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História All that matters - A vida antes do Apocalipse - Like a Sex Machine


Escrita por: giovagoliveira

Notas do Autor


EEEE MAIS UMMMMM

Gente, já vou deixar um recado importante aqui:
Meu curso pré-vestibular começa amanhã, então vai ser muito difícil pra mim conseguir escrever sempre! Mas não se preocupem porque eu não vou abandonar essa história JAMAIS EVER NEVER. Só vou demorar um tico mais pra postar os capítulos. E falando nisso, esse capítulo tá ♡ ♡ ♡
Espero que gostem!!! Bjs de luz

Capítulo 7 - Like a Sex Machine


Fanfic / Fanfiction All that matters - A vida antes do Apocalipse - Like a Sex Machine

 - Como Jeff está? - Angelina pergunta para Tiffany enquanto digita um documento em seu laptop.
    - Não sei, ele não me mandou nenhuma mensagem. A coisa deve ter sido feia ontem... Eu liguei pra ele algumas vezes, mas deu caixa postal.
    - Pois é... Amanhã eu vou tentar ir à casa dele.
    - Aqui, falando em ontem... como foi com o bonitão? - Tiffany pergunta, se apoiando por cima da cabine. Angelina olha pra cima e lança um sorriso. - Ah! Quero detalhes!
    - Nada demais. Fomos no Trinity, ficamos lá até tarde, e ele me levou em casa depois.
    - E vocês...
    - Não. Só conversamos, nos conhecemos um pouco. Ele é do Alabama.
    - Alabama? Gente, que homem. - Angelina ri.
    - Ah, Tiff... Ele é... - Ela suspira antes de terminar a frase.
    - Fala! Maravilhoso, gostoso, cheiroso?
    - Ele é diferente.
    - Diferente? Em que?
    - Não sei, em tudo.
    - E isso é bom, né?
    - Tudo diz que sim... - Angelina diz sorrindo, sem tirar os olhos do monitor. Tiffany se recolhe para sua cabine e continua seu trabalho.
   Na hora do almoço, Angelina leva seu laptop para o restaurante e na mesa, liga seu Skype. Para sua surpresa, seu pai estava on-line. Ela faz uma chamada de vídeo.
   ... Discando...
    - Oi pai! Quanto tempo não te vejo aqui!
    - Olá, filha... - O rosto de Anthony estava pálido, fino, ele suava. Uma olheira escura cobria o entorno de seus olhos.
    - Nossa, pai, que cara é essa?
    - Eu estou com uma virose. Mas nada demais. Já fiz alguns exames e estou aguardando os resultados.
    - Ih... você pegou a tal gripe.
    - Não sei, só os exames dirão... - Um silêncio toma conta da conversa. - Mas e você? Como está? Bem? E o trabalho?
    - Tá tudo bem, nenhuma novidade.
    - E o Adrian? - Angelina gela, sua boca leva alguns segundos pra formar palavras. Ela não tem notícias dele há duas semanas, e não se preocupava com isso, até seu pai tocar no assunto.
    - Pai... Sobre o Adrian... Nós terminamos.
    - O quê? Por quê? O que ele fez?
    - Ele não é o que eu pensei que fosse.
    - Ele é um bom rapaz, Nina. Dê a ele uma segunda chance... - Uma forte tosse interrompe o sermão de Anthony.
    - Corrigindo, ele não é quem você pensa que é. Não tente opinar sobre o que você não sabe.
    - Conversarei com o tio dele. O que quer que tenha feito, ele vai se arrepender. Foram drogas? Ele te machucou?
    - Pai, não! Tá vendo, não era nem para eu ter te contado!
    - O que foi então? Será que você nunca aprende sobre o que é bom para você? Adrian gosta muito de você, e tem uma família boa. Vou resolver isso.
    - Para.
    - Estou ligando para Benjamim. Lhe retorno assim que puder. - O corpo de Angelina esquenta e suas bochechas coram. 
    - Escuta aqui! - Seu tom de voz deixava claro sua raiva. Ao seu redor, as outras pessoas do restaurante a olhavam de lado. Seu pai, que estava com o telefone no ouvido, o desliga e volta a olhar para a tela. - Para de querer tentar mostrar que se importa, que está presente, que sabe da minha vida. Você não sabe de nada, não sabe o que é ou não é bom pra mim, então nem se dê o luxo de querer julgar o meu namoro! Que merda! Eu só queria conversar e você estraga tudo! - Angelina mal espera o pai lhe responder e desliga a conversa. Seus olhos estavam tensos, enquanto ela segurava rigidamente a tela do computador.
    - Escroto.

