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História Alma de música - 41kmh


Escrita por: KaBiKs

Notas do Autor


Vamos tentar, ver o que dá.

Capítulo 1 - 41kmh


Nossa história começa em BusbemChut, uma cidade cercada por uma enorme deserto, nunca se vira aqui um floco de neve e nem uma casquinha de frio. Logo, é normal todos os habitantes daqui trajarem sempre roupas abertas, folgadas, mas mesmo a cidade sendo tão quente, poucas pessoas aqui tem a cabeça correspondendo a temperatura. E não diferente é Paj Regrae , um jovem musculoso, de um topete loiro em forma de onda e um cabelo longo amarrado na ponta, nunca foi visto sem seu confiável óculos escuros chamado Rew por alguém além de sua mãe Elana Regrae. Junto disso comumente utiliza um cordão do símbolo de sua família, um bonito traçado de notas musicais, uma jaqueta, calças jeans e um sapato escuro.

Engraçado é como em BusbemChut tem várias lojas de cds e de gravar músicas, é um dos costumes da cidade, porém, Paj insiste em ficar sempre nessa loja, apesar disso, Sr. Ardenildo nunca gostou de Paj, e o jovem ouvir os CDs sem ter comprado não o ajuda a mudar de ideia.

-Sai daqui moleque vagabundo!

-Ave mãe, não acredito que você está escutando o narrador de novo, ele só fala besteira. –Diz Paj, sem saber que o narrador sabe qual é a verdade.

-Ele parece saber o que está falando molequin.

-Tá bom, tá bom, então eu só vou colocar aqui e...

            O jovem loiro do óculos de sol sai correndo da loja, e pula em direção ao seu maior e único veículo automatizado de 4 rodas, Lory, um presente deixado por sua mãe quando ela foi embora, Lory é uma van clássica, estilo anos 80, com várias decorações de flores “bem” másculas e sua cor predominante é o verde folha.

            - Elas realmente são másculas! Não deixe ele falar assim de você Lory, e verde folha nem existe.

            O menino loiro pega no volante da incrível van, e sem pensar duas vezes, coloca o cinto de segurança para garantir a vida, e em um momento rápido coloca o pé no acelerador e alcança impressionantes 40 km/h, que é o permitido pela via.

            -Outro CD, aquele menino não entende, ninguém quer saber de música nova, o bom são as velhas. – Diz o velho Ardenildo, notando um CD de autoria de Paj na estante que o jovem deveria ter devolvido um suposto CD diferente.

            De volta a van, ou Lory, o que preferir né, o menino da regata começa a falar:

            -Dessa vez ele com certeza vai ouvir e vai gostar do que eu fiz, não acha Rew?

-Sim, sim, eu sei, ele é meio duro às vezes, mas o velho Arde sabe o que é música boa.

Ele estaciona sua van em um beco conhecido, com algumas outras pessoas de companhia, nenhuma delas aparenta estar em um estado apropriado de consciência para conversar, mas definitivamente parecem estar vivas. São 2 garotos e 1 garota, ambos com sorrisos nos rostos e olhares viajados, como se tivessem achado naquelas nuvens inexistentes, tudo que sempre procuraram.

-Realmente torço para estar certo em tudo que falou narrador, Martha, Martho e Marthu são os melhores vizinhos que se pode ter, eles só costumam ter um cheiro de fumaça, essências de algumas frutas, mas eu tenho que agradecer pelo que tenho.

Paj fica um tempo tocando seu violão, dá algumas tocadas no seu cavaquinho, uns dó por ali, ré por lá, tudo por si. E depois de alguns fá, o sol se pôs. O que levou a ele a hora de dormir, não se aguentava de tão ansioso que estava para ir amanhã e ver a reação de Ardenildo.

- Você tem razão, primeira vez que te vejo tão esperto, narrador.

