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História All We Know - Meredith Jankowiak


Escrita por: gotzeuski

Notas do Autor


Muito obrigada pelos comentários e favoritos <3

Capítulo 2 - Meredith Jankowiak


Fanfic / Fanfiction All We Know - Meredith Jankowiak


     Toni's pov.

     Fui para o aeroporto no dia seguinte. Aviões particulares e helicópteros voavam para todo o lado numa velocidade no mínimo impressionante. Voei com mais três pessoas num mini avião para Munique. Assim que cheguei, fui revistado por policiais e soldados, e só consegui entrar pois era alemão. Aluguei um carro e dirigi até a casa de Mario. Manifestantes poloneses fecharam algumas ruas, então precisei pegar o caminho mais longo. Quando dei por mim, estava chovendo.

     Cheguei na casa de Mario e vi um esportivo preto parado na garagem. Provavelmente era de Marco. Sorri para a câmera e a porta se abriu. 

     - olá Toni! - ele me cumprimentou. Marco também me cumprimentou com um aceno de cabeça. 

     Começamos a conversar e a jogar videogame. Já estava tarde e resolvi deixar Mario e Marco a sós. A chuva havia parado, então fui dar uma caminhada. 

     - cuidado com os poloneses e russos! - Mario advertira.

     Caminhei bastante até uma lanchonete. Quando percebi já estava chovendo novamente. Me escondi embaixo de um toldo, junto a uma garota. Alguns poloneses gritavam perto de nós. 

     - loucura. - comentei perto da garota. Ela se virou para mim e encarei um lindo par de olhos azul-esverdeados. Em seguida senti uma mão em meu braço. A garota me puxou para um beco coberto perto da lanchonete.
     - o que...?
     - não falo sua língua. - ela disse em inglês, com um forte sotaque... Polonês.
     - você é polonesa? - perguntei, assustado. Recuei, mas ela segurou minha mão.
     - sim, sou. Meu primo está afim de matar alguns alemães que falam comigo...
     - eu... - tentei desesperadamente recuar, mas a garota não soltava minha mão. 
     - por isso te trouxe pra esse beco. Aqui não podem nos ver.
     - quem é seu primo? 
     - Robert Lewandowski.

     Meu desespero aumentou. Como um fanático por história, eu já conhecia esse nome. Ele gostava de matar alemães apenas por diversão. A garota percebeu meu desespero e começou a rir.

     - não vou te matar nem nada parecido. - ela ainda ria. 
     - mas você me trouxe até aqui...
     - qual seu nome, alemão? 
     - Toni Kroos...

     Gelei. Eu acabara de falar meu nome para uma polonesa.

     - sou Meredith Jankowiak - ela estendeu a mão. A apertei. Queria fugir, mas não achava coragem. - você está suado. 
     - sou alemão e estou num beco com uma polonesa, em meio a uma guerra entre Nova Alemanha e Nova Polônia. Estou desesperado. - a fiz rir novamente.
     - calma... 
     - não estou calmo. 

     Ouvimos o barulho de tiros. Meredith tateou a parede do beco e colocou a digital em um tijolo. Uma porta se abriu e ela entrou, me puxando junto.

     - o que você está fazendo? - gritei. Ela colocou a mão em minha boca, e eu só pensava no quanto estava ferrado. Eu iria morrer ali, na mão de poloneses. 
     Meredith me jogou em um sofá. 

     - silêncio! Ou eles vão te ouvir.
     - eles quem? Eu não ligo para isso, Meredith. Me deixe sair! 
     - ta. Faça o que quiser. A saída é por ali. Mas não diga que não avisei.

     Bufei e passei por ela, irritado. Essa garota era louca, igual a todos os poloneses. Encontrei a porta da saída e caminhei até a lanchonete. O vidro havia sido depredado por poloneses, que ainda insistiam em brigar com os militares.

     Senti mãos tamparem meus olhos. Alguém disse algo em uma língua que eu conhecia, mas não entendia - polonês.

     Me senti sendo arrastado para algum lugar, mas uma dor imensa na perna direita me fez cair.

     Resolvi fingir ter desmaiado. Eu sentia sangue escorrendo por minha perna, o que definidamente era ruim.

     Ouvi passos se afastando. Acho que os poloneses desistiram de mim.

     - você é um idiota. - ouvi a voz de Meredith. Ela me ajudou a levantar. Eu havia levado um tiro de raspão na perna, uma bala perdida do exército alemão. 

     Meredith me levou de volta a sala do beco onde estávamos antes. Ela me sentou em um sofá, começou a estancar o sangue e fazer um curativo.

     - por que não vai me matar? - perguntei, curioso.
     - sou polonesa, não uma assassina. Você também poderia me matar agora mesmo.
     - não sou assassino. - ela terminou de fazer o curativo. Eu não sentia mais dor. - muito brigado, Meredith.
     - pode me chamar de Meri ou Edith. Se sente melhor?
     - sim, obrigado de verdade. Então... 
     - acho melhor você não sair nas ruas agora. Vamos esperar um pouco, aí te dou uma carona.
     - obrigado novamente, Meri. 

     Ela pegou um refrigerante para mim. Aceitei, apesar do receio de estar envenenado ou algo do tipo. Ela apenas me observava, curiosa.

     - você é um alemão muito sem noção.
     - o que quer dizer com isso?
     - você aceitou refrigerante de uma polonesa.
     - você não é perigosa, é?
     - não. Eu não gosto dessa guerra, acho tão...
     - ridícula?
     - exatamente. 

     Ficamos em silêncio. Gritos e tiros ecoavam do lado de fora.

     - eles não podem nos achar? - perguntei após um tempo.
     - quem? Os poloneses? Não. Estamos em um Covil. Abrigos de segurança que os poloneses usaram durante a quarta guerra mundial.
     - e eles não podem simplesmente entrar aqui?
     - não, apenas eu posso. Esse Covil é meu. Meu primo Lewandowski deu ele a mim.
     - entendi. 
     - já que não podemos sair, me conte sobre você. - Meri se sentou no sofá em frente ao que eu estava. - você é daqui de Munique?
     - nasci aqui na Alemanha mesmo, mas moro em Madrid, na França-Espanhola.
     - ah, sim... E você tem família lá?
     - minha esposa e meu filho. Mas meu casamento está indo pro lixo. 
     - entendo. Tenho um irmão mais velho, que mora na Polônia mesmo. Ele é divorciado. Foi horrível ver ele e sua esposa brigando.
     - ah... Por que estou te contando isso? 
     - porque somos amigos, talvez?
     - somos amigos?
     - só se você quiser que sejamos.
     - vou pensar no caso. - rimos. Pela primeira fez, vi seu sorriso. Tenho que admitir, Meredith tem um sorriso lindo.

     Conversamos sobre coisas aleatórias enquanto os tiros não cessavam. Meredith era uma garota legal, mas era polonesa. Isso era um problema enorme.

     - já quer ir pra casa? - ela me cutucou. Percebi que todo o barulho já havia acabado.
     - sim. Meus amigos estão me esperando...
     - ok. Vamos. Sua perna está boa para andar?
     - acho que sim.
     - ok. Me siga.

     Ela seguiu para dentro do Covil. Estranhei, mas não tive outra opção a não ser segui-la, ainda mancando e desconfiado da bondade de Meredith.



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