   A manhã seguinte estava nublada. Eram oito da manhã e Angelina estava na sala de estar comendo cereais banhados em leite enquanto assistia televisão, até que o programa foi interrompido com uma notícia urgente. Dois repórteres surgem na tela.
    - Uma ameaça. A gripe Amazônica atinge pontos em quase todo o continente americano.
    - Noventa e duas  mil vítimas confirmadas nos Estados Unidos e mais de cinco milhões no Brasil.
    - O governo Federal brasileiro afirma que a falta de verbas dedicadas ao saneamento fomentou a irradiação da doença.
    - Chefes das Organizações das Nações Unidas afirmam que, se em menos de 2 meses a doença atingir regiões do mundo como norte da África e Ásia, será declarado o estado de emergência. Veja mais no Jornal das onze.
   
   Angelina franze a testa após ouvir a notícia e continua a comer seu cereal. De repente, ela se lembra de Jeffrey e decide ligar para ele.
    - Oi, amor! Até que enfim você me atende!
    - Angelina...
    - Você está bem? Eu fiquei preocupada com você...
    - Eu estou bem... é só que... bom, você pode vir aqui mais tarde? - A voz de Jeffrey era séria, fria, como se não fosse ele.
    - Claro. Estarei aí depois do almoço.
    - Combinado.
   Logo após a ligação, Angelina se levanta e vai trocar de roupa. Ela pega as chaves do carro e sua bolsa para ir ao shopping, pois pensou que seria de bom grado levar algum presente para seu amigo. Angelina aperta o botão que desbloqueia a porta do carro e nada acontece. Ela dá de ombros e enfia a chave na fechadura da porta. Ao entrar no carro, ela ajeita o espelho retrovisor e põe a chave na ignição. Nada acontece, novamente.
    - Ah, não... isso não. - Angelina torna a girar a chave na ignição, mas seu carro não responde, nem um barulho. - Porra! - grita e soca o volante involuntariamente. Ao sair do carro, ela abre o capô na esperança de encontrar com facilidade o problema. Nada. O motor estava intacto. Ela pensou em ligar para o seguro do carro, pois poderia ser algum problema na bateria. Porém, surgiu em sua cabeça uma ideia melhor.
   Daryl estava arrumando as ferramentas que Merle havia deixado no chão. A oficina estava bagunçada, como se um vendaval houvesse passado por aí. No fundo do pequeno galpão, um carro velho e vermelho ali estava largado há anos, ele pertencia ao seu pai. Dentro, ainda haviam pertences dele, como canetas, papéis, um bolo de chaves enferrujadas, e dentro do porta-luvas uma 38. Daryl estava sujo, suas mãos estavam escuras e seu cabelo estava oleoso, por causa do suor. Sua blusa grafite e sem mangas estava encardida. 
   Logo após colocar a maleta de ferramentas em cima da estante, ele escuta um barulho. Era o toque do seu telefone. Ao olhar na tela e reconhecer o nome, ele sorri.
    - Bom dia, Nina! - Sua voz era rouca.
    - Daryl? Oi, me desculpa ligar essa hora, eu sei que está cedo.
    - Cedo? Que nada, estou acordado faz tempo. Como você está?
    - Bem. Quer dizer, na verdade estou com um problema.
    - O que aconteceu?
    - Tem alguma coisa errada com o meu carro. - Daryl solta um riso leve. - O que foi?
    - Nada... O que aconteceu?
    - Se eu soubesse eu não estaria te ligando, né? Será que você pode vir dar uma olhada?
    - Claro, estarei aí em vinte minutos.
    - Tudo bem! Até logo.
    - See you!
  
