História All Star (Azul) - Sea of flowers

Capítulo 6 - Sea of flowers

‘’Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do, nothing to prove

And it's you and me and all of the people and

I don't why I can't keep my eyes off of you’’

Atualmente

Estava tudo um mar de flores. Era uma das melhores sensações que eu sentia. Naquela época a felicidade era o sentimento mais percorrido pelos os jovens.

ChanYeol havia me explicado que aquele beijo não foi dado por ele, e sim, pelo o outro cara, que se me perguntassem hoje em dia eu não saberia o nome dele. Bom, ele teve que se esforçar um bocadinho para me convencer. O que eu estava adorando, porque eu sabia que ele estava contando a verdade.

Depois daquele dia, não nos desgrudamos mais. Éramos jovens e não conseguimos ficar longe um do outro. Os nossos amigos diziam que era uma exagero nosso; mas eu não ligava muito e tinha certeza que o ChanYeol também não.

Quando se é jovem e está apaixonado não queremos outra coisa, apenas perto da pessoa amada. Mesmo se ela nos ignorar, ou nem mesmo saber que existimos, mas estamos ali: perto dela e fazendo de tudo para ser notado, implorando mentalmente a Deus para a pessoa olhar pelo menos por uns míseros segundos para nós. Isso toma tempo e paciência. E muitas vezes somos apaixonados por tolos que nem sequer sabem o que é amor e só querem se divertir. Imploramos tanto ao coração guardar um espaço para aquela pessoa, mesmo ela sendo inútil, que quando ela nos decepciona parece que cravaram uma espécie de faca enorme no nosso coração, naquele espacinho que eu permiti deixá-la entrar.

Mas o que podemos fazer? Ser jovem é ser isso. Mesmo na chuva ou no sol quente, estamos sempre ali para enfrentar qualquer coisa. A coragem que invade os nossos corpos quando somos jovens é incrível. A gente é humilhado, mas mesmo assim estamos ali… E muitas das vezes tem pessoas que não aguentam e preferem se abraçar tão apertado que acaba morrendo, com uma corrente chamada lembrança envolta do nosso pescoço.

Mas o que podemos fazer? Viver é assim. Sejamos crianças, jovens, adultos ou idosos.

Estar apaixonado é uma droga, todos sabem disso. Mas existem vários tipos de amores por este mundo que não possamos associá-lo a apenas querer estar com uma pessoa que deixa o nosso estômago uma euforia sem tamanho. Existe o amor da família; que sempre estará do teu lado, existe o amor entre amigos, existe amor por animais, existe amor pela natureza, pelo o sol e o mar, e por aí vai. O amor é universal! Ele não discrimina, ele deixa aflorar aquele sentimento no coração de qualquer pessoa.

E quando se cresce? Você começa a perceber as responsabilidades da vida, os problemas, as obrigações, as necessidades e a chatice da vida adulta. E muitas vezes desistimos de achar a felicidade porque a vida de adulta é uma chatice. Mas quando acordamos todos os dias ao lado da pessoa amada, os problemas, tudo se esvai e fixamos o nosso olhar naquele sorriso que ainda causa uma euforia dentro da gente.

Porque amar é assim: é amar, mas também ter morada em outros corações. Aliás, do que adiantaria arrancarmos esse sentimento nobre do nosso coração se já nasceu um amor? Se a gente já se importa tanto com aquela pessoa? Existem as complicações dos cupidos amorosos, mas é assim mesmo. É desse jeitinho que a vida é. Achar a felicidade onde for, seja onde e em qualquer lugar, é sermos infinito e amar cada vez mais a nós mesmos.

Porque eu já disse que o amor é UNIVERSAL!

Ele não prende, não tranca a setes chaves, não obriga! Ele é o que todos nós queremos ser: amado. Ele é amado por muito, odiados por muito, mas mesmo assim ele sempre está ali.

As pessoas dizem que o amor não sustenta um casamento, não prolonga a vida de casados - realmente, tem razão - mas pensa bem: se formos só por esperar que o amor mude as nossas decisões, o que será do relacionamento daquelas duas pessoas? Seria uma paranoia sem tamanho! O que sustenta um bom casamento é o modo de como nos relacionamos. Todo casal briga, todo casal tem seus ciúmes bobos, me responda quem não tem?

Quem nunca viu um casal passando na rua de mãos dadas soltando sorrisinhos como se eles estivem em uma bolha e apenas existissem eles? Aí bate a inveja e desejamos um amor assim. Mas quando vimos um casal discutindo achamos que aquilo não é amor e que eles deveriam se separar, como se os problemas e as discussões pudessem sumir em um passe de mágica e não existissem mais.

Só que tudo está indo bem. Você não precisa ficar pensando o porquê que eles estão brigando, você precisa saber que contos de fadas não existem. O ‘’felizes para sempre’’ você que tem que conquistar, não é receber de mãos abertas como se fosse um brinde da vida. Temos que correr atrás do que realmente queremos, não devemos desistir só porque apareceu a primeira dificuldade, devemos nos manter mais forte com bons sentimentos que conseguiremos o que queremos.

