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História All We Know - Be Kind and Lovely


Escrita por: Camzsunshine_

Notas do Autor


Heeeey pessoas!! Aqui é a Lubs again e essa é minha primeira fanfic do Chandler. Espero muito que todos gostem e deixem seus comentários para dizer o que acharam.
Esse primeiro capitulo é mais uma introdução da vida de Melanie Clark.
Eu sempre quis fazer uma fanfic do Chandler mas nunca tive coragem de postar, então sejam bonzinhos comigo <3
Obrigada desde já a todos que estão dedicando seu tempo para ler All We Know.
Vou tentar postar o mais rápido possível, mas as vezes fica difícil pq eu to no 3 ano do ensino médio e preciso passar em uma faculdade rsrs ...
Um grande beijo e até o próximo.

Capítulo 1 - Be Kind and Lovely


Fanfic / Fanfiction All We Know - Be Kind and Lovely

|Melanie Clark|

Todas as manhãs eu acordo e digo a mim mesma: Seja gentil e amável sem se importar com o que receberá em troca. Essas eram as palavras que minha mãe sempre costumava dizer a todo momento. Quando pequena não entendia muito bem o seu real significado, mas hoje em dia eu tento sempre segui-las em honra a sua memória.

Esta manhã, depois do meu cutucão diário, olhei para o relógio digital minimalista no criado-mudo ao lado de minha cama. São sete e quarenta e cinco, com certeza quase madrugada para mim. Mas eu sabia que precisava acordar e deixar tudo pronto para quando as duas dispersassem. Pela tela de meu celular vejo a data de hoje e solto um longo suspiro. Domingo. Apenas mais um dia para o começo do ano letivo. Agitada é como eu me sinto normalmente. E eu sabia que quando as aulas voltassem tudo ficaria pior.

Levanto em um movimento rápido sem dar mais espaço para o sono e caminho em direção ao banheiro enquanto repasso em minha cabeça todas as tarefas do dia. Tenho que tomar uma ducha rápida pois o tempo está passando e eu precisava apressar as coisas. Saio do banheiro enrolada em uma toalha e procuro por qualquer roupa dentro de meu armário. Um short e uma blusa. Saio do quarto em passos apressados e mal percebo quando esbarro com alguém no meio do corredor.

-Jesus! –Me assusto quando vejo o rosto de Holly coberto por alguma coisa verde e nojenta. Ela me encara com uma expressão furiosa e eu tenho que prender a risada- Quer dizer...Desculpa.

-Por que ao invés de ficar pedindo desculpas não está preparando meu café da manhã? –Ela sorri cinicamente e eu apenas assinto antes de voltar a andar em direção as escadas- Ah! E eu estou com vontade de comer torradas hoje.

-Tudo bem.

Desço a escadaria pulando os degraus e empurro a primeira porta que me levava direto para a enorme cozinha daquela casa. Pego uma toalha branca qualquer e vou correndo para coloca-la sobre a mesa. Enquanto sirvo algumas coisas que eu sabia que todos gostavam de comer, escuto passos descendo as escadas e suspiro aliviada quando percebo que é meu pai quem se aproxima. Ele abre um grande sorriso e beija minha testa de maneira carinhosa.

-Bom dia, querida- Ele diz e eu sorrio em resposta- Decidiu preparar nosso café hoje?

Claro. Apenas hoje.

-É. Sabe...você vai viajar e eu queria fazer uma surpresa- Sorrio falsamente e volto minha atenção para a torradeira em minha frente- Já sabe quando volta?

-Vai ser uma viagem muito importante....

-Quanto tempo? –Interrompo seu discurso de sempre e o escuto suspirar aborrecido.

-Três meses- Ele diz e eu arregalo meus olhos automaticamente- Mas não precisa se preocupar. Vai estar em boas mãos com a Cassie e a Holly.

-Com certeza- murmuro enquanto sirvo um prato de torradas no lugar onde minha meia-irmã costumava a sentar- Ham...Pai?

-Sim?

-Eu preciso mesmo estudar na mesma escola que a Holly?

-Achei que já estivéssemos de acordo com isso- Ele me olha de maneira estranha- Sabe como era complicado com as duas estudando em escolas diferentes.

-E por que ela não foi para a minha escola? –Pergunto, cruzando os braços em frente ao meu corpo.

-Porque sabemos que você é um pouco mais compreensível do que ela- Ele sorri e eu acabo abrindo um pequeno sorriso também- Além disso, a escola dela é uma das melhores de Atlanta. Vai ser ótimo para você.

-Certo- murmuro terminando de arrumar toda a mesa.

