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História All that matters - A vida antes do Apocalipse - Why do you insist?


Escrita por: giovagoliveira

Notas do Autor


GENTEEE,
Mil desculpas pelo sumiço! Eu não tenho palavras pra dizer o quanto lamento!! Tive um problema sério de saúde, e por isso fiquei um tempo fora do computador, sem falar que o meu laptop pifou, então estava quase impossível de escrever novos capítulos. :/
Mas eu prometo que não abandonarei essa história! Sei o quanto isso é horrivel.
Espero que vocês gostem desse novo capítulo! Estou muito feliz de poder escrever de novo! :)
Beijinhos!!!

Capítulo 6 - Why do you insist?


Fanfic / Fanfiction All that matters - A vida antes do Apocalipse - Why do you insist?

Angelina estava trancando a porta de casa, quando sente seu celular vibrar na bolsa. Sem perder tempo, ela a joga na mesa e procura o aparelho apressadamente. "Será?" Ela pensou, enquanto se lembrava do momento em que se levantou da mesa do Highland Parks, deixando nela seu telefone escrito em um guardanapo para Daryl. Aquele encontro foi tão curto, mas tão intenso, e cada vez que ela se lembrava da sensação de tê-lo tão perto de si, um leve choque passava por entre suas pernas, alcançando sua intimidade. 
Quando ela desbloqueia seu telefone, sua esperança se esvai. Era uma mensagem de Sasha.
- Ei, tá ocupada?
- No.
- Tá afim de jogar tênis? Eu aluguei a quadra do ginásio para as oito horas."
- Tudo bem, deixa só eu comer alguma coisa e trocar de roupa, acabei de chegar em casa."
- Tá!!! Me encontra lá! Xoxo
- Okay.

Depois de uma hora jogando, Angelina vai para o vestiário com Sasha, as duas com as blusas suadas, os cabelos molhados e as bochechas rosadas. Sasha entrou na ducha enquanto Angelina estava sentada no banco, secando seu rosto com uma toalha que envolvia seu pescoço.
- Cara, mas sério, eu juro que eu não me lembro de ter falado nada sobre o seu trabalho pra ele! Pra falar a verdade, eu me lembro dele chegando perto de mim na pista de dança, e depois disso, só me lembro de acordar com Christian pelado do meu lado. 
- Tá, mas você nem sabe quem ele é. Imagina se fosse um ladrão, ou psicopata, sei lá.
- Angelina, eu já o vi no Trinity várias vezes! Ele vai lá toda sexta com o irmão.
- Hum...
- Mas me conta, ele te levou no café, e aí?
- E aí tomamos um café, e ele ficava me encarando como se fosse me comer, e... Ele chegou perto de mim, e tentou me beijar...
- Hm... E?
- E eu me levantei e saí.
- QUE? E deixou ele lá?! - Sasha diz pondo a cabeça para fora do box. Seu olhar era perplexo.
- Eu deixei meu número em cima da mesa num guardanapo dobrado! Mas acho que ele não viu, senão teria me ligado, ou mandado mensagem, né...
- Sei lá. Só sei que você é idiota, ele tá caidinho por você e você o esnobou várias vezes.
Angelina bufa, se levanta e caminha até o espelho, tira um elástico da bolsa e amarra seu cabelo em um rabo de cavalo bem alto. Sasha estava certa sobre ela ter esnobado Daryl, mas Angelina até que gosta da situação.
- Sasha, tô indo, ok? - ela diz saindo do vestiário.
- Tá! Me liga quando chegar em casa!

Angelina caminha pela rua, uma brisa fresca batia contra suas bochechas ainda rosadas. Ela pega o celular e seu fone de ouvido para escutar música. Quando ela desbloqueou o aparelho, viu uma nova mensagem de um número desconhecido.
- E aí, cheirosa. Tá onde?
A Angelina interior pulava de alegria enquanto a exterior permanecia imóvel na rua, simplesmente estática. Era ele. Ela conseguia ouvir seus batimentos cardíacos enquanto que de seus lábios não saíam nada mais do que um largo sorriso. 
- Oi, homem dos negócios. No momento, estou na rua.
Não dão nem cinco minutos, e Angelina recebe outra mensagem do mesmo número.
- Que bom. Também estou na rua, seria uma coincidência?
Angelina morde seu lábio inferior. Até por texto aquele homem mexia com ela.
- Deve ser, né.
...
- Quero te encontrar. Agora.
Ela arregala os olhos. "Como assim, agora? Não! Quer dizer, sim! Quê? Não!" Os pensamentos de Angelina se embaralham, era o que ela mais queria, mas não tinha coragem de admitir isso.
- Hum, não vai dar. 
- Vamos no Trinity, eu te pago uma cerveja, e se você for boazinha e parar de charme, pago um maço mentolado também.
- Quanta gentileza, mas hoje eu já tenho planos.
- Posso ficar nesse joguinho o tempo que você quiser, Nina. 
Angelina cora ao ler essa mensagem.
- Não sei do que você está falando...
- Então vamos sair. Amanhã?
- Tudo bem! Amanhã eu saio tarde.
- Eu estarei lá para te buscar.
Chegando em casa, Angelina sobe direto para o banheiro para tomar um rápido banho quente. No quarto, ela liga para um restaurante e pede seu jantar, e ao desligar, manda uma mensagem para Sasha.
- Você não vai acreditar no que aconteceu!


