidiu seguir o ditado: Mantenha seus amigos perto, mas seus inimigos mais perto ainda. – Sim, vou.
Cormaco deu um sorriso ao ouvir a castanha. – Eu também. Posso te acompanhar? Assim você não corre o risco de deixar o livro cair nos pés de novo. – Sorriu.
- Tudo bem. – Após dizer voltou a fazer o caminho em direção á torre da Grifinória, durante o trajeto o rapaz ficou no mais absoluto silêncio como se nada anormal tivesse acontecido.
Quando chegaram em frente ao quadro da mulher gorda e Hermione falou a senha os dois entraram, estranhando aquela situação resolveu abrir o jogo aproveitando que o salão comunal estava vazio. – Tá, chega, você viu o que aconteceu ontem.
Cormaco não ficou surpreso com aquele questionamento, muito pelo contrário era exatamente onde ele queria chegar e agradeceu internamente por ela ter começado com isso assim não ficaria parecendo o culpado. – Sim. – Respondeu simplesmente colocando a mão livre no bolso da calça.
Hermione cruzou os braços a altura do peito e deu um suspiro. – E porque não saiu espalhando por ai? Está esperando o que pra fazer isso?
Mclaggen fez uma cara de quem se ofendeu com aqueles questionamentos, mal Hermione sabia que era exatamente onde ele queria chegar. – E porque eu faria isso?
A garota mordeu o lábio inferior ao ouvir a pergunta e ficou pensando em uma boa resposta já que em sua cabeça o rapaz não ganharia nada com aquilo. – Sei lá, depois do que aconteceu no dia do jogo...
- Hermione. Aquele dia estávamos todos de cabeça quente, deixei me levar pelas provocações daquela dupla de imbecis e me exaltei, me comportei como um completo idiota. – Ele fez uma pausa dramática para parecer que estava realmente arrependido. – Obrigado por tudo que você disse, pois eu cai na real. Jamais faria alguma coisa que possa te prejudicar e imagino que se eu contasse o que vi te meteria em um grande problema, não é?
A castanha franziu o cenho, mas depois relaxou ao ouvir o que Cormaco tinha a dizer. – Sim, principalmente com Harry e Rony. – Confirmou.
Cormaco deu um sorriso. – Somos amigos, você pode contar comigo sempre que precisar. – Ele entregou o livro para ela. – Nos vemos no jantar.
- Tá bem. – Respondeu Hermione pegando o livro e subiu alguns degraus da escada, mas parou e olhou para o rapaz. – Obrigada.
Cormaco deu um sorriso e respondeu com a cabeça. – Eu sei ser paciente, Hermione. Eu sei ser paciente. – Falou sozinho enquanto seguia para a saída.
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