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História All We Know - I Knew You Were Trouble


Escrita por: gotzeuski

Notas do Autor


Que bom que estão gostando da fic💙

Capítulo 3 - I Knew You Were Trouble


Fanfic / Fanfiction All We Know - I Knew You Were Trouble

 

 Toni's pov.

 

Eu estava cada vez mais desconfiado. Meri estava me levando para cada vez mais longe do lugar onde estávamos antes. 

        - Meri... Onde estamos indo? - perguntei.
     - esse Covil é enorme. - ela respondeu - estou procurando a chave do carro. A garagem é por ali. - ela apontou para uma porta. 

     Manquei até lá, mas fui segurado por ela.

     - me espere. - Meri foi até outro cômodo e pegou a chave do carro. Em seguida me puxou para a garagem. 

     Entramos no carro. Assim que ela saiu da garagem, me assustei. Eu havia perdido a noção do horário. Estava escuro. 

     - que horas são? - perguntei. Ela apertou um botão e um relógio digital holográfico surgiu. Eram 22:00. - ficamos lá por tanto tempo? 
     - sim. Onde seu amigo mora?

      Expliquei a ela o endereço da casa de Mario. Fomos em silêncio até lá, precisando mudar de direção vez ou outra para desviar das barricadas que os alemães que se uniram aos poloneses armaram. 

     Chegamos na casa de Mario por volta das 22:30. Ela me esperou descer do carro e tocar a campainha.

     - Toni! - Mario gritou assim que abriu a porta. Em seguida me abraçou. - eu fiquei preocupado, o que houve?
     - me encontrei com a chuva e alguns manifestantes, mas relaxa.
     - cara, que susto que você deu na gente! - Marco gritou do sofá.
     - desculpem.

     Me virei para agradecer Meri, mas ela já havia ido. Entrei na casa de Mario, evitando perguntas. Eu não podia contar a eles sobre ela. 
Infelizmente Marco percebeu que eu mancava. 

     - bro... O que houve? Algum polonês te acertou?
     - não. - menti - machuquei no futebol. 
     - entendo, levei um tiro de um asiático no último jogo. - ele bufou, como se aquilo fosse algo comum. E infelizmente era mesmo.

     Resolvi ir para o quarto de hóspedes, para tentar dormir. Ouvi Mario ligando o alarme e a proteção - coisas que eram praticamente inúteis na minha cidade. Mas Munique era o centro da guerra, então qualquer cuidado era pouco. Mario bateu na porta de me quarto. Deixei-o entrar.

     - Toni, qualquer coisa, o abrigo fica na porta ao lado da cozinha. É só descer as escadas.
     - ok. 

     Eu havia me esquecido do risco de bombas nucleares. Cheguei a me perguntar porque Mario não mudava de cidade, procurava outro time. Marco morava em Dortmund, que apesar de também ser uma cidade poderosa, quase não habitava poloneses. 

     Deixei os pensamentos de lado e tentei dormir. Consegui após poucos minutos - o dia havia sido cansativo.

     Acordei com barulhos vindos de fora. Olhei pela janela e vi Meredith sentada ali, me observando. Conti um grito e fui até ela.

     - o que faz aqui? - sussurrei. O relógio holográfico de Mario indicava que eram 8 da manhã.
     - preciso de você. - ela respondeu, sem sorrir. - meu primo, ele...
     - ele...? 
     - ele sabe da sua existência. Enfim, é um problema. Por favor, desligue o alarme, venha aqui, vamos pro meu Covil.
     - eu não confio em você, Meredith. 
     - fala sério, Toni. Por favor. Meu primo está praticamente recriando os antigos campos de concentração de Hitler e...
     - Hitler? Você gosta de história?
     - adoro. Não viu os livros que eu tinha?
     - não...
     - mais um motivo para você vir comigo. Anda, Toni. É perigoso para você aqui. 
     - Meri...
     - vamos, Toni. Por favor. Meu primo não pode descobrir que você mora aqui. Se não...
     - eu... Ok. Me espere trocar de roupa, ok?
     - estou no meu carro. Parei ali na esquina.
     - ok. 

     Ela saiu da janela e eu respirei fundo. Troquei de roupa e fui até a porta. Marco já estava acordado, e mexia no celular.