- Eu não sei o que eu faço, gente! Tipo, eu não vivo sem ele! A gente é unha e carne, sabe? Eu to acabado! Não acredito que ele fez isso comigo! - Jeffrey diz enquanto enxuga as lágrimas que desciam pelas maçãs de seu rosto.
- Ah, amigo, não fica assim! Ele sabe que o que ele tá fazendo é bobagem! - Tiffany tenta acalmar seu amigo enquanto faz carinho em sua perna.
Angelina chega do almoço e vê seu amigo em prantos, sentado em sua cadeira. Sua cabine estava uma zona, cheia de lenços de papel amassados e espalhados, por cima de materiais e relatórios.
- Gente, o que aconteceu?
- Phillip terminou com Jeffrey agora pouco. - Tiffany diz enquanto abraça seu amigo. - Eu não entendi muito bem, mas eu acho que ele...
- Ele é um babaca, imprestável, é um  imundo, cara de bode com hemorróida! - Jeffrey grita e todos ao seu redor o encaram, incluindo o supervisor do andar. Um silêncio macabro domina todo o espaço.
- Contenha-se. Não pedirei novamente. - Ordena o supervisor, encarando Jeffrey com um olhar furioso. O jovem rapaz respira fundo, envergonhado, junta todos os lenços de sua mesa e os joga no lixo. 
- Me explica, com calma, o que ele fez. - Angelina diz enquanto abria sua bolsa e pegava uma pasta preta.
- Não nos falamos direito desde a festa no Trinity Hall. Havia alguma coisa de errado com ele e eu não sabia o quê. Hoje, ele me ligou e disse que tem alguma coisa pra me falar. Eu acho q ele tem outro... Aquele imprestá...! - Angelina interrompe Jeffrey antes que ele soltasse outro berro e chamasse novamente a atenção do supervisor.
- Vai ficar tudo bem, vocês sempre fazem isso. Sai com ele mais tarde! Vocês aproveitam, conversam e se entendem. - Tiffany sugeriu enquanto Angelina concordava com a cabeça.
- Não sei ainda, vou pensar se saio ou não. Vou almoçar, meninas... - Jeffrey diz enquanto ajeita a gola de sua blusa de botões verde musgo. Ele se levanta e sai, deixando as duas meninas em sua cabine.
- Ele vai ficar bem. - Angelina diz arrumando a mesa bagunçada de seu amigo, Tiffany concorda com ela e volta para sua cabine. O dia estava cheio.

O andar da agência estava quase vazio. Eram quase onze da noite e Angelina estava em uma reunião com os superiores, apresentando suas ideias para uma exposição de artes que estava sendo planejada para o meio do ano. Jeffrey foi embora com Philip e Tiffany estava em sua cabine terminando seu trabalho.
Quando a reunião encerra, Angelina pega o telefone e vê uma mensagem.
- Estou aqui na porta. Falta muito aí?
Ela sorri enquanto digita "5 minutos." e corre em direção à sua mesa.
- Credo, que pressa é essa? - Tiffany pergunta enquanto fecha sua pasta e a coloca na bolsa.
- Daryl está lá fora me esperando, vamos sair.
- O moreno? Uau! E você vai com essa cara? Passa um lápis, pelo menos.
- Vou passar. Aliás, você pode ficar com essas coisas? - Angelina empilha um monte de pastas e seu laptop na mesa de Tiffany. - Amanhã eu pego com você!
- Lógico, deixa aí.