Eu e o ChanYeol conseguimos isso há 12 anos atrás, quando nos conhecemos. Três anos depois nos casamos no quintal da minha casa. Quatro anos depois, tivemos o nosso primeiro filho: MinYeol. Foi a maior e melhor felicidade das nossas vidas! Descobrimos que se misturamos o nosso amor, nasce a prova do que sentimos, a melhor coisa do mundo inteiro. Claro que tivemos muitas dificuldades; como o preconceito das pessoas nos nossos trabalhos, foi difícil segurar e aguentar a barra durante algum tempão. Mas conseguimos vencer e hoje em dia temos uma boa condição financeira, temos nossa própria casa, uma árvore enorme com uma casinha que fizemos para MinYeol e o nosso maior presente: a felicidade. A felicidade que tanto desejamos ter. E graças a Deus conseguimos.

ChanYeol desistiu do sonho de ser cantor e conseguiu virar um bom advogado - porém, tem recaídas e sempre vai parar num bar para tocar e cantar alguma coisa com os seus amigos. Falando neles irei dar um resumo da vida de cada casal.

KaiSoo, JongIn e KyungSoo, se casaram recentemente e cada um está seguindo seu sonho. Kai está estudando para virar cirurgião e Kyung está escrevendo seu segundo livro, ‘’A tocha do amor’’ e fala basicamente da vida dele com o Kai. Seu primeiro livro falava sobre as dificuldades da vida e deu um baita de um sucesso. Hoje em dia é cobiçado e tudo.

HunHan, SeHun e Luhan, não se casaram e nem pretendem, segundo eles. Eles dizem que assinar uma droga de um papel não demonstra o que eles sentem um pelo o outro e que isso é uma perda de tempo. Eles compareceram no meu casamento e no do Kyung também, mas nem quiseram participar da competição de qual casal se casará depois. A família de ambos é muito rica, por isso viajam ao mundo atrás de novas aventuras e desafios. De vez em quando recebemos algum presente deles, como forma de prova de que eles passaram por ali. Eles são umas figuras!

Ah, e quase esqueci de mencionar o que eu resolvi de fazer na minha vida! Eu me tornei jornalista e atualmente trabalho na redação de um jornal. O jornal não é grande coisa, começou há três anos atrás, não concorre entre os jornais mais cobiçados, mas pra mim é uma grande conquista. Ultimamente não estou trabalho por motivos da gravidez que já se completou 9 meses e só estou a espera da minha linda garotinha vir ao mundo.

Sim, ChanYeol e eu iremos receber mais um membro da família. Não quisemos deixar o nosso MinYeol sozinho, ele terá uma irmãzinha e espero que ela possa puxar as minhas orelhas porque já basta o sofrimento que o meu filho tem na sua escola. Estou sendo sarcástico, amo as orelhas de Yoda do meu marido e do meu filho, mas a minha princesa não pode vir ao mundo com aquelas orelhas.

Hoje, agora, neste momento, estou sentado no sofá da sala, MinYeol está com a cabeça deitada no meu colo enquanto eu faço um carinho na minha barriga e no seu cabelo. Estamos assistindo pela 4° vez ‘’A Princesa Ariel’’, porque eu estou obcecado por este filme há dias e estou com uma ideia maluca de colocar trocar o nome da ByunHe por Ariel, mas nem o ChanYeol e o MinYeol querem, então… Vou me sustentar só com o filme mesmo.

Falando no ChanYeol, ele ainda não voltou do trabalho e já é quase oito da noite. Não que eu seja rígido com ele, mas geralmente ele chega seis da noite e hoje ele está atrasado. E como a gravidez nos deixa mais mole e queremos carinho, não saio do pé dele. Ele que me acostumou assim, culpem ele.

De repente o telefone da casa começa a tocar e peço ao meu MinYeol para atender. Ele resmunga alguma coisa e quando atendeu me entregou rapidamente com uma cara emburrada apenas dizendo:

- Papai Yeol 'tá cantando de novo.

Ele não gosta quando o ChanYeol vai cantar porque ele demora pra vir e tem pouco tempo para brincar com ele. Eu ri e coloquei o aparelho no ouvido:

- De novo, ChanYeol? MinYeol não gosta quando você faz isso, e ainda estou grávido e a qualquer hora a bolsa pode estour-

- Eu entendo, meu amor, mas só venha onde eu estou, por favor! - dizia nervoso.

- ChanYeol, eu não vou sair de casa numa hora dessa pra te buscar em um bar.

- Eu juro que é por uma boa causa e você não irá se arrepender. - eu revirei os olhos e mordi o meu lábio inferior. - Estou planejando isso há dias, não pode simplesmente vir aqui e deixar o seu querido marido feliz?

- Nem apela por afeição, eu não vou!

- Por favor! Você vai gostar. O MinYeol também, até a ByunHe que nem nasceu ainda vai gostar. Por favor, Baekkie.

- Está bem, está bem. Nós vamos, mas se você estiver mentindo eu te mato!

- Obrigado, obrigado! Te amo.

- Também te amo, agora vou desligar. Tchau.

Desliguei o celular e olhei para o MinYeol que permanecia com um bico nos lábios e de braços cruzados na minha frente.

Seja o que for que o ChanYeol esteja planejando, se eu não gostar eu o mato.

Mentira, mas ninguém precisa saber disso.

Algum dia o ChanYeol ainda vai me tirar do sério, mas não quero que hoje seja o dia porque eu ainda o amo…

Continua...