Obrigado Paj, o jovem arruma seu colchão na parte de trás de Lory, se embrulha em seu lençol e se prepara para deixar o dia de amanhã tomar lugar.

- Boa noite Rew, boa noite Lory, Boa noite Martha, Martho e Marthu.

Boa noite Paj.

- Ah, desculpa, não iria esquecer de você narrar. Boa noite.

Então o tempo passa como areia quando soprada se esvai, como quando o vento leva a roupa mal preza no varau ou como quando a vida desfaz a ingenuidade de uma criança.

- Bom dia pessoar.

Paj logo assume o volante de Lory, com ré, ele pega a pista e dessa vez ultrapassa os limites, 41 km/h, totalmente inacreditável.

- Na verdade, eu já cheguei aqui narrar.

Já? Nossa, eu devo ter acordado muito tarde então, como é que foi?

- Bem, eu cheguei super animado, porém, quando cheguei aqui, estava com essa placa “Proibido a entrada de Paj”. Eu não entendi e perguntei para Ardenildo se era uma brincadeira de mal gosto...

Paj...eu não sabia. Paj estava com lagrimas descendo em seus olhos, como quando uma criança descobre que fada dos dentes e nem coelho da páscoa existem.

- É, deixa eu terminar, ele respondeu “ Está na hora de você crescer desse seu sonho de criança e deixar esse negoço de música nova, música nova não existe, tem cidade que prende a pessoa. Está na hora de arranjar um emprego de verdade”. E eu falei que isso não era verdade, e eu iria procurar outra loja de música se é o caso. Ele nem esperou eu terminar para falar “Falei para os outros também.” Aí realmente fiquei arrasado narrar, (risos), estou arrasado.

Paj senta no meio fio, perto de onde estacionou Lory, a van, olhando para baixo, triste, mesmo dentro da escuridão de Rew, seus óculos escuros, conseguia se ver a tristeza, as lágrimas correndo. O sorriso constante de Paj parecia o mais distante sonho naquele momento.

            - O que foi meu amigo? – Fala um estranho moreno de rastafari, usando uma toca com as cores verde, preto e amarelo.

            - Sabe como é, pensava que conseguiria usar a música para fazer algo nessa cidade, algo por mim, por meus pais...Pensando bem, sei lá, não sei mais.- Diz Paj.

            - Amigo, não fique assim, você tem que entender que o que faz música não é as pessoas que se recusam a ouvir, mas aquelas que ouvem e entendem o que veio com aquilo, talvez esse lugar tenha perdido a alma que precisa, mas tenho certeza que se procurar, vai encontrar, a alma da sua música.

            Paj olha surpreso para o estranho, brilha naquele óculos esperança novamente, e então ele pergunta:

            - Qual o seu nome?

            - Bubby Murly.

            - Obrigado.

            O menino do óculos se vira e entra em sua van, motivado, ele procura debaixo de suas coisas aquilo que o animava em sua juventude tentando ser aceito por aquela única pessoa. Ele pega um papel velho e amassado, dobrado, o desdobra e vê escrito:

 

            Para meu bebê,

                        Lhe desejo todos os super parabéns do mundo meu lindo!

                                   Você é a coisa mais especial desse mundo, mamãe te ama. Lembre-se que mamãe sempre vai estar com você.

                                                                                              De mamãe;

            Rew brilha ainda mais intensamente de esperança, a van agora parecia ter até entendido a intenção de Paj, e todos tinham. Até eu Paj.

            -É, eu já sábia.

            Ele então pega o volante e arranca dali, passa por todos aqueles lugares, e todas aquelas tranquilas pessoas olham para aquela van de flores, e entendem a mensagem que isso é ao mundo e a todos, até os vizinhos de Paj param de viajar e deslumbram a cena.

            Aquilo era a busca por uma Alma na Música. Adeus BusbemChut.


Notas Finais


Primeira vez que eu escrevo qualquer coisa, mas foi divertido, a linguagem mais solta é de propósito.


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