Angelina estava com o cabelo preso em um coque, as mangas da sua blusa estavam dobradas, o short rasgado e em seu pé, um par de chinelos brancos. A porta da garagem estava fechada, mas lá de dentro ela ouve o ronco da Fat Boy. De forma involuntária, seu coração acelera e ela deixa um retrato que estava em sua mão cair no chão.
    - Ah, merda. - ela se ajoelha e o pega. Na foto, seu pai a envolvia nos braços e sua mãe estava sorrindo, com as pernas cruzadas. Os três estavam sentados em um banco coberto de neve em um parque de esqui na Áustria. Angelina tinha quinze anos quando a foto foi tirada, dois anos antes de sua mãe ser diagnosticada com um tumor. Ela se ajoelha e pega o retrato, o vidro havia rachado, o que a faz bufar.
    - Ei. - Daryl diz encostado na porta. Angelina levanta o rosto rapidamente numa expressão quase que de susto.
    - Ah, oi!
    - Quer ajuda aí? - Ele se aproxima e ela se levanta.
    - Não, eu só deixei isso cair, nada demais. - Ele chega perto e pega o retrato.
    - É você? Que gracinha.
    - Sim, esses são meus pais.
    - Ah, sim. Eles moram aí com você?
    - Não. Quer dizer, sim. Quer dizer, minha mãe faleceu, e meu pai está viajando, negócios.
    - Hum... entendi. - ele deixa escapar um sorriso torto e põe o retrato em cima de uma prateleira que havia ao seu lado. - Então, vamos ver essa belezinha. Destrava o capô pra mim. - Daryl o abre e arqueia a sobrancelha ao ver o que tinha embaixo do capô do Jeep. - Gostei da máquina.
    - Tem alguma coisa de errada aí?
    - Tem sim. Ela não é minha, isso que ela tem de errado. Gira a chave para mim. - Angelina gira e não escuta nenhum barulho. - É a bateria, ela arriou. 
    - Tem certeza? É só isso?
    - Tenho. Você deixou a luz do carro acesa?
    - Não sei. Não que eu me lembre.
    - Bom, da próxima vez não deixe, isso come a bateria com muita rapidez. Você tem aí alguma bateria reserva? Posso fazer uma chupeta.
    - Me deixe checar aqui. - Ela sai do carro e caminha em direção às ferramentas no canto da garagem. Haviam caixas, fios e ferramentas pesadas como furadeiras. Ela se agacha e Daryl a observa, com o olhar cerrado. Ele definitivamente gostava do que via. Ela tira as caixas uma de cima da outra, e de repente se levanta com uma bateria de carro. - É isso? Que peso!
    - Isso. Vou pegar os cabos.
    - Eu tenho aqui. - Ela diz abrindo uma caixa no chão. Ela tira os cabos e os entrega a Daryl.
    - Beleza. Quando eu mandar, você gira a chave de novo. - Ele diz enquanto liga os cabos nas duas baterias. Enquanto a bateria de fora carrega a do carro, Daryl se aproxima de Angelina. - E aí, vai sair hoje?
    - Vou ver um amigo. - Daryl franze a testa. - Meu amigo do trabalho. Ele terminou com o namorado e faltou o trabalho hoje.
    - Saquei. E aí?
    - E aí vou ver se está tudo bem com ele.
    - Já entendi, eu quero dizer, e mais tarde? Quer fazer alguma coisa?
    - Depende, você tem alguma coisa em mente, que não seja o Trinity Hall? - Ela diz com um tom irônico e Daryl cerra os olhos.
    - Para falar a verdade, tenho sim, um lugar muito foda por sinal. Mas só porque não gostei da sua resposta, não vamos lá hoje.
    - Ah, qual é!
    - Gira a chave, vai. - ele sorri.
   O carro demora poucos segundos para pegar. O ronco do motor faz Angelina sorrir como uma criança.
    - Isso! - ela comemora enquanto Daryl desconecta os cabos da bateria do carro. Depois de tirar o gancho que apoia o capô, ele o solta e o fecha. Angelina sai do carro e o ajuda a guardar as coisas. - Muito obrigada, Daryl, de verdade.
    - Não foi nada. - Ele diz com um cigarro na boca enquanto o acende. Estava sentado no capô olhando para Angelina de forma que a deixava inquieta. Seu cabelo preto e bagunçado lhe tapavam parte dos olhos, mas Angelina podia os ver bem, eram cinzas, meio azulados. Eram lindos.
    - Bom, eu... Acho que terminamos. - Ela diz e Daryl se levanta. Ele caminha lentamente até ela, tragando seu cigarro, seu olhar agora era cerrado, agressivo, esfomeado. Angelina respirava irregularmente, suas mãos começaram a suar e a cada passo que Daryl dava, seu corpo esquentava mais.
    - Terminamos? - Ele joga o cigarro no chão e o pisa, depois volta a encará-la. Seus corpos estavam a poucos centímetros de distância.
    - Sim... - Ele leva sua mão até o quadril de Angelina e sobe devagar até sua cintura. Angelina fecha os olhos e sente correntes elétricas percorrerem o caminho da mão de Daryl. Ele se aproxima mais e apoia seu nariz no dela. Sua respiração era quente, forte, invasiva e fazia Angelina perder gradativamente o controle do próprio corpo.
    - Tem certeza...? - Ele sussurra, sua barba roça na boca de Angelina deixando-a ainda mais sedenta por ele. Daryl aperta levemente a cintura dela, puxando seu quadril para si.
    - Não. - Ela sussurra de volta, e em uma fração de segundos, a boca de Daryl a devora. Sua língua  explora a boca de Angelina com voracidade. Os dois se unem em um beijo desesperado, apaixonado. Angelina perde o controle das mãos, que percorriam o corpo dele e sentiam a rigidez de seus músculos. Seu braço, seu peito, suas costas. Daryl a segura pelas pernas e a levanta do chão, enquanto as mãos dela afundavam em seus cabelos. Ele a coloca em cima do capô do carro, suas mãos puxavam firmemente o quadril dela, depois sentiam seu cabelo, suas costas finas.
   Os dois se separam e se olham, suas respirações eram ofegantes, fortes. Angelina estava tonta e Daryl franzia a testa. Seu olhar expressava seu desejo quase que insaciável por aquela mulher, era o que ele mais queria naquele momento. Não havia mais Merle, não havia mais roubo, Jack Brock, nada. Em sua cabeça, não havia mais noção de tempo e espaço. O tempo era o piscar dos olhos dela, o espaço era o vão que havia entre os dois. Angelina era tudo. Ali, ela era o mundo.
   Angelina tira delicadamente a blusa de Daryl, que vem até ela, com sua boca mirando em outro alvo. Ele beija seu pescoço, o lambuza e o aproveita, sente aquele cheiro cítrico e aperta seu quadril com a mão. Com a outra, ele segura seu cabelo e o puxa com força, fazendo-a suspirar. Lentamente ele tira a blusa dela, a pele dela estava completamente arrepiada, e ao mesmo tempo quente. Daryl beija por entre os seios de Angelina, o que a faz soltar leves gemidos, e ali ele se perde, o cheiro cítrico toma conta de todas as sensações dele.
    - Você é maravilhosa. - Ele sussurra, enquanto chega perto do ouvido de Angelina - Cheirosa, gostosa... - A cada palavra, ele deixava um beijo molhado pelo corpo dela.
    - Daryl... - Ela geme baixo, involuntariamente, enquanto esfrega sua intimidade contra a ereção dele. Ela começa a desabotoar o cinto de Daryl, enquanto beijava seu peito, até que, de repente, uma voz a mais surge perto daquele ambiente.