Sento ao lado de meu pai que parece concentrado mexendo freneticamente em seu celular enquanto come um pedaço de bolo e começo a preparar um sanduiche com os ingredientes que estão sob a mesa. Escuto mais passos vindos da escadaria e observo a mulher loira entrar na cozinha acompanhada de sua filha. Cassandra se aproxima de meu pai e deposita um beijo em seus lábios antes de se sentar ao seu lado.

-Bom dia, Mel- Ela sorri falsamente em minha direção e eu repito seu ato- Dormiu bem?

-Como um anjo- Respondo com a boca cheia e vejo a garota ao seu lado fazer uma careta.

-Que horas é o seu voo, querido? –Cassandra pergunta a meu pai e ele finalmente levanta os olhos do celular.

-Hum...- Ele pensa por um segundo e olha para o relógio em seu pulso- Daqui duas horas. Eles vão passar para me buscar.

-Vamos sentir saudades- Ela diz fazendo uma cara de falso aborrecimento- Mas por um outro lado, vai ser divertido ficamos apenas em mulheres nessa casa.

-Não levem minha filha para o meu caminho- Ele brinca fazendo com que as duas rissem e eu apenas abrisse um sorriso falso.

Permaneci em silencio durante o restante da refeição enquanto ouvia os três conversarem sobre alguns assuntos aleatórios. Quando finalmente terminamos de comer, escutamos uma buzina alta vindo de fora e todos nos levantamos sabendo o que isso significava. Peguei uma das malas que meu pai carregava e o ajudei a leva-la até os portões. Um de seus amigos de trabalho desceu do carro e eu sorrio ao reconhece-lo.

-E aí, pequena Mel- Mark me cumprimenta com um toque que nós usávamos desde quando eu era pequena- Desculpe por roubarmos seu pai por tanto tempo.

-Vou pensar no seu caso- Brinco e ele solta uma risada antes de bagunçar meus cabelos- Apenas traga ele de volta do mesmo jeito que o mandamos.

-Sim, senhora.

-Mark? –Escutamos a voz de Cassandra e ele me olha fazendo uma careta enquanto eu escondo a risada- Quanto tempo.

-Poderia ser mais- escuto ele murmurar e solto um barulho engraçado com a boca ainda tentando não rir- Até mais, pequena Mel. Se precisar é só gritar.

-Tchau Mark.

Vejo o homem loiro se afastar de volta para o carro preto enquanto meu pai se despedia de sua mulher. Eles se beijam e eu faço uma careta. Meu pai se aproxima de Holly e a abraça rapidamente antes de vir em minha direção. Dou um sorriso quase desesperado como se implorasse para que não fosse embora e ele passa as mãos pelo meu cabelo.

-Vai ficar bem, Anie? –Ele me chama pelo apelido de infância e isso me faz sorrir por um momento.

-Sempre fico- dou de ombros- Boa sorte. Vou sentir saudades.

-Também vou sentir saudades.

Ele deposita um beijo demorado em minha testa e eu suspiro quando ele se afasta. Cassandra me abraça pelos ombros assim como faz com sua filha e meu pai lança mais um sorriso em nossa direção. Ele entra no carro e acena através da janela enquanto o mesmo se afasta entre as ruas da cidade. Quando o carro já sumiu de vista, sinto a mulher ao meu lado me soltar e escuto Holly bufar alto como se não aguentasse mais toda aquela encenação.

-Aqui está a lista de tarefas que você precisa terminar até hoje- Ela diz e me entrega um pedaço de papel escrito em frente e verso- Eu e minha filha iremos fazer algumas comprar e quanto voltamos quero tudo isso pronto.

-E não esqueça de separar minhas roupas de acordo com as cores- Holly completa falando como se eu fosse uma criança de cinco anos- Não faça uma bagunça como da ultima vez.

Elas me lançam um último sorriso sínico e caminham em passos combinados de volta para nossa casa. Solto um longo suspiro e fecho o portão antes de segui-las enquanto analiso a lista em minhas mãos. Seria um longo ano pela frente.

Minha vida nem sempre foi como um livro repleto de drama e mentiras. Para falar a verdade, eu costumava ser a garota mais feliz e sorridente desta cidade. Meus pais sempre foram as melhores pessoas desse mundo para mim e eu tinha uma grande afinidade com os dois. Meu pai, Nicholas, e a minha mãe, Rebeca, costumavam a me levar para piqueniques nos sábados e cinema nos domingos. Erámos tão grudados que parecíamos uma família perfeita. E na minha concepção nós éramos perfeitos. Até aquele dia. Minha mãe morreu no meu aniversário de nove anos. Foi um acidente de carro. Estávamos em minha festa e minha mãe disse que iria buscar meu presente que ela havia esquecido em casa. Estava chovendo muito e pelo o que eu entendi seu carro capotou. Lembro de meu pai recebendo uma ligação e me deixando sobre os cuidados de minha tia enquanto corria para o hospital. Foram meses para que conseguíssemos superar e viver nossas vidas normalmente. Mas a minha vida nunca mais conseguiu ser a mesma.

