Marinette sentou-se na cama, não tinha nada na janela e então ela foi ao terraço.
Tendo se tornando semanas o sumiço dele, ao todo passaram-se 2 meses. Nada!Não tinha nada lá outra vez, desceu as escadas decepcionada, esperava que seu gatinho já tivesse retornado mas ela havia se enganado.
Voltou a sentar-se na cama alta e ouviu um barulho diferente, um bater de pés no chão, ignorou, poderia ser sua mãe no andar de baixo, portanto voltou a escrever, estava concentradíssima no que fazia. Então ela sentiu uma brisa gélida, estranhou, não havia fechado a janela?
Desceu da cama com cuidado e se aproximou da redoma de vidro escancarada. Céus, ela deveria estar enlouquecendo. Se inclinou para fechar o círculo de vidro e então sentiu. O que ela sentiu? Fácil.
Braços fortes lhe cercavam a cintura,lhe dando um abraço carinhoso e quente, e então um beijo estalado fora depositado na curvatura do pescoço. Chat. Seu gatinho havia retornado. Uma onda de felicidade a invadiu, percorrendo-a como uma corrente elétrica. Mas tinha uma semelhança, outra pessoa já havia feito aquilo. Um nome lhe veio à mente: Adrien.
Ele estava tão feliz, sentindo de novo a pela dela, o calor, o amor.
Começou a tentar vira-lá,queria selar seus lábios desesperadamente mas ela se soltou dos braços dele, dando um giro e petelecando a ponta de seu nariz. Só uma pessoa fazia aquilo com ele: Ladybug.
- O que foi princesa?- ela estava com a cara fechada, braços cruzados e cabeça levemente inclinada para baixo.
- Vai embora. - disse ela com a voz embargada
- M-ma-mas por que?- ele estava aflito, incomodado, ele foi ali pra ficar junto dela, e ela o desprezara, aquilo doeu.
- Por que? POR QUE? POR QUE? SEU GATO MISERÁVEL, VOCÊ SOME POR 2 MESES, ME PREOCUPA, E NÃO DÁ AVISOS! - ela já chorava, estava amarga, ela se sentiu abandonada, ele era sua alma gêmea, não deveria deixá-la.
- M-mas eu não quis...q-quer dizer...- ele não sabia o que falar
- Por que você fez isso? Sabe quantas noites eu te esperei acordada até tarde? Inúmeras! Sabe o quanto eu senti a sua falta? SEU GATO IDIOTA! - ela estava estressada, chorava de soluçar- você é minha alma gêmea, você não deveria me abandonar, era pra você me amar, e não me largar depois do primeiro " eu te amo"- ela começou a soluçar mais baixo, acordar alguém seria péssimo, por mais que tivesse gritado como uma louca.
- Princesa, por favor...me desculpa!
- Eu quero uma explicação!
- E-eu...
- Eu o que Chat Noir?
- EU NÃO TE MEREÇO OKAY?- exclamou alto.- você é muito boa pra mim...sempre põe os outros a sua frente, tem um coração de ouro, é inteligente, gentil e bonita! E eu...eu só sou um gato sem graça, egoísta, inútil e um peso pra todo mundo
- Chat...- ela suspirou- eu não sou assim...eu sou desastrada, atrasada, confusa, eu sempre vou desapontar as pessoas...você é o Herói de Paris...sabe quantas pessoas agradecem todos os dias pelo simples fato de você existir?
Ele não disse nada, estava de cabeça baixa e quando levantou o olhar viu a menina chorando...
- chat...posso te perguntar algo?
- Claro princesa- ele chegou perto dela e secou suas lágrimas
- Você...
- Eu..?
- Você ainda ama a Ladybug?
Ele hesitou, havia cerca de 2 meses que nenhum Akuma aparecerá, mas a joaninha ainda invadia os pensamentos dele, e com clareza ele ainda poderia dizer que a amava, mas agora também estava a sua frente a menina que lhe conquistara o coração, ele estava tão confuso.
- E-eu...Marinette...sim...eu ainda amo a Ladybug.
- Posso te dizer uma coisa?
- Claro!
- Eu...eu nunca serei como ela...
- Como assim?
- Ela é corajosa, auto-suficiente, esperançosa e perfeita...eu sou só a Marinette, filha de um padeiro, a garota mais desastrada da cidade.
- Não diga isso princesa!
Ele a abraçou, Deus como ela precisava daquilo, ergueu os braços e os envolveu no pescoço do loiro, suspirou em meio ao calor dele. Ela sentiu tanto a sua falta.
Ele estava perdido, a sensação de te-la de volta era a melhor do mundo, mas saber que ela se menos prezava daquele jeito o perturbava, okay...ele também falava aquelas coisas, mas ele ainda tinha razão, afinal o próprio pai havia dito aquelas palavras.
O anel dele apitou, eles se separaram com muita luta, ele ainda com as mãos pousadas na cintura dela, lhe puxou e envolveu em um beijo terno, era um selinho demorado, que se aprofundou um pouco. Se separaram...ela subiu a pequena escada, abrindo o alçapão, sendo seguida pelo gato. Ao chegar na grade do terraço, ele já quase pronto para saltar e ir embora, se virou e perguntou:
- Posso gritar para o mundo inteiro uma coisa?
- Ué...claro que pode seu bobo- sua gargalhada fofa preencheu os ouvidos do loiro, aquecendo-lhe o peito.
- Então tá bom
Ela desceu da grade e chegou perto do ouvido dela, sussurrando baixinho:
- Eu te amo
Foi a primeira vez que ELE disse aquilo, era gostosa a sensação pra ela, a reciprocidade, o corresponder, sua raiva do gato já tinha se esvaído,e com aquelas palavras ele a vez enrubescer.
- por que sussurrou isso pra mim?
- Por que...- ele roubou um beijo dela e saiu pulando do prédio, estando já no terceiro telhado ele gritou:
- VOCÊ É O MEU MUNDO!
Ela sorriu, e disse baixinho de onde estava:
- você também se tornou o meu.
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