Angelina passa um pouco de rímel em seus longos cílios e blush nas bochechas. Ela se olhou no espelho e tentou deixar sua roupa de trabalho um pouco mais desleixada, dobrando as mangas de sua blusa de botões branca e tirando-a de dentro da saia justa grafite. Seu cabelo estava levemente bagunçado, mas ela não se importou com isso e saiu às pressas do banheiro. Ela caminha em direção à porta principal do grande prédio da Agência Brooks e de longe vê Daryl de roupa preta e cabelo despenteado, debruçado em uma moto grande e marrom, fumando um cigarro. Seu coração acelera e ela não contém um riso com os lábios para ele. Ele a retribui. A fivela do seu cinto brilhava com a luz da rua e sua bota era bruta e escura. Para ela, ele estava completamente irresistível. Angelina se aproxima e ajeita o cabelo.
- Boa noite, Daryl.
- Boa noite, Nina. - Ele responde, passeando pelo corpo de Angelina com seus olhos. - Você tá linda. Quer um trago?
- Obrigada. - Ela pega o cigarro da mão dele, dá uma leve tragada, e poucos segundos depois levanta seu rosto e solta a fumaça pelo ar. - Podemos ir?
- Claro, sobe aí!
Angelina olhou para a moto com certo desconforto, já que nunca havia andado em uma antes. Segurando a bolsa, ela subiu na garupa com uma leve dificuldade, já que sua saia limitava os movimentos de sua perna. Daryl dá uma última tragada no cigarro e o joga no chão. Ele liga a moto e acelera, soltando um ronco grave e intenso. No meio do trânsito, Angelina apertou Daryl com força pela cintura, podendo sentir seus músculos do abdômen. Seu medo não a deixava pensar em mais nada, nem no fato de ela estar agarrada no homem que quase a beijou poucos dias antes. De repente, Daryl desacelera com a moto e para em frente à porta do Trinity Hall. Angelina abre os olhos e ao ver onde estava, solta um suspiro de alívio. 
Ao entrar no pub, Angelina percebe que Sasha não estava no salão, o que a deixou ainda mais aliviada.

- Como foi seu dia hoje? - Daryl pergunta, entrelaçando as mãos e apoiando-as em cima da mesa. Ele parecia tranquilo, mas ao mesmo tempo, cansado.
- Ah, intenso... - Ela responde passando a mão pelo cabelo. - cheio de reuniões.
- Você só trabalha na agência?
- Sim.
 - E o que você faz lá dentro, exatamente?
- Bom, eu trabalho mais com design de produtos, embalagens, marketing, etc.
- Hum... - Daryl responde e dá um gole em sua cerveja. Os dois ficam em silêncio.
- E você? Não vai me dizer nunca no que trabalha? - Daryl ri.
- Eu tenho uma oficina. - Angelina se surpreende, não esperava por isso. - Eu vim do sul do estado com meu irmão depois que meu pai morreu. Nós abrimos uma oficina e trabalhamos juntos. Quer dizer, o Merle tem uns trabalhos por fora... E de vez em quando eu o ajudo.
- Sei, entendi... Então você... só tem seu irmão? Quer dizer... Mais ninguém?
- Sim, só eu e ele.
- Hum...
- Sou solteiro, Nina. - Daryl diz sorrindo.
- Não foi isso que eu quis dizer! - Angelina cora as bochechas involuntariamente.
- Sei. Mas e você? É? - Ela arqueia a sobrancelha.
- Sou. - Daryl dá um leve sorriso torto. - O quê?
- Nada, é estranho uma mulher como você não ter ninguém. - Ele a encara com seu olhar semicerrado e Angelina sente um leve arrepio. "Como ele faz isso?" 
- Na verdade, eu tinha alguém, mas terminei com ele há um tempo. Agora estou mais focada no trabalho.
- Entendi. E quando vou ver um de seus desenhos?
- Ah, estavam na minha bolsa... Eu deixei tudo no trabalho.
- Numa próxima oportunidade então, talvez?
- É. - Angelina sorri. - Na próxima.

Eram uma e meia da manhã quando os dois saíram do pub. Todos os comércios nos arredores estavam fechados, não se ouvia nada além de seus passos pela rua.

- Vou pedir um táxi.

- Por quê? Posso levar você.

- Já está tarde, Daryl, não precisa.

- Nina. - Ele a segura pela mão. - Eu insisto.

Seus corpos estavam próximos um do outro, os olhares fixos.

- Por quê você insiste?

- Ué, porque está tarde.

- Não, Daryl. Por que você insiste em mim, desse jeito?

Daryl então fica sério, solta um leve suspiro olhando para o chão, e em seguida retoma o fixo olhar nos olhos de Angelina.

- Porque eu quero, desde aquele momento, no balcão do bar, com você me olhando daquele jeito. Digamos que... você  seja alguém em quem vale a pena insistir. - Seu tom era grave, rouco, mas tranquilo. Angelina tenta encontrar palavras para responder àquilo, mas em vão. O máximo que ela conseguiu fazer foi respirar com fraqueza. As sensações que passavam pelo seu corpo lhe davam a certeza do que ela queria, e era a mesma coisa que ele. Era ele. - Vem, eu te levo.


Notas Finais


Aguardem que vem mais!!! (Prometo não demorar tanto pro próximo HEHE)


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