Meu pai decidiu descontar toda sua tristeza e angustia em seu trabalho. Ele era um dos empresários mais importantes e bem-sucedidos de Atlanta. Sempre tivemos uma boa condição de vida. Mas sempre que chegava em casa ele tirava sua gravata e voltava a ser o mesmo de antes. Pelo menos até ele conhecer ela. Eu tinha treze anos quando meu pai conheceu Cassandra Montgomey. Foi um típico romance de livros clichês. Eles estavam em uma cafeteria, ele derrubou seu café na roupa dela e eles se apaixonaram perdidamente. Mesmo que não me sentisse preparada para ver meu pai junto de outra mulher, ele parecia feliz e eu gostava de vê-lo cantarolando pela casa. Não o via fazer isso desde quando a mamãe morreu e foi apenas um dos motivos para que eu aceitasse esse novo relacionamento.

Quando conheci Cassandra e sua filha Holly, as duas foram simpáticas e gentis. Lembro de ter ficado um pouco tonta com a quantidade excessiva de rosa que a garota vestia e o jeito enjoativo que a mulher falava sem parar. Mas elas não pareciam ser más pessoas. Pelo menos até eles completarem alguns meses de namoro.

Nosso primeiro desentendimento foi quando Holly decidiu que queria tudo melhor do que o meu. Desde roupas até a própria atenção do meu pai. A garota gentil que eu havia conhecia se tornou em uma pessoa mimada e arrogante. Ela sempre fazia questão de destruir as minhas coisas e colocar toda culpa sobre mim. Eu tentava falar com o meu pai e ele dizia que era tudo implicância pela minha parte enquanto Cassandra defendia sua querida filha com unhas e dentes. Era só meu pai me deixar sozinha com aquelas duas por um momento que elas começavam a me esnobar e falar coisas horríveis ao meu respeito. Mas eu sempre fazia o meu máximo pelo meu pai.

Seja gentil e amável sem se importar com o que receberá em troca.

Eu me lembrava das palavras de minha mãe e ignorava toda a maldade daquelas duas pessoas que querendo ou não já faziam parte da minha vida. Meu pai estava feliz e isso era tudo o que me importava. Eu não iria estragar sua felicidade por um simples desentendimento. As coisas poderiam melhoras.

Não. Não poderiam.

Ano passado meu pai e Cassandra tiveram um grande casamento e de brinde as duas vieram morar em nossa casa. E assim tem sido a minha vida desde então. Meu pai vive lotado de trabalho e sempre fica fora por meses enquanto eu tenho que obedecer aos pedidos da família Montgomery. E para melhorar a situação, meu pai decidiu que seria uma boa ideia me transferir para o colégio onde Holly estuda para terminar o ensino médio. Minhas aulas começariam amanhã e eu nunca estive tão desanimada em toda a minha vida.

-O que está fazendo parada aí? – Sou desperta de meus pensamentos quando Holly aparece desfilando em suas roupas caras enquanto eu cuidava de tirar a mesa- Anda. Anda. Tem trabalho para terminar.

Reviro meus olhos discretamente e volto minha atenção para os pratos que eu tentava equilibrar em meus braços. Caminho lentamente em direção a cozinha e sou surpreendida ao tropeçar em algo que apareceu em meu caminho. Fecho meus olhos escutando o barulho dos pratos se chocando contra o chão e escuto a risada alta de Holly ao meu lado me fazendo perceber que ela havia colocado seu pé com o propósito de me fazer tropeçar.

-Que bagunça é essa? – Cassandra desce as escadas parecendo irritada por conta do barulho e eu começo a recolher os cacos de porcelana espalhados pelo chão.

-A Mel deixou os pratos caírem- Holly responde enquanto sorri abertamente- Seus pratos favoritos, mamãe.

-Me desculpe eu...

-Não quero saber de suas desculpas- Ela me interrompe fazendo um gesto com a mão- Termine de limpar essa bagunça e vá fazer seus deveres. Isso que dá deixar o trabalho nas mãos de uma criança.

Escuto seus saltos batendo contra o chão de mármore enquanto ela se afasta e encaro Holly que permanece ao meu lado com um copo de agua em suas mãos. Ela sorri como se tivesse acabado de ter uma ideia e vira o copo derrubando toda a agua no chão.

-Se eu fosse você me apressava- Ela diz pegando sua bolsa- Tem muito trabalho para fazer.

CONTINUA...



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