Perseguição sem fim- capítulo 2
Jorge
Cheguei da academia e a primeira coisa que fiz foi ligar para Tini, mas ela anda um pouco estranha, distante de sua própria realidade. Parece desfocada nas coisas que realmente importavam para ela a tempos a atrás.
Tini
Com todo o ocorrido, com o menino misterioso, dos olhos claros que fazem qualquer um se perder lá dentro, cabelo desajeitado, acabei me distanciando um pouco do Jorge, e me sinto culpada por isso. Já faz uns três dias que nem nos falamos direito. O mesmo menino está sendo um grande problema, mesmo sem o Jorge saber de sua existência. Inclusive hoje de manhã, quando desci para tomar café, descemos no mesmo elevador. Mas não para por aí. O "pior" aconteceu na sala onde ficam os produtos de limpeza. Eu estava passeando pela recepção do hotel até que encontrei essa mesma salinha, e ele estava lá dentro, pois procurava a camareira. Entrei, pelo mesmo motivo que ele (coincidência) e a porta bateu. Quando nos demos conta estávamos PRESOS. Claro que se ficamos presos, conversamos, afinal, ficamos lá dentro por uns trinta minutos. Nossa conversa durou muito e perdemos a noção do tempo. Ele parecia tímido, mas começou o assunto:
- Oi, você é a menina da sala de embarque não é?! Porque me é bem familiar.
Minha respiração parou. Meu coração gelou e eu não sabia o que falar. Comecei a gaguejar e respondi:
- Acho..acho que s..sim! Você também não me é estranho. Mas, me tira uma dúvida. Como se chama?
- Pensei que não ia perguntar. Meu nome é Gabriel. Mas e você, como é seu lindo nome?
- Se nem sabe meu nome, porque pensa que é lindo?
- Não preciso nem te olhar para saber que tem o nome mais bonito de todos. Vai me dizer como se chama ou não?
- Me chamo Martina, mas todos me chamam de Tini, até meu namorado
-Ah, namo..namorado?!
- Sim, moro com ele e namoro sério a dois anos. Mas porque o espanto?
- Por nada! Bom vou ficar aqui por 6 meses devido ao meu trabalho como cineasta. Então se precisar de qualquer coisa vou te passar meu telefone!
- Sério???
- Não sou de mentir!
- Não, não é isso! Mas você tá aqui pelo mesmo motivo que eu.
- Olha só. O que dizem é verdade. O destino não é bobo mesmo.
Conversamos tanto que nem vimos que a porta já não estava mais emperrada, parece que alguém nos destrancou mas não quis atrapalhar. Voltei para o quarto e peguei no sono apenas lembrando do Gabriel.
Gabriel
Nossa, não sei nem o que dizer. Aquela menina é hipnotizante. Seu olhar cor de mel e seu cabelo castanho claro. Não tenho palavras para descrevê-la, pois isso é muito pouco.
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