     - vai aonde, Toni? - ele perguntou.
     - dar uma caminhada. - menti.
     - ok... Eu já desativei o alarme.
     - obrigado.

    Marco não acreditara em minha mentira, eu sabia disso. Ignorei o sentimento de culpa e fui até a esquina, onde encontrei o carro de Meredith. Ela estava lá dentro, tomando um smoothie. 

     - entra aí. - ela me cumprimentou com um aceno. Entrei no carro e observei irmos para o Covil.

     Ela entrou na garagem. Desci do carro e segui pela porta sem ao menos esperá-la. Ela entrou atrás de mim e me empurrou até o sofá.

     - está com fome? - ela perguntou. Concordei. Meu estômago roncava. - ok, vou fazer algo para comermos. - ela se dirigiu para a cozinha.
     - quer ajuda? - ofereci.
     - pode ser, tanto faz.

     Fui à cozinha, onde Meri preparava algumas panquecas. A ajudei, e logo ficaram prontas. Voltamos para o sofá para comê-las.

     Eu estava comendo as minhas quando vi Meri me encarando.

     - o que foi? - perguntei. Ela riu, me deixando sem graça.
     - você é louco.
     - por que?
     - primeiro confia em mim, depois não confia, agora confia...
     - não confio. 
     - fala sério, Toni. Eu confio em você. 
     - sério? - acabei deixando escapar um sorriso, que foi retribuído por ela.
     - sim. Você é meu amigo. Não é?
     - sou... 
     
     Meri sorriu novamente. A ajudei a levar os pratos para a cozinha e lavá-los. 
    
     Acabei trombando com ela. Rimos, em seguida ficamos nos encarando. Não sei porque, mas eu a beijei. E ela retribuiu. 

     Ficamos nos beijando até o ar se fazer necessário. Depois, ficamos nos encarando alguns instantes. Uma eterna fração de segundo. 

     - eu... - tentei encontrar palavras, mas nada me vinha à mente.
     - uau... - ela sorria - ainda não confia em mim, Kroos? 
     - talvez eu confie. - sorri também. 
     - vem, vamos pro sofá. - ela segurou minha mão e me puxou de volta para a sala. Me sentei no sofá em frente a ela, igual antes.

     Ficamos alguns minutos em silêncio. Ela me encarava como se tivesse inúmeras coisas a dizer. Mas estava em silêncio. 
     
     - então... - comecei, meio incerto. Você falou do seu primo...
     - ah, sim... Ele sabe sobre você. Quer dizer, não sabe quem você é ou qual seu nome, mas ele sabe que eu conversei com um alemão ontem.
     - e o que faremos em relação a isso?
     - não sei... Eu tenho uma ideia, mas é muito arriscada, sabe?
     - qual é? Eu topo qualquer coisa pra não morrer. - ela riu.
     - certeza? 
     - não, mas tudo bem. Só fala.
     - como culpada, eu devo te proteger do meu primo. Mas... Para isso, preciso de você perto de mim. Pelo menos durante o dia!
     - Meri... Não sei se é uma boa ideia. Eu vou ficar rodeado de poloneses...?
     - claro que não! Você me encontra aqui. 
     - não é arriscado? Digo, seu primo pode me ver...
     - ah, tem razão. Fui burra de não ter pensado nisso. Me desculpe. Pode voltar pra casa, inclusive.
     - Meri, não é que eu não queira te ver, é que... 
     - eu sei. Sou polonesa. Tudo bem. Pode ir pra casa. Caminhe ou pegue um ônibus, sei lá...
     - Meri, me...
     - que carona?
     - eu... Pode ser.

     Fomos para seu carro em silêncio. Ela ficara visivelmente magoada com algo que eu disse. Ficamos em um silêncio desconfortável durante todo o trajeto.

    Ela me deixou na porta da casa de Mario e saiu. Entrei ignorando meus amigos e fui para meu quarto, chateado. Eu estava com medo de não nos encontrarmos mais. Ela era uma garota legal.
 
     E ainda havia nosso beijo. Eu ainda conseguia sentir seu gosto doce em meus lábios. Meredith era um problema. Era como um poço sem fundo. E eu estava caindo cada vez mais.
 



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