    - Nina! Você tá aí? Alou? - Sasha entra pela casa procurando por Angelina. Dentro de sua bolsa haviam alguns livros e seu caderno. - Tô entrando, hein!
    - Merda! Não acredito nisso. - Angelina pula do capô do carro, pega sua blusa e a tira do avesso de maneira quase que desesperada. - Tô indo! Fica aí na sala! - Daryl acha graça do momento. - Para de rir e se veste logo!
    - Onde você tá? - Sasha caminha em direção à porta da garagem. - Você tá... Opa. - Ela entra e se depara com Angelina de pé, paralisada, entre seu carro e Daryl, que vestia sua blusa. O cabelo dos dois estava completamente bagunçado e a boca de Angelina estava avermelhada. - Eu... Devia, é... Voltar depois?
    - Não, fique, eu já terminei por aqui. Bom, Angelina, então, se der algum problema quando ligar o carro, já sabe que pode ser a bateria. Não esquece de desligar a luz antes de sair.
    - Certo. Obrigada, Daryl.
    - Vou indo, até logo. Tchau, é... Sasha, né?
    - Tchau, Daryl! - Sasha diz com um tom de voz quase que infantil. Daryl sorri para Angelina, que o olhava de baixo, enquanto o via partir.
    - Angelina... Você vai me contar agora o que estava acontecendo aqui. - Sasha diz com um sorriso eufórico.
    - Daryl veio dar uma chupeta na bateria do meu carro, só isso.
    - Sei... Pelo visto ele deu uma chupeta no carro e no seu pescoço também, né?
    - O quê? Não! Como assim? - Angelina corre em direção ao espelho que havia pendurado na parede e para seu alívio, era mentira. - Sua idiota. - Sasha solta uma gargalhada.
    - Vou estudar aqui hoje, tudo bem? Podemos pedir uma pizza!
    - Eu estou de saída, vou visitar o Jeffrey!
    - Ah! Como ele está? Foi você que me falou que ele terminou o namoro, não é?
    - Fui. Eu não sei direito... Ele agiu muito estranho comigo no telefone. Ou ele está muito arrasado, ou alguma coisa aconteceu. Anyway, eu vou pra lá agora e volto mais tarde. Tem cheesecake na geladeira, mas se você comer todo, é uma menina morta.
    - Oba! Vou tentar me controlar. See you later! - Sasha dá meia-volta e entra pela porta que dá na cozinha da casa. Angelina entra no carro, pega uma pequena escova dentro de sua bolsa e ajeita o cabelo. Antes de ligar o carro, ela guarda o objeto, olha para o espelho e solta um longo suspiro.
    - Uau.


Notas Finais


Comentem!!! Amo vcs
Já